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SONETO DE CAMÕES

Catherine 03, Giovanna T 07, Natalia 20


Mudam se os tempos, mudam se as vontades,
muda se o ser, muda se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,


diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,


que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar se cada dia,


outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
MÉTRICA E RIMAS

Mudam se os tempos, mudam se as vontades, A Soneto decassílabo


Muda se o ser, muda se a confiança; B Mu/dam/se os/tem/pos/mu/dam/se as/von/ta/des
todo o mundo é composto de mudança, B   tomando
sempre novas qualidades.  A.
Rimas interpoladas nas duas primeiras estrofes.
Rimas cruzadas nas duas últimas.
Continuamente vemos ABBA/ ABBA/ CDC/ DCD
novidades, A                                   
diferentes em tudo da esperança; B Rimas pobres
do mal ficam as mágoas na lembrança, B vontades/ qualidades
e do bem (se algum houve), as saudades. A confiança/ mudança
novidades/ saudades esperança/
lembrança manto/ canto
O tempo cobre o chão de verde manto, C
que já coberto foi de neve fria, D Rimas ricas: fria/
e, enfim, converte em choro o doce canto. C dia/ soía
 E, afora este mudar se cada dia, D
outra mudança faz de mor espanto, C
que não se muda já como soía. D
SENTIDOS

Mudam se os tempos, mudam se as vontades, VERDE MANTO: gramado


muda se o ser, muda se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança, AFORA: para o lado de fora
tomando sempre novas qualidades.
MOR: maior
Continuamente vemos novidades, SOÍA: acostumava
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,


que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar se cada dia,


outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
FIGURAS DE LINGUAGEM

Mudam se os tempos, mudam se as vontades, Personificação/ prosopopeia


muda se o ser, muda se a confiança; “converte em choro o doce canto.”
todo o mundo é composto de mudança,
Antítese
tomando sempre novas qualidades.
“verde manto/ neve fria”
“choro/ doce canto.”
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança; Aliteração
do mal ficam as mágoas na lembrança, “do mal ficam as mágoas na lembrança”
e do bem (se algum houve), as saudades. “Mudam se os tempos, mudam se as vontades,
muda se o ser, muda se a confiança;
O tempo cobre o chão de verde manto, todo o mundo é composto de mudança”
que já coberto foi de neve fria,
Anáfora/ repetição
e, enfim, converte em choro o doce canto.
“mudam se”/ “mudam se” e “muda se”/ “muda se”
E, afora este mudar se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
INTERPRETAÇÃO

O poema fala sobre as mudanças durante a vida; novidades,


lembranças, emoções. Também faz relação entre o clima da Terra e os
nossos sentimentos.

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