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Teoria Macroeconômica 2
Prof. Marcio Janot
Modelo Clássico
Origem da abordagem clássica vem desde “A Riqueza das
Nações” de Adam Smith, publicado em 1776: conceito de
mão invisível.
A validade desta idéia depende de uma hipótese chave: não
há rigidez em nenhum mercado como, p.e., um salário
mínimo. Os preços e salários se ajustam rapidamente para
que a oferta e demanda estejam em equilíbrio em todos os
mercados.
Outra hipótese é que quando os indivíduos perseguem seus
próprios interesses a economia será levada a uma alocação
eficiente, dada uma distribuição de renda e dotação inicial
do país.
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Modelo Clássico
Esta abordagem resulta em fortes
implicações de política:
O governo deveria ter um papel limitado na
economia (proposição normativa)
As políticas governamentais serão
ineficientes para atingir os resultados
desejados, como por exemplo tentar
eliminar os ciclos econômicos (proposição
positiva).
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Macroeconomia Moderna
Início em 1936, com o livro “A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda” de Keynes.
Antes disso, a macroeconomia era chamada de
Teoria dos Ciclos e não conseguia explicar
coerentemente a Grande Depressão de 1929. As
altas taxas de desemprego por vários anos eram
inconsistentes com a teoria clássica e a ”mão
invisível” se mostrou completamente ineficaz.
A Teoria Geral ofereceu uma justificativa coerente
para a intervenção governamental e para o nível
persistentemente elevado de desemprego.
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Modelo Keynesiano
Keynes assumiu que os preços e os salários
se ajustavam lentamente, o que significava
que os mercados poderiam estar fora do
equilíbrio por muito tempo.
Ex: o desemprego é persistente porque os
salários e os preços não se ajustam numa
velocidade suficiente para igualar o número
de pessoas que querem trabalhar com o
número de pessoas que as firmas querem
empregar.
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Modelo Keynesano
Ponto central: Princípio da demanda
efetiva (hoje chamada de demanda
agregada).
No curto prazo, a demanda determina o
produto que retorna ao seu nível natural
de forma lenta.
“No longo prazo, estaremos todos mortos.”
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Modelo Keynesano
Introdução de elementos básicos da
macroeconomia moderna:
Multiplicador
Preferência pela liquidez (papel da
política monetária)
Importância das expectativas para o
consumo e o investimento
“animal spirits” (choques de demanda)
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Modelo Keynesano
Implicações políticas: uso da política fiscal
para tirar a economia da recessão.
Ao aumentar seus gastos em bens e serviços,
elevaria o produto diretamente e faria com que as
firmas contratassem mais, o que elevaria a renda
disponível para consumo dos novos trabalhadores,
que implicaria numa nova fonte de aumento de
demanda que elevaria o emprego ainda mais.
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Síntese Neoclássica
No início da década de 1950 um consenso
baseado em muitas idéias de Keynes e dos
clássicos emergiu como visão dominante até
os anos 1970.
Hicks e Hansen formalizaram as idéias da
Teoria Geral: modelo IS-LM.
A versão inicial foi criticada por não contar
com algumas idéias de Keynes como
expectativas, nem ajustes de preços e
salários.
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Síntese Neoclássica
Teoria do Consumo (Modigliani e Friedman) – papel
das expectativas nas decisões de consumo corrente
Teoria do Investimento (Tobin) – baseada na relação
entre o valor atual dos lucros e o investimento
Teoria da Demanda por Moeda – escolha entre ativos
com base na liquidez, risco e retorno.
Teoria do Crescimento (Solow)
Todas essas contribuições foram integradas em
grandes modelos macroeconométricos.
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Keynesianos X Monetaristas
Com a teoria keynesiana passou-se a
acreditar que era possível que os gvernos
eliminassem todas as recessões.
Friedman questionou as motivações e a
capacidade dos governos de realmente
melhorar os resultados macroeconômicos.
Os debates centralizavam-se em três
assuntos:
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Keynesianos X Monetaristas
1) Política Fiscal x Política monetária
Keynes – defendia a política fiscal para combater
recessões, pois a IS era muito inclinada.
Friedman – “A monetary history of the US 1867-1960”,
a moeda poderia explicar grande parte das
flutuações do produto.
Por fim, chegou-se a um consenso de que ambas as
políticas tinham efeitos reais claros.
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Keynesianos X Monetaristas
2) A curva de Phillips
Não fazia parte do modelo keynesiano
inicial, mas passou a integrar a síntese neo-
clássica, pois conseguia explicar as
variações de preços e salários ao longo do
tempo. Acreditava-se até a década de 60
que havia um trade off entre desemprego e
inflação, mesmo no longo prazo. Essa visão
foi descartada na década de 70.
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Keynesianos X Monetaristas
3) O papel da política econômica
Friedman defendia o uso de regras
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A crítica das Expectativas Racionais
Em meados da década de 1970, dois
fatores abalaram a macroeconomia,
que até então parecia capaz de
explicar os acontecimentos e orientar
as escolhas de política econômica:
1. A estagflação não prevista
2. A revolução das expectativas racionais
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Crítica de Lucas
Os modelos macro não podiam ser usados na
elaboração de políticas, pois não incorporavam
as expectativas explicitamente.
Ex: Se os trabaladores sabem que o governo vai
fazer uma expansão monetária no próximo ano
para reduzir o desemprego, eles irão demandar um
aumento de salário e as firmas vão elevar seus
preços, fazendo com que M/P fique constante e
nem o produto, nem a demanda se altere. Ou seja,
dentro da lógica Keynesiana, somente variações
não esperadas na moeda afetaria o produto.
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Implicações das Expectativas Racionais
Passaram a desempenhar um papel
fundamental nos mercados de bens,
trabalho e financeiro.
Ex: 1) Teoria da renda permanente (Hall) –
consumo segue um passeio aleatório.
2) O modelo de “overshooting” (Dornbusch)
– justificativa racional para os saltos da
taxa de câmbio ultrapassando o seu valor
de equilíbrio.
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Grupos dominantes atualmente
1. Novos Clássicos e a teoria dos ciclos
reais (Prescott)
2. Novos-Keynesianos
3. Nova Teoria do Crescimento
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Crenças Comuns
No curto prazo, variações na demanda
agregada afetam o produto. Maior
confiança do consumidor, déficit público
e expansão monetária tendem a reduzir
o desemprego.
As expectativas desempenham um
papel crucial na economia
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Crenças Comuns (Continuação)
No longo prazo, o produto retorna a seu nível
natural.
A política monetária não afeta o produto no
longo prazo.
A política fiscal afeta o produto tanto no curto
como no longo prazo. Um aumento do déficit
tende a elevar o nível de atividade no curto
prazo e reduzir o investimento e o produto no
longo prazo.
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Áreas de Discordância
O que é o curto prazo, período ao longo
do qual a demanda agregada afeta o
produto?
Qual deve ser o papel das políticas
econômicas? Regras rígidas como
orçamento equilibrado e metas
monetárias ou políticas flexíveis?
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