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HIPERTENSÃO PRIMÁRIA

QUEM CONTROLA A PRESSÃO ARTERIAL?

SÃO DOIS MECANISMOS QUE CONTROLAM A PA:


• REFLEXO BARORECEPTOR
• SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
REFLEXO BARORRECEPTOR

• OS BARORRECEPTORES SÃO SENSORES DE PRESSÃO, LOCALIZADOS NO SEIO CAROTÍDEO E NO ARCO DA AORTA

• TRANSMITEM INFORMAÇÕES DA PA AOS CENTROS VASOMOTORES CARDIOVASCULARES NO TRONCO ENCEFÁLICO

• OS BARORRECEPTORES PERCEBEM A VARIAÇÃO DA PA POR MEIO DO ESTIRAMENTO

FREQUÊNCIA DE
PA ESTIRAMENTO
DISPARO DE NERVOS
DOS
BARORRECEPTORES AFERENTES

• Os barorreceptores do SEIO CAROTÍDEO são transportados para o Tronco Encefálico pelo nervo
glossofaríngeo
• Os barorreceptores do ARCO AÓRTICO são transportados para o Tronco Encefálico pelo nervo
vago
• O estímulo nervoso enviado pelos barorreceptores
chegam ao bulbo, em uma região específica
chamada Núcleo do Trato Solitário (NTS)
AUMENTO DA PA
Como o reflexo baroreceptor
atuará

Seio carotídeo envia NTS estimula a A medula caudal ventrolateral


a informação para o medula caudal INIBE a medula rostral
NTS ventrolateral ventrolateral

Catecolaminas: epinefrina A medula rostral ventrolateral, inibida, não


(adrenalina), noraepinefrina conseguirá estimular a liberação de
(noradrenalina) e dopamina catecolaminas, responsáveis pelo aumento
da PA: vasoconstrição

SISTEMA SIMPÁTICO
QUEDA DA PA
Como o reflexo baroreceptor
atuará

Seio carotídeo envia NTS estimula a A medula rostral


a informação para o medula ROSTRAL ventrolateral estimulará a
NTS ventrolateral liberação de catecolaminas

Observe que quando há queda da PA, não Aumento da PA


ocorre o envolvimento da medula caudal
ventrolateral, pois ela inibiria a medula
rostral ventrolateral
DISFUNÇÃO DO BARORRECEPTOR
• Medula caudal ventrolateral
HIPOFUNCIONANTE:
Não irá inibir corretamente a medula Vasoconstrição
rostral ventrolateral, com consequente
aumento de catecolaminas

Taquicardia

Agitação Cefaleia Aumento da PA


Sistema simpático hiperfuncionante
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA
• Mais lento do que o reflex baroreceptor
• Regula a pressão arterial por meio do controle do volume sanguíneo

Percebida por mecanorreceptores Pró-renina é


Perfusão
PA localizados nas arteríolas convertida em
renal
aferentes dos rins renina

Renina Angiotensinogênio Angiotensina I Angiotensina II Aldosterona

ECA
COMO É A FISIOPATOLOGIA DA
HIPERTENSÃO NO MECANISMO RAA?
• A angiotensina II atua no córtex
suprarrenal, estimulando a síntese de
Débito cardíaco = frequência cardíaca x volume sistólico
aldosterona

• A aldosterona aumenta a reabsorção de Aumento da


sódio, levando ao aumento do volume resistência vascular
sanguíneo periférica

• A angiotensina II também atua no


hipotálamo, aumentando a sede e a Sistema RAA é ativado e Diminui volume
ingestão de água. Estimula a secreção do PA sobe sistólico
hormônio antidiurético

Diminui perfusão renal Diminui débito cardíaco


Drogas que atuam no Sistema Renina Antiotensina
IECA
(SRN)
• IECA: Inibidor da Enzima Angiotensina
o Diminui a quant de Angiotensina
o Menor resistência vascular
o Menor proliferação cellular
o + Bradicinina (vasodilatador)

IMPORTANTE
!!
OBS.: um dos principais efeitos colaterais do uso de drogas IECA é a TOSSE. Isso ocorre devido ao aumento
da concentração da Bradicinina: nos vasos, provoca dilatação, mas também causa broncoconstricção a nível
respiratório. Por isso, muitos pacientes hipertensos que fazem uso de IECA não aderem ao tratamento.
Além da tosse, também provoca eritrema
• Mesmo utilizando IECA, vários pacientes HA ainda apresentam Ang II significante
o Porque existem outras enzimas conversoras da Ang I para Ang II, como a Catepsina
A e a Quimase

