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Dosagem de CAR/CAD

Ministério da Educação Prof.José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III


Universidade Federal do Paraná
Setor de Tecnologia
Departamento de Construção Civil

Materiais de Construção III


(TC-034)
MÉTODOS DE DOSAGEM DE CONCRETOS DE
ALTA RESISTÊNCIA ou ALTO DESEMPENHO
CAD / CAR

Prof. José de Almendra Freitas Jr.


freitasjose@terra.com.br
Versão 2019
Dosagem de CAR/CAD Prof.José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III

CONCRETOS DE ALTA RESISTÊNCIA:


 Mais duráveis (quase sempre)
 Mais resistentes – fck ≥ 50 MPa
 Já provados em inúmeras obras reais
 Dosados por métodos específicos
 Aplicar métodos para concretos comuns chega-se a
consumos de cimento absurdos ..…800 …900 Kg/m3
Atualmente o foco é a conjugação da alta resistência com a
alta durabilidade.
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CONCEITOS Burj Dubai

CAD 80 MPa
Concreto de Alto Desempenho
• alta durabilidade
(ensaios específicos)
• alta resistência

CAR
Concreto de Alta Resistência
• alta resistência

(NBR-8953, fck 50 MPa)


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CAD/CAR – características da composição


• Baixa relação água/aglomerante
• Alto consumo de aglomerante (cimento + adições)
• Baixo consumo de água
• Necessidade de aditivos superplastificantes (SP)
• Trabalhabilidade governada pelo SP, não pela água

CONCREBRAS

• Quase obrigatório o uso de adições minerais:


(sílica ativa, argila calcinada ou metacaulim)
• Agregados de boa qualidade (resistência e formato).
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CAD/CAR – características da composição

A/A = Água / Aglomerante

Aglomerantes:
Cimento Portland + Sílica ativa
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CAD/CAR
Pontos positivos
• Resistência à compressão por custo, peso e volume
• Diminuição peças estruturais, mais espaços livres Incorporadora
Munir Abbud

• Redução deformações imediatas


• Redução fluência (2/3 do concreto convencional)
• Aumento durabilidade, menor permeabilidade

Alta Resistência
E-Tower - fck 125 MPa
(42 andares, 162 m)
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CAD/CAR
Pontos positivos
• Maior durabilidade (em geral):
• Menor permeabilidade
• Muito maior proteção contra corrosão das armaduras
• Menor avanço da frente de carbonatação
• Maior resistência ao ataque de ácidos
• Menor penetração de cloretos
• Maior resistência ao gelo-degelo
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Jeddah Tower (Arábia Saudita)


CAD/CAR – propriedades 80 MPa
1.000 m de altura
Pontos positivos
• Redução volume de concreto necessário
• Redução do peso das estruturas
• Maior rapidez de execução
• Alta resistência inicial
• Alto módulo de elasticidade
• Alta resistência a abrasão
• Não apresenta segregação
• Menos emissões de CO2 por MPa
• Custo por MPa menor
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CAD/CAR
Pontos negativos
• Dificuldade de aplicação, maior coesão pelo uso de sílica ativa
• Pouco tempo de eficiência do SP obriga o uso conjunto com inibidores
de pega
• Controle de qualidade mais apurado
• Necessidade maior de cura, devido ao baixo consumo de água
• Retração:
• Autógena – água solidifica ao hidratar o cimento
• Por Secagem - saída da água dos vazios capilares.
• Maior fragilidade ou suporta menos deformações até a ruptura
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CAD/CAR
Pontos negativos
•Alto calor de hidratação
• Consumos cimento alcançam mais de 500 Kg/m3
• Frequente a necessidade de gelo

Controle de temperatura Concreto com gelo

CONCREBRAS
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CAD/CAR – propriedades
Dificuldade de retirar da colher devido a grande coesão gerada pela sílica
ativa. Concreto C 90

Filmes concreto / CENT EMP ANTÁRTICA - C 90 / Moldagem CPs - C 90.mpg


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CAD 80 MPa – Burj Dubai

Filmes concreto / Concretagem / Burj dubai HPC ice.wmv


CONCREBRAS
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CAD/CAR em Curitiba

CESBE

(J. A. Freitas Neto)

Instituto de Educação, 1968


(Atual M.O.N.) fck 40 MPa

Museu Oscar Niemeyer, 2000


fck 35 MPa aos 7 dias ≈ 60 MPa aos 28
CAR para possibilitar protensão no prazo CESBE
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CAR em Curitiba

Irmãos Thá S/A


Irmãos Thá S/A

Evolution Towers 2000 Pilares do Corporativo com fck 60 MPa


fck 60 MPa CAR para aumenta vãos internos
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CAD/CAR
Ed. Vitra, Camboriú – SC, 2019. 62 pavimentos
Palácio da Justiça, Curitiba 2005.
Bloco de coroamento - 4800 m3 - fck 50 MPa, CP-IV 32,
Estrutura inteira em Sílica Ativa, 480 t de gelo, estabilizado 3 dias, pico de
fck 50 MPa temperatura 68,7oC, 5 dias p/ concretar.
Para se alcançar uma maior durabilidade.

Engenharia e Construção
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CAD/CAR no Paraná

(Christófolli, Jorge L.)


(Vicente Babur Ltda)

Centro Empresarial Antártica - Ponta Grossa , 2008


(em construção) Pilares fck 90 MPa - Recorde brasileiro
CAR para melhorar as garagens
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Principais aplicações do CAD/CAR


Estruturas mais leves, peças estruturais menores: 1/3 das aplicações

Burj Califa Evolution Towers


(Dubai) Curitiba
80 MPa 60 MPa
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Principais aplicações do CAD/CAR


Estruturas mais duráveis: 2/3 das aplicações

PONTE ESTAIADA
PONTE ESTAIADA
OTAVIO FRIAS DE OLIVEIRA
SOBRE O RIO NEGRO
25 MPa em 3 dias ≈ 70 MPa aos 28 dias 50 MPa
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Principais aplicações do CAD/CAR


Reparos e reforços estruturais:
Ganho rápido de resistência, excelente
aderência e alta durabilidade.

Concreto – evolução da resistência


IDADE (dias) % da resistência aos 28 dias
3 45%
7 70%
28 100%

Encamisamento de pilar.
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Principais aplicações do CAD/CAR


Estruturas especiais
Jeddah Tower (Arábia Saudita) 80 MPa
1.000 m de altura 'Stattfjord' – Noruega - 60 MPa
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Principais aplicações do CAD/CAR

https://www.slideshare.net/Presentaciones_ICH/2015-10-06semprefkimuraprecastseminarinsantiagofinal
Park City Musashi Kosugi
Estruturas Building – Kanagawa - Japão
especiais
59 pavimentos
203,5 m de altura
Concreto
150 MPa
Com fibras de aço
p/ evitar spalling

S. Sugano, 2007
(Japan Concrete Institute)
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Elementos estruturais de flexão: VIGAS E LAJES

Peças expostas a esforços de flexão:


Flexão = compressão e tração na mesmo peça.
Concreto somente suporta esforços de compressão.
Esforços de tração são suportados pelas armaduras.
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Elementos estruturais de flexão: VIGAS E LAJES


Compressão: suportada pelo concreto e pelas armaduras superiores
(MF positivo)

Tração: suportada pelas armaduras inferiores (MF positivo)

armaduras
superiores

armaduras
inferiores

Corte
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Elementos estruturais de compressão: PILARES


Cargas predominantes de compressão, que são suportadas pelas
armaduras e o concreto.

Cargas

 Armaduras

 Concreto
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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :

Pilares:
Nos elementos estruturais de compressão, o concreto
colabora muito com a resistência da peça.
(capacidade de carga = áreas de concreto + aço)

Uso de CAD/CAR é claramente vantajoso do ponto de vista


técnico e provavelmente do ponto de vista econômico.
(permite minimizar as áreas de concreto e/ou aço)
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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :


Pilares:
Recomenda-se o uso em pilares com índice de esbeltez
λ ≤ 90, tendo em vista a fragilidade maior do CAD/CAR.

(AGUIAR e PINHEIRO, 2008)


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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :


Vigas e lajes:
Nos elementos estruturais de flexão, o concreto colabora pouco a
resistência da peça, o material mais importante é o aço.
Uso de CAD/CAR não é claramente vantajoso, nem do ponto de vista
técnico ou econômico, salvo o aumento da durabilidade, que é relevante
somente para peças expostas à ambientes agressivos.
Para elementos protendidos há a vantagem técnica de permitir a
aplicação da protensão em prazo curto, talvez em 3 dias, nesta idade os
CAD/CAR já devem alcançar 1/3 da resistência aos 28 dias.
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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :


Evolution Towers CAD/CAR só nos pilares e 1/3 da
Curitiba –PR - 2000 altura dos blocos

CAD/Concreto Convencional

Pilar
em CAD
(Eng. Moacir H. Inoue)
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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :


Evolution Towers Bloco c/ 1/3 da altura em CAD C 60
Curitiba –PR - 2000 cura sendo aplicada

(Eng. Moacir H. Inoue)


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Uso de CAD/CAR nos elementos estruturais :

Blocos de coroamento:
Para absorver a carga dos pilares em CAD/CAR, os blocos das
fundações devem ter sua camada superior (altura das esperas das
armaduras) em concreto com o mesmo fck do pilar.

