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ANTES DE MIM

O que é o Homem?
“s.m. Mamífero primata, bípede, sociável, que
se distingue de todos os outros animais pelo
dom da palavra e desenvolvimento
intelectual; ser vivo composto de matéria e
espírito; ser humano (...)” Dicionário da língua
Portuguesa, Porto Editora.
O Homem não é uma entidade isolada em
relação à totalidade complexa da vida: é
uma unidade autónoma e também um
sistema aberto biológico, social e cultural.

Para explicar o ser humano temos de


recorrer a determinadas áreas do
conhecimento, uma delas faz parte da
Psicologia e denomina-se Genética do
Comportamento.
A genética é a ciência da hereditariedade.
A genética como ciência começou em 1900
com a redescoberta do trabalho pioneiro com
ervilhas, de um monge austríaco, Johann
Gregor Mendel (1822-1884).
Mendel concentrou as suas longas
investigações experimentais no estudo das
ervilhas-de-cheiro, cruzando ervilhas de flor
branca com ervilhas de flor vermelha.
Watson e Crick dão também o seu contributo
para o desenvolvimento no campo da
hereditariedade, quando, já no século XX
(1953), descobrem a estrutura da molécula
do ADN.
 1909 - Thomas Hunt Morgan inicia a análise
genética em Drosophila (mosca do vinagre).
As vantagens da Drosophila como modelo
biológico em estudos genéticos: tempo de
geração de 14 dias (desde o ovo até ao
estado adulto), produz mais de 1000 ovos
durante a vida, pequeno, fácil de manter,
barato. E tem somente 4 cromossomas
diferentes
Hereditariedade Hereditariedade
Específica Individual
Parte dos genes que é Parte dos genes que é
própria de uma responsável pelas
determinada espécie, características únicas,
é responsável pelas diferentes, próprias de
características cada indivíduo, e o
comuns aos vários que o distingue de
indivíduos dessa todos os outros da
espécie e permite mesma espécie.
distinguir essa
espécie de todas as
outras.
 A mitose ocorre em todas as células somáticas do
corpo e, por meio dela, uma célula se divide em
duas, geneticamente semelhantes à célula inicial.
Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no
crescimento dos organismos multicelulares. Nos
unicelulares, permite a reprodução assexuada.
 Já a meiose, nos seres pluricelulares, só ocorre em
células germinativas, com duas divisões sucessivas. A
célula-mãe se divide em duas, que se dividem de
novo, originando quatro células-filhas (três células-
filhas no caso da oogenese com metade dos
cromossomas da célula inicial: são os gametas,
geneticamente diferentes entre si
A informação genética encontra-se inscrita no
ADN, é transmitida ao longo das gerações,
através do processo de reprodução.
A célula é a unidade básica dos seres vivos
entendida como unidade morfológica e
fisiológica dos organismos unicelulares.
O ADN ( ácido
desoxirribonucleico) é o
suporte químico da
informação genética e o
controlador dos
processos vitais em todos
os organismos.
O ADN é constituído por
nucleótidos que podem
ser hidrolizados,
decompondo-se num
fosfato, num açúcar e em
4 bases azotadas.
O ADN constitui-se como
uma sequência longa de
nucleótidos que estão
emparelhadas, formando
uma longa cadeia dupla
enrolada em espiral.
Os cromossomas comandam e coordenam
toda a actividade celular e são
responsáveis pela transmissão das
características hereditárias. São,
portantes, vectores de hereditariedade. Os
cromossomas localizam-se no núcleo das
células, sendo formados por uma cadeia
única de ADN enrolada à volta de um
suporte de proteínas.
Os seres humanos têm 23 pares de
cromossomas:
22 pares de autossomas (os cromossomas
do par que são comuns a ambos os sexos)
Um par de cromossomas sexuais, X e/ou Y.
Os genes existentes, em cada cromossoma,
que informam para a mesma característica
são designados por genes alelos.
Os genes são considerados unidades
indivisíveis dos cromossomas onde se situam.
Como unidade funcional do material genético,
os genes condicionam as moléculas do RNA
(ácido ribonucleico) e as proteínas utilizadas
na constituição, no metabolismo e na
reprodução celular.
O gene dominante é aquele que produz efeito
mesmo que esteja presente em apenas um
dos cromossomas do par.
O gene recessivo é aquele que só produz efeito
quando está presente nos dois cromossomas
do par.
Genótipo : Fenótipo:
Qualquer dos Características
aspectos observáveis de um
hereditários que determinado
exercem uma organismo que
influência causal resultam da
no interacção entre o
desenvolvimento genótipo e o
do indivíduo. ambiente.
Herança genética de
um organismo.
Preformismo
Epigénese
Segundo esta teoria o desenvolvimento
do indivíduo está limitado à ampliação deriva do termo "epigenético" que
das estruturas que estão
significa "o que acrescenta, ou o que
está acima (além), da genética". A
preexistentes no ovo. epigénese refere-se a tudo o que
No século XVIII, o naturalista suíço não é determinado pela genética,
Charles Bonnet desenvolve esta isto é, corresponde as modificações
concepção reafirmando que o transmissíveis e reversíveis das
desenvolvimento embrionário mais
expressões dos genes, mas que não
impliquem modificações nas
não era que a ampliação das sequências de ADN.
características do homúnculo.
Esta teoria é contrária ao Preformismo,
Esta teoria defende que o meio não tem pois nega a existência de estruturas
qualquer influência no pré-formadas no ovo que mais tarde
desenvolvimento das capacidades do são desenvolvidos; afirma que as
indivíduo. potencialidades que são
Hoje em dia, com os avanços nesta área, desenvolvidas não são
já é certo que esta teoria não passa exclusivamente dependentes do
disso mesmo , de uma teoria, pois já código genético, mas também são
influenciadas pelo meio ambiente.
está comprovado que as capacidades
do Homem se definem através dos Gaspar Wolff foi um dos biólogos
genes e também do meio ambiente fundadores da embriologia e negou
(pois se, o homem tem nos genes o preformismo, recuperando a teoria
da epigénese defendida por
grandes capacidades, mas vive num Aristóteles e William Harvey.
meio em que não pode desenvolver
as capacidades, então essas
capacidades não são reveladas).
Charles Darwin
O biologista e naturalista Charles Darwin nasceu na
Inglaterra e viveu de 1809 a 1882. Durante um período de
cinco anos, ele colaborou com pesquisas realizadas nas
costas e em ilhas da América do Sul, Austrália e Nova
Zelândia.

