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Seminário

Medidas de Avaliação em
Psicologia

Inteligência
Apresentação do Teste de inteligência ( TI ).

Autores: Fabián Marim Rueda


Nelimar Ribeiro de casto
Editora: VETOR EDITORA
Construto: Inteligência
Público-alvo: De 18 a 67 anos
Aplicação: Individual
Coletivo
Não informatizado
Correção: Informatizado
Não informatizado
Data da aprovação: 18/11/2011

Prazo de estudos de normatização: 18/11/2026-Atualização de normas


aprovadas na plenária de24/02/2018 com vigência até 24/02/2033
Prazo dos estudos de validade: 18/11/2031
Observação: Estudos específicos de normas da Anac aprovado na plenária de
27/01/2018.
O Presente estudo consta três artigos, correspondente dos autores do teste; Nelimar Ribeiro de Castro,
professor de Psicologia da univiçosa, Faculdade de ciências Biológicas e da saúde (Facisa), Viçosa-MG-Brasil.
Fabian Javier Ruedas, Universidade de São Francisco, Itatiba-SP-Brasil. et al.

Método: O artigo estudado visou explorar evidências de validade para testes de inteligência (TI)
relacionando variáveis de idade e sexo, 560 pessoas entre 18 e 67 anos participaram da pesquisa
(m=26,26DP=8,62), sendo 358 homens (63,09%).
Recentemente, desenvolvido no Brasil, os Testes de Inteligência (TI), Rueda e Castro (2011) se propõe a
avaliar o fator g da Teoria de Spearman (1904) sobre a inteligência basear-se na existência de um fator geral,
ou fator g, sendo este comum a todas as habilidades intelectuais. Este estudo tem por objetivo a busca de
evidências de validade convergente baseada na comparação com construtos relacionados para o Teste de
Inteligência (TI), respectivamente pela correlação com Teste de Não-Verbal de Inteligência (R1) e o Teste de
Atenção Concentrada (AC).