Evolution Towers
pilares em CAD C60
Cuidados com calor de CAD
hidratação (uso de gelo?) e C60
evitar junta fria entre os
concretos diferentes. C30
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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E


O CAD / CAR
Projeto estrutural:
 Diagrama tensão/deformação tende ao diagrama triangular
 Deformações inferiores (encurtamento específico) nos CAR/CAD que nos
concretos comuns

(T. F. AGUIRRE e P. BARBOSA)


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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E


O CAD / CAR
Projeto estrutural:
CONSIDERAÇÃO DA NÃO-LINEARIDADE FÍSICA EM PILARES

Em pilares esbeltos, mesmo pequenas excentricidades causam


deformações por flexão que geram tensões de compressão desiguais.

(AGUIAR e PINHEIRO, 2008)


Nos pilares em CAD/CAR, a situação é mais crítica, pois tem limites
menores de deformação plástica na flexão.
A consideração da não-linearidade física pode ser feita por meio da
relação momento-normal-curvatura para cada seção.
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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E


O CAD / CAR
Projeto estrutural:
PERDA DO COBRIMENTO EM PILARES
Os pilares em CAD/CAR, podem apresentar perda prematura do
cobrimento.

(AGUIAR e PINHEIRO, 2008)


Em concretos de baixa resistência, a ruptura ocorre de forma gradual,
com o cobrimento desprendendo-se lentamente.
Nos pilares em CAD/CAR, que é um concreto mais frágil, as altas
tensões de compressão podem conduzir à instabilidade do cobrimento e
a ruptura explosiva.
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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E O CAD / CAR


Projeto estrutural:
PERDA DO COBRIMENTO EM PILARES
Os estribos formam um plano natural de separação da camada de
cobrimento de concreto.

(AGUIAR e PINHEIRO, 2008)


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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E


O CAD / CAR

Produção em centrais de concreto:


 Controle rigorosíssimo da umidade nos agregados e nos aditivos
 Agregados selecionados: Miúdos naturais, areia de quartzo?, graúdos não
lamelares e com resistência maior que o fc planejado.
 Sequencia na betoneira: agregados, aglomerantes (CP + SA), 80% da água.
Mistura 5 minutos. Saldo da água com a aditivos SP e inibidor. (Evita absorção
do SP pelos grãos dos agregados)
 Caminhões betoneiras com 60% da capacidade para melhor mistura e
minimizar problemas com a aderência do concreto ao balão
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DIFERENÇAS ENTRE OS CONCRETOS CONVENCIONAIS E


O CAD / CAR
Execução da obra:
 Formas e concretagens mais caprichadas
Cuidados para não misturar concretos com diferentes resistências
 Sílica ativa aumenta a coesão
 Altíssimas resistências 100MPa concretos bem coesos
(dificuldades de transporte, bombeamento??)
Alto consumo de cimento gera maior calor de hidratação
 Concreto com gelo em peças volumosas
 Maior necessidade de cuidados com a cura
 Eventuais “bicheiras” são mais difíceis de corrigir.
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MICROESTRUTURA DO CAD/CAR
FASE AGREGADO
• Rocha com alta resistência
• Lamelaridade prejudica
FASE PASTA MATRIZ
• Baixas relações A/A minimizam vazios
• Sílica ativa, mais C-S-H e efeito microfiler
ZONA DE TRANSIÇÃO
• Baixas relações A/A e a SA melhoram muito a ZT.

(Aïtcin, 2000)
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MATERIAIS CONSTITUINTES
AGLOMERANTES
CIMENTO
• ACI 363R-92 primordial que varie pouco
• Brasil - CP II E 40, CP V ARI ou CP V ARI RS
As adições minerais são aglomerantes
relação A/A = Água / (Cimento + Sílica Ativa)
SÍLICA ATIVA
• Em adição ou substituição de parte do cimento
• Aumenta resistência mecânica e durabilidade
• Aumenta coesão, diminui a segregação e exsudação
• Reduz retração, porosidade e permeabilidade.
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MATERIAIS CONSTITUINTES
AGLOMERANTES
CIMENTO PORTLAND
• ACI 363R-92 primordial que varie pouco
• Brasil - CP II F 40, CP V ARI ou CP V ARI RS
As adições minerais são aglomerantes
relação A/A = Água / (Cimento + Sílica Ativa)
SÍLICA ATIVA SÍLICA ATIVA
• Em adição ou substituição de parte do cimento
• 5 A 10% da massa de aglomerantes
• Aumenta resistência mecânica e durabilidade
• Aumenta coesão, diminui a segregação e exsudação
• Reduz retração, porosidade e permeabilidade.
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Aglomerantes
Cimento Portland (CP) + Sílica Ativa (SA)
Usual SA representando 5 a 10 % da massa total dos aglomerantes.
% SA = 8,0% da massa dos aglomerantes
ME SA = 2,22 Kg/litro ME CP = 3,14 Kg/litro

EXEMPLO: Massa total de aglomerantes: 500 Kg


Massa de SA = 40 Kg Massa de CP = 460 Kg
Volume = Massa / ME
Volume SA = 40/2,22 = 18,0 litros
Volume CP = 460/3,14 =146,5 litros

EXEMPLO: Volume total de aglomerantes: 160 litros


Vol CP = { ( V aglomerantes x ME CP x ME SA) / [ME SA + ME CP x %SA / (1 - %SA ) ] } / ME CP

Volume CP = 142,5 litros = 142,5 x 3,14 = 447,4 Kg ou 92,0%


Vol SA = V aglomerantes - Vol CP
Volume SA = 160 – 142,5 = 17,5 litros = 17,5 x 2,22 = 38,9 Kg ou 8,0%
(Freitas Jr, J. A.)
Total = 447,4 + 38,9 = 486,3 Kg
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MATERIAIS CONSTITUINTES
AGREGADOS MIÚDOS
• Seleção é importante
• Grãos arredondados, s/ impurezas e s/ muitos finos
• Preferencialmente areia natural
• Em maiores fck – mistura com areia de quartzo.
Areia de Quartzo Areia Natural

(Freitas Jr, J. A.)

% de umidade no estado SSS permite melhor consideração da água por desconsiderar a que está
absorvida pelos grãos dos agregados.
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MATERIAIS CONSTITUINTES
AGREGADOS GRAÚDOS
• Seleção é importante
• Rocha com resistência superior ao fck pretendido
• Preferencialmente grãos não lamelares ou agulhas
• Britas no 1 ou 2.
Brita no 1
Grão de brita de
granito

(Freitas Jr, J. A.)

% de umidade no estado SSS permite melhor consideração da água por desconsiderar a que está
absorvida pelos grãos dos agregados.
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MATERIAIS CONSTITUINTES
ADITIVO SUPERPLASTIFICANTE
Sem SP, impraticável utilizar concretos com relação
A/A<0,4
Verificação da compatibilidade com o cimento é vital.
Aditivos SP – alto custo
Interação dos SP com o cimento é complicada
Utiliza-se a aplicação simultânea com inibidores de
hidratação para se obter um maior tempo de eficiência.
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MATERIAIS CONSTITUINTES

•ADITIVO INIBIDOR DE HIDRATAÇÃO


• Não é obrigatório para a produção de
CAR/CAD mas facilita muito a sua aplicação
devido ao curto período de eficiência dos
aditivos SP.
RECOVER - Grace
•Tem a finalidade de aumentar o tempo de
eficiência do aditivo SP, possibilitando a
ocorrência do início de pega após duas horas
da mistura.
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ADITIVO SUPERPLASTIFICANTE

Concreto sem SP Concreto com SP

100 g de SP ou 1% da massa do aglomerante

Filmes concreto / Slump tes aditivo e sem / Slump Test - Sem aditivo Filmes concreto / Slump tes aditivo e sem / Slump Test - Aditivo Plastificante
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ADITIVO SUPERPLASTIFICANTE
Moléculas sólidas

Filmes concreto / Aditivos / Superplastificante em pó.wmv


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Concreto com aditivo SP e sílica ativa na betoneira:


fluidez + coesão

Filmes concreto / CENT EMP ANTÁRTICA - C 90 / Mistura Bet - Fluido - C 90.mpg


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MATERIAIS CONSTITUINTES
COMPATIBILIDADE AGLOMERANTES-ADITIVO SP
• Ensaio com o funil de Marsh para determinação ponto de saturação do aditivo SP
(otimiza consumo do SP)
• Mede o tempo que pastas dos aglomerantes, (cimento, sílica ativa e água), com
diferentes teores de aditivo SP, levam para preencher um litro.

