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Atendimento

Emergencial ao
Queimado
 Lesão tecidual que , provocada pelo
contato ou exposição a vários
agentes ou substâncias, determina a
polimerização do CLP (toxina),
abrindo espaço para a perda do
controle do processo inflamatório
(SIRS) , falência imunológica;
podendo evoluir para a Sepse e a
DMOS
 Chamas
 Líquidos e superfícies aquecidas
 Fricção
 Produtos químicos
 Radiação
 Corrente elétrica
Anatomia da Pele

 Epiderme
 Camada externa mais fina

 Derme
 Camada profunda mais espessa

(folículos pilosos, glândulas


sebáceas e sudoríparas, fibras
sensoriais)
Anatomia da Pele

 As células da Epiderme
 Queratinócitos (90%)

 Melanócitos (cor da

pele)
 Células de Langerhans

(defesa)
 Células de Merkel (tátil)
Gravidade das queimaduras

Profundidade
Extensão
Profundidade
 I grau - lesões
superficiais
hiperemia
Profundidade
 II grau - epiderme e parte da derme
bolhas ou flictenas
Profundidade
 III grau espessura total
- escara dura e coriácea
sem sensibilidade
tátil
Regra dos 9 Extensão
Adulto

*
* Válida para adultos e crianças
Gráfico de Lund e Extensão
Browder
Internação - Critérios
 Pacientes que necessitam de
fluidoterapia IV (crianças com
queimaduras acima dos 10% de scq
e adultos acima dos 20% de scq)

 Lesões em face e/ou genitais

 Queimaduras elétricas e químicas

 Lesões por inalação


Princípios de Controle
Preferencialmente em APH
APH

 Interrupção do processo
da queimadura
 Remoção de toda a roupa
das
áreas envolvidas
APH
Resfriamento da lesão
 Água corrente natural ou gelada
 20 minutos
 45 min(químicas)
 Estabilização dos mastócitos
 Menor liberação da histamina (menos
edema)
A injúria se mantém enquanto
temp. ≥ 44ºC
Remoção de anéis, jóias, relógio
 Efeito torniquete
APH

DETALHE

 Lesões por piche ou asfalto

 Óleo vegetal
APH
Atenção
Cuidado ao resfriar as lesões
nos grandes queimados :

5 min; em seguida cobertor ou


manta para manter o paciente
aquecido e seco.

 Hipotermia
 Fibrilação ventricular
 Assistolia
APH

 Em caso de chamas*:

 Stop
 Drop
 Roll

* Vítima deitada, nunca em pé,


especialmente nos casos de
autoimolação
Avaliação e Cuidados Iniciais
Exame Primário
 A As vias aéreas
 B Boa respiração
 C Circulação
 D Déficit neurológico/
determinar peso do paciente
 E Expor e examinar
 F Fluidos (V.O, IV com acesso
venoso periférico ou raramente
central)
Exame Primário
 A As vias aéreas
(permeabilidade)
Exame Primário
 B Boa respiração
(ventilação efetiva)
Exame Primário
 C Circulação (perfusão
periférica adequada)
Exame Primário

 D Déficits -
 exame neurológico sumário/
determinar peso do paciente
Exame Primário
 E Expor e
examinar
Exame Primário
 F Fluidos (V.O, IV com acesso
venoso periférico – até 2 sítios -
ou central)
Exame Primário
 F Fluidos - SE em APH(SAMU),
acesso venoso periférico
 >14 anos = 500ml/h

 6 a 13 anos = 250ml/h

 <5 anos = 125ml/h


Exame Secundário
 Circunstâncias do acidente: causa,
ambiente fechado ou aberto,
inalação de fumaça, traumas
associados, etc
Anamnese / A R D E U
 A Alergia
 R Remédios que usa
 D Doenças pré-existentes
 E Eventos que precederam a lesão
 U Última refeição ou bebida
Vias Respiratórias

 Administrar O2 de alto fluxo


(até 15 l/min) em lesões
extensas na face ou em
grandes queimados
 Intubação orotraqueal nas
hipoxemias severas e/ou forte
suspeita de injúria inalatória
Fisiopatologia

EDEMA
 Fenômeno Físico
 Dilatação dos corpos

+
 Resposta Inflamatória
 Agressão ao colágeno

 Aumento da permeabilidade
capilar até as 24 horas pós
injúria
Slide gentilmente cedido
pela
Drª Maria Cristina Serra
Tratamento
Inicial

‘’
Cálculo da reposição volêmica

Fórmula de Brooke modificada *

1° dia
Peso (Kg) x A.Q (%) x 2 ml de RL
Nas 1as 8 horas - ½ do volume
Nas 16 subs - ½ do volume
TUDO EM BIC

* Parkland : Peso (Kg) x A.Q. (%) x 4 ml de RL


Atenção

Fórmulas de Ressuscitação
Volêmica são apenas guias de
reposição

Evitar ultrapassar 10% do peso


do paciente em litros em um
período de 24 horas
Sondagem vesical e controle da diurese:
0,5 a 1,0 ml / kg /h
Escarotomia

 Indicada em queimaduras de III grau


circunferenciais e constrictivas
(extremidades e tórax)

 Quadro clínico: intenso edema, cianose,


extremidades frias, dormência, dor e
diminuição ou ausência de pulso nas
extremidades
Escarotomia

Fasciotomia
Prevenção da Úlcera de Estresse
(Curling)*

 Omeprazol
 40 a 80 mg/dia

* isquemia da mucosa gástrica e


aumento da produção ácida
Profilaxia do Tétano
 Indicada:
• nas queimaduras extensas e profundas
• sem vacinação
• com vacinação incompleta
• último reforço há mais de 5 anos
• vacinação desconhecida
 Tratamento :
• Imunoglobulina antitetânica 250 UI IM
+ Toxóide tetânico IM
Combate à dor

 Realização do curativo
oclusivo e compressivo

 Morfina ou derivados*
(uso criterioso, na vigência de intensa
dor e exclusivamente IV)

* Tramadol
Tratamento local

 Limpeza com água

 Remoção da epiderme
solta

 Em princípio não romper


bolha* (se atendimento
emergencial)

* Controvérsia
Tratamento local
 Aplicação de agente
antimicrobiano de ação
tópica : sulfadiazina de prata
a 1% + nitrato de cério a
0,4%, seguida da realização
do curativo oclusivo e
compressivo

 Lesões em face e/ou genitais


devem ser tratadas pelo
método da exposição
Exames Laboratoriais
 HTO
 NA
 K
 Ureia
 Creatinina
 Sumário de Urina
 Radiografia de Tórax
 Gases arteriais (eventualmente)
“Eu trato a ferida. Deus cura.”

Ambroise Paré
(1510-1590)
Obrigado

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