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BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL

Disciplina: Ciência dos Materiais


Profº Dr. Oswaldo Cascudo
L. BRITO; S. SANTOS
1. INTRODUÇÃO
CONCRETO
• Amplamente utilizado;

• Responsável por 5 a 8% das emissões globais de CO2 (Castellote;


Fernandez, 2009);

• Necessidade de o tornar mais durável e sustentável.


BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
1. INTRODUÇÃO
FISSURAÇÃO
• Tipos – passiva e ativa;

• Afetam o comportamento mecânico, durabilidade e


estanqueidade - podem gerar manifestações patológicas;

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1. INTRODUÇÃO
FISSURAÇÃO
• Busca-se:
 O controle da fissuração
 Mecanismos de autocicatrização do material
Autocicatrização: “fenômeno da restauração da estrutura
de concreto de um estado de dano” (JOSHI et al, 2017).
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1. INTRODUÇÃO
AUTOCURA
• Pode reduzir substancialmente os trabalhos de reparo e
manutenção, e os impactos ambientais e econômicos;
• O concreto se repara ao longo do tempo (largura < 0,20mm);
• Larguras maiores: diferentes soluções, diferentes níveis de
viabilidade;
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2. CICATRIZAÇÃO
TIPOS DE CURA
 Autógena (Huang et al, 2016)
– Hidratação contínua de cimento anidro
– Recristalização de hidróxido de cálcio
– Formação de carbonato de cálcio
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2. CICATRIZAÇÃO
TIPOS DE CURA
 Autônoma (Huang et al, 2016)
– Aditivos minerais
– Agentes adesivos
– Bactérias.
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2. CICATRIZAÇÃO
CONCRETOS AUTO CICATRIZANTES
 Uso de Fibras
– PVA, Carbono, Metálicas e
Vegetais;
– Restringem a abertura;
– Superfície para deposição de
cristais de Ca(OH)2 e
(REPETTE, 2011)
C-S-H; BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
2. CICATRIZAÇÃO
CONCRETOS AUTO CICATRIZANTES
 Retentores de água
– Cura interna;
– Acumulam água;
– Interessante para locais sem
contato com água.
(TECNOSIL, 2018)
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2. CICATRIZAÇÃO
CONCRETOS AUTO CICATRIZANTES
 Agentes cicatrizantes encapsulados
- Base de poliuretano e epóxi, e agentes
cristalizantes;
- Dispostos ao longo das fissuras;
- Cápsulas resistentes a álcalis e frágeis para
romper (vidros, cerâmicas e polímeros)
(REPETTE, 2011)
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3. BIOMINERALIZAÇÃO
 Biominerilização: produção mineral por organismos vivos

 Uso de esporos bacterianos como método de autocura

 Carbonato de cálcio: atividades metabólicas de bactérias

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3. BIOMINERALIZAÇÃO

BIO CONCRETO
Possui características que permitem a interrupção de fissuras
e porosidades interligadas, por precipitação de carbonato de
cálcio metabolizado por bactérias

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3. BIOMINERALIZAÇÃO

MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO

Precipitação de Nível de Saturação


Carbonato de Cálcio (taxa de produto iônico)

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3. BIOMINERALIZAÇÃO

MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO

• Durante a atividade microbial - Hidrolise da ureia

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3. BIOMINERALIZAÇÃO
MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO

• Produtos são equilibrados em água para formar bicarbonato, amônio e íons hidroxila
• Aumento do pH inicia-se no entorno da célula bacteriana e se propaga para o
restante da solução

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3. BIOMINERALIZAÇÃO
MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO

• A concentração de carbonato aumenta, o que induz um acréscimo no fator S e resulta na


precipitação de CaCO3 ao redor da célula, na presença de íons cálcio solúveis

• Os íons cálcio da solução são atraídos para a parede celular da bactéria devido à sua
carga negativa

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3. BIOMINERALIZAÇÃO
MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO

• Adição da ureia à bactéria: Carbono inorgânico dissolvido e o NH4+ são liberados no


entorno da célula

• Na presença de íons cálcio, isso pode resultar em uma supersaturação local

BIOCONCRETO: POTENCIAL
AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
3. BIOMINERALIZAÇÃO
MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO DO CARBONATO DE CÁLCIO
• Precipitação heterogênea de carbonato de cálcio na parede celular