(Freitas Jr, J. A.) (Freitas Jr, J. A.)


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MATERIAIS CONSTITUINTES
COMPATIBILIDADE CIMENTO e ADITIVO SP
Através deste teste encontra-se a combinação mais adequada dos aglomerantes com o
aditivo SP, que serve como referência para o % de aditivo a ser usado nos CAD/CAR.
Ensaio de fluidez da pasta, com o cone de Marsh.

Fração de sólidos é a parte de sólidos do


SP da massa do SP, o resto é água e

(Freitas Jr, J. A.)


deve ser computado na relação A/A.

Fração de sólidos do SP = 0,30 (ensaio)

% SP em relação a massa de
aglomerantes
0,2; 0,3; 0,4; 0,5; 0,8 e 1,0%
Tempos de 5, 30 e 60 minutos.
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Ensaio de fluidez da pasta - cone de Marsh

Filmes concreto / Slump tes aditivo e sem / Cone Marsh.wmv


O Ponto de saturação do SP com o ensaio do Cone de Marsh é determinado somente com os aglomerantes, água e o SP.
Provavelmente, no concreto, devido a presença dos agregados o consumo do SP será um pouco superior.
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ADITIVOS SP – cálculos sobre a fração de sólidos


Exemplo:
ME aditivo SP = 1,087 Kg/litro (Ensaio)
Fr Fração de sólidos SP = 0,300 (Ensaio)
Cone de Marsh =1,33% (Ensaio)
ME sólidos SP = (ME aditivo SP - 1 + Fr Fração de sólidos SP ) / Fr Fração sólidos SP
ME sólidos SP =1,290 Kg/litro

Cálculos para 1 Kg de aditivo SP


Massa de sólidos = 0,300 Kg
Volume sólidos SP = 1 x Fr Fração de sólidos SP / ME sólidos SP
Volume dos sólidos = 0,233 litros
Volume de água = 1 - Massa de sólidos
Volume da água = 0,700 litros
(Freitas Jr, J. A.)
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ADITIVOS SP – cálculos sobre a fração de sólidos

Para uma massa de aglomerantes


Ensaios: Massa de aglomerantes= 500 Kg
ME Sílica Ativa= 2,22 Kg/litro Massa SP = Massa de aglomerantes x % Cone de Marsh
ME Cimento = 3,14 Kg/litro Massa de SP = 1,33% x 500 = 6,65 Kg
ME aditivo SP = 1,087 Kg/litro Volume total SP = Massa SP / ME aditivo SP

ME sólidos SP = 1,290 Kg/litro Volume total SP = 6,65 / 1,087 = 6,118 litros


Fr Fração de sólidos SP = 0,30 Massa de sólidos = Massa de SP x Fr Fração de sólidos SP

Cone de Marsh =1,33 % Massa de sólidos = 6,65 x 0,30 = 1,995 Kg


Volume sólidos SP = Massa de sólidos / ME sólidos SP
Volume de sólidos = 1,995 / 1,290 = 1,547 litros
Volume de água = Volume Total SP - Volume de sólidos
Volume de água = 6,118 – 1,547 = 4,571 litros
(Freitas Jr, J. A.)
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LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E CURA

• Não devem ocorrer atrasos na entrega


• O adensamento é importante para se alcançar a
resistência elevada
• Abatimento usual de 180 a 220 mm
• A cura é importante para não fissurar e não faltar água
para a hidratação.
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MICROESTRUTURA

http://lgam.wikidot.com/high-performance-concrete
Poros capilares muito pequenos
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MICROESTRUTURA
Baixas relações A/A minimizam vazios
Sílica ativa, forma mais C-S-H e efeito microfiler preenche os vazios.
Pasta Matriz sem poros e
com muito C-S-H
(Aïtcin, 2000)

ZT “perfeita”

Tendência de ruptura
dos grãos dos
(Mendes, S; 2002)

(Mendes, S; 2002)
agregados
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ENSAIOS DE RUPTURA

(Eng. Jorge Christófoli)


Concreto C 90 Concrebras
Centro Empresarial Antártica, Ponta Grossa -PR

Alta resistência à leva prensas ao limite e pode causar


rupturas explosivas.
Arquivo: Filmes concreto / CENT EMP ANTÁRTICA - C 90/ Romp-104 MPa
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PROPRIEDADES NO ESTADO ENDURECIDO


• Maior resistência à abrasão
• Menor permeabilidade
• Sofre menos carbonatação
• Mais resistente ao gelo-degelo
• Mais resistente aos ataques químicos
• Resistente as reações álcali-agregado
• Muito menos corrosão das armaduras.
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MÉTODOS DE DOSAGEM
Finalidade: Construir diagramas de dosagem dos concretos, especificamente
para materiais selecionados.

Para ajustar curvas precisa-se de 3 pontos. O ideal,


para melhor precisão é obter 5 ou 6 pontos para
Exemplo de diagrama então ajustar-se a curva mais adequada.
para o método do
IPT/EPUSP modificado
Definições preliminares para as
Aglomerantes
metodologias tratadas:
• Que os agregados não limitam a
resistência
• DMC do ag. graúdo
• Abatimento desejado (usual 180 a 220mm)
• % de Sílica Ativa (5 a 10%)
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MÉTODOS DE DOSAGEM ESPECÍFICOS PARA


CAR / CAD

• Método MEHTA/AÏTCIN
(MEHTA & AÏTCIN 1990)

• Método AÏTCIN
(AÏTCIN 2000)

• Método IPT/EPUSP modificado


(CREMONINI et al., 2001)
* Solicitar planilha Excel ao professor.
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Características:
• Projetado para resistências de 60 a 120 MPa
• Otimiza principalmente o aditivo SP
• Segue conjunto de tabelas com valores determinados por uma
série grande de ensaios
• Consumo de água tabelado por resistências
• Volume da pasta é sempre 35% do total
• Volume dos agregados 65%
• Necessita ensaios preliminares de Massas Específicas e
compatibilidade do aditivo SP
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Ensaios Preliminares:
ME ag. miúdo (SSS) Ag. miúdo h%
ME ag. graúdo (SSS) Ag. graúdo h%
ME Sílica Ativa ME Cimento Portland

Aditivo Superplastificante:
Fração de sólidos SP
Ponto de saturação pelo Cone Marsh
* SSS = agregado com grão Saturado com Superfície Seca
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Montagem do diagrama de dosagem:
Para se montar o diagrama por utiliza-se as faixas de resistências
previstas, fixa-se os pontos (de 3 a 6) com estimativas iniciais de
resistências.
Calcula-se os quantitativos dos materiais por meio das tabelas do
método e produz os concretos ajustando a quantidade de SP para
atingir o abatimento desejado.
Depois se corrige a relação A/A com a água contida nos eventuais
acréscimos do SP.
Após a ruptura dos CPs à compressão é possível montar o diagrama.
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Sequencia de passos:
a) Intervalos de resistências: 50,
50 65, 75, 90, 105 e 120 MPa, (extrapolação para a faixa
A0 de 50 MPa)
b) Estima consumos de água entre 120 e 190 litros/m3 conforme as resistências
previstas
TABELA 1
Resistência Média prevista Consumo máximo de água
Traço
(MPa) (litros/m3)
*A0 50 190
A 65 175
B 75 160
C 90 145
D 105 135
E 120 120
* Extrapolação faixa A0 – cimentos CP V produzem resultados melhores que os cimentos
estudados para a criação do método.
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
c) Volume total pasta (cimento + sílica ativa + água + ar incorporado) é 350
litros/m3, subtrai-se volume da água e de ar incorporado;
(pasta 0,35/ agregados 0,65)
d) Determina-se os volumes de cimento (CP) e sílica ativa (SA), conhecendo
suas massas específicas (ME) e % sílica ativa

e) Volume total agregados 650 litros/m3


As relações volumétricas dos agregados miúdos e graúdos, variam de
acordo com a resistência
O decréscimo no consumo de água e aumento do SP, aumenta o consumo
de agregados graúdos
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN

Relações volumétricas entre os agregados graúdos e miúdos aplicadas pelo


método:

TABELA 3 Relação volumétrica dos agregados


Nível de resistência miúdos : graúdos
A0 (extrapolação) 2,05 : 2,95
A 2,00 : 3,00
B 1,95 : 3,05
C 1,90 : 3,10
D 1,85 : 3,15
E 1,80 : 3,20
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
f) Define-se consumos em massas com as ME
(agregados no estado saturado com superfície seca)
f) Dosagem inicial de SP pelo resultado do ensaio do cone de Marsh
g) Corrige-se a dosagem subtraindo-se a água contida nos agregados e aditivo SP
h) Durante a produção ajusta-se, por tentativas, a quantidade de SP para alcançar o
abatimento desejado (180 a 220 mm).