Darwin começou interessar-se por história natural na


universidade quando era estudante de Medicina e, depois,
Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do Beagle e
os seus livros trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo
e fama como escritor.
As suas observações da natureza levaram-no ao estudo da
diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento
da teoria da Selecção Natural. Consciente de que outros
antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir
ideias como aquela, ele confiou-as apenas a amigos
próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar
possíveis objecções. Contudo, a informação de que Alfred
Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou
a publicação conjunta da teoria em 1858.
No seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" ele introduziu a
ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio
de selecção natural. Esta tornou-se a explicação científica
dominante para a diversidade de espécies na natureza.
Filogénese:
Ontogénese:
A filogénese estuda a história da evolução
humana, nomeadamente a constituição dos O conhecimento é encarado como um processo de
seres humanos como sujeitos cognitivos. A modificações e adaptações ao meio que desde o
paleontologia humana, baseada em nascimento ocorre em todos os seres vivos. Segundo
inúmeras investigações, afirma que os diversos autores, a ontogénese repete a filogénese,
homens nem sempre tiveram a mesma isto é, o desenvolvimento da humanidade é como que
constituição e capacidades. A explicação repetido no desenvolvimento de cada ser.
mais consensual é que a evolução da
nossa constituição morfológica e funcional, Jean Piaget (1896-1980), o criador desta abordagem
foi feita em simultâneo com o científica do conhecimento (a Psicologia Genética),
desenvolvimento das nossas capacidades começou por estudar o modo como, em cada indivíduo
cognitivas (memória, linguagem e se desenvolve a faculdade de raciocinar (abordagem
pensamento) e esta de forma articulada genética) considerando, deste modo, que esta
com o desenvolvimento das nossas faculdade não está pré-constituída aquando do
realizações e capacidades técnicas. Todos
nascimento de uma criança. Chegou à conclusão de
estes factores de forma inter-relacionada
que na origem do conhecimento estaria um processo
contribuíram para gerarem a espécie que
hoje somos. dinâmico em que há uma permanente interacção entre
        o sujeito e o objecto.