Método:
Fizeram parte do estudo 484 indivíduos que estavam passando pelo processo de obtenção, mudança,
renovação ou adição de categoria da CNH nos estados da Bahia (63,6%) e de São Paulo (36,4%). A idade
variou de 18 a 67 anos com média de 26,56 anos e desvio-padrão de 8,81, sendo 63,8% homens. Em relação
à escolaridade, os participantes tinham desde o ensino fundamental incompleto até o ensino superior
completo.
Desenvolvimento: O Fator g seria permanente em uma mesma pessoa, porque
preservaria inalterável entre as aptidões de um só individuo, entretanto apontaria
variação ao ser verificado em inúmeros indivíduos. A partir dos trabalhos de
Spearman (1927), tornou-se alvo de avaliar o fator g entre grupos sem
consequência de variável sociocultural, biológico, comunidade e sexo.
Referindo-se as diversas ações do sexo em trabalho da inteligência, duas visões
aderidas, avaliação do fator g e avaliação de aptidões próprias com pensamento
oral, mecânico, visuoespacial. Assumindo duas visões, segundo Flores Mendoza,
Mansur Alves, Laéle e Bandeira (2007) em comparação á atuação de meninos e
meninas no fator g por meio de matrizes progressivas de Raven, escala de cores da
figura humana (DFH) e do teste não verbal de inteligência (R2) e em aptidões
especificas, usando escala oral da, escala Wechsler de inteligência para
crianças( Wisc III), em todas as situações as atividades, meninos e meninas foram
estatisticamente correspondentes, não apresentando discordância entre sexo.
Os estudos psicométricos iniciais do TI (Rueda e Castro, 2011) indicavam entre outras propriedades, equivalência de
desempenho entre os sexos, ou seja, não foram encontradas diferenças significativas no desempenho médio de homens e
mulheres; entretanto foi observada correlação negativa e significativa entre o desempenho no TI e a idade, indicando
decréscimo na habilidade intelectual em decorrência do envelhecimento. Em complementação a este estudo, determinou-se
por meio da análise, de variância, a diferenciação de 4 faixas etárias, sendo elas entre 18 e 19 anos; 20 a 25 anos; 26 a 33 anos;
e, por fim, 34 anos ou mais. Verificou-se melhor desempenho dos grupos mais jovens, o que representou para o TI, uma
evidência de validade baseada na relação com outras variáveis.
Levando em conta a validade pela relação com construtos relacionados para testes de inteligência, usualmente
utilizam-se testes que avaliam outros processos cognitivos, em especial a atenção pela consistente documentação a respeito da
associação entre esses dois construtos. Sobre isso, Rosselló e Roca (1994) afirmam que a inteligência geral ou fator g estariam
relacionados a diversos aspectos da atenção, tais como tempo de reação em tarefas de detecção de sinal e na interferência
observada no teste de Stroop. Além disso, os outros salientaram que a associação entre os processos atencionais e intelectuais
seriam maior em grupos com grande variação no desempenho em inteligência e em crianças. Essas afirmações têm
corroboradas pelas evidências empíricas que indicam níveis moderados de correlação entre teste de atenção e inteligência
independente da amostra e do tipo de atenção avaliada (Arrueda, 2008; Castro e Rueda, 2009; Cecílio-Fernandez e Rueda,
2007; Rueda e Castro, 2010; Rueda, Lamounier, Sisto, Bartholomeu e Noronha, 2006).
Especificamente no contexto do trânsito, podem ser encontrados alguns estudos associando o fator g a diversos tipos
de atenção. Sisto et al. (2006) por exemplo, relacionaram o TCR (Teste Conciso de Raciocínio) ao teste de Atenção Sustentada
(AS) em um grupo de 432 candidatos à CNH, com idade entre 18 e 73 anos. Eles obtiveram correlações moderadas e positivas
com a medida de concentração e velocidade com qualidade do AS. Resultados semelhantes foram encontrados por Rueda et al.
(2006) ao associarem estes mesmos testes. Eles obtiveram correlações moderados e positivas para medidas de velocidade
com:
Qualidade e para a Concentração.
Considerando a necessidade de avaliar as qualidades psicométricas de novos testes psicológicos com
destaque à validade (AERA, APA e NCME, 1999), este trabalho teve como objetivo apresentar dois estudos de
validade para TI (Rueda e Castro, 2011). O primeiro, que busca evidências de validade convergente foi
realizado por meio da correlação com o Teste Não-Verbal de Inteligência – R1, enquanto o outro investigou
evidências de validade pela relação com construtos relacionados, sendo utilizado o Teste de AC.
De forma iguais ao verificando as ações dos adolescentes na Wisc III e bateria de habilidades g, dá, Cognitivos
Woodcockd jomson-III (WJ-III), Chiodibe Wechsler (2009) ,não identificaram diferença dentre os sexos nos
pontos totais dos instrumentos éntretanto,ao se tratar de WJ III, ocorreu diferença no subteste vocabulário,
indicando mais desempenho entre os meninos, se tratando da variável idade.
Instrumentos utilizados no TI
Na pesquisa para aplicação do teste de inteligência utilizou-se 30 desenhos faltando um pedaço que deveria
ser completado. O pedaço “faltante” deveria ser escolhido dentre seis alternativas oferecidas ao respondente.
O teste de inteligência (definido por Spearman, 1904 -1927) correlaciona a estrutura interna, sexo e o estado
de residência das pessoas. Fatores externos como a idade também precisaram ser considerados. Visto que
houve alterações na aplicação geral. Nesse sentido, agruparam as idades 18 e 19, 20 a 25, 26 a 33, 34 em
diante. A escolaridade também foi um fator relevante a ser considerado. Assim, obtiveram resultados
significativos. A precisão dos resultados se deu pelo método de coeficiente alfa de Cronbach e método das
metades de Spearman- Brown e Guttman.
O teste Não Verbal de Inteligência foi criado por Rinaldo de Oliveira em 1963, inicialmente para
motoristas, baseando-se no fator g de Spearman. Esse teste é composto por 40 perguntas que
devem ser respondidas em trinta minutos. Nesse teste o respondente é submetido a vários
estímulos, sejam figuras concretas e abstratas. O teste foi validado após uma comparação com
o teste de matrizes progressivas de Raven-escala geral. Aplicaram os dois testes e o resultado
foi validado utilizando-se o coeficiente de Pearson. A precisão dos testes se deu pelo método
Spearman-Brown. Há um manual que tem referências de acordo com o estado brasileiro que a
respondente mora.
