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O estudo das Atitudes

• Bibliografia Geral
• Smith, E. R. & Mackie, D. M. (2000). Social Psychology. Philadlephia, PA:
Psychological Press. Cap.7
• Lima, L. (2000). Atitudes: Estrutura e mudança. In J. Vala, & M. B. Monteiro (Eds),
Psicologia Social (Cap. 8, pp.181-225). Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian.

• Bibliografia Específica

• Abelson,R.P & Prentice,D.A (1989) Beliefs as Possesions: A Funcional Perspective.


In A.R. Pratkanis, S.J. Breckeler & A.G. Greenwald (Eds), Attitudes Structure and
Function, (pp.361-381). Hillsdael, N.J: Lawrence Erlbaum.
• Eagly, A. H., & Chaiken, S., (1993). The psychology of attitudes. Forth Worth:
Harcourt Brace Jovanovich, Inc.
• Fazio, R. H.,& Towles-Schwen T. (1999) The MODE Model of attitude-behavior
process. In S. Chaiken & Y. Trope (Eds). Dual process theories in social psychology
(pp.97-116). NY: Guilford Press.
• Zanna, M. P. & Rempel, J.K. (1988). Attitudes: A new look at an old concept. In Bar-
Tal & A.W. Kruglanski (Eds.), The social psychology of knowledge (pp.315-334).
Cambridge, England: Cambridge University Press.
O que são atitudes?

Construto subjacente à expressão avaliativa

De natureza disposicional vs de natureza episódica

Allport (1935); Sheriff & Temporaria -Wilson &


Cantril (1947); Petty Hodges (1992);
& Cacioppo, 1981
A representação mental da Atitude
Representação da informação relevante para a atitude vs
representação da atitude
Representação do continuo bipolar vs representação num
continuo
representação esquemática Judd & Kulik (1980)
representação “tendência central” N.Anderson (1962);
Asch (1946)
representação variância M. Sheriff & C. Sheriff (1961)

Representação não dimensional ex: Fazio 1986

Representação como tendo uma estrutura uni a tri-


dimensional
A estrutura das Atitudes
afecto Atitude como um construto tri-dimensional
• Rosenberg & Abelson, 1960; Breckler,
cog
cp 1984

Atitude como um construto bi-dimensional


cog afecto • Bagozzi & Burnkrant, 1979; Zajonc &
Markus, 1980
Atitude como um construto uni-dimensional
– Afecto: Thurstone, 1929; Zajonc, 1980;
– Cognição: Fishbein & Ajzen, 1975
– Comportamento: Bem, 1975
A relação Atitude e
Comportamento
O comportamento é Elevada relação
parte integrante do Não existe vs existe
conceito de atitude
Existência de relação causal A=>C
As atitudes determinam • Modelo da acção reflectida/planeada
o comportamento • Mode – motivação e oportunidade
determinantes

O comportamento Existência de relação causal


determina/afecta as C=>A
atitudes • Self-Perception
• Self-Justification
(Cognitive Dissonance),
Debate da relação Atitude-
comportamento
Richard LaPiere (1934) - Estudo com casal chinês. 1º Medir
comportamento em restaurantes e hotéis; 2º Escreveu a perguntar
se atendiam asiáticos (50% respondem; 90% destes dizem não)
Conclusão: Não existe relação
Razões pelas quais não se “mede” uma forte relação
• Influência de outras variáveis no comportamento (Calder &
Ross;1973)
• A importância das atitudes regra geral nos estudos é fraca (Calder
& Ross;1973)
• O comportamento e a atitude são medidos a diferentes níveis de
especificidade/ abstracção (Fishbein & Ajzen, 1975)
• Fraca definição do que é o objecto atitudinal-focal
• Diferentes atitudes tem impacto oposto num comportamento
Modelo da acção
reflectiva/planeada
• As atitudes (face aos comportamentos
específicos),conjuntamente com as normas
subjectivas do indivíduo promovem intenções
comportamentais que influenciam as suas
acções.
• Teoria da acção reflectida- Fishbein & Ajzen
(1980)
• Teoria da acção planeada- Ajzen (1991)
=> O indivíduo avalia sistematicamente a
informação disponível, incluindo a
consequências das suas acções.
Mode
Motivação e Oportunidade=
Determinantes do processo activado
Activação automática vs activação
consciente, controlada
GOSTO
Pela simples
“observação” do objecto Quanto maior a associação
entre o objecto e a sua
avaliação maior a probabilidade
desta ser activada ao mesmo
tempo que o objecto (Fazio, 1986)

Duas classes de relação entre a atitude e o comportamento


Mode
Motivação e Oportunidade= Determinantes do
processo activado
Processo espontaneo/automático
As atitudes são activadas automaticamente,enviesam a atenção,
percepção e interpretação da situação, influenciando o comportamento

Objecto de Atenção
selectiva Comportamento
atitude

Activação da Interpretação do
atitude acontecimento/objecto

O comportamento é uma simples consequência


da definição da situação que foi influenciada
pela atitude activada automaticamente.
Mode
Motivação e Oportunidade= Determinantes do processo activado

Processo deliberativo/controlado
O comportamento é resultado de uma análise dos atributos das
alternativas comportamentais diponiveis.
O comportamento é deliberado e intencional => análise de custos e
beneficios Ex: Modelo de Fishbein & Ajzen (1980); Ajzen (1991)

Motivação para se envolver num processamento deliberativo


Oportunidade, tempo e recursos, têm de estar disponíveis
Self-perception theory
(Daryl Bem, 1967, 1972, 1976)

=> Observamos os nossos comportamentos (explícitos ou


imaginados) e seus contextos situacionais e fazemos as
inferências correspondentes:
- disposições; intenções; sentimentos etc.