Segundo a Lei da Recapitulação (Ernst Haeckel) , a ontogénese recapitula a filogénese,


isto é, o embrião, ao desenvolver-se, reproduz os estádios da evolução
da vida das espécies. A Lei da Recapitulação defende que o desenvolvimento
do indivíduo depende apenas dos factores biológicos.
Entre as várias críticas à Lei da Recapitulação,
destaca-se a que afirma que o desenvolvimento do indivíduo
depende da interacção entre os factores genéticos e os factores ambientais,
condição da adaptação dos seres ao meio.
Ao tratarmos a questão do Preformismo e Epigénese, referimo-nos a factores ambientais
que interferem no desenvolvimento. A sua influência faz-se sentir porque os organismos
vivos e em particular o ser humano, funcionam como sistemas abertos que estão em
intercâmbio permanente com o meio. Estas trocas são a condição do seu desenvolvimento
e manutenção equilibrada.
O homem é um sistema aberto, pois está constantemente a trocar informações com o
meio ambiente, inclusive a nível biológico. Um e outro produzem­se mediante as trocas
estabelecidas. O homem é, portanto, sensível ao meio, integrando a sua influência. É nele
que se desenrolam as experiências e aprendizagens, à custa das quais evolui e consegue
renovadas formas de actuação. Tudo o que necessita de se relacionar com o meio para se
manter pode ser considerado como sistema aberto. Porém, a intensidade e volume de
trocas não é idêntica em todas as espécies vivas.
O etologista Konrad Lorenz introduziu o termo programa
aberto para dar relevo ao intercâmbio que o homem tem
que estabelecer com o meio [sequência de comportamentos
a definir pela interacção entre património genético, meio
ambiente e disponibilidade de aprendizagem].
A generalidade dos animais comporta-se segundo programas fechados, isto é, dispõem de
uma predefinição rígida de condutas que actualizam, de modo inato [sequência organizada
de comportamentos rígidos predefinidos no património genético da espécie e actualizados
por mecanismos inatos].
A neotenia é a manutenção de características juvenis na idade
adulta.
Possuir carácter neoténico significa:
Que o desenvolvimento se processa lentamente, o que provoca
atrasos na maturidade de competências adequadas ao
desempenho de papéis próprios do adulto.
Que a maturação nunca está completamente terminada,
continuando a pessoa a manter características próprias da idade
juvenil.
Que ao chegar à idade adulta a pessoa continua aberta a
aprendizagens para melhor se adaptar às situações.
O sistema nervoso regula todo o funcionamento
do organismo, é responsável tanto pelas nossas
acções voluntárias conscientes como pela
actividade automática inconsciente das múltiplas
vísceras corporais e, como se ainda fosse
pouco, encarrega-se das relações com o meio
exterior e constitui a sede das actividades
intelectuais: controla por completo a nossa
vida.
Efectuado pelos
Recebidos pelos Efectuada pelos
Mecanismos de conexão, de
Mecanismos de Mecanismos de
coordenação ou de
recepção ou reacção ou
processamento
receptores efectores
situados no centro coordenador,
= =
no sistema nervoso (central ou
Órgãos receptores Órgãos Efectores
periférico)
= =
Órgãos dos sentidos: Músculos e
As funções do sistema nervoso
• Pele, nariz, língua, Glândulas
são:
ouvidos, olhos Estes órgãos
• interpretar as informações que
• Sentido cinestético concretizam as
provêm dos mecanismos de
• Sentido de equilíbrio ordens que são
recepção;
• Sentido de orientação dadas pelo sistema
• decidir e coordenar as
nervoso. Ex: Andar,
respostas que os mecanismos
Orgãos que recebem sorrir, ler, escrever,
de reacção realizarão.
os estímulos do meio. falar, correr, etc.
Sistema nervoso central Sistema nervoso periférico