(Freitas Jr, J. A.)


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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
EXEMPLO:
Definições pelo método:
Volume de pasta = 35% do volume total
Volume agregados = 65% do volume total
Definições técnicas:
% SA = 8,0% da massa dos aglomerantes
Ar incorporado = 1,5% do volume total
Ensaios Preliminares:
ME ag. miúdo (SSS)= 2,65 Kg/litro ME ag. graúdo (SSS) = 2,67 Kg/litro
ME Sílica Ativa = 2,22 Kg/litro ME Cim. Portland = 3,14 Kg/litro
Fração de sólidos SP = 0,30 Cone Marsh= 1,33%
h ag. miúdo= 1,25% h ag. graúdo = 0,46%
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Volumes (m3) dos aglomerantes cimento e sílica-ativa
Formulário utilizado:
V aglomerantes = Volume CP + Volume SA ... Massa SA = % SA x (Massa CP + Massa SA)
Massa SA = % SA x Massa CP + % SA x Massa SA ....Massa SA = [%SA / (100 - %SA)] x Massa CP
Massa CP / ME CP + Massa SA / ME SA = Volume aglomerantes

TABELA 2 VOLUMES (litros) dos componentes da pasta (por m3 de concreto)


Traço Água (litros) Ar (litros) Aglomerantes (litros) CP (litros) SA (litros)
(Tabela 1) (Estimado) (0,350 - V água e V ar) (Fórmula 1) (Fórmula 2)
A0 190 15 145 129 16
A 175 15 160 142 18
B 160 15 175 156 19
C 145 15 190 169 21
D 135 15 200 178 22
E 120 15 215 191 24

ME Sílica Ativa= 2,22 Kg/litro

ME CiP = 3,14 Kg/litro


Fórmula 2: Vol SA = V aglomerantes - Vol CP
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
VOLUMES (litros) dos agregados secos por m3 de concreto:
Volume de ag. graúdo + Volume de ag. miúdo = 0,650 m 3
Volume ag. miúdo = Volume ag. graúdo x Relação volumétrica miúdo / graúdo
TABELA 4 Volumes (litros) dos agregados secos

Traço
TABELA 3 - Relação Agregado Graúdo (litros) Agregado Miúdo (litros) Total agregados
miúdos : graúdos (Fórmula 3) (Fórmula 4) (litros)
A0 2,05 : 2,95 383,5 266,5 650
A 2,00 : 3,00 390,0 260,0 650
B 1,95 : 3,05 396,5 253,5 650
C 1,90 : 3,10 403,0 247,0 650
D 1,85 : 3,15 409,5 240,5 650
E 1,80 : 3,20 416,0 234,0 650
Fórmula 3: Volume agregado miúdo = [ 650 / ( 1 + Fração graúdos / Fração miúdos ) ] x 1000
Fórmula 4 : Volume agregado graúdo = 650 - Volume agregado miúdo
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Materiais secos em MASSAS (Kg) por m3 de concreto:
Massa = Volume x ME
SP = % Cone de Marsh x Fração de sólidos x (M CP + M SA)
TABELA 5 Massas (Kg) dos materiais secos
CP SA Água Ag. Graúdo Ag. Miúdo SP * Massa
%SA
Traço (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) A/A Total
(massa) 
(Fórm.5) (Fórm.5) (Tabela 2) (Fórm. 5) (Fórm. 5) (Fórm. 6) (Kg 
A0 405,4 35,3 8,0 190 1023,9 706,2 1,76 0,43 2.362,7
A 447,4 38,9 8,0 175 1041,3 689,0 1,94 0,36 2.393,6
B 489,3 42,5 8,0 160 1058,7 671,8 2,12 0,30 2.424,5
C 531,3 46,2 8,0 145 1076,0 654,6 2,30 0,25 2.455,4
D 559,2 48,6 8,0 135 1093,4 637,3 2,43 0,22 2.476,0
E 601,2 52,3 8,0 120 1110,7 620,1 2,61 0,18 2.506,9
ME ag. miúdo (SSS)= 2,65 Kg/litro Fórmula 5: Massa = Volume x ME
ME ag. graúdo (SSS) = 2,67 Kg/litro
Fórmula 6 : SP = % Cone de Marsh x Fr Fração de sólidos SP x (M CP + M SA)
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Materiais úmidos em MASSAS (Kg) por m3 de concreto:
TABELA 6 Massas (Kg) dos materiais úmidos
Agregado Graúdo Agregado Miúdo SP *
CP SA Água (Kg) Massa
água Rel.
 Traço (Kg) (Kg) Líquida (Kg) (Kg) água (Kg) (Kg) água (Kg) Total
(Kg) A/A
Tab.5 Tab.5 Fórm.7 Fórm.8 Fórm.8 Fórm.9 Fórm. 10 Fórm.11 (Kg)  
Fórm.9
A0 405,4 35,3 172,4 1028,7 4,7 715,1 8,8 5,86 4,10 0,43 2.376,2
A 447,4 38,9 157,1 1046,1 4,8 697,6 8,6 6,47 4,53 0,36 2.406,9
B 489,3 42,5 141,8 1063,5 4,9 680,2 8,4 7,07 4,95 0,30 2.437,7
C 531,3 46,2 126,5 1081,0 4,9 662,7 8,2 7,68 5,38 0,25 2.468,5
D 559,2 48,6 116,3 1098,4 5,0 645,3 8,0 8,08 5,66 0,22 2.489,0
E 601,2 52,3 101,1 1115,8 5,1 627,9 7,8 8,69 6,08 0,18 2.519,7
Fórmula 7: Água líquida = água total - água presentes nos agregados e no SP Fração de sólidos SP = 0,30
Fórmula 8: Massa úmida agregado= Massa seca x (1 + h% /100) Cone Marsh= 1,33%
Fórmula 9: Água no agregado = Massa seca x h% h ag. miúdo= 1,25%
Fórmula 10: Massa do SP líquido = Massa total de aglomerantes x % Cone Marsh h ag. graúdo = 0,46%
Fórmula 11: Água no SP = Massa do SP líquido x ( 1 - Fração de sólidos do SP)
* A dosagem do SP obtida pelo resultado do cone de Marsh é preliminar, produzindo-se o concreto provavelmente haverá a
necessidade de acréscimos do SP
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MÉTODO MEHTA/AÏTCIN
Exemplos de Concretos Produzidos – ajustes de SP

Massas dos materiais


TABELA 7 SP acrescido
úmidos
Ag. Água
CP SA
Água Ag. SP SP Água A/A
Líquida no SP Abat.
Traço Graúdo Miúdo previsto acrescido Total corrigi
(Kg) (Kg) acrescido (mm)
(Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) * (Kg) ** da
(Kg)
A0 405,4 35,3 172,4 1.028,7 715,1 5,86 1,80 1,26 191,3 0,43 180
A 447,4 38,9 157,1 1.046,1 697,6 6,47 2,10 1,47 176,5 0,36 190
B 489,3 42,5 141,8 1.063,5 680,2 7,07 2,20 1,54 161,5 0,30 190
C 531,3 46,2 126,5 1.081,0 662,7 7,68 2,40 1,68 146,7 0,25 200
D 559,2 48,6 116,3 1.098,4 645,3 8,08 2,40 1,68 136,7 0,22 190
E 601,2 52,3 101,1 1.115,8 627,9 8,69 2,45 1,72 121,7 0,19 180
* Os acréscimos de SP são para se alcançar o abatimento desejado.
** Água total = água prevista + água que foi junto com os acréscimos de SP.
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MÉTODO AÏTCIN
Características:
• Projetado para resistências entre 40 e 160 MPa.
• Segue o ACI 211/2001, baseado em resultados empíricos e do
critério do volume absoluto
• Otimiza o consumo de cimento
• Funciona para concretos com ar incorporado, (considera a redução
da resistência causada pelas bolhas de ar)
• Necessita de informações preliminares dos materiais (MEs,
absorção dos agregados,...)
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MÉTODO AÏTCIN
Ensaios Preliminares:
ME Sílica Ativa ME Cimento Portland
ME ag. miúdo (SSS) ME ag. graúdo (SSS)
% umidade ag. miúdo % umidade ag. graúdo

Aditivo Superplastificante
ME aditivo Fração de sólidos ME sólidos SP
Ponto de Saturação pelo Cone Marsh

