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ENEM

Exame Nacional do Ensino Médio

CONHECENDO A ESTRUTURA DA
REDAÇÃO

COLÉGIO PIERRE FREITAS


Professora: Dalila Reis
Disciplina: Redação
Turma: 8º ano
PROPOSTA DE REDAÇÃO DO ENEM
O TEXTO DISSERTATIVO - ARGUMENTATIVO

É o tipo textual cobrado pelo ENEM. É um texto opinativo que se


organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele,
a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a
opinião do leitor, tentando convencê-lo de que a ideia defendida é correta.
É argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é
dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. No texto
dissertativo-argumentativo, os parágrafos tem sequência para que o texto
seja de fácil compreensão.
A linguagem escrita é diferente da linguagem falada, usa-se a
linguagem formal.
ESQUEMA DE REDAÇÃO - ENEM

• Tema – os temas da redação do ENEM são de ordem


social, científica, cultural ou política. Na prova, há textos
motivadores que direcionam e orientam o aluno sobre o
tema.

• Tese – é a ideia que você vai defender no texto. Ela deve


estar relacionada ao tema e deve estar apoiada em
argumentos ao longo da redação.

• Proposta de intervenção – uma solução para o problema;


deve respeitar os direitos humanos.
PROPOSTA DE REDAÇÃO DO ENEM
• Muitos vestibulares e outras provas oficiais valorizam
temas propositivos, ou seja, temas que exigem que os
alunos apresentem propostas de intervenção para o
problema discutido.
• É importante lembrar que a proposta de intervenção é
diferente de solução para o problema. O que se
espera do aluno, nesse momento, é que ele apresente
formas de enfrentar o problema.
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS
São recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de
modo a convencer o leitor:
exemplos;
Dados estatísticos;
Pesquisas;
Atos comprováveis;
Citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
Alusões históricas;
Comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.
ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO-
ARGUMENTATIVO
• INTRODUÇÃO – Apresenta-se a ideia central (tese) a ser discutida, de
modo que o leitor saiba de que o texto vai tratar. Corresponde, geralmente,
a um parágrafo.

• DESENVOLVIMENTO – Parte encarregada pelo desdobramento da tese.


Corresponde à exposição dos argumentos, opiniões que comprovam o
ponto de vista contido na introdução. Pode haver mais de um parágrafo,
dependendo da quantidade de linhas disponíveis.

• CONCLUSÃO – É o encerramento do texto. Nesse momento, deve está


bem clara para o leitor a proposta de intervenção apresentada , de modo a
indica os agentes responsáveis por esse processo ( quem? Como? Por
meio de que? Quais serão as consequências?)
ENEM- 2016 - Redação nota mil
No meio do caminho tinha uma pedra
No limiar do século XXI, a intolerância religiosa é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a
administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é laico e defende a liberdade ao culto e à crença religiosa. Por
outros, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados
diariamente por opressores intolerantes.
O Brasil é um país de diversas faces, etnias e crenças e defende em sua Constituição Federal o direito irrestrito
à liberdade religiosa. Nesse cenário, tomando como base a legislação e acreditando na laicidade do Estado, as
manifestações religiosas e a disseminação de ideologias fora do padrão não são bem aceitas por fundamentalistas.
Assim, o que deveria caracterizar os diversos "Brasis" dentro da mesma nação é motivo de preocupação.
Paradoxalmente ao Estado laico, muitos ainda confundem liberdade de expressão com crimes inafiançáveis.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa da USP, a cada mês são registrados pelo menos 10 denúncias de
intolerância religiosa e destas 15% envolvem violência física, sendo as principais vítimas fieis afro-brasileiros. Partindo
dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é
amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se, portanto, maior.
Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a intolerância religiosa, haverá
quem defenda a discriminação. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a intolerância religiosa no
Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia. O
Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior
autonomia religiosa e através dos 3 poderes deverá garantir, efetivamente, a liberdade de culto e proteção; a escola,
formadora de caráter, deverá incluir matérias como religião em todos os anos da vida escolar; a mídia, quarto poder,
deverá veicular campanhas de diversidade religiosa e respeito às diferenças. Somente assim, tirando as pedras do
meio do caminho, construir-se-á um Brasil mais tolerante."
ENEM- 2016 - Redação nota mil

• Tema: “Caminhos para o combate a intolerância religiosa”.


INTRODUÇÃO:
No limiar do século XXI, a intolerância religiosa é um dos principais problemas
que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país
é laico e defende a liberdade ao culto e à crença religiosa. Por outros, as minorias
que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais
profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes.

PROBLEMATIZAÇÃO APONTADA PELA AUTORA: A intolerância religiosa .


Ela expõe duas ideias que mostra a contradição que ocorre no Brasil : O
país é laico, mas ao mesmo tempo, as minorias religiosas sofrem
intolerância”
DESENVOLVIMENTO:
O Brasil é um país de diversas faces, etnias e crenças e defende em sua Constituição
Federal o direito irrestrito à liberdade religiosa. Nesse cenário, tomando como base a
legislação e acreditando na laicidade do Estado, as manifestações religiosas e a
disseminação de ideologias fora do padrão não são bem aceitas por fundamentalistas.
Assim, o que deveria caracterizar os diversos "Brasis" dentro da mesma nação é motivo de
preocupação.
Paradoxalmente ao Estado laico, muitos ainda confundem liberdade de expressão com
crimes inafiançáveis. Segundo dados do Instituto de Pesquisa da USP, a cada mês são
registrados pelo menos 10 denúncias de intolerância religiosa e destas 15% envolvem
violência física, sendo as principais vítimas fieis afro-brasileiros. Partindo dessa verdade, o
então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos
Humanos é amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se, portanto, maior.

• OBSERVE: Para expor seu posicionamento, e embasar seus argumentos, a autora


da redação, utilizou seus conhecimentos sobre o assunto, apontando ideias
paradoxais, citando a Constituição Federal Brasileira a qual garante a liberdade
religiosa, porém ainda há intolerância conforme aponta a pesquisa realizada pela
USP.
CONCLUSÃO:
Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem
alimente a intolerância religiosa, haverá quem defenda a discriminação.
Tomando como norte a máxima do autor, para combater a intolerância religiosa
no Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como
protagonistas a tríade Estado, escola e mídia. O Estado, por seu caráter
socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir
uma maior autonomia religiosa e através dos 3 poderes deverá garantir,
efetivamente, a liberdade de culto e proteção; a escola, formadora de caráter,
deverá incluir matérias como religião em todos os anos da vida escolar; a
mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas de diversidade religiosa e
respeito às diferenças. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho,
construir-se-á um Brasil mais tolerante."
• A autora faz uma citação indireta do sociólogo Zygmun Bauman
mostrando que tem conhecimento sociocultural.
• Proposta de intervenção – apresenta formas de enfrentar o problema.
ATIVIDADE DE REDAÇÃO
• PÁGINAS – 86 e 87

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