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BAIÃO DAS COMUNIDADES venham todos se ajuntar/ À nossa marcha

Somos gente nova vivendo a união, para a nova sociedade, quem nos ama de
EMBARCA MORENA Somos povo semente da nova nação, verdade, poder vir, tem um lugar. Ê, ê...
Embarca morena, embarca, Ê, Ê, somos gente nova vivendo o amor,
Molha o pé, mas não molha a meia, Somo comunidade, povo do Senhor, ê, ÁGUA DA CHUVA
Viemos de... (nome do lugar ou bairro) ê. Colher a água, reter a água,
Fazer barulho em terra alheia. Guardar a água, quando a chuva cai do
Vou convidar meus irmãos céu/Guardar em casa, também no chão/ e
ABRE A JANELA MEU BEM trabalhadores ter a água se vier a precisão.
Abre a janela meu bem/ Operários, lavradores, biscateiros e
Vem ver que o dia já vem/ outros mais/ No pé da casa você faz sua cisterna, e
Deixa o sol entrar/, E juntos vamos celebrar a confiança, guarda a água que o céu lhe enviou/ è
deixa o vento falar/ nossa luta na esperança, de ter terra, dom de Deus, é agua limpa, é coisa
Que eu te quero bem. pão e paz. Ê, ê... linda/todo idoso, o menino, a menina/
podem beber que é agua pura e cristalina.
Deixa a brisa da manhã te abraçar/ Convido os negros, irmãos no sangue e
Vê a rosa no canteiro a te sorrir/ na sina, seu gingado nos ensina a dança Você ainda vai lembrar dos passarinhos, e
Vou pedir galo campina pra cantar/ da redenção/ dos bichinhos que precisam de beber/
Vou mandar te dar bom dia o bem-te-vi. De braços dados, no terreiro da São dons de Deus, nossos irmãos, nossos
irmandade, vamos sambar de verdade, vizinhos/ Fazendo isso honrará a São
Essa vida só é vida com amor/ Enquanto chega a razão. Ê, ê... Francisco, a Ibiapina, Conselheiro e Padre
Acordado é o melhor jeito de sonhar/ Cícero.
Que o carinho seja sempre o bom sabor/ Vou convidar a criançada, a juventude,
E a razão pra toda hora começar. tocadores nos ajudem, vamos cantar Você vai lembrar que a seca volta, e vai
por ai/ O nosso canto vai encher todo lembrar do velho dito popular;/ É bem
Se a saudade ou o cansaço te abater/ país, velho vai dançar feliz, quem melhor se prevenir que remediar/ zele os
Busque a força no segredo da paixão/ chorou vai ter que rir. Ê, ê... barreiros, os açudes, as aguadas/
Não me esqueça que eu não vou te Não desperdice nem sequer uma gota
esquecer/ Desempregados, pescadores, d’água.
Somos um neste país que é o coração. desprezados e os marginalizados,
AXÉ Levava em cada vagão viola surdo e
Irá chegar um novo dia/ um novo céu, ESSE MOMENTO TÁ pandeiro
uma nova terra, um novo mar./ Esse momento tá, tá lindo demais/ Parava em toda estação chamava o povo
E neste dia os oprimidos, numa só voz a Tem amizade, tem paz de verdade, inteiro
liberdade irão cantar. Tem muita união/ tem comunidade, Pode subir coração que esse trem é
Tem muita igualdade, nós somos brasileiro.
Na nova terra o nego não vai ter corrente/ irmãos.
e o nosso índio vai ser visto como gente/ Este encontro tá.... Vamos embora gente olha o apito do trem
Na nova terra o negro, o índio e o mulato/ Este grupo tá... Vamos seguir a historia com a canção
o branco e todos vão comer no mesmo A comunidade tá... brasileira
prato. A juventude tá... Para que nossa memória não se acabe em
Os que lutam tão... poeira
Na nova terra a mulher terá direitos, não E no meu peito bate um coração aflito
sofrerá humilhação nem preconceitos/ TREM DA HISTÓRIA (Rubim do Vale) Feito um tambor de folia descompassado
O seu trabalho todos vão valorizar/ das La vai o trem da historia tocado a todo e bonito
decisões ela irá participar. vapor Perdido pelas estradas destino desse país
Cumprindo com seu papel de menestrel Olha o menino sem nada sonhando em ser
CIO DA TERRA sonhador feliz
Debulhar o trigo, o recolher cada bago do Apita e solta fumaça pelas montanhas E a multidão destoada sem rumo e sem
trigo, forjar do trigo o milagre do pão, e se gerais ter raiz.
fartar de pão./ Vivendo só de pirraça no meio dos
capitais E nessa hora sou eu um folião congadeiro
Decepar a cana, recolher a garapa da Unindo trilhos urbanos com outros Violeiro cavaleiro andante um trovador
cana, roubar da cana a doçura do mel, se trilhos rurais Um marujo canoeiro tropeiro lá do além
lambuzar de mel. Da janela desse trem vou cantando meu
Vem lá do Jequitinhonha quem sabe do amor
Afagar a terra, conhecer os desejos da rio Doce P’ra que no ano que vem não haja fome
terra, cio da terra, propícia estação, de Toda noite ele sonha se trem de carga nem dor
fecundar o chão. ele fosse P’ra que no ano que vem haja mais verde
e mais flor.

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