Espinal Medula Cérebro ou Encéfalo


Somático Autónomo

Simpático Parassimpático
O sistema nervoso autónomo ou
vegetativo tem a missão de controlar de forma
automática e inconsciente, ou seja, sem que
dependa da vontade e sem que o notemos.
Há duas partes do sistema autónomo bem
diferenciadas e complementares, pois têm
funções contrapostas, acções antagónicas
que permitem manter um equilíbrio delicado
na adaptação do organismo às várias
situações com as quais nos confrontamos na
vida quotidiana:
o sistema nervoso simpático, que se activa
em situações de alerta
e o sistema nervoso parassimpático, que
predomina nas situações de relaxamento e
descanso.
O encéfalo é constituído por um conjunto de órgãos
protegidos pela caixa craniana;

O principal órgão do encéfalo é o cérebro que


caracteristicamente apresenta dois hemisférios, direito e
esquerdo, ligados na base pelo corpo caloso, que coordena
as actividades motoras e cognitivas. Cada hemisfério está
dividido em lobos – occipital, parietal, temporal e frontal –
e estes, por sua vez, apresentam fissuras e sulcos
enrugados, designados por circunvalações.
encéfalo
conjunto de órgãos componentes cérebro
do sistema nervoso central que se cerebelo controla toda a
encontram no interior do crânio: actividade voluntária,
participa no controlo do
cérebro, cerebelo e tronco assim como a maior
encefálico equilíbrio corporal e
modula os movimentos parte das funções
voluntários automáticas
medula espinal inconscientes
situada no interior da coluna do organismo. e é a
vertebral, sede de todos os
estabelece a ligação dos processos mentais
centros nervosos superiores sistema nervoso
com o sistema nervoso autónomo
periférico: conduz regula de forma automática e
as ordens provenientes do inconsciente diversas funções
encéfalo para os nervos que corporais, tais como a
dela partem e os estímulos manutenção da temperatura
sensitivos provenientes do corporal, a respiração e a
interior do organismo e digestão
do exterior para o encéfalo

Nervos periféricos
transmitem as ordens provenientes
do sistema nervoso central aos
órgãos encarregados de as
efectuar (nervos motores) e
conduzem os estímulos sensitivos
procedentes do exterior e do
interior do organismo para o
sistema nervoso central
(nervos sensitivos)
Todos os componentes do sistema nervoso,
desde o sofisticado cérebro até ao nervo
mais simples, são formados por células
especializadas, os neurónios;
Estes constituem uma intrincada rede e estão
intimamente relacionados entre si, pois das
suas interconexões depende o
funcionamento do sistema. As células
nervosas têm diversos tamanhos e
aspectos, mas todas têm um corpo celular
ou soma do qual partem prolongamentos
peculiares encarregues de receber e
transmitir impulsos nervosos de e para
outros neurónios;
As dendrites, ramificações arborescentes e
curtas que recebem os estímulos
procedentes de outras células nervosas, e
o axónio ou cilindroeixo, um prolongamento
único e de comprimento variável que acaba
em minúsculas ramificações (telodendrites)
e é responsável pela transmissão dos
impulsos a outras células nervosas.
O impulso nervoso não se transmite aos neurónios adjacentes por
contacto directo, mas através duma conexão especial denominada
sinapse.
As ramificações do axónio terminam muito perto das dos neurónios
adjacentes, mas sempre separadas por um espaço estreito, a fenda
sináptica.
O impulso nervoso atravessa esse espaço por intermédio de
substâncias químicas denominadas neurotransmissores.
Ramificações finas – as dendrites - prolongam-se para o exterior
recebendo as mensagens dos neurónios vizinhos, conduzindo-as
 para o corpo celular. O número de dendrites, que pode atingir as
centenas, varia segundo o tipo de neurónio.
O axónio é a fibra principal de saída - a sua extensão pode variar entre
escassos milímetros e um metro - que se prolonga a partir do corpo
celular e que termina em ramificações chamadas terminais axónicas
ou telodendrites. Nas extremidades destas situam-se os botões ou
bolbos.
Alguns axónios estão cobertos por uma camada de substância branca
de matéria gorda, a bainha de mielina, que permite uma mais rápida
transmissão da mensagem. Outros são apenas constituídos pela
substância cinzenta. Para o neurónio manter a sua actividade e
assegurar as suas funções tem de ser alimentado com oxigénio e
glicose.
São as células gliais ou células de glia que alimentam, isolam e
controlam o crescimento dos neurónios. A interrupção da
alimentação do neurónio provoca a sua morte.
Todos os neurónios estão presentes no momento do nascimento. O
desenvolvimento físico provoca o crescimento dos neurónios que
aumentam de tamanho. Contudo, diferentemente das outras células
do corpo, os neurónios não se dividem nem se reproduzem, sendo
portanto insubstituíveis.
Transmissão da
Contacto da agulha mensagem ao órgão
com o órgão efector: Músculos
receptor: a pele responsáveis pelo
movimento da mão e do
braço
Transmissão da
informação ao Transmissão
nervo sensorial da ordem ao
nervo motor
Transmissão da informação à
Espinal Medula que interpreta a
mensagem e “decide” a resposta
que o organismo efectuará
Refere-se ao conjunto de alterações
estáveis na estrutura do cérebro que
acompanham a experiência. Não diz
respeito apenas a eventos externos ao
organismo, mas também à resposta a
eventos internos, como os efeitos
hormonais, lesões e genes alterados.
Abarca os diversos processos que conduzem à
mudança;
É determinada pela idade, apesar de ocorrer durante
todo o percurso de vida, os diferentes tipos de
plasticidade dominam em certos períodos;
Acompanha o desenvolvimento cerebral normal;
Ocorre como um mecanismo adaptativo de
compensação de funções perdidas ou
maximização de funções diminuídas em
consequência de uma lesão cerebral(função
vicariante ou de suplência);
O meio ambiente desempenha um papel
fundamental na plasticidade.
1) A função vicariante ou de suplência do
cérebro;
2) Uma mesma função exige, em muitos
casos, a contribuição de diversas áreas. A
complexidade de determinadas funções
exige a participação conjugada de diversas
áreas do cérebro (sincronização e
integração de funções)
Região na base do Constituída por 3 partes:
encéfalo que o liga à
• o cerebelo
espinal medula. É a
parte mais antiga do • o bolbo raquidiano
cérebro.
• a protuberância