O teste de atenção concentrada foi desenvolvido por Cambraia em 1967. Avalia a capacidade
da pessoa em concentrar-se, isto é, voltar o foco exclusivamente para um estímulo. Esse teste se
correlaciona ao teste de atenção concentrada para motoristas (TACOM A e B).
Procedimentos:
Apresentados três elementos sobre a inteligência, a inteligência geral ou fator g, os fatores específicos e
também os fatores de grupo. Os fatores descrevem habilidade intelectual inata, já os fatores de grupo
representam á um conjunto de aptidões equivalentes, nos quais se dispõem de aptidões equivalentes, nos
quais se dispõem de condições superiores de correlação entre si. Entre alguns fatores de grupo
mencionamos o verbal (V),que abrange a capacidade de trabalhar com sinônimos, antônimos, vocabulário e
analogias, o mecânico e espacial (M),ligados a relação espacial, e o número(N),que circunda as habilidades
para operações numéricas. Entretanto, o fator g representearia normal a todas as funções intelectuais do
individuo, isto é elemento subtendido de á toda aptidão específica e responsável pelo processo introdução e
descrição de correlatos que condiz o chamado de inteligência geral,(Spearman 1927).
Os testes foram realizados com pessoas que tentavam a habilitação da CNH e consentiram em realizar
o teste para a pesquisa. O teste de atenção foi realizado primeiro porque a fadiga após a realização dos outros
poderia comprometer os resultados.
Resultados:
Os resultados demonstraram uma correlação entre os três testes. À medida que o índice do TI
aumentava o AC e R1 também aumentavam. No entanto, quanto à intensidade e as várias
habilidades de cada um, houve diferenciação nos resultados, apontando a necessidade da
aplicação de cada um conforme o resultado que se espera obter.
Discussão:
O objetivo do estudo de validade (convergente e relação de construto relacionado) para o TI contribuiu para
demonstrar a importância da evidência da validação, tornando o método mais seguro e confiável. Nesse
estudo foi observado que, quando se comparou os três de forma geral, houve uma proximidade. Entretanto,
quando se avaliava por idades a diferença aumentava. Na aplicação dos testes faz-se necessário observar a
medida própria a cada instrumento e as diferenças de aplicação de cada teste. O objetivo do teste foi
alcançado, mas, sugerem-se mais aplicações de validação com outros itens para aprimorar cada vez mais os
instrumentos de testes em Psicologia.
O artigo estudado “Estudo da estrutura interna do Teste de Inteligência-TI”, traçou como objetivo verificar a
estrutura interna do Teste de Inteligência-TI e se constituiu por meio de “Analise Exploratória AFE e
Confirmatória AFC”.
Segundo o artigo terceiro, a amostra se constituiu com um total de 2.163 sujeitos, sendo 1.013 para o estudo
AFE e 1150 para AFC. O perfil selecionado foi: Maiores de 18 anos, escolaridade variando entre o ensino
fundamental incompleto e superior completo. Primeiramente foi aplicado AFE que sugeriu a presença de 2
fatores sendo o primeiro englobando os itens de 18 a 30 e os segundo pelos itens de 01 a 17 que
positivamente e moderadamente se correlacionaram. Em seguida após o resultado aplicou-se AFC contendo
também como modelo dois fatores.
O construto “inteligência” está sob a mira constante de três grandes teorias, as quais procuram explica-las sob
distintas concepções. A primeira é a desenvolvimentista, que compreende a inteligência como fenômeno que
vai se desenvolvendo por etapas, crescente, invariante na sua estruturação e qualitativamente diferente entre
os indivíduos; Obtendo como método investigativo utilizado a observação e a descrição do fenômeno. Como
exemplos têm a fala, interação com ambiente e a aprendizagem.
A segunda é a Psicologia Cognitiva e segundo (Muniz em preparação) esta teoria investiga os processos
cognitivos envolvidos na solução de tarefas englobando e unificando as dimensões cognitivas e
sistematizando os processos mentais subjacentes á cognição, como a sensação, a percepção e a memória.
Abordando como exemplo que quando se é necessário o indivíduo comparar informações o mesmo tende a
mapear e codificar os elementos utilizando da atenção para a solução do objeto analisado, assim guardando
na memória diversos estímulos para fazer uma análise comparativa das informações e elaborar uma
resposta e julgar se a mesma está correta.
No modelo psicométrico a investigação se dá através da estrutura e a organização subjacente a inteligência e
frequentemente se utiliza do método de análise fatorial; a técnica fatorial tem como objetivo identificar a
estrutura subjacente em um construto, por meio de agrupamentos de variáveis, podendo-se identificar se
determinado construto é composto por um ou mais fatores. Nota-se que no modelo psicométrico em
conjunto com analise fatorial nos possibilita ter um entendimento da inteligência como multidimensional,
com fatores diversificados especificando os tipos de inteligência que o ser humano pode apresentar.
Atualmente a neurociência cognitiva vem ganhando espaço, trazendo outra abordagem para a consolidação
no estudo de inteligência. Segundo Hunt (1999) Ponser e Digiloramo (2000). A finalidade dessa abordagem
é a identificação dos processos cognitivos da inteligência relacionando-os com os aspectos estruturais e
funcionais do cérebro.
Segundo Gazzaniga, Ivry, Mangun (2002) Lezak (1995) o córtex pré-frontal é o principal local de
processamento das informações para o raciocínio, pois é onde se encontra a base neurológica das funções
executivas. Essas quais estão entre os aspectos mais complexos da cognição envolvendo a seleção e
integração de informações atuais, com informações previamente memorizadas, o planejamento, o
monitoramento e a flexibilidade cognitiva que consequentemente, são funções que interferem na
aprendizagem.
Vale ressaltar que todas as teorias contribuem para o entendimento da inteligência, complementando e não excluindo; na
maioria das vezes a teoria psicométrica está presente no processo de construção de instrumentos psicológicos para avaliação
da inteligência.
Os autores Rueda e Castro (2012) para o Teste de Inteligência-TI embasaram o instrumento com base na teoria de Charles
Spearman, cujo objetivo mensurar a capacidade de educação, de relação, considerada como um dos elementos de fator geral
proposto por Spearman (1904- 1927)

