Você está na página 1de 26

I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

DA UFU

“Da luta pela terra a construção da cidadania. Povos Indígenas,


Negros e Sem Terras”

Livreto das Canções


Junho de 2016
SUMÁRIO

Fado tropical...............................................................................................3

A Internacional............................................................................................4

El pueblo unido, jamás será vencido........................................................5

Samba landó................................................................................................6

Canción con todos......................................................................................7

Cálice...........................................................................................................8

Não vou sair do campo..............................................................................9

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores.................................................10

Sociedade Alternativa................................................................................11

Sorriso Negro..............................................................................................12

Razón de vivir..............................................................................................13

Machando al frente......................................................................................14

La Muralla.....................................................................................................15

Juan sin tierra..............................................................................................16

Admirável gado novo..................................................................................17

Gracias a la vida..........................................................................................18

Canção da terra............................................................................................19

El derecho de vivir em paz..........................................................................20

Bibiana sem terra.........................................................................................21

Ahora coraje.................................................................................................22

Cuando una plaza llora................................................................................23

Cuando los ángeles lloran...........................................................................24

Huayno Aymara.............................................................................................25

A desalambrar................................................................................................25

2
Fado tropical
Chico Buarque - Ruy Guerra

"Oh, musa do meu fado


Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado Meu coração tem um sereno jeito
No primeiro abril. E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Mas não sê tão ingrata Desencontrado, eu mesmo me contesto.
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata Se trago as mãos distantes do meu peito
Se perdeu e se encontrou É que há distância entre intenção e gesto
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal E se o meu coração nas mãos estreito
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal. Me assombra a súbita impressão de incesto.

“Sabe, no fundo eu sou um sentimental


Todos nós herdamos no sangue lusitano Quando me encontro no calor da luta
uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é Ostento a aguda empunhadora à proa
claro) Mas meu peito se desabotoa
Mesmo quando as minhas mãos estão E se a sentença se anuncia bruta
ocupadas em torturar, esganar, trucidar Mais que depressa a mão cega executa
Meu coração fecha os olhos e sinceramente Pois que senão o coração perdoa”.
chora…”

Com avencas na caatinga Guitarras e sanfonas


Alecrins no canavial Jasmins, coqueiros, fontes
Licores na moringa Sardinhas, mandioca
Um vinho tropical Num suave azulejo
E a linda mulata E o rio Amazonas
Com rendas do alentejo Que corre trás-os-montes
De quem numa bravata E numa pororoca
Arrebata um beijo Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal Ainda vai tornar-se um império colonial.

3
A Internacional
Eugènne Pottier

De pé, ó vitimas da fome! Bem unido façamos...


De pé, famélicos da terra!
Da idéia a chama já consome Nós fomos de fumo embriagados,
A crosta bruta que a soterra. Paz entre nós, guerra aos senhores!
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores! Façamos greve de soldados!
Se nada somos neste mundo, Somos irmãos, trabalhadores!
Sejamos tudo, oh produtores! Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Bem unido façamos, Logo verrá que as nossas balas
Nesta luta final, São para os nossos generais!
Uma terra sem amos
A Internacional Bem unido façamos...

Senhores, patrões, chefes supremos, Pois somos do povo os ativos


Nada esperamos de nenhum! Trabalhador forte e fecundo.
Sejamos nós que conquistemos Pertence a Terra aos produtivos;
A terra mãe livre e comum! Ó parasitas deixai o mundo
Para não ter protestos vãos, Ó parasitas que te nutres
Para sair desse antro estreito, Do nosso sangue a gotejar,
Façamos nós por nossas mãos Se nos faltarem os abutres
Tudo o que a nós diz respeito! Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unido façamos... Bem unido façamos...

Crime de rico a lei cobre,


O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!

Somos iguais todos os seres.


Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unido façamos...

Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

4
El pueblo unido, jamás será vencido
Sergio Ortega Alvarado - Quilapayun

El pueblo unido, jamás será vencido, La patria está


el pueblo unido jamás será vencido... forjando la unidad.
De norte a sur
De pie, cantar se movilizará
que vamos a triunfar. desde el salar
Avanzan ya ardiente y mineral
banderas de unidad. al bosque austral
Y tú vendrás unidos en la lucha y el trabajo
marchando junto a mí irán,
y así verás la patria cubrirán.
tu canto y tu bandera florecer. Su paso ya
La luz anuncia el porvenir.
de un rojo amanecer
anuncia ya De pie, cantar
la vida que vendrá. el pueblo va a triunfar.
Millones ya,
De pie, luchar imponen la verdad,
el pueblo va a triunfar. de acero son
Será mejor ardiente batallón,
la vida que vendrá sus manos van
a conquistar llevando la justicia y la razón.
nuestra felicidad Mujer,
y en un clamor con fuego y con valor,
mil voces de combate se alzarán, ya estás aquí
dirán junto al trabajador.
canción de libertad,
con decisión Y ahora el pueblo
la patria vencerá. que se alza en la lucha
con voz de gigante
Y ahora el pueblo gritando: ¡adelante!
que se alza en la lucha
con voz de gigante El pueblo unido, jamás será vencido,
gritando: ¡adelante! el pueblo unido jamás será vencido...

El pueblo unido, jamás será vencido,


el pueblo unido jamás será vencido...

5
Samba landó
Jose Seves - Horacio Salinas - Patricio
Manns

Sobre el manto de la noche


Esta la luna chispeando.
Así brilla fulgurando
Para establecer un fuero:
"Libertad para los negros
Cadenas para el negrero"

Samba landó, samba landó


¿Qué tienes tú que no tenga yo?

Mi padre siendo tan pobre


Dejo una herencia fastuosa:
"para dejar de ser cosas
-dijo con ánimo entero-
Ponga atención, mi compadre,
Que vienen nuevos negreros".

Samba landó, samba landó


¿Qué tienes tú que no tenga yo?

La gente dice qué pena


Que tenga la piel oscura
Como si fuera basura
Que se arroja al pavimento,
No saben del descontento
Entre mi raza madura.

Samba landó, samba landó


¿Qué tienes tú que no tenga yo?

Hoy día alzamos la voz


Como una sola memoria.

Desde Ayacucho hasta Angola,


De Brasil a Mozambique
Ya no hay nadie que replique,
Somos una misma historia.

Samba landó, samba landó


¿Qué tienes tú que no tenga yo?

6
Canción con todos
Letra: Armando Tejada Gómez
Música: César Isella

Salgo a caminar
por la cintura cósmica del sur.
Piso en la región
más vegetal del viento y de la luz.
Siento al caminar
toda la piel de América en mi piel
y anda en mi sangre un río
que libera en mi voz su caudal.

Sol de Alto Perú,


rostro Bolivia, estaño y soledad,
un verde Brasil,
besa mi Chile cobre y mineral.
Subo desde el sur
hacia la entraña América y total,
pura raíz de un grito
destinado a crecer y estallar.

Todas las voces, todas,


todas las manos, todas,
toda la sangre puede
ser canción en el viento.
Canta conmigo, canta,
hermano americano.
Libera tu esperanza
con un grito en la voz.

7
Cálice
Chico Buarque - Gilberto Gil

Pai, afasta de mim esse cálice De muito gorda a porca já não anda
Pai, afasta de mim esse cálice De muito usada a faca já não corta
Pai, afasta de mim esse cálice Como é difícil, pai, abrir a porta
De vinho tinto de sangue Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
Pai, afasta de mim esse cálice De que adianta ter boa vontade
Pai, afasta de mim esse cálice Mesmo calado o peito, resta a cuca
Pai, afasta de mim esse cálice Dos bêbados do centro da cidade.
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Como beber dessa bebida amarga Pai, afasta de mim esse cálice
Tragar a dor, engolir a labuta Pai, afasta de mim esse cálice
Mesmo calada a boca, resta o peito De vinho tinto de sangue.
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa Talvez o mundo não seja pequeno
Melhor seria ser filho da outra Nem seja a vida um fato consumado
Outra realidade menos morta Quero inventar o meu próprio pecado
Tanta mentira, tanta força bruta. Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Pai, afasta de mim esse cálice Minha cabeça perder teu juízo
Pai, afasta de mim esse cálice Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Pai, afasta de mim esse cálice Me embriagar até que alguém me esqueça.
De vinho tinto de sangue.

Como é difícil acordar calado


Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai, afasta de mim esse cálice


Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue.