BRA

• BRA: Bloqueador do Receptor da Angiotensina


o Bloqueia apenas o receptor AT1
o Aumenta o nível sérico de Ang II
o Age no receptor AT2 (que sobrou)
o Vasodilatação e efeito antiproliferativo
o O aumento de Ang II aumentará a atividade da enzima ECA2
o ECA2 transforma Ang II em Ang 1-7  Vasodilatação pelo receptor MAS
• Drogas inibidoras da renina  já saíram
do mercado
o Os indivíduos que o tomavam
tinham maior incidência de AVC

• Não há inibidor da Quimase, pois é


intracelular
Drogas IECA: Drogas BRA (Também chamadas de ARA II)
• Ramipril  Antagonistas do Receptor da Ang II
• Captopril • Candersatana
• Enalapril • Eprosartana
• Lisinopril • Ibersatana
• Perindopril • Telmisartana
ETC • Valsartana
• Olmesartana
ETC

Também são Drogas indicadas para patologias cardíacas (insuficiência cardíaca) e renais (diminuem a
incidência de lesão renal causada pela hipertensão). Também reduzem a proteinuria (perda de proteína pela
urina), retardando a perda de função renal
COMPLICAÇÕES RARAS E
CONTRAINDICAÇÕES DO USO DE IECA OU
BRA
• HIPOTENSÃO
o Podem causar hipotensão na primeira dose, surgindo logo após a primeira vez que o paciente faz uso do
fármaco. Mais comuns nos idosos, sendo o efeito contornável quando ministra uma dose mais baixa nos
primeiros dias, aumentando gradativamente

• AGRAVAMENTO DE FUNÇÃO RENAL


o Em pacientes com Insuficiência Renal Crônica, nos primeiros dias de uso, é possível haver um
agravamento do quadro, devido à elevação da Creatinina. Essa piora é transitória em 99% dos casos. Não
se deve usar esses medicamentos em pacientes com função renal instável ou insuficiência renal aguda

• AUMENTO DO POTÁSSIO SANGUÍNEO


o Ang II também eleva a excreção de potássio nos rins. Com essas drogas, pode ocorrer uma elevação de
potássio sanguíneo (hipercalemia). Ocorre em menos de 3% dos casos, mais comuns em pacientes com
Insuf Renal, diabetes ou IC. Hipercalemia pode levar a arritmias cardíacas graves. Todo paciente que usa
IECA ou BRA deve ter seu potássio monitorizado.
• TOSSE
o Ocorre somente em casos do uso de IECA. A troca por um BRA costuma melhorar o sintoma

• ANGIOEDEMA E ANAFILAXIA
o Complicações graves do uso de IECA. Ocorre em aprox 0,3% dos pacientes. Angioedema também pode
ocorrer com BRA, mas é ainda menos comum (0,1%)

• GRAVIDEZ
o Antihipertensivos são contraindicados na gravidez, podendo causar má-formação fetal
TRATAMENTO
• Brasil faz uso da Diretriz da Sociedade Europeia (ESC)

OBS.: considera o maior valor da sistólica E/OU da diastólica


Exemplo: Sistólica – 142 e Diastólica – 101  será considerado a HA no estágio II, mesmo a sistólica
estando no valor do estágio I
FATORES DE RISCO

• IDADE

• TABAGISMO

• DISLIPIDEMIAS: triglicérides > 150 mg/dl

• DIABÉTICO
TNM: tratamento não
medicamentoso

BCC: bloqueador de
canal de cálcio
DIU: diurético

BB: Beta bloqueador


IMPORTANTE
ASH/IS
H
ESTÁGIO I
NEGRO
NÃO NEGROS
S
• Negros são hiporreninêmicos
• Os BB, IECA ou BRA são menos eficazes
na população hipertensa de etnia negra, por Idade < 60 Idade > 60
estes serem hiporreninêmicos
• Nesse grupo, deve-se optar pela utilização • IECA ou BRA • BCC ou DIU
de Bloqueadores de Canais de Cálcio
(BCC) ou Diurético/Tiazídico

Caso não resolva:


IECA ou BRA
COMBINAÇÃO DE ANTI-HIPERTENSIVOS

I-ECA
Diurético
BRA

Beta- Bloq. Canais de


Bloqueador Cálcio

Sinergismo
MELHORES COMBINAÇÕES

IECA/BR
BCC
A

Comb dupla
IECA/BRA + BCC

Comb tripla
IECA/BRA + ACC + DIURÉTICO
TRIO DE OURO

HIPERTENSÃO RESISTENTE
Hipertensão do Avental
Branco é definida como
valores pressóricos
persistentemente elevados
dentro do consultório com
medidas consideradas normais
nas medidas por monitorização
ambulatorial de 24 horas
(MAPA) ou monitorização
residencial de pressão arterial
(MRPA).

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