* SSS = agregado com grão Saturado com Superfície Seca


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MÉTODO AÏTCIN
Montagem do diagrama de dosagem:
Para se montar o diagrama por esta metodologia, fixa-se 3 a 6 estimativas
iniciais de resistências.
Se calcula, os quantitativos dos materiais por meio dos ábacos do método
e se produz os concretos ajustando a quantidade de SP para atingir o
abatimento desejado.
Depois se corrige a relação A/A com a água contida nos eventuais
acréscimos do SP.
Após a ruptura dos CPs à compressão é possível montar o diagrama.
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MÉTODO AÏTCIN
Passos: Relação Água/Aglomerante
Preliminarmente estabelecidos: abatimento e % de SA
• Define-se as relações A/A conforme a resistência pretendida através do ábaco

160

140

120
Extrapolação do gráfico devido aos
cimentos CP V produzirem
fc (M P a )

100
resultados melhores que os
80 cimentos estudados p/ criação do
método.
60

40
0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45

A/A
Lim Inf. Média Lim. Sup.
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MÉTODO AÏTCIN
Passos: Consumo de água

b) Com o ábaco do método, (teor de água x ponto de saturação do SP, pelo


ensaio do cone de Marsh)

Usando cimento CP V, com menos de 135 l/m3 provavelmente não se


alcança o abatimento desejado.
Extrapolação do gráfico pode ser necessária devido aos aditivos SP atuais, 3ª geração, produzirem
resultados melhores que os aditivos testados para a montagem do ábaco.
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MÉTODO AÏTCIN
Dosagem do aditivo SP e do agregado graúdo

c) Dosagem inicial de SP pelo resultado do ensaio do cone de Marsh


d) Quantidade agregados graúdos estimada em função da forma dos grãos,
com ábaco do método em Kg/m3

e) Ar incorporado estimado em 1,5%


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MÉTODO AÏTCIN
Dosagem dos materiais
f) Aplica-se a planilha do método, que procede aos cálculos a partir dos volumes
e M.E. para a definição das quantidades dos materiais para a produção de 1
m3 e uma betonada com 74 Kg de concreto (30 litros=betoneira de laboratório).
(74 Kg = massa p/12 CPs 10x20, + ensaio de densidade).

g) Ajusta-se, por tentativas, a quantidade de SP p/ alcançar o abatimento


desejado. Corrige-se a água contida no aditivo SP.

(Freitas Jr, J. A.)


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MÉTODO AÏTCIN
EXEMPLO: A/A= 0,4 (1)
Definições pelos Água = 135 litros/m3 (2)

ábacos do método: Agregado graúdo = 1050 Kg/m3 (5)

Ar = 1,5%(6) =15 litros/m3 (10)

Ensaios Preliminares:
ME Ag miúdo (SSS) = 2,65 Kg/litro
h Ag miúdo = 1,25%
ME Ag.graúdo (SSS) = 2,67 Kg/litro
h Ag.graúdo= 0,46%
ME Sílica Ativa= 2,22 Kg/litro
Cone Marsh= 1,33%
ME Cimento = 3,14 Kg/litro
ME sólidos SP = 1,290 Kg/litro
ME aditivo SP = 1,087 Kg/litro * A dosagem do SP obtida pelo resultado do cone de Marsh é
preliminar, produzindo-se o concreto provavelmente haverá a
Fr Fração de sólidos SP = 0,30 necessidade de acréscimos do SP
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Células com: Fundo amarelo: Definições pelos ábacos


MÉTODO AÏTCIN
Fundo laranja: Resistência escolhida
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 (SSS) Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0        
1 3
A/A 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5  
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0
5 9 5 18 17 27
Agr. Graúdo  
1.050,0
13 14 20 19 28
Agr. miúdo  
       
6 10
Ar incorporado 1,5%
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
12 16 22 31 30
Total 1.000,0
A/A= 0,4 (1)
Água = 135 litros/m3 (2) [1] = definição [3] = [2] / [1] [5] = ábaco
Agregado graúdo = 1050 Kg/m3 (5)
Coluna 1 - [2] = ábaco [4.2] = [3] x 8% [6] = estimativa
Ar = 1,5%(6) =15 litros/m3 (10)
%SA = definição [4.1] = [3] – [4.2] [7]= ensaio Marsh
Cone Marsh= 1,33%
1,33 (7)
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MÉTODO AÏTCIN
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 (SSS) Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0 135,0
         
1 3
A/A, Aglom. 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5 98,9  
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0 12,2
5 9 5 18 17 27
Agr. graúdo  
1.050,0 393,3
13 14 20 19 28
Agr. Miúdo   344,7        
6 10
Ar incorporado 1,5% 15,0
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
1,044
12 16 22 31 30
Total 1.000,0
Coluna 2 -
ME Ag.graúdo (SSS) = 2,67 Kg/litro
[12] Vol.Total fixo =1.000 litros [8.1] Vol. CP = [4.1] / ME CP [8.2] Vol. SA = [4.2] / ME SA
ME Sílica Ativa= 2,22 Kg/litro
ME Cimento = 3,14 Kg/litro
[9] Vol. ag. graúdo = [5] / ME ag. graúdo (SSS) [10] Vol. Ar = 1000 x 1,5%
Fr Fração de sólidos SP = 0,30 [11] Vol. sólidos SP = [3] x [7] x Fr Fração sólidos SP / ME sólidos SP
ME sólidos SP = 1,290 Kg/litro [13] Vol. Ag. Miúdo= [12] – ( [2] + [8.1] + [8.2] + [9] + [10] + [11] ) (fecha o 1000 litros)
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MÉTODO AÏTCIN
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 (SSS) Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0 135,0
 
135,0
       
1 3
A/A, Aglom. 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5 98,9 310,5  
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0 12,2 27,0
5 9 5 18 17 27
Agr. Graúdo  
1.050,0 393,3 1050,0
13 14 20 19 28
Agr. miúdo   344,7 913,3
       
6 10
Ar incorporado 1,5% 15,0
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
1,044 1,347
12 16 22 31 30
Total 1.000,0 2437,2
ME Ag miúdo (SSS) = 2,65 Kg/litro
Coluna 3 - [14] = [13] x ME ag. miúdo (SSS)
ME aditivo SP = 1,087 Kg/litro
[15] = Massa sólidos SP = [11] x ME sólidos SP
ME sólidos SP = 1,290 Kg/litro
[16] = [2] + [4.1] + [4.2] + [5] + [14] + [15]
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MÉTODO AÏTCIN
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 (SSS) Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0 135,0
 
135,0
       
1 3
A/A, Aglom. 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5 98,9 310,5  
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0 12,2 27,0
5 9 5 18 17 27
Agr. graúdo  
1.050,0 393,3 1050,0 4,8
13 14 20 19 28
Agr. miúdo   344,7 913,3
 
11,4
     
6 10
Ar incorporado 1,5% 15,0
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
1,044 1,347 3,142
12 16 22 31 30
Total 1.000,0 2437,2 19,4

Coluna 4 - [18] = [5] x h % agr. graúdo [20] = [14] x h % agr. miúdo


h Ag miúdo = 1,25%
[21] = Água no SP = [3] x [7] – [1] x Fr Fração sólidos SP
h Ag.graúdo= 0,46%
Fr Fração de sólidos SP = 0,30 [22] Água nos materiais = [18] + [20] + [21]
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MÉTODO AÏTCIN
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 SSS Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0 135,0
 
135,0
   
115,6
   
1 3
A/A, Aglom. 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5 98,9 310,5  
310,5
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0 12,2 27,0 27,0
5 9 5 18 17 27
Agr. graúdo  
1.050,0 393,3 1050,0 4,8 1054,8
13 14 20 19 28
Agr. miúdo   344,7 913,3
 
11,4
 
924,7
   
6 10
Ar incorporado 1,5% 15,0
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
1,044 1,347 3,142 4,489
12 16 22 31 30
Total 1.000,0 2437,2 19,4 2437,2

[23] = água líquida = [2] – [22] [17] Massa Ag. Graúdo úmido = [5] + [18]
Coluna 5 - [19] Massa Ag. Miúdo úmido= [14] + [20] [24] Massa Total SP= [3] x [7]

[31] = [23] – ( [4.1] + [4.2] + [17] + [19] + [24] )


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MÉTODO AÏTCIN
  1 2 3 4 5 6
Materiais
Consumo Volume Dosagem Correção Composição Betonada
Kg/m3 l/m3 (SSS) Kg/m3 de água (l/m3) Kg p / 1 m3 Kg p/ 74 Kg
 
2 2 2 23 25
Água 135,0 135,0
 
135,0
   
115,6
 
3,51
 
1 3
A/A, Aglom. 0,40 337,5
4.1 8.1 4.1   4.1 26.1
Cimento 310,5 98,9 310,5  
310,5 9,43
4.2 8.2 4.2 4.2 26.2
Sílica-ativa 8% 27,0 12,2 27,0 27,0 0,82
5 9 5 18 17 27
Agr. graúdo  
1.050,0 393,3 1050,0 4,8 1054,8 32,03
13 14 20 19 28
Agr. miúdo   344,7 913,3
 