A parte do nosso cérebro onde se coordena a


informação visual e auditiva, onde se regista a
sensação de dor, onde se situa a formação
reticular

Constituída por:
A região mais ampla e mais • Tálamo
complexa. Contém os centros
nervosos dos processos • Hipotálamo
mentais mais complexos • Sistema límbico
• Cérebro
Serve como
condutor das
Responsável pela informações dos
coordenação nervos
postural tanto
durante o estado de
descanso quanto em
actividade; pelos
reflexos e
movimentos
voluntários, age
ainda, no sistema
muscular sendo
responsável pelo
tônus muscular

estabelece comunicação entre o


cérebro e a espinal medula, é
um órgão condutor dos impulsos
nervosos
Formação reticular é uma
parte do cérebro que é
envolvida em acções como o
ciclo de despertar/sono e a
filtragem de estímulos
sensoriais para discriminar os
estímulos relevantes dos
estímulos irrelevantes. A sua
função principal é activar o
córtex cerebral.
O cérebro é a parte do sistema nervoso
central que fica dentro do crânio. É a Todas as mensagens sensoriais, com excepção das
parte mais desenvolvida e a mais provenientes dos receptores do olfacto, passam pelo
volumosa do encéfalo. Quando tálamo antes de atingir o córtex cerebral. O tálamo
cortado, o cérebro apresenta duas actua como estação retransmissora de impulsos
substâncias diferentes: uma branca, nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela
que ocupa o centro, e outra cinzenta, condução dos impulsos às regiões apropriadas do
que forma o córtex cerebral. O córtex cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo
cerebral está dividido em mais de também está relacionado com alterações no
quarenta áreas funcionalmente comportamento emocional; que decorre, não só da
distintas. Cada uma delas controla uma própria actividade, mas também de conexões com
actividade específica. A presença de outras estruturas do sistema límbico (que regula as
grande áreas cerebrais relacionadas ao emoções).
O Hipotálamo faz a ligação entre o sistema nervoso
controle da face e das mãos explica por
e o sistema endócrino, actuando na activação de
que essas partes do corpo têm tanta
diversas glândulas endócrinas. É ele que controla a
sensibilidade. No córtex estão
temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de
agrupados os neurónios.
água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e
no comportamento sexual. Tem amplas conexões
com as demais áreas do protencéfalo e com o
mesencéfalo. Aceita-se que desempenha um papel
nas emoções.

