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Administração de Operações

Conceitos de Produção

Um
Um sistema
sistema de
de produção
produção pode
pode ser
ser visto
visto como
como um
um conjunto
conjunto de de
componentes cuja função é converter um conjuto de entradas
componentes cuja função é converter um conjuto de entradas (inputs) (inputs)
em
em alguma(s)
alguma(s) saída(s) desejadas(s)(outputs)
saída(s) desejadas(s) (outputs),, por
por meio
meio do
do que
que se
se chama
chama
processo
processo de
de transformação.
transformação.
Aquilano
Aquilano&&Chase,
Chase,1990
1990

ÉÉ aa atividade
atividade pela
pela qual
qual os
os recursos
recursos são
são reunidos
reunidos e/ou
e/ou transfor-
transfor-
mados,
mados, de
de forma
forma controlada,
controlada, com
com aa finalidade
finalidade de
de agregar
agregar valor.
valor.

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Administração de Operações
Conceitos de Valor
O que significa agregar valor do ponto de vista da produção?

O que significa valor


para o cliente ?

- Qualidade (intrínseca ao produto)


- Preço
- Prazo
- Quantidade
- Durabilidade (econômica e técnica)
- Confiabilidade
- Desempenho
- Design
- Atendimento Pré e Pós-Venda
- Etc.

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Administração de Operações
Conceitos de Valor
Qual a importância do valor agregado ao produto?

Este produto vale


o seu preço?

VALOR PREÇO

VALOR
VALOR PERCEBIDO
PERCEBIDO >> PREÇO
PREÇO == DECISÃO
DECISÃO PELA
PELA COMPRA
COMPRA
VALOR
VALOR PERCEBIDO
PERCEBIDO << PREÇO
PREÇO == OO PRODUTO
PRODUTO ÉÉ REJEITADO
REJEITADO

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Administração de Operações
Conceitos de Valor
O Valor Agregado na Indústria

Existem,
Existem,segundo
segundoOhno,
Ohno,três
trêstipos
tiposde
deatividades
atividadesnos
nossistemas
sistemasprodutivos:
produtivos:
a)
a)TRABALHO
TRABALHOQUE
QUEAGREGA
AGREGAVALOR;
VALOR;
b)
b)TRABALHO
TRABALHOQUE
QUENÃO
NÃOAGREGA
AGREGAVALOR;
VALOR;
c)
c)PERDAS.
PERDAS.

O trabalho que adiciona valor


significa algum tipo de processamento.
Ou seja, quando as Matérias Primas
ou partes são transformadas em
produtos. Por exemplo: solda,
usinagem, montagem, pintura, etc.

TRANSFORMAÇÃO + CUSTOS

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Administração de Operações
Conceitos de Valor
O Valor Agregado na Indústria

QUE AGREGA
TRABALHO
O trabalho que NÃO adiciona

VALOR
valor é necessário para suportar
o trabalho que adiciona valor,
de acordo com as presentes
condições de trabalho. Por ex.:
transporte, supervisão, inspeções, SUPORTA + CUSTOS
folha pagamento, etc

As perdas constituem o trabalho


não necessário, as quais agregam
custos e não agregam valor. Por ex.:
transportes desnecessários, quebras,
produtos defeituosos, falta materiais,
processos obsoletos, desorganização,
APENAS GERAM CUSTOS problemas no posto de trabalho, etc.

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Administração de Operações
Perdas nos Sistemas Produtivos

Qual a relação entre custos e perdas no Sistema Toyota


de Produção? O conceito de perdas surge precisamente
para reduzir os custos nos sistemas produtivos!

Um dos princípios de construção do Sistema Just-in-


Time é a busca sistemática da identificação e eliminação
das perdas.

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Administração de Operações
Perdas: a Relação Preço, Custo e Lucro
1973
Crise do Petróleo

Product Out Market in

Inversão da relação entre a oferta e a demanda: onde a oferta


excede a demanda e o consumidor passa a escolher a alternativa que
melhor lhe agrada, dentre as oferecidas pelos fabricantes.
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Administração de Operações
Perdas: a Relação Preço, Custo e Lucro

P = C + L
Preço de Venda = Custo de Produção + Lucro

Lógica da Contabilidade de Custos, ou seja, calcular e


repasssar os custos.

Lógica de Controle
L = P - C de Custos

Lucro = Preço - Custo de Produção

Os preços de venda são fortemente influenciados pelo mercado;


os consumidores são quem decide os preços de venda.
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Administração de Operações
Perdas: a Relação Preço, Custo e Lucro

Lógica de Gerenciamento
C = P - L de Custos

Custo de Produção = Preço – Lucro

A partir do preço determinado no mercado, projeta-se o custo


alvo. A lógica predominante passa a ser projetar a operação e os
seus respectivos custos, embora isso não exclua o controle
permanente dos custos.