11,4
 
924,7
 
28,08
 
6 10
Ar incorporado 1,5% 15,0
7 11 15 21 24 29
Superplastificante * 1,33%
 
1,044 1,347 3,142 4,489 0,14
12 16 22 31 30
Total 1.000,0 2437,2 19,4 2437,2 74,0
[25] = [23] x 74 / [31] [26.1] = [4.1] x 74 / [31]

Coluna 6 - [26.2] = [4.2] x 74 / [31] [27] = [17] x 74 / [31]


[28] = [19] x 74 / [31] [29] = [24] x 74 / [31]
[30] = [25] + [26.1] + [26.2] + [27] + [28] + [29]
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MÉTODO AÏTCIN
Concretos Produzidos – ajustes de SP

A - Produção de concreto B - Produção de concreto C -Produção de concreto


SP SP SP
Previsto Acréscimo * Total Previsto Acréscimo * Total Previsto Acréscimo * Total
Kg p / 1 m3 Kg p / 1 m3 Kg p / 1 m3
3,990 1,80 5,790 4,489 1,95 6,439 5,130 2,20 7,330
Abatimento: 190 mm Abatimento: 180 mm Abatimento: 200 mm
Água a mais: 1,26 Kg/m3 Água a mais: 1,37 Kg/m3 Água a mais: 1,54 Kg/m3
Água total: 136,3 Kg/m3 Água total: 136,4 Kg/m3 Água total: 136,5 Kg/m3
A/A corrigido: 0,454 A/A corrigido: 0,404 A/A corrigido: 0,354
D -Produção de concreto E -Produção de concreto F -Produção de concreto
SP SP SP
Previsto Acréscimo * Total Previsto Acréscimo * Total Previsto Acréscimo * Total
Kg p / 1 m3 Kg p / 1 m3 Kg p / 1 m3
5,985 2,25 8,235 7,182 2,45 9,632 8,978 2,60 11,578
Abatimento: 200 mm Abatimento: 180 mm Abatimento: 190 mm
Água a mais: 1,58 Kg/m3 Água a mais: 1,72 Kg/m3 Água a mais: 1,82 Kg/m3
Água total: 136,6 Kg/m3 Água total: 136,7 Kg/m3 Água total: 136,8 Kg/m3
A/A corrigido: 0,304 A/A corrigido: 0,253 A/A corrigido: 0,203
* Os acréscimos de SP são para se alcançar o abatimento desejado.
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


Montagem do diagrama de dosagem:
Para se montar o diagrama por esta metodologia, fixa-se 3 a 6 valores
de “m”.
Se calcula, os traços por meio do método e se produz os concretos
ajustando a quantidade de SP para atingir o abatimento desejado.
Corrige-se a relação A/A com a água contida nos acréscimos do SP.
Com as Massas Específicas dos concreto produzidos se calcula os
consumos de cimento e dos demais materiais para se produzir 1m 3 de
concreto.
Após a ruptura dos CPs à compressão é possível montar o diagrama.
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO

Características:
• Método adaptado para condições nacionais
• Adaptação para CAD/CAR do método IPT/EPUSP para concretos
convencionais
• Objetiva minimizar o consumo de cimento
• Fixa a relação água/materiais secos
• Necessita do ensaio do teor ideal de argamassa “α” para o
agregado graúdo utilizado.
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


Baseado em CREMONINI et al. (2001)
Adaptação p/ CAR do IPT/EPUSP (HELENE & TERZIAN, 1992).

Passos:
a) Fixa-se a relação água/materiais secos, H entre 5 e 6%
b) Calcula-se a relação água/aglomerante usando a “Lei de Lyse”, através da
Equação:
água / aglomerante = H% x ( 1+ m )
m = massa total de agregados secos = a + p
água
————— = H% x (1+ a + p)
CP + SA

c) Determina-se o teor de argamassa “α”, seguindo metodologia do IPT/EPUSP com o


traço 1:5
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


d) Define-se valores para “m”. Com “m” e “α” calcula-se valores do traço para os
agregados miúdos “a” e graúdos “p”
1+ a
α = ——————— e m=a+p
1+a+p
e) Produz-se os concretos ajustando as quantidades de SP necessárias para o abatimento
desejado (inicia pelo % de saturação do SP)
f) Calcula-se o consumo total de aglomerantes pela medição da Massa Específica do
concreto e a fórmula de Molinari
MEconcreto
C aglomerantes = ————————
1 + a + p + A/A
g) Calcula-se massas de cimento e AS. (8% da massa total de aglomerante?)
h) Calcula-se os consumos do ag. miúdo, graúdo e água por m3 multiplicando o
Caglomerantes pelos “a” e “p” do traço.
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO

EXEMPLO:
Ensaios Preliminares:

h ag. miúdo= 1,25% h ag. graúdo= 0,46%

Ensaio de Teor Ideal de Argamassa “α” - ensaio IPT/EPUSP


com o traço 1:5 + 2% perdas: Alfa α = 0,51

Superplastificante:

Fr Fração de sólidos SP = 0,30 Cone Marsh= 1,33%


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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:

Definições :
H% = Massa de água / [ (Massa CP + Massa SA) x ( 1 + a + p) ]

? H% = 6,0%
? % SA = 8,0% da massa dos aglomerantes

As faixas de resistências são determinadas pelos valores de m.


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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:
Escolha das faixas de resistências pelos valores de m.

Determinando-se m e a+p=m
conhecendo-se α, calcula- 1+ a
α = —————
se a e p 1+a+p

Traço m a p
(pontos fixados) (Fórmula 1) (Fórmula 2)
A 5,60 2,366 3,234
B 4,80 1,958 2,842
C 4,00 1,550 2,450
D 3,10 1,091 2,009
E 2,40 0,734 1,666
Fórmula 1: a = α x (1 + m) - 1
Alfa α = 0,51
Fórmula 2: p = m - a
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:
Conhecendo-se a ME do concreto, a e p, calculam-se os consumos de cimento e
sílica ativa e de água por m3.
A/A Com as A/A conhecidas se produz os concretos
Traço m a p
(Fórmula 3) somente pelo traço. A quantidade depende do
A 5,60 2,366 3,234 0,40 tamanho da betoneira.
B 4,80 1,958 2,842 0,35 Por exemplo:
C 4,00 1,550 2,450 0,30
Traço A:
D 3,10 1,091 2,009 0,25 Aglomerantes = 10 Kg = 9,2 Kg de CP, 0,8 Kg de SA
E 2,40 0,734 1,666 0,20 Areia: 10 x a = 10 x 2,366 = 23,66 Kg
Brita: 10 x p = 10 x 3,234 = 32,34 Kg
Fórmula 3: A/A = água / aglomerante = H% x ( 1+ m )
Água: 10 x A/A = 10 x 0,40 = 4,0 Kg
H% = 6,0% SP = 1,33% x 10 Kg = 0,133 Kg
%SA = 8,0%% Cone
Marsh= 1,33% Produz o concreto e mede a Massa Específica deste.
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:
Conhecendo-se a ME do concreto, a e p, calculam-se os consumos de cimento e
sílica ativa e de água por m3.

ME Concreto CP SA Água
Traço m a p A/A
(Fórmula 3) (Kg/m3) (Kg) (Kg) (litros)
(ensaio) (Fórmula 4) (Fórmula 5) (Fórmula 6)
A 5,60 2,366 3,234 0,40 2.437,4 320,5 27,9 137,9
B 4,80 1,958 2,842 0,35 2.437,6 364,8 31,7 137,9
C 4,00 1,550 2,450 0,30 2.437,8 423,2 36,8 138,0
D 3,10 1,091 2,009 0,25 2.438,2 516,1 44,9 138,0
E 2,40 0,734 1,666 0,20 2.438,7 622,5 54,1 138,1
Fórmula 4: Consumo CP= ME concreto / (1 + a + p + AA) x (1 - %SA/100)
Fórmula 5: Consumo SA= ME concreto / (1 + a + p + AA) x (%SA/100) %SA = 8,0%
Fórmula 6: Água = A/A x (Consumo CP + Consumo SA)
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:
Conhecendo-se os consumos dos aglomerantes, a e p, calculam-se os consumos
secos dos agregados e o preliminar de SP (sólidos).