O fator g pode ser descrito por três processos básicos, apreensão da experiência, adução das relações e adução de correlatos. A
apreensão se refere à capacidade relacionada a percepção, rapidez e acuidade para descriminação dos estímulos e apresenta
consciência desse processo; Adução das relações é a capacidade do indivíduo em detectar relações entre duas ou mais ideias
percebidas no ambiente ou evocadas na memória. Adução de correlatos é a capacidade de formular novas ideias ou relações a
partir de ideias ou relações já estabelecidas. ( Spearman 1927).
Já na tradição americana a teoria fatorial no início se contradizia com a tradição britânica referente à existência de um fator
geral. Thurstone (1934) a partir de uma análise fatorial com o objetivo de verificar as habilidades da inteligência formulou a
teoria das aptidões primarias que são independentes entre si e sem um fator comum entre elas. Os quais são a compreensão
verbal, a fluência verbal, o raciocínio indutivo, numérico, aritmético e dedutivo a visualização espacial, a memória e a rapidez
perceptiva.
A divergência inicial entre as teorias levou outros pesquisadores a estudar a estrutura do construto inteligência por meio da
análise fatorial. Na década de 50 surgiram novos modelos na tentativa de conciliar as duas teorias e mesmo Thurstone em
1941 por meio de outros trabalhos concordando com Spearman certificando a existência de um fator geral da inteligência
alguns pesquisadores segundo o artigo ainda apoiavam as teorias de aptidões.
Conclusão:
O Resultado encontrado subsidiou á hipótese de que as diferenças encontradas entre os sexos poderiam
estar relacionadas á habilidades cognitivas específicas e não necessariamente o fator g.(Flores-Mendoza,
2000; Keith et al.,2008;sluis et al.,2008;Weiss et al.,2003).Dessa forma homens teriam um desempenho
melhor em atividades visuoespaciais, raciocínio matemático e mecânico, enquanto as mulheres teriam
melhor um desempenho em tarefas envolvendo habilidades verbais e velocidade perceptual.
Com base no exposto, este estudo apresentou evidência de validade baseada na relação com outras variáveis
para TI (Rueda e Castro, 2012), ao corroborar os achados da literatura no que se refere á relação entre a
variável idade, inteligência, em como bem como demostrou que mulheres e homens obtêm desempenho
equivalente no TI, conforme indicado pela literatura. Ainda, sugeriu a necessidade de colaboração de normas
especificas para as diferentes faixas etárias. Em que pensem estes achados, vale ressaltar, que a maior parte
dos indivíduos que compuseram a amostra era jovem, e os sujeitos com mais de 50, representavam uma
porcentagem pequena. Neste sentido, interessante, não só do ponto de vista do construto da inteligência,
mas também para as qualidades psicométricas do TI,fazer um estudo das pessoas com mais idade,
permitiria estabelecer normas para subgrupos de idades maiores, que provavelmente irão apresentar
diferenças significativas no construto com base no declínio do próprio envelhecimento.
Referências:
Psicologia em pesquisa/UFJF/6 (02).101-110/Julho-Dezembro de 2012.

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Alexandra Prates Amâncio
Teixeira, Izabel Cristina da
Silva, Mô nica Oliveira Silva
Rosa, Mô nica de Queiroz
Cardoso e Karine de Fátima
Chiericato.

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