=> Inferimos as nossas atitudes pela observação das


nossas acções.
Teoria da Dissonância cognitiva – Festinger, 1957
A modificação de atitudes para justificar o comportamento

• A inconsistência entre atitude e comportamento


=> dissonância cognitiva
Estado de dissonância = uma experiência de
activação (arousal) negativa

Qualificações do efeito: É necessário que:

a) o indivíduo atribua a sensação negativa à inconsistência


(Zanna & Cooper, 1974 Cooper & Fazio, 1984);

b) que as consequências do comportamento sejam aversivas


(Cooper & Worchel, 1970) e

c) que o indivíduo se sinta responsável pelas consequências


do comportamento” => não existem “razões suficientes” para
justificar o comportamento (Linda, Cooper, & Jones, 1967;Collins & Hoyt,
1972).
A relação do comportamento e da atitude é em
algo complexa:

•Existe evidência que tanto


a atitude pode influenciar o
comportamento como o
comportamento a atitude.
•Tanto o comportamento
como a expressão da
atitude sofrem o impacto de
outras variáveis.
•È possível que tenhamos
mais de uma atitude face
ao mesmo objecto – que é
ele mesmo multifacetado.
O que são atitudes? Zanna & Rempel, 1988

cog

afecto

cp A representação inclui
Toda a informação sobre informação cognitiva, afectiva
um objecto de atitude é a e comportamental.
base da sua
representação mental. •Dimensões podem não ser congruentes
•Pode ter só uma dimensão – tudo
depende de como o objecto foi
experienciado
Atitudes são sumários avaliativos do objecto (holisticos vs
algébricos), que se associam à própria representação do objecto.

Atitudes  Expressão de atitudes (3 modos de expressar)


Implicações do modelo de Zanna e Rempel (1988)

1. É possível ter mais de uma atitude face ao mesmo


objecto
2. A natureza disposicional vs episódica de uma atitude
passa a ser uma questão empírica e não teórica
3. A avaliação não se confunde com a dimensão afectiva
4. Uma vez expressa a atitude pode ser armazenada
independentemente das suas fontes informacionais
Quando reportamos uma atitude podemos:

Computá-la => activar informação relevante à computação de


uma atitude

A disponibilidade/ acessibilidade da informação


determina a atitude que é reportada.

Activá-la => activar a avaliação previamente feita desse objecto.

A disponibilidade/ acessibilidade da atitude


determina a probabilidade dela ser activada.

Automáticamente vs
Deliberadamente
A acessibilidade
A acessibilidade de
de uma
uma atitude
atitude

Uma atitude armazenada na memória tem maior probabilidade de ser


activada se mais acessível (pratica-frequência; recência; experiência
directa;)
A acessibilidade de uma atitude traduz a sua força (Fazio, 1986,
1989).
Atitudes mais fortes tendem igualmente a ser mais extremas
(e.g.Dowing, et al., 1992)
Atitudes mais fortes têm uma relação mais consistente como
comportamento (e.g. Fazio et al., 1982)
Atitudes mais acessíveis são mais difíceis de modificar (e.g. Bassili &
Fletcher, 1991)
A Função da Atitude Herek, 1983; 1986;Abelson &
Prentice,1989

Teorias funcionalistas (abordagem motivacional –Shavitt, 1989)

Funcão instrumental atitudes como instrumentos de


ou avaliativa categorização dos objectos, de
função utilitária - Katz (1960) estruturação do meio de forma a
Função de conhecimento Snyder etornar acessíveis respostas que
Debono (1989) maximizem as recompensas e
minimizem as perdas para o indivíduo.
Utilização das atitudes como forma de
Função simbólica ou expressar a nossa identidade
expressiva individual (expressão de valores
pessoais) e social (ajustamento social)
e preservar a auto-estima.
Cada atitude pode servir mais de uma função
Quanto mais => mais central => maior a probabilidade de ser
expressa e de guiar o comportamento.
A mensuração da atitude
Interdependência entre teoria e método de mensuração
•Dimensões
•Tendência central vs variância
Métodos de mensuração:
•Escalas de Thurstone –
•Escalas de Likert
•Escalas de Gutman
•Diferencial semântico (3 dimensões: uma é avaliativa)
•Rating-scale ancorada em Gosto- Não gosto

•GSR (galvanic skin response)


•EMG Facial (eletromiogrma facial)
•Inferência a partir de observação de comportamentos

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