8
Não vou sair do campo
Gilvan Santos

Não vou sair do campo


Para poder ir a escola Quem vive da floresta
Educação do campo Dos rios e dos mares
É direito e não esmola. De todos os lugares
Onde o sol faz uma fresta
O povo camponês Quem a sua força empresta
O homem e a mulher Nos quilombos, nas aldeias
O negro quilombola E quem na terra semeia
Com seu canto de afoxé Venha aqui fazer a festa.
Ticuna, Caeté
Castanheiros, serigueiros Não vou sair do campo
Pescadores e posseiros Para poder ir a escola
Nesta luta estão de pé. Educação do campo
É direito e não esmola.
Não vou sair do campo
Para poder ir a escola
Educação do campo
É direito e não esmola.

Cultura de produção
Sujeitos de cultura
A nossa agricultura
Pro bem da população
Construir uma nação
Construir soberania
Pra viver o novo dia
Com mais humanização.

Não vou sair do campo


Para poder ir a escola
Educação do campo
É direito e não esmola.

9
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando Nas escolas, nas ruas


E seguindo a canção Campos, construções
Somos todos iguais Somos todos soldados
Braços dados ou não Armados ou não
Nas escolas, nas ruas Caminhando e cantando
Campos, construções E seguindo a canção
Caminhando e cantando Somos todos iguais
E seguindo a canção. Braços dados ou não.

/:Vem, vamos embora /:Vem, vamos embora...


Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora Os amores na mente
Não espera acontecer:\ As flores no chão
A certeza na frente
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões A história na mão
Ainda fazem da flor Caminhando e cantando
Seu mais forte refrão E seguindo a canção
E acreditam nas flores Aprendendo e ensinando
Vencendo o canhão. Uma nova lição

/:Vem, vamos embora... /:Vem, vamos embora...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão.

/:Vem, vamos embora...

10
Sociedade Alternativa
Paulo Coelho - Raul Seixas

Viva! Viva! "-O número 666


Viva A Sociedade Alternativa (Viva! Viva!) Chama-se Aleister Crowley" Viva! Viva!
Viva! Viva! Viva! A Sociedade Alternativa
Viva A Sociedade Alternativa (Viva O Novo "-Faz o que tu queres
Aeon!) Há de ser tudo da lei"
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa (Viva! Viva! Viva!)
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa... Viva! Viva!
Viva! A Sociedade Alternativa
Se eu quero e você quer "-A Lei de Thelema"
Tomar banho de chapéu Viva! Viva!
Ou esperar Papai Noel Viva A Sociedade Alternativa
Ou discutir Carlos Gardel "-A Lei do forte
Então vá! Essa é a nossa lei
Faz o que tu queres E a alegria do mundo"
Pois é tudo Viva! Viva!
Da Lei! Da Lei! Viva A Sociedade Alternativa (Viva! Viva!
Viva! Viva! Viva!)...
Viva A Sociedade Alternativa...

"-Faz o que tu queres


Há de ser tudo da Lei"
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
"-Todo homem, toda mulher
É uma estrêla"
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa (Viva! Viva!)
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa Han!...

Mas se eu quero e você quer


Tomar banho de chapéu
Ou discutir Carlos Gardel
Ou esperar Papai Noel
Então vá!
Faz o que tu queres
Pois é tudo
Da Lei! Da Lei!
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa...

11
Sorriso Negro
Dona Ivone Lara

/:Um sorriso negro,


um abraço negro
Traz....felicidade
Negro sem emprego,
fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade:\

Negro é uma cor de respeito


Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solidão.

Negro que já foi escravo


Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)

12
Razón de vivir
Víctor heredia

Para decidir si sigo poniendo esta sangre en


tierra,
Este corazón que va de su parte, sol y tinieblas
Para continuar caminando al sol por estos
desiertos
Para recalcar que estoy vivo en medio de tantos
muertos
Para decidir, para continuar, para recalcar y
considerar
Sólo me hace falta que estés aquí con tus ojos
claros.

Ay fogata de amor y guía


Razón de vivir mi vida
Ay fogata de amor y guía
Razón de vivir mi vida.

Para aligerar este duro peso de nuestros días,


Esta soledad que llevamos todos islas perdidas
Para descartar esta sensación de perderlo todo
Para analizar por donde seguir y eleguir el
modo.
Para aligerar, para descartar, para analizar y
considerar
Solo me hace falta que estés aquí com tus ojos
claros

Ay fogata de amor y guía


Razón de vivir mi vida
Ay fogata de amor y guía
Razón de vivir mi vida.