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Administração de Operações
Valor e Perdas do Ponto de Vista da Produção

Atividade prática:

 reflexão no grande grupo;


 debater as questões abaixo

A partir desses conceitos, apresentados por Taiichi Ohno, qual a lógica


de gestão que devemos perseguir na fábrica?

Movimento dos trabalhadores pode ser considerado trabalho efetivo?


Exemplifique!

A lógica do aumento das atividades que geram valor está concentrado


no trabalho humano ou no trabalho das máquinas?

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Administração de Operações
Valor e Perdas do Ponto de Vista da Produção

Trabalho Trabalho Perdas


Perdas Líquido
Líquido

Trabalho
Trabalho Adicional
Adicional

Quem paga pelas perdas?

Prezado cliente: essa camisa custa, realmente R$ 50,00, mas


nós seremos obrigados a cobrar R$ 70,00 porque a nossa
fábrica tem muitas perdas. Você aceita?
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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas por Superprodução - Significa produzir mais do
que é imediatamente necessário para o próximo processo. São as
piores perdas porque representam o efeito de um amplo
conjunto de causas (problemas) graves, as quais geram custos
altíssimos.

Subdivide-se em dois tipos:


Quantitativa - Produzir acima da quantidade necessária
(PemP ou PA);

Antecipada - Produzir o item (PemP ou PA) antes do momento

em que ele é demandado.

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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas por Movimentação Interna (Transporte) –
Relacionam-se com todas as atividades de movimentação de
materiais que geram custos e não agregam valor. As ações de longo
prazo devem buscar a “eliminação dos transportes”

Segundo Hirano (1989), as perdas por transporte podem ser:

Perdas no grande transporte – relacionados ao fluxo geral de


produção e o layout da empresa (macro layout);

Perdas no pequeno transporte – após esgotar-se a análise


anterior, deve-se focar na melhoria das operações de
transporte e no micro layout do posto de trabalho.

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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas no Processamento em Si – Consistem nas atividades de
processamento ou fabricação que são desnecessárias para que o produto
ou serviço adquira suas características básicas, tendo em vista a geração
de valor para o cliente. Tem relação com as tecnologias utilizadas, assim
como processos, máquinas e MPs (peças plástico p. ex.).

Podem ser localizadas a partir de duas perguntas básicas:

Por que esse tipo de produto ou serviço deve ser produzido?


(Engenharia de Valor);

Por que esse método deve ser utilizado neste tipo de


fabricação? (Análise de Valor).

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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas na Fabricação de Produtos Defeituosos – São as
perdas representadas pela fabricação de peças, componentes,
subconjuntos e produtos acabados que não atendem às especificações
de qualidade de projeto. É a perda resultante da não conformidade.

Resultam em:
Refugos equivalem à perda do material empregado e de todo o esforço de
produção ocorrido até o momento da identificação da não conformidade (M.O.,
energia, máquina, etc);

Retrabalhos representam custo adicional de M.O., máquina, energia e,


eventualmente, de material.

Ambos representam custos adicionais de Qualidade, como por exemplo de


disposição e re-inspeção, além de custos de estocagem, controle e transportes,
entre outros.
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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo

 Perdas por Estoques – Significa a existência de estoques


significativos de MPs, PemP e PAs que irão acarretar elevados custos
financeiros, de espaço físico, de controle, de movimentação, de perdas
por danos e obsolescência, de seguros, etc.

No Sistema Toyota de Produção, a produção com


estoque ZERO não significa nulo, mas a busca
permanente de perfeição!

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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas por Movimento – Diretamente associadas aos movimentos
desnecessários dos trabalhadores, especialmente quando esses estão
executando as operações principais nas máquinas ou linhas de montagem.
Podem ser melhor compreendidas através dos estudos do casal Gilbreith
sobre os movimentos dos trabalhadores, que envolvem a economia de
tempo oriunda da análise criteriosa do movimento humano. “O tempo é
meramente um reflexo do movimento.”

Podem estar relacionados à racionalização:

Da melhoria nos movimentos;

Das condições de trabalho onde os movimentos serão


executados.

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Administração de Operações
As Sete Perdas de Ohno e Shingo
 Perdas por Espera – As perdas por espera estão associadas aos
períodos de tempo onde os trabalhadores e/ou máquinas não estão
sendo utilizados produtivamente. Não estão contribuindo para a
agregação de valor, embora estejam agregando custos. Na década de
80, segundo Shingo, o custo horário de pessoal chegava a ser três a
cinco vezes maior que o das máquinas.