Agregado Agregado SP *(sólidos)


Traço m a p Graúdo (Kg) Miúdo (Kg) (Kg)
(Fórmula 7) (Fórmula 8) (Fórmula 9)
A 5,60 2,366 3,234 1.126,7 824,3 1,39
B 4,80 1,958 2,842 1.126,8 776,3 1,58
C 4,00 1,550 2,450 1.126,9 712,9 1,84
D 3,10 1,091 2,009 1.127,1 612,1 2,24
E 2,40 0,734 1,666 1.127,3 496,7 2,70
Fórmula 7: Agregado graúdo = ( Consumo CP + Consumo SA ) x p
Fórmula 8: Agregado miúdo = ( Consumo CP + Consumo SA ) x a
Fórmula 9: Sólidos SP = (Consumo CP + Consumo SA) x % Cone de Marsh % Cone Marsh= 1,33%

* A dosagem do SP obtida pelo resultado do cone de Marsh é preliminar, produzindo-se o concreto provavelmente haverá a
necessidade de acréscimos do SP
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


EXEMPLO:
Conhecendo-se as umidades dos agregados e a fração de sólidos do SP,
calculam-se os consumos úmidos dos agregados e o SP sólidos + água.

Agregado Graúdo Agregado Miúdo SP *


Água
CP SA líquida M. úmido M. úmido SP sólidos M. Total
Tr.  água água água
(Kg) (Kg)  (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
(Kg) (Kg) (Tab. anterior) (Fórmula12) (Kg)
(Fórmula10) (Fórmula 11) (Fórmula 11)

A 320,5 27,9 119,2 1131,9 5,2 834,6 10,3 1,39 4,63 3,24
B 364,8 31,7 119,4 1132,0 5,2 786,0 9,7 1,58 5,27 3,69
C 423,2 36,8 119,6 1132,1 5,2 721,9 8,9 1,84 6,12 4,28
D 516,1 44,9 120,0 1132,3 5,2 619,7 7,7 2,24 7,46 5,22
E 622,5 54,1 120,3 1132,5 5,2 502,9 6,2 2,70 9,00 6,30
Fórmula 10: Água líquida = Água - Água nos agregados - Água no SP h ag. miúdo= 1,25%
Fórmula 11: Massa agregado úmido = Massa seca x (1 + h%/100) h ag. graúdo= 0,46%
Fórmula 12: SP líquido = Massa sólidos do SP / Fr Fração de sólidos SP
Fr Fração de sólidos SP = 0,30
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MÉTODO IPT/EPUSP MODIFICADO


Concretos Produzidos após os ajustes de SP necessários para alcançar
o abatimento desejado.
Água
Água prevista SP previsto SP total Água no
Total Rel. A/A Abatimento
Traço (litros) (Kg) acrescido * SP acrescido
corrigida corrigida (mm)
(Fórmula 6) (Tab. Anterior) (Kg) (ensaio) (Kg) (Fórmula13)
(Kg) (Fórmula14)
A 137,9 4,63 1,50 1,05 139,0 0,40 200
B 137,9 5,27 1,60 1,12 139,1 0,35 190
C 138,0 6,12 1,70 1,19 139,2 0,30 180
D 138,0 7,46 1,95 1,37 139,4 0,25 190
E 138,1 9,00 2,20 1,54 139,6 0,21 190
Fórmula 13: Água no SP = Massa total do SP x Fr Fração de sólidos SP
Fórmula 14: Água total corrigida = Água prevista + Água no SP acrescido Fr Fração de sólidos SP = 0,30

* Os acréscimos de SP são para se alcançar o abatimento desejado.


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PROCEDIMENTOS DE PRODUÇÃO EM LABORATÓRIO:

a) “Imprimar” betoneira previamente


b) Colocar na sequencia: agr. graúdo, miúdo, cimento, SA, 80% da água e
misturar por 2 a 3 minutos
c) Colocar o resto da água com o aditivo SP misturado
d) Misturar por 10 min. antes da 1a verificação de abatimento
e) Adicionar pequenas quantidades SP até alcançar o abatimento desejado
e) Medir a massa específica do concreto (IPT/EPUSPmodificado)
f) Moldar CPs 10x20cm adensando com vibrador de agulha
g) Ensaios à compressão: 3 CP-3 dias; 3 CP-7 dias e 3 CP-28 dias
h) Dosagens de repetição, p/ cada concreto, em dias diferentes
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PROGRAMA EXPERIMENTAL DE DOSAGEM


Procedimentos
i) CPs protegidos por película plástica, até desmoldagem, 24 horas após a
moldagem
j) CPs em câmara úmida até data da ruptura, quando é feita a preparação fina
do CP (retificação; capeamento; ?)
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PREPARAÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA

Capeamento com
enxofre “Copos” de aço e
discos de Neoprene (José A. Freitas Jr.)
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PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA


Retificadora de CPs automática

Retificando o topo com serra

Aspecto da superfície www.setorusinagem.com.br


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PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA


Corpos de provas cúbicos tem faces laterais planas que não exigem
capeamento ou acabamentos, mas necessitam prensas de 400 t de
capacidade

Molda o CP na vertical e coloca de lado na prensa


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ENSAIOS DE RUPTURA

(José Freitas Jr.)


Prensa EMIC, para 200 t servo-controlada
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DIAGRAMA fc x a/a – Método Mehta/Aïtcin

Fc médio 28
Traço A/A
dias (MPa)
A0 0,43 58,0
A 0,36 74,6
B 0,30 86,2
C 0,25 98,5
D 0,22 100,8
E 0,18 108,5
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DIAGRAMAS – Método Mehta/Aïtcin


Fc x CP Fc x SA
120,0 120,0

100,0 100,0
Mehta-Aitcin Mehta-Aitcin
80,0 80,0
Ajuste Ajuste
60,0 60,0
y = -0,0008x 2 + 1,0363x - 234,13 y = -0,1028x 2 + 11,917x - 234,13
R2 = 0,9968 R2 = 0,9968
40,0 40,0
300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Fc x Brita Fc x Areia
120,0
120,0

100,0
100,0
Mehta-Aitcin Mehta-Aitcin
80,0
80,0
Ajuste Ajuste
60,0
2
y = -0,0048x + 10,905x - 6029,4 60,0
R2 = 0,9928
40,0
1.010,0 1.060,0 1.110,0 40,0 y = -0,0049x 2 + 5,9522x - 1692,7
610,0 630,0 650,0 670,0 690,0 710,0 R2 = 0,9928
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DIAGRAMA fc x a/a – Método Aïtcin

Fc médio 28
Traço A/A
dias (MPa)
A 0,45 54,7
B 0,40 76,5
C 0,35 80,8
D 0,30 92,0
E 0,25 101,5
F 0,20 108,3
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DIAGRAMAS – Método Aïtcin


Fc x CP

110,0
100,0
90,0
80,0 Aitcin
70,0 Ajuste
60,0
50,0
y = -0,0005x 2 + 0,5717x - 61,249 Fc x Areia
2
R = 0,9588
40,0
250,0 350,0 450,0 550,0 650,0 110,0
100,0
90,0
O consumo de agregado graúdo é
80,0 Aitcin
constante para todos os traços conforme
70,0 Ajuste
o formato do grão. (Ábaco do Método)
60,0
50,0
y = -0,0005x2 + 0,6806x - 111,44
40,0 R2 = 0,9588
600,0 700,0 800,0 900,0
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DIAGRAMA fc x a/a
Método IPT-EPUSP Modificado

Fc médio 28
Traço A/A m
dias (MPa)
A 0,40 5,60 63,5
B 0,35 4,80 77,2
C 0,30 4,00 82,0
D 0,25 3,10 88,6
E 0,21 2,40 101,6
Dosagem de CAR/CAD Prof.José de A. Freitas Jr. | TC 034 Materiais de Construção III

DIAGRAMAS
Método IPT-EPUSP Modificado
A/A x m

0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45


2,00
2,50
IPT-EPUSP
3,00
Modificado
3,50
Ajuste
m x CP
4,00
4,50 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0
y = 16,2x - 0,88
2,00
5,00 R2 = 0,9989
2,50
Abatimento de 180 a 220 mm IPT-EPUSP
3,00
Modificado
3,50
Ajuste
4,00 y = 8920,9x-1,2765
4,50 R2 = 0,9993

5,00
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RESULTADOS
CONSUMOS DE CIMENTO x RESISTÊNCIAS – 28 dias
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RESULTADOS
CONSUMOS DE SP x RESISTÊNCIAS – 28 dias
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RESULTADOS
CUSTOS x CP SA Brita 1 Areia SP
RESISTÊNCIAS aos (R$/Kg) (R$/Kg) R$ /m3 R$ /m3 (R$/Kg)
0,400 1,667 48,00 59,00 13,13
28 dias R$/Kg R$/Kg
0,01798 0,02226
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RESULTADOS

% CUSTOS x RESISTÊNCIAS aos 28 dias

Mehta-Aitcin - CUSTOS (%)


CP SA Ag. Graúdo Ag. Miúdo SP Total
46% 17% 5% 4% 28% 100%
46% 17% 5% 4% 29% 100%
46% 17% 5% 4% 29% 100%
47% 17% 4% 3% 29% 100%
47% 17% 4% 3% 29% 100%
47% 17% 4% 3% 29% 100%
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TENDÊNCIAS FUTURAS DE APERFEIÇOAMENTO