Para combinar lo bello y la luz sin perder


distancia,
Para estar com vos sin perder el ángel de la
nostalgia
Para descubrir que la vida va sin pedirnos nada
Y considerar que todo es hermoso y no cuesta
nada.
Para combinar, para estar com vos, para
descubrir y consideras
Sólo me hace falta que estés aquí com tus ojos
claros

Ay fogata de amor y guía


Razón de vivir mi vida
Ay fogata de amor y guía
Razón de vivir mi vida.
13
Machando al frente
Renato Teixeira – Almir Sater
Versão espanhola: Antonio Tarragó Ros

Ando com el paso lento Todo el mundo ama un dia


Yo ya tuve prisa Todo el mundo llora
Y llevo esta sonrisa Um dia nos llegamos
Porque ya llore demas. Y despues nos vamos

Hoy yo me siento mas fuerte Cada uno de nosostros


Mas feliz quien sabe Escribe su historia
Y llevo la certeza Y cada se em si
De que yo muy poco sé Carga el don de ser capaz
O nada sé. Y ser feliz.

Voy marchando al frente para vivir Voy marchando al frente para vivir
El camino es largo para seguir El camino es largo para seguir
Es preciso amor para poder cantar Es preciso amor para poder cantar
Es preciso lluvia para brotar Es preciso lluvia para brotar
Es preciso paz para sonreir. Es preciso paz para sonreir.

Pienso que cumplir la vida


Sea simplemente
Compreender la marcha
E ir marchando al frente

Como un tropero viejo


Llevando la tropa
Voy andando dias
Y por el camino voy
Camino soy.

Voy marchando al frente para vivir


El camino es largo para seguir
Es preciso amor para poder cantar
Es preciso lluvia para brotar
Es preciso paz para sonreir.

14
La Muralla
Letra: Nicolás Guillén
Música: Quilapayún

Para hacer esta muralla, Al corazón del amigo:


tráiganme todas las manos abre la muralla;
los negros, sus manos negras al veneno y al puñal:
los blancos, sus blancas manos. cierra la muralla;
Una muralla que vaya al mirto y la yerbabuena:
desde la playa hasta el monte abre la muralla;
desde el monte hasta la playa, al diente de la serpiente:
allá sobre el horizonte. cierra la muralla;
al corazón del amigo:
-¡Tun, tun! abre la muralla;
-¿Quién es? al ruiseñor en la flor:
-Una rosa y un clavel... abre la muralla...
-¡Abre la muralla!
-¡Tun, tun! Alcemos una muralla
-¿Quién es? juntando todas las manos;
-El sable del coronel... los negros, sus manos negras
-¡Cierra la muralla! los blancos, sus blancas manos.
-¡Tun, tun!
-¿Quién es? Una muralla que vaya
-La paloma y el laurel... desde la playa hasta el monte
-¡Abre la muralla! desde el monte hasta la playa,
-¡Tun, tun! allá sobre el horizonte.
-¿Quién es?
-El gusano y el ciempiés...
-¡Cierra la muralla!
-¡Tun, tun!
-¿Quién es?

15
Juan sin tierra
Jorge Saldaña

Voy a cantar el corrido


de un hombre que fue a la guerra
que anduvo en la sierra herido
para conquistar su tierra.

Lo conocí en la batalla
y entre tanta balacera
el que es revolucionario
puede morir donde quiera.

El general nos decía:


"Peleen con mucho valor,
les vamos a dar parcelas
cuando haya repartición."

Mi padre fue peón de hacienda


y yo un revolucionario,
mis hijos pusieron tienda,
y mi nieto es funcionario.

Grito Emiliano Zapata:


"Quiero tierra y libertad",
y el gobierno se reía
cuando lo iban a enterrar.

Vuela, vuela palomita,


párate en aquella higuera
que aquí se acaba el corrido
del mentado Juan sin Tierra.

