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DIREITO DE

FAMÍLIA
REGIME DE BENS E UNIÃO ESTÁVEL
PROF.DR. GUILHERME MARTINS
@advprofguilhermemartins (Insta)
Guilherme Martins Teixeira Borges (Face)
“E DESSA CASA EU SÓ VOU
LEVAR MEU VIOLÃO E NOSSO
CACHORRO”
A partilha de bens na dissolução das
entidades familiares
TEORIA GERAL DOS EFEITOS
PATRIMONIAIS
O regime de bens do casamento é o estatuto patrimonial
das pessoas casadas destinado não só a regular os efeitos
econômicos do casamento entre os consortes, bem como,
destes em face de terceiros. Conjunto de normas de
ordem pública que disciplina a organização econômica
do casamento.
Princípios Aplicáveis aos Regimes de Bens:

■ 1- Da liberdade de escolha (art. 1.639, CC)


■ 2. Da variedade de regimes (art. 1.639, CC).
■ 3. Da mutabilidade motivada ou justificada (art. 1.639,
§2º., CC).
Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência
do Código Civil anterior, Lei n o 3.071, de 1 o de janeiro de 1916 , é
o por ele estabelecido.
■ Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de
bens no casamento:
■ I - das pessoas que o contraírem com inobservância
das causas suspensivas da celebração do casamento;
■ II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
■ III - de todos os que dependerem, para casar, de
suprimento judicial.
■ Das causas suspensivas

■ Art. 1.523. Não devem casar:

■ I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do
casal e der partilha aos herdeiros;
■ II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois
do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
■ III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
■ IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as
respectivas contas.

■ Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo,
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do
inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
■ Art. 1.643. Podem os cônjuges,
■ independentemente de autorização um do outro:
■ I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;
■ II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas
possa exigir.

■ Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente


obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
VÊNIA CONJUGAL

■ Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
■ I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
■ II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
■ III - prestar fiança ou aval;
■ IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam
integrar futura meação.

SÚMULA N. 332 Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz,
quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato
A fiança prestada sem autorização de um dos praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a
cônjuges implica a ineficácia anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade
total da garantia conjugal.
Pacto Antenupcial
■ Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe
seguir o casamento.

■ Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de
seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.

■ Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.

■ Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á
convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.

■ Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de
registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
REGIME DA COMUNHÃO
PARCIAL
REGIME DA COMUNHÃO
PARCIAL

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento,
por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação
dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL

Art. 1.660. Entram na comunhão:


I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na
constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
COMUNHÃO UNIVERSAL
COMUNHÃO UNIVERSAL
COMUNHÃO UNIVERSAL

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:


I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição
suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem
em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos,
quando se percebam ou vençam durante o casamento.
PARTICIPAÇÃO FINAL NOS
AQUESTOS
PARTICIPAÇÃO FINAL NOS
AQUESTOS
SEPARAÇÃO DE BENS
SEPARAÇÃO DE BENS
Súmula 377 - STF
■No regime de separação legal de
bens, comunicam-se os adquiridos
na constância do casamento.
UNIÃO ESTÁVEL
INTRODUÇÃO

■ A FORMAÇÃO SÓCIO-CULTURAL DA FAMÍLIA


BRASILEIRA NOS SÉCULOS XVIII, XIX E XX
■ MATRIMONIALIZADA
■ PATRIARCAL
■ PATRIMONIALISTA
■ INDIVIDUALISTA
■ SACRALIZADA

“Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na


doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-
te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe”
INTRODUÇÃO

■ INDISSOLUBIDADE DO
CASAMENTO
■ ENTIDADE FAMILIAR =
CASAMENTO

CONCUBINATO = DESONRA
A formação da família “informal”

■ REALIDADE SOCIAL X DIREITO BRASILEIRO (CÓDIGO CIVIL DE 1916)

■ O PARADIGMA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A


CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL APÓS 1988

■ RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL NOS ANOS 90


UNIÃO ESTÁVEL

■ Art. 1.723. É reconhecida como entidade


familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família.
REQUISITOS

■ HOMEM E MULHER (CNJ 175/13 E STF)


■ PÚBLICA, CONTÍNUA E DURADOURA e COM INTENÇÃO DE CONSTITUIR
FAMÍLIA

– Relacionamento revestido de clandestinidade, marcado durante sua vigência por


seguidas separações e reconciliações, de efêmera duração, contraído de forma
descompromissada para simples comunhão de leitos.
REQUISITOS

■ TEMPO MÍNIMO??

■ PRECISA DE COABITAÇÃO?

■ UM NAMORO É UNIÃO ESTÁVEL?

■ PRECISA FAZER ALGUMA COISA NO CARTÓRIO?

■ JÁ OUVI FALAR EM “CONTRATO DE UNIÃO ESTÁVEL”...


PRINCIPAIS EFEITOSS

■ NÃO MUDA O ESTADO CIVIL AUTOMATICAMENTE


■ GERA EFEITO PATRIMONIAL (DIVISÃO DE BENS)
■ GERA TODOS OS EFEITOS VINCULADOS A FILIAÇÃO, INCLUSIVE
ALIMENTOS
■ GERA DIREITO REAL DE HABITAÇÃO
■ O COMPANHEIRO PASSOU A SER HERDEIRO TAL QUAL O CONJUGE
(MAIO/2017-STF)
■ GERA EFEITOS PREVIDENCIARIOS (PENSÃO POR MORTE)
■ PODE SER CONVERTIDA EM CASAMENTO

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