Ajustes para um melhor empacotamento das partículas

A distribuição granulométrica das partículas sólidas (agregados + SA + CP) na


mistura possui grande influência na resistência mecânica do concreto endurecido.
Com a correta seleção das quantidades dos materiais a serem utilizados em cada
traço é possível otimizar significativamente o empacotamento de partículas no
concreto, de forma a aumentar o rendimento dos traços dosados e aumentar a
resistência e/ou minimizar o consumo de cimento.
Empacotamento de partículas: seleção da proporção e do tamanho adequado dos
materiais particulados, de forma que os vazios maiores sejam preenchidos com
partículas menores, cujos vazios serão novamente preenchidos com partículas
ainda menores e assim sucessivamente.
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NO


CASO DO EVOLUTION TOWERS
Três edifícios: Flat, Residencial e Corporativo.
46.210 m2, 37 pav. e 132 m de altura Construção: Irmãos
Thá S/A, Projeto estrutural: TESC Proj. Estruturais S/C
Estrutura: 14.000 m3 de concreto C-20 a C-60.
CONSUMOS DOS MATERIAIS APLICADOS
C20 1.690 m3
C25 1.600 m3
Consumos de concretos
C30 7.966 m3
C40 1.770 m3
CAD C60 1.008 m3
Consumo de formas: 84.000 m2
Consumo de aços CA50 / CA 60: 1.047.000 Kg
Consumo de aços CP 190 RB: 72.000 Kg
(TESC, eng. Moacir H. Inoue)
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NO CASO


DO EVOLUTION TOWERS
FUNDAÇÕES - Estacas escavadas
Bloco mais importante 80.000 kN
Concretados em duas camadas
inferior em C-30 e superior (+- 1/3) em C-60
Inibidores de pega no C-30 e de cura no C-60.

(TESC, eng. Moacir H. Inoue)


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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NO CASO DO


EVOLUTION TOWERS
PAVIMENTOS TIPO
Flat e Residencial- C-30 e C-20
Corporativo - lajes nervuradas
protendidas
Pilares em CAR/CAD C-60

(TESC, eng. Moacir H. Inoue)


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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NOS


PILARES DO CORPORATIVO
PAVIMENTO DE TRANSIÇÃO No topo do Corporativo, nasce o
Residencial, total 37
pavimentos Pavimento com
diversas vigas de transição. A
mais importante com MF de
25.000 kNm e Q de 13.000 kN.
Concreto da classe C-40.
Plano de concretagem, com
enchimento preliminar de uma
camada de 1 m, para dar às
vigas de transição resistência
suficiente para suportar a
(TESC, eng. Moacir H. Inoue)
complementação do concreto.
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NOS


PILARES DO CORPORATIVO
AS ALTERNATIVAS
Estudo para os seis 1os pavimentos do Corporativo, aplicou-se concreto C-
60.
Além da solução C-60 executada, estudou-se mais duas: concreto
convencional C-40 e CAR C-80.
Para o cálculo pilares, em C-40, aplicou-se a
NBR-6118/2003.
Para o CAR, confrontou-se normas internacionais: CEB-FIP MC(90),
Eurocode EC 2(95), NS-3473 (92), ACI 441R‑96(97), ACI 363R‑92(2001) e
CSA–A233-(94).
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NOS


PILARES DO CORPORATIVO
CÁLCULO DOS PILARES

• Para C-40 e C-60, não se alterou seções para melhor aproveitamento


das formas. Obteve-se redução das armaduras até o mínimo de norma
• Para uso do C-80 reduziu-se gradualmente seções conforme a altura.

Concreto classe Volume Formas Aço Taxa


(m3) (m2) (Kg) (%/m2) Não passa na NBR
Convencional C 40 675 3.404 90.292 9,55 6118, requer emendas
de topo nas armaduras
CAR / CAD C 60 675 3.404 54.932 5,81
CAR / CAD C 80 567 3.192 57.320 6,07
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NOS PILARES DO


CORPORATIVO
COMPARATIVO DOS CUSTOS
Orçamento: aço, formas e a MO para a montagem armaduras, formas e
aplicação do concreto. (05/2005)
CUSTOS DOS AÇOS, FORMA E SERVIÇOS (maio/2005)
Aço CA-50/CA-60 R$ 2,27/Kg
Formas em compensado 18 mm plastificado R$ 42,50/m2
Custo p/ transporte concreto até as lajes R$ 9,00/m3
M.O. para montagem das armaduras R$ 0,85/Kg
M.O. para montagem das formas e aplicação do concreto R$ 20,00/m2
Solução Serviços R$ Formas R$ Aço R$
Em C 40 96.323,20 24.111,67 204.962,84
CAD/CAR C 60 66.267,20 24.111,67 124.695,64
CAD/CAR C 80 65.165,00 22.610,00 130.116,40
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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE CAR NOS PILARES DO


CORPORATIVO
COMPARATIVO DOS CUSTOS DAS ALTERNATIVAS
Concretos orçados em central de produção em Curitiba (5/2005)

Solução Volume (m3) Custo R$ (m3) Concreto R$


C 40 675 R$ 232,00 156.600
CAD/CAR C 60 675 R$ 354,00 238.950
CAD/CAR C 80 567 R$ 558,00 316.386

Serviços Formas Aço Concreto


Solução TOTAIS R$
R$ R$ R$ R$
C 40 96.323 24.111 204.962 156.600 481.997,71 106 %
CAD/CAR C 60 66.267 24.111 124.695 238.950 454.024,51 100 %
CAD/CAR C 80 65.165 22.610 130.116 316.386 534.277,40 118 %
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Transporte vertical de areia ....

Filmes concreto / Flmes engraçados / levando areia.wmv


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Referências Bibliográficas:
•AÏTCIN, P.-C. Concreto de Alto Desempenho, tradução de Geraldo G. Serra – São Paulo – Editora Pini, 2000
•AGUIAR E. A. B.; PINHEIRO L. M. Pilares de concreto de alto desempenho: particularidades sobre o projeto.Cadernos de Engenharia de Estruturas, São
Carlos, v. 10, n. 42, p. 111-127, 2008.
•ALVES, M. F. Estudo comparativo de métodos de dosagem para concreto de alta resistência. Dissertação de mestrado, UFRGS-PPGEC, 2000. 140 p.
•CEB/FIP Model Code 1990 – Bulletin d’information No. 203, 204 e 205, 1990.
•CANADIAN STANDARDS ASSOCIATION, CSA-A233-94, Design of Concrete Structures, Dec 1994.
•CREMONINI, R. A.; DAL MOLIN, D.C.C.; CECCATO, D. M.; MANCIO M.; GOULART, J., Desenvolvimento de um Método de Dosagem de Concretos de Alta
Resistência com Baixo Consumo de Cimento, IBRACON, 2001.
•DAL MOLIN, D. C., Contribuição ao estudo das propriedades mecânicas dos concretos de alta resistência com e sem adições de microssílica . Tese de
doutorado, DCC/EPUSP, 1995. 286 p.
•EUROCODE, EC-2, Design of Concrete Structures, 1995.
•HELENE, P. R. L.; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto - São Paulo – Editora Pini-1992. 349p.
•LIBÓRIO, J. Concreto de Alto Desempenho – Uma Tecnologia Simples para Produção de Estruturas Duráveis, in: II Simpósio Internacional sobre
Concretos Especiais, Sobral-CE, setembro de 2004. 42p.
•MENDES, S. E. da S. M., Estudo experimental de concreto de alto desempenho utilizando agregados graúdos disponíveis na região metropolitana de
Curitiba, Dissertação de Mestrado, ST/PPEC/UFPR, 2002, 146 p.
•MEHTA, P.K. Advancements in Concrete Technology. Concrete International, v. 21, n.6, jun.1999. p. 69-76.
•MEHTA, P.K; AÏTCIN, P-C.,Principles Underlying Production for High Strenght Performance Concrete. Cement, Concrete & Aggregates v. 12, n.2, p. 70-78.
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•MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. Concreto, estrutura, propriedades e materiais, São Paulo, PINI, 1994.
•Norges Standardiseringsforbund NS 3473, E:1992, Concrete Structure Design Rules.
•PINHO, J. R. S., DIAS, U. S. Jr., POMPEU B. B. N., BARATA, M., Comparação de dois métodos de dosagem de CAD para materiais da região de Belém ,
Ibracon, 2004.
•PINTO, R. O.; GEYER, A. L. B.; LOPES, A. N. M. L. , Aplicação dos Métodos de Dosagem Específicos para Concretos de Alto Desempenho (CAD),
Ibracon, 2003. 16p.

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