o sistema límbico é a unidade responsável pelas


emoções. É uma região constituída por
neurónios, células que formam uma massa
cinzenta denominada de lobo límbico. Engloba a
amigdala(agressividade, centro de alerta,) o
hipocampo, (memória) o tálamo, o hipotálamo,
entre outros.
A unidade funcional do cérebro …

O sentido do olfacto possui, através


do nervo olfactivo, ligação directa ao
sistema límbico e à memória. É por
isso que certos cheiros nos podem
trazer à memória, numa fracção de
segundos, uma recordação muito
viva.
Hemisfério esquerdo Hemisfério Direito
COMANDA O CORPO COM O HEMISFÉRIO
CEREBRAL DIREITO OU ESQUERDO?

Entrelace as mãos - qual o polegar que ficou por cima?

Cruze os braços - qual o braço que ficou por cima?

Cruze as pernas - qual a perna que ficou por cima?

Espreite através de um tubo de um rolo de cozinha - qual o olho que


utiliza?

Dê um chuto numa bola - qual o pé que utiliza?


O hemisfério cerebral direito comanda o lado
esquerdo do corpo e vice-versa.

Normalmente temos um lado preferido do


corpo, embora não para todos os aspectos.
LINGUAGEM e CRIATIVIDADE, EMOÇÃO
OPERAÇÕES LÓGICAS e ESPAÇO
- Lobo temporal- cuja zona superior recebe e processa
informação auditiva. As áreas associativas deste lobo estão
envolvidas no reconhecimento, identificação e nomeação
dos objectos.
-
- Lobo frontal- é o córtex motor primário, associado ao
movimento de mãos e da face. As funções associativas
deste lobo estão relacionadas com o planeamento.
-
- Lobo parietal- é o córtex somato-sensorial primário,
recebe informação através do tálamo sobre o toque e a
pressão. A nível associativo este lobo é responsável pela
reacção a estímulos complexos.
-
- Lobo occipital- recebe e processa informação visual. As
suas áreas associativas estão relacionadas com a
interpretação do mundo visual e do transporte da
experiência visual para a fala.
Exercício 1

30 segundos para encontrar, dentro de cada


uma das seguintes categorias, o número
máximo de palavras:
• animais começados por F
• frutos ou legumes começados por C
• países começados por P
Enumerar palavras nas seguintes categorias:
• países cujo nome termina com a letra S
• ferramentas cujo nome termina com a letra
E
• frutos cujo nome termina com a letra O
ÁREA DE WERNICKE e DE
BROCA
É a zona onde convergem os lobos
LOBO FRONTAL occipital, temporal e parietal e que
desempenha um papel muito importante
controla todo o pensamento e
na produção de discurso. É esta área
o comportamento voluntários, que nos permite compreender o que os
como os actos de andar, falar outros dizem e que nos faculta a
e solucionar problemas, além possibilidade de organizarmos as
palavras sintacticamente correctas.
de alguns aspectos das Área de Broca localiza-se na 3ª
emoções. circunvalação do lobo frontal esquerdo.

Consultar: http ://emmyuehara.blogspot.com/


Seguimos uma espécie de regras não escritas quando
ordenamos palavras por categorias.
Utilizamos as regras quando temos de ir procurar
alguma coisa à nossa memória-armazém.
O exercício b) é mais difícil do que o exercício a),
pois usualmente ordenamos as palavras pela
primeira letra. O lobo frontal desenvolve as
estratégias, enquanto que as palavras estão
localizadas na área da linguagem de Wernicke,
no lobo temporal.
Resolva o seguinte problema:
Cinco jovens vão fazer uma corrida. A Linda
chegou à meta antes da Ana, mas depois da
Natacha. A Cecília chegou antes da Maria,
mas depois da Ana. Qual a ordem pela qual
as jovens chegaram à meta?
Utilizamos os lobos frontais para raciocinar
e resolver problemas
O lobo pré-frontal tem como funções
decidir que sequências de movimento
activar e em que ordem, e avaliar o seu
resultado. As suas funções parecem
ainda incluir o pensamento abstracto e
criativo, a fluência do pensamento e da
linguagem, respostas afectivas e
capacidade para ligações emocionais,
julgamento social, vontade e
determinação para acção e atenção
selectiva.
LINGUAGEM RIMA COM... VIAGEM