BIOCONCRETO: POTENCIAL(BERENJIAN, SAMANI, SEIFAN, 2016)


AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
4. BIOCONCRETO

• Microorganismos que ocorrem


naturalmente, à temperatura
ambiente;

BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL (ARNOLD, 2011)


4. BIOCONCRETO
APLICAÇÃO

Durabilidade de materiais cimentícios


Reparo em monumentos de calcário
Vedação de fissuras em concreto

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4. BIOCONCRETO
VANTAGENS

Estruturas em locais com água e de difícil acesso


Reparos envolvem aplicação de argamassa de reparo
Reparos normalmente são demorados e caros
Especiais: Túneis, construções subterrâneas, ambientes marinhos

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4. BIOCONCRETO
TIPOS DE BACTÉRIAS
• Sobrevivência em ambiente alcalino, por longos períodos;

• A maioria dos microorganismos morre em um ambiente


com valor de pH de 10 ou acima (Siddique; Chahal, 2011);

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4. BIOCONCRETO
TIPOS DE BACTÉRIAS

• Resistir às tensões mecânicas devido à dosagem;


• Ser tolerantes ao oxigênio – capilaridades da matriz;

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4. BIOCONCRETO
TIPOS DE BACTÉRIAS
• Bacillus
- Sobrevivem ao ambiente altamente alcalino;
- Forma esporos de paredes espessas;
- Ativados quando o concreto fissura e a água transpõe a estrutura
(pH 10 a 11,5 ativa os esporos)
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
 SUPERFICIAL*
 APLICAÇÃO DIRETA
 ENCAPSULAMENTO
 VASCULAR

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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
SUPERFICIAL*
• Reparo de rachaduras em superfícies de estruturas de concreto:

- Bang et al (2001): Bacilus pasteurii imobilizadas precipitando


calcita;
- Ramachandran et al (2001): reparo superficial de trincas por
Bacillus pasteurii e ganho em resistência à compressão e rigidez;
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
SUPERFICIAL*
• H. Jonkers; E. Schlangen (2007) sobre Bang et al (2001) e
Ramachandran et al (2001):
- Limitação metodológica;
- Bactérias de curto tempo de vida;
- Aplicação manual;
- Mecanismo natural, mas não autocicatrizante.
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
APLICAÇÃO DIRETA
• H. Jonkers; E. Schlangen (2007): propôs adição de esporos
de bactérias à confecção da matriz
- Dormentes por até 200 anos;
- Capacidade de resistir à situações mecânicas e químicas extremas;
- Substrato convertido em CaCO3: testar compatibilidade;

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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
APLICAÇÃO DIRETA
• Luo et al (2015)
- Rachaduras precoces: eficientemente curadas;
- Rachaduras tardias;

Falta de protetores para os esporos: limitação metodológica;


Distância aos nutrientes: baixa taxa de sobrevivência dos esporos.
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO
– Cápsulas poliméricas;
– Cápsulas hidrogel;
– Agregado leve;
– Minerais;
– Compostos minerais;
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO

BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL (LUCAS, 2016)


5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: CÁPSULAS POLIMÉRICAS
Esporos e nutrientes como nitrato de cálcio, uréia e extratos
de levedura
• Wang et al (2014)
- Esporos e nutrientes como nitrato de cálcio, uréia e extratos de
levedura;
- 48-80% cicatrização em comparação à 50% via autógena;
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: CÁPSULAS POLIMÉRICAS
• Guo et al (2015)
- Dosagem ótima: 3%;
- Dosagem > 5%: aumento da permeabilidade e redução da
resistência à compressão.