Podem estar relacionados ao:

Baixo índice de multifuncionalidade e falta de aplicação do


conceito de autonomação;

Baixo rendimento das máquinas (medido pelo IROG - Índice de


Rendimento Operacional Geral ou OEE - Eficiência Global do
Equipamento) que influencia também no rendimento dos
trabalhadores.
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Administração de Operações
Estrutura Organizacional

CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO

DIRETOR
EXECUTIVO

GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA


FINANCEIRA LOGÍSTICA ENGENHARIA INDUSTRIAL ADM. MKT/VENDAS

ENG. PROJ. EQUIPE


SUPRIMENTOS PRODUÇÃO RH
P&D VENDAS
Planejamento
Transportes
Seg. Patrimonial
ALMOX. ENG. PROC. P C P

EXPEDIÇÃO C Q
Organograma
MANUT.
Funcional
(Tradicional)

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Administração de Operações
Estrutura Organizacional

CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO

DIRETOR
EXECUTIVO

GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA


LOGÍSTICA ENGENHARI INDUSTRIAL ADM./FIN. MKT/VENDAS
A
ENG. PROJ. EQUIPE
SUPRIMENTOS PRODUÇÃO
P&D VENDAS

ALMOX. C Q
ENG. PROC.
CONTR. ESTQ.

EXPEDIÇÃO MANUT.
Organograma
Funcional
DISTRIBUIÇÃO
(Ênfase em logística)
P C P

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Administração de Operações
Estrutura Organizacional

CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO

DIRETOR
EXECUTIVO

GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA GERÊNCIA


LOGÍSTICA ENGENHARIA UNID.PRODUT UNID.PRODUT ADM/FIN/CONT MKT/VENDAS

ENG. PROJ. EQUIPE


SUPRIMENTOS PRODUÇÃO PRODUÇÃO VENDAS
P&D

ALMOX. C Q
ENG. PROC. C Q
CONTR. ESTQ.

EXPEDIÇÃO MANUT. MANUT. Organograma


Funcional
P C P
DISTRIBUIÇÃO P C P (Unidades Produtivas)
T&M T&M
EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA
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Administração de Operações
Atribuições e Responsabilidades
--Volume
VolumededeProdução
Produção
Atividades --Mix de Produção
Atividadesusuais:
usuais: Mix de Produção
--Custo
Custo
--Administração
AdministraçãoM.O.
M.O.eeH.E.
H.E.
a)
a)gestão
gestãoda
daprodução;
produção; --Eficiência da M.O. e Maquinário
Eficiência da M.O. e Maquinário
--Qualidade
Qualidade
--Manutenção
Manutenção//Confiabilidade
Confiabilidade
--Segurança
Segurança

b) minimizarinputs
b)minimizar maximizaroutputs
inputseemaximizar outputs(eficiência);
(eficiência);
c)c)controlar
controlareeotimizar
otimizaros
osrecursos
recursosde
deprodução;
produção;
d)d)atingir
atingiros
osobjetivos
objetivoseemetas
metasde deprodução;
produção;
e)e)operar
operarinstalações
instalaçõeseeequipamentos;
equipamentos;
f)f) melhorar continuamenteprodutos
melhorar continuamente produtoseeprocessos;
processos;
g)g) planejamento, programação e controleda
planejamento, programação e controle daprodução;
produção;
h)h) participar da definição dos objetivos de MPeeLP;
participar da definição dos objetivos de MP LP;
i)i)treinamento de pessoal;
treinamento de pessoal;
k)k)reuniões
reuniõesprogramação
programaçãocomcomMarketing/Vendas,
Marketing/Vendas,etc;
etc;
l)l)reuniões
reuniõesP&DP&D(engenharia).
(engenharia).

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Administração de Operações
Visão de Sistema Produtivo

OBJETIVOS

PLANEJAMENTO

COMANDOS
OUTPUTS (GESTÃO)
OUTPUTS
PRODUTOS
PRODUTOS
E
E
SERVIÇOS PERTURBAÇÕES
SERVIÇOS
INTERNAS E
RESTRIÇÕES Quebras
PROCESSO PRODUTIVO Quebras
(SISTEMA ABERTO) Qualidade
Qualidade
Pessoal
ESTADO ATUAL Pessoal
Materiais
Materiais
Qualidade
Qualidade
Capacidade
Capacidade
INPUTS
INPUTS PERTURBAÇÕES
Recursos Financeiros
Recursos Financeiros CONTROLE EXTERNAS E
Recursos Materiais
Recursos Materiais RESTRIÇÕES
Recursos Humanos Mercado
Recursos Humanos Mercado
Tecnologia Fornecedores
Tecnologia Fornecedores
Informações Governo
Informações Governo
Economicas
Economicas
Tecnológicas
Tecnológicas
Sindicato
Representação Conceitual do Planejamento de Sistemas Abertos Sindicato
Fonte: Adaptado de Walter, Claudio (1993)

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