Descobrir palavras para rimar com aquelas que


são apresentadas:

a) Era uma vez uma velha que foi mordida por


uma...

b) No fim da estrada estava uma vaca...

c) O rolo da cozinha rola o menino foi para a…


Quando falamos, ouvimos ou escrevemos,
utilizamos os lobos temporais. Existem duas
áreas linguísticas importantes num dos lobos
temporais – tipicamente situadas no lobo
temporal esquerdo. Uma das áreas possui
maior significado para o aspecto gramatical
da linguagem, enquanto que a outra trabalha
com o sentido das palavras. Os lobos
temporais são ainda determinantes para a
aprendizagem e para a memória. De resto,
as sensações de estarmos a passar por algo
que já vivemos - o chamado déjà-vu - podem
ser provocadas através de estímulos
eléctricos aplicados aos lobos temporais.
Às vezes, as nossas impressões visuais
podem ser de tal modo enganadoras que
temos dificuldade em avaliar as distâncias, as
cores e as dimensões. Estes fenómenos
designam-se como ilusões ópticas. Ainda há
muita coisa que desconhecemos relativamente
aos processos que nos causam ilusões ópticas
- uma parte desses processos provavelmente
ocorre nos lobos occipitais.
Um aluno fecha os olhos e o outro
apresenta-lhe um objecto que ele
terá de identificar tocando-lhe com
as costas das mãos.
Quando sentimos dor, frio ou calor ou quando
tocamos num tecido de seda ou numa folha de lixa,
os sinais transmitidos pelas células sensoriais são,
em primeiro lugar, recebidos em zonas especiais
dos lobos parietais. Daqui são depois enviados
para outras áreas relevantes do cérebro. As
nossas células sensoriais não estão
uniformemente distribuídas por todo o corpo.
Podemos, por exemplo, sentir pormenores com os
dedos que as costas não conseguem registar.
Possuímos um lobo parietal esquerdo e um lobo
parietal direito.
Também utilizamos os lobos parietais quando
nos orientamos e quando associamos, por
exemplo, uma paisagem de praia com as nossas
férias de Verão.
Cada lobo tem duas áreas com funções
diferentes:

Áreas sensoriais (primárias ou de projecção) –


recebem e emitem informações sensoriais
(visuais, auditivas, dor, frio, calor) e motoras
(ordens para os músculos efectuarem os
movimentos).

Áreas psicossensoriais (secundárias ou de


associação) – interpretam, coordenam e
organizam as informações recebidas pelas
áreas sensoriais, relacionando-as com
informações da memória.
Lesões nas áreas primárias – os indivíduos não
recebem os estímulos ( não ver, não ouvir,
etc.)

Lesões nas áreas secundárias – os indivíduos


recebem os estímulos, mas não consegue
interpretá-los.
A criança selvagem é uma
criança que cresceu e se desenvolveu fora da
sociedade, fora da cultura, fora da civilização, por
vezes sozinha ou na companhia de animais, mas
sempre longe dos modelos humanos e das relações
sociais.
São aquelas que sobrevivem por si mesmas, ou que
efectivamente parecem ter sido criadas e auxiliadas
por animais, ou as crianças que cresceram em
clausura, confinadas ao isolamento. Estas revelam
poucos progressos no seu desenvolvimento. Uma vez
recolhidas estas crianças revelam aspectos em
comum: acentuado autismo, ausência total ou parcial
de bipedismo, grande desenvolvimento muscular dos
membros superiores, acuidade visual nocturna e
capacidades olfactivas superiores às dos humanos
baseadas em sons dos animais, preferência por
alimentos crus e pela companhia de animais
domésticos, reduzida expressão facial, insensibilidade
ao frio e ao calor ambiental.
 

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