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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: CÁPSULAS HIDROGREL
Reserva de água, esporos e nutrientes
• Wang et al (2014)
- Não interferem na trabalhabilidade;
- Diminuem resistência de compressão e tração: vazios;
- Precipitação dentro e sobre a cápsula de hidrogel;
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: CÁPSULAS HIDROGREL
• Wang et al (2014)
- Capacidade de cicatrização
dos esporos: aumento em
40-90%;
- Permeabilidade: decréscimo
em 68%.
BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL (WANG, 2014)
5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: AGREGADO LEVE
Esporos e lactato
de cálcio
incorporados à
argila expandida;

BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL (JONKERS, 2011)


5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: AGREGADO LEVE
Jonkers (2011)
- Fissura -> ruptura da argila -> processo de precipitação do
carbonato de cálcio;
- Cicatrização de fissuras de até 0,46 mm;
- Esporos viáveis por até 6 meses;
- Redução da resistência: inviável para aplicações estruturais.
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: MINERAIS
• Incorporação de bactérias e lactato de cálcio em
nanopartículas de grafite;
• Khaliq e Ehsan (2016)
- Finura das nanopartículas: distribuição uniforme;
- Alta capacidade de cura: estágios iniciais (3 e 7 dias).
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: COMPOSTOS MINERAIS
• Suspensão de bactéria e nitrato de cálcio imobilizados no
diatomito;
• Wang et al (2012)
- Diatomito: proteção ao alto pH;
-Fissura -> ruptura do diatomito -> exposição ao ar ou à água ->
uréia hidrolisada -> precipitação do carbonato de cálcio;
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
ENCAPSULAMENTO: COMPOSTOS MINERAIS
• Wang et al (2012)
- Fissuras de 0,15 a 0,17 mm cicatrizadas;
- Redução da absorção de água: 30%.

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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
VASCULAR
Inclusão de barras de vidro
lisas no concreto e retirada,
deixando espaços nas
estruturas para posterior
injeção de material
reparador;
BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
(HUANG et al, 2016)
5. FORMAS DE APLICAÇÃO
VASCULAR
• Sangadji e
Schlangen (2012)
- Imitação à
morfologia do osso;
- Amostra cilíndrica;
(SANGADJI; SCHLANGEN, 2012)
BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
5. FORMAS DE APLICAÇÃO
VASCULAR
• Sangadji e
Schlangen (2012)

(SANGADJI;
SCHLANGEN, 2012)
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5. FORMAS DE APLICAÇÃO
VASCULAR
• Sangadji e Schlangen (2012)
- Agente de cicatrização: manualmente;
- Epóxi + endurecedor + tintura;

(SANGADJI; SCHLANGEN, 2012)


BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
5. FORMAS DE APLICAÇÃO
VASCULAR
• Sangadji e Schlangen (2012)
- Melhor performance da
amostra recomposta.

(SANGADJI; SCHLANGEN, 2012)


BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
6. EFEITOS
• Resistência à Compressão
– A depender do agente reparador;
– Jonkers (2011): argila expandida é agregado leve e
diminui a resistência à compressão;
– Wang et al (2014): vazios criados pelo hidrogel
diminuem a resistência à compressão;
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6. EFEITOS
• Resistência à Compressão
(LUHAR; GOURAV, 2015):
– Foi melhorada em 14,92% pela adição de Bacillus
subtilisJC3;
– Verificou-se que B. sphaericus melhorou a resistência à
compressão do concreto em 30,76% em 3 dias, 46,15% em
7 dias e 32,21% em 28 dias;
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6. EFEITOS
• Permeabilidade (íons de água e cloreto)
– A depender do método de aplicação: no geral, há uma
perda considerável e positiva;
– Jonkers (2011): argila expandida é permeável;
– Wang et al (2012): diatomito; diminuição da absorção de
água;
– Wang et al (2014): vazios criados pelo hidrogel.
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6. EFEITOS
• Microestrutura

BIOCONCRETO: POTENCIAL
(VIJAY et Eal,
AUTOCICATRIZANTE 2017)
SUSTENTÁVEL
7. CONCLUSÃO
• Custos;
• Viável para aplicações a longo prazo;
• Eco-eficiência;
• Aplicação versátil;

BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL


7. CONCLUSÃO
• Necessárias novas pesquisas – deficiências;
• Abordagem sustentável necessária;
• Capacidade de cura de fissuras maiores e mais
profundas;
BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
7. CONCLUSÃO
• Custos dos nutrientes necessários;
• Custo e eficiência de reparos convencionais;
• Análise de ciclo de vida;
• Implementação próxima;
BIOCONCRETO: POTENCIAL AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL
OBRIGADA!

BIOCONCRETO: POTENCIAL
AUTOCICATRIZANTE E SUSTENTÁVEL

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