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Presenter: Paulo Christian/Felipe Dantas – Team Quality

Treinamento ESD

Date : Julho, 07th 2021


Proprietary and Confidential
Descarga Eletrostática

Conceito

A eletricidade estática é um fenômeno físico que não se vê, mas se sente,


pois causa perda de produção, de tempo, de matéria-prima, podendo ainda
criar incêndios, choque em operadores, contaminações com fuligem ou pó e
causar graves danos aos componentes eletrônicos sensíveis, requerendo
altos custos de manutenção e/ou reparos em serviços de campo.
Objetivo

O objetivo deste treinamento é mostrar a importância que deve ser dada


sobre problemas ocasionados pelas descargas eletrostáticas; alertar e
orientar as equipes técnicas sobre a importância do controle, descrever os
mecanismos, as influências e as sensibilidades de alguns componentes
quando submetidos a essas descargas, bem como sugerir alguns
procedimentos e meios de proteção.
ESD - Definição

A eletricidade estática é a eletrificação de materiais através do contato físico . Uma


descarga eletrostática, ou ESD (do inglês Electrostatic Discharge) ocorre quando há
uma transferência de cargas elétricas entre corpos que possuem diferentes potenciais
eletrostáticos. Essa descarga também pode ocorrer quando os corpos estão muito
próximos ou quando estão em contato direto.
Usualmente o fenômeno é visto na natureza em forma de raios ou quando estamos
potencialmente carregados, essa eletricidade estática é descarregada quando tocamos
em algum objeto metálico, como a maçaneta de uma porta.
Componentes eletrônicos são muito sensíveis às descargas elétricas. Um chip CMOS,
por exemplo, pode ser afetado com uma descarga eletrostática de 250 volts. Uma
pessoa caminhando num carpete, dependendo da taxa de umidade do ar, pode
acumular mais de 1.500 volts
Geração ESD

A descarga eletrostática pode ser gerada essencialmente por três meios: Fricção entre

duas superfícies (triboeletrificação);


Transferência de carga de um material isolante a um material condutor pelo contato
direto ou indução;
A aproximação de dois materiais com potenciais diferentes.
Também é possível a descarga eletrostática pela separação de materiais de diferentes
capacitâncias.

A quantidade de carga acumulada por geração triboelétrica é afetada, principalmente,


pela área de contato, velocidade da separação e umidade relativa. A série
triboelétrica (simplificada), mostrada na tabela abaixo, é utilizada para determinação
da tendência de um material em acumular cargas positivas ou negativas.
Geração ESD
Geração ESD

O nível de umidade relativa do ar no ambiente de trabalho também


interfere nas tensões eletrostáticas. Ambientes com baixos níveis de
Potencial eletrostático
umidade produzem maiores tensões que ambientes com baixos níveis, (Volts)
já que menores cargas são conduzidas na umidade do ar e nos Meios de geração da 10 a 20% 65 a 90%
estática umidade umidade
materiais em ambientes com alta umidade. relativa relativa
Caminhar sobre carpete 35.000 1.500
Veja alguns exemplos:
Quando sentimos um choque de eletricidade estática, estamos Caminhar sobre piso de 12.000 250
vinil
experimentando uma descarga de no mínimo 3.000 volts. Enquanto é
possível sentir uma descarga de 3.000 volts, cargas menores estarão Envelope de vinil com 7.000 600
manual de
abaixo da sensibilidade humana, mas que poderão danificar Instruções
seriamente dispositivos semicondutores. Técnico na bancada 6.000 100

Com o avança da tecnologia, componentes eletrônicos tendem a se


tornar cada vez menores. Com o tamanho reduzido dos componentes, Pegar um saco de 20.000 1.200
polietileno
o espaço entre isoladores e circuitos internos é microscópico, o que
aumenta a sensibilidade ao ESD. A necessidade de proteção ao ESD
aumenta com o avanço da tecnologia.
Efeitos ESD

Os efeitos da ESD sobre componentes eletrônicos são invariavelmente destrutivos. Após uma descarga eletrostática, o
componente pode apresentar falha total, degradação de desempenho, redução da expectativa de vida ou operação
errática.
A imagem abaixo mostra um trecho do interior de um microchip, ampliado por microscópio, danificado após o simples
toque do usuário.