16
Admirável gado novo
Zé Ramalho

Vocês que fazem parte dessa massa


Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar O povo foge da ignorância
E dar muito mais do que receber Apesar de viver tão perto dela
E ter que demonstrar sua coragem E sonham com melhores tempos idos
À margem do que possa parecer Contemplam esta vida numa cela
E ver que toda essa engrenagem Esperam nova possibilidade
Já sente a ferrugem lhe comer De verem esse mundo se acabar
A arca de noé, o dirigível
Eh! Oh! Oh! Vida de gado Não voam nem se pode flutuar
Povo marcado eh! Povo feliz... Não voam nem se pode flutuar
Não voam nem se pode flutuar
Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do ¨normal¨ Eh! Oh! Oh! Vida de gado
Os automóveis ouvem a notícia Povo marcado eh! Povo feliz.....
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou

Eh! Oh! Oh! Vida de gado


Povo marcado eh! Povo feliz.

17
Gracias a la vida
Violeta Parra

Gracias a la vida que me ha dado tanto. Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio dos luceros que, cuando los abro, Me dio el corazón que agita su marco
Perfecto distingo lo negro del blanco, Cuando miro el fruto del cerebro humano;
Y en el alto cielo su fondo estrellado Cuando miro el bueno tan lejos del malo,
Y en las multitudes el hombre que yo amo. Cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la vida que me ha dado tanto. Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que, en todo su ancho, Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
Graba noche y día grillos y canarios; Así yo distingo dicha de quebranto,
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos, Los dos materiales que forman mi canto,
Y la voz tan tierna de mi bien amado. Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi proprio canto.
Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario, Gracias a la vida…
Con él las palabras que pienso y declaro:
Madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.


Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
Con ellos anduve ciudades y charcos,
Playas y desiertos, montañas y llanos,
Y la casa tuya, tu calle y tu patio.

18
Canção da terra
Pedro Munhoz

Tudo aconteceu num certo dia


Hora de Ave Maria o universo viu gerar
No princípio o verbo se fez fogo
Nem atlas tinha o globo
Mas tinha nome o lugar
Era terra, terra.

E fez, o criador, a natureza


Fez os campos e florestas
Fez os bichos, fez o mar
Fez por fim, então, a rebeldia
Que nos dá a garantia
Que nos leva a lutar
Pela terra, terra.

Madre terra, nossa esperança


Onde a vida dá seus frutos
O teu filho vem cantar
Ser e ter o sonho por inteiro
Sou sem-terra, sou guerreiro
Com a missão de semear
A terra, terra.

Mas apesar de tudo isso


O latifúndio é feito um inço
Que precisa acabar
Romper as cercas da ignorância
Que produz a intolerância
Terra é de quem plantar

19
El derecho de vivir em paz
Victor Jara

El derecho de vivir
poeta Ho Chi Minh,
que golpea de Vietnam
a toda la humanidad.
Ningún cañón borrará
el surco de tu arrozal.
El derecho de vivir en paz.

Indochina es el lugar
mas allá del ancho mar,
donde revientan la flor
con genocidio y napalm.
La luna es una explosión
que funde todo el clamor.
El derecho de vivir en paz.

Tío Ho, nuestra canción


es fuego de puro amor,
es palomo palomar
olivo de olivar.
Es el canto universal
cadena que hará triunfar,
el derecho de vivir en paz.

20
Bibiana sem terra
Dante Ramon Ledesma

Bibiana mulher terra ventre raiz figueira


Parida de flor e guerra tem na alma uma
bandeira
Seu capitão vai e vem levar seu cheiro e calor
Na volta o sangue de alguém, mas sempre um
rastro de dor.

Bibiana terra, Bibiana flor,


Bibiana guerra, Bibiana amor.

Bibiana do novo mundo cavalga uma égua larga


Lá na invernada do fundo com a história trança
sua espada
Bibiana de sol e umbigo cerca viva de aramado
Seu leite, leite de figo seu coração encarnado.

Bibiana terra, Bibiana flor,


Bibiana guerra, Bibiana amor.

