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Portuguesa
Escola: EEEP Guiomar Belchior Aguiar
Professora: Letícia Gomes Ferreira
LITERATURA
DE CORDEL
Orgulho de Ser Nordestino – Bráulio Bessa
O cordel teve sua origem durante
a Idade Média e, no Brasil, é muito
mais conhecido e divulgado na região
Nordeste.
O nome “cordel” teve sua origem
em Portugal, na Idade Média, porque
os folhetos ficavam pendurados por
cordões ou barbantes, em exposição.
As capas desses folhetos – geralmente impressos em preto e branco –
são ilustradas com fotos, desenhos ou xilogravuras, que é a sua forma
histórica e tradicional.
Sou fio das mata, cantô da mão grossa, Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Trabáio na roça, de inverno e de estio. Brigando com o tôro no mato fechado,
A minha chupana é tapada de barro, Que pega na ponta do brabo novio,
Só fumo cigarro de páia de mío Ganhando lugio do dono do gado.
Sou poeta das brenha, não faço o papé Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
De argum menestré, ou errante cantô Coberto de trapo e mochila na mão,
Que veve vagando, com sua viola, Que chora pedindo o socorro dos home,
Cantando, pachola, à percura de amô. E tomba de fome, sem casa e sem pão.
Não tenho sabença, pois nunca estudei, E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Apenas eu sei o meu nome assiná. Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre, Morando no campo, sem vê a cidade,
E o fio do pobre não pode estudá. Cantando as verdade das coisa do Norte.
O Poeta da Roça – Patativa do Assaré
Cordelista Nordestino
Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)
De noite notamos as graças eternas Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes Fiel fazendeiro modesto e feliz
Na copa da mata os ramos embalam É que o ouro branco sai para o processo
E as flores exalam suaves perfumes Fazer o progresso do nosso país.
(ABCBDB)
(ABCBDDB)
(ABBABCDDCD ou ABAABCDDCD)
Quem inventou esse "S"
De noite notamos as graças eternas Com que se escreve saudade
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes Foi o mesmo que inventou
Na copa da mata os ramos embalam O "F" da falsidade
E as flores exalam suaves perfumes E o mesmo que fez o "I"
Da minha infelicidade
Já te falei de saudade Sôbolos rios que vão
Tristeza e ingratidão por Babilónia, me achei,
De amor e de prazer Onde sentado chorei
E cantei de emoção as lembranças de Sião
Quero agora cantar e quanto nela passei.
E também quero falar Ali, o rio corrente
Das coisas do meu sertão de meus olhos foi manado,
e, tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado
TEMÁTICA