O prejuízo de ESD para componentes eletrônicos podem tomar a forma de falhas passivas ou
falhas catastróficas.

Falha passiva – a descarga não é potencialmente alta para danificar o equipamento, mas
suficiente para causar falhas no sistema, panes, travamentos, falta de desempenho.
Falha catastrófica direcional – quando o componente é danificado no momento da descarga e
a falha é identificada no teste.
Falha catastrófica oculta – quando a falha não chega a danificar o componente no momento
da descarga, continuando a funcionar por um tempo. Geralmente a falha total ocorre quando o
equipamento já está em uso com o cliente.
Controle ESD

O modo básico de proteção contra ESD é conseguido através da combinação de métodos de prevenção do acúmulo de
cargas e mecanismos de remoção de cargas existentes. Para minimizar os problemas com eletricidade estática, podemos
citar 4 regras básicas de proteção:

1.Estações de trabalho (local de trabalho, bancada, ambiente e prevenção pessoal);


2.Transporte e armazenamento;
3.Ensaios periódicos;
4.Fornecedores.

A primeira regra é manter as estações de trabalho protegidas, onde os componentes sensíveis só podem ser manuseados
nesta área.

Para tal proteção, podem ser utilizados dispositivos como pulseiras e calcanheiras dissipativas, ionizadores, superfícies
dissipativas, como mantas, tapetes ou pisos com tratamento dissipativo e controle da umidade relativa do ar.

Os pisos dissipativos são eficientes no sentido de minimizarem a geração de cargas estáticas, através do deslocamento
pela sala de pessoas ou carrinhos de transporte de materiais.

Os ionizadores são equipamentos que lançam íons negativos e positivos no ambiente, de forma a neutralizar as cargas
acumuladas nos objetos sob sua área de proteção, podendo ser de pequeno volume de vazão para uso em bancadas ou
de grande volume, este adequado para salas limpas
Controle ESD

importância do Aterramento
Levando em consideração que cargas elétricas não podem ser destruídas ou eliminadas, devemos ter em
mente que a única forma de controle será o seu desvio para o terra, que constitui um depósito infinito de
cargas.

Todo o processo de ESD necessitará de um bom sistema de aterramento, onde estarão conectados todos
os dispositivos de proteção, como mantas, tapetes e piso dissipativo, pulseiras e calcanheiras,
equipamentos eletrônicos, estações de solda etc.

A qualidade do sistema de terra e sua eficiência são fundamentais para a implementação de qualquer
programa de controle de ESD realmente funcional.
Controle ESD

EPI PARA ESD


A solução mais eficiente para esse problema é a utilização de pulseiras especiais de aterramento
adequadas para a classe de sensibilidade à ESD do componente a ser manipulado. Essas pulseiras
conectam a pele com o terra através de um resistor de 1 Mohm, garantindo que o escoamento das cargas
acumuladas não atinja correntes excessivas e, ao mesmo tempo, evitando os riscos de choques elétricos.

Pulseiras dissipativas

Outra medida que pode ser tomada é o uso, por todo o pessoal com acesso à área onde existir controle de ESD, de
calcanheiras ou biqueiras, que em conjunto com os pisos dissipativos, minimizará a geração de cargas durante os
deslocamentos.
Controle ESD

EPI PARA ESD


A solução mais eficiente para esse problema é a utilização de pulseiras especiais de aterramento
adequadas para a classe de sensibilidade à ESD do componente a ser manipulado. Essas pulseiras
conectam a pele com o terra através de um resistor de 1 Mohm, garantindo que o escoamento das cargas
acumuladas não atinja correntes excessivas e, ao mesmo tempo, evitando os riscos de choques elétricos.
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