21
Ahora,coraje
Víctor Heredia

Con qué criterio escribo nuestro dolor


Si no se trata sólo de uma canción
Con qué excusa te digo que tengas fé Abre todas las puertas de par en par
Si yo mismo padezco la misma sed. Para que el viento lleve adentro de tu hogar
Año tras año vemos como se vana El polen bullicioso de nuestra flor,
Por la letrina del colonizador Para que crezcan miles,más de um millón.
La libertad y el sueño del soñador Camina sobre el hambre, fuerza y valor,
Que la consigna crezca como el amor
Coraje! Coraje! Y canta com nosotros nuestra canción.
La unión hace la fuerza y um corazón
Americano crece a la luz del sol. Coraje! Coraje!
La unión hace la fuerza y um corazón
Qué flota de gigantes barcos de azul Americano crece a la luz del sol.
Habrá que conseguir para despistar
La furia del terrible desdichad,
Para que no desdiche esta libertad.
Quizás en tu portafolios quieras guardar
Durante algunos días esta ilusión
Que lleva la consigna del amador.

Coraje! Coraje!
La unión hace la fuerza y um corazón
Americano crece a la luz del sol.

22
Cuando una plaza llora
Letra: Alan Otto Redu– Martím César
Música: Hector Rojas

Las madres siguen caminando


En la Plaza de Mayo
Hace mucho son abuelas !A parición con vida!... siguen resistiendo
De niños casi olvidados. Marchan em la Plaza, son como palomas
Sólo hay una lucha que al fin se perde...
Pero no habrá nunca olvido Aquella , compañero, que un día se abandona.
Pa`quién fue sangre y memoria
Porque una vida nace y muere Una llovizna cae sobre Buenos Aires
Pero no se apaga su historia. Y es el llanto de las madres
Con lágrimas de memoria
Hoy los tempos ya son otros Claro es el llanto del mundo
Pero quizás sean los mismos Recordando un tempo oscuro
Los condores están ocultos //:Cuando una plaza llora
Esperando en la paz de sus nidos. Son las madres de mayo
Cuando una plaza llora
Una llovizna cae sobre Buenos Aires Son los desaparecidos:\\
Y es el llanto de las madres
Con lágrimas de memoria
Claro es el llanto del mundo
Recordando un tempo oscuro
Cuando una plaza llora
Son los desaparecidos
Cuando una plaza llora
Son las madres de mayo.

Los días siguen avanzando


Hacia el futuro, siempre más
Y ellas ahí están todos los jueves
!Ni un paso atrás!...!Ni un paso atrás!

Son golondrinas con pañuelos blancos


Que levantan la bandera de sus hijos
Con su ejemplo van mostrando al mundo
Que son mucho más que desaparecidos.

23
Cuando los ángeles lloran
Fher Olvera

A Chico Méndez lo mataron


Era un defensor y un ángel
De toda la amazonía Cuando los ángeles lloran
Él murió a sangre fría Es por cada árbol que muere
Lo sabía Collor de Melo Cada estrella que se apaga oh no, no!
Y también la policía. Un ángel cayó
Un ángel murió
Cuando los ángeles lloran Un ángel se fue
Lluvia cae sobre la aldea Y no volverá
Lluvia sobre el campanario Un ángel cayó
Pues alguien murió Un ángel murió
Un ángel cayó
Un ángel murió Un ángel se fue
Un ángel se fue Se fue volando en madrugada
Y no volverá
Cuando los ángeles lloran
Cuando el asesino huía Cuando los ángeles lloran, lloverá
Chico Méndez se moría
La selva se ahogaba en llanto
Él dejó dos lindos críos
Una esposa valerosa
Y una selva en agonia

24
Huayno Aymara A desalambrar
Jenny Cardenas Daniel Viglietti

Kuna ruxa sarja utaha Yo pregunto a los presentes


aka tierra wali sumaha si no se han puesto a pensar
Pachamama karu que esta tierra es de nosotros
naya churi taka tierra ayayay y no del que tenga más.

Karu humanpi Karu humanpi Yo pregunto si en la tierra


Naya jachirista way wayayay nunca habrá pensado usted
que si las manos son nuestras
es nuestro lo que nos den.

A desalambrar, a desalambrar
que la tierra es nuestra
es tuya y de aquel
de Pedro y María, de Juan y José.

Si molesto con mi canto


a alguno que ande por ahí
le aseguro que es un gringo
o un dueño del Uruguay.

A desalambrar, a desalambrar...

Yo pregunto a los presentes


si no se han puesto a pensar
que esta tierra es de nosotros
y no del que tenga más.

A desalambrar, a desalambrar...

25
Cancioneiros: Duglas Bessa e Hector Rojas

26

Você também pode gostar