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Diferentemente das reações do tipo SN2, nas reações SN1 o Grupo de Saída
sai deixando o carbono com uma carga positiva (carbocátion). Somente depois, o
Nucleófilo ataca este carbono formando o produto.
(Brondani, s.d.)
O mecanismo SN1 ocorre em 2 etapas:
Carbocátion
(Brondani, s.d.)
Etapa 2) ocorre o ataque do Nucleófilo (Nu) ao carbocátion e, a formação do
produto contendo a nova ligação C-Nu.
É a etapa rápida já que o Carbocátion, por ser muito reativo, reage
rapidamente com o Nucleófilo.
Produto final
Nucleófilo
(Brondani, s.d.)
Como o mecanismo ocorre em duas etapas, existem dois estados de
transição (ET) e dois complexos ativados. O primeiro ET, leva ao carbocátion (C+)
e, o segundo ET leva ao produto, como pode ser observado no diagrama de
energia:
(Brondani, s.d.)
As reações do tipo SN1 são UNIMOLECULARES, diferente das reações
SN2, pois no ET determinante da velocidade (de maior energia e pertencente a
etapa lenta) somente o eletrófilo participa, ou seja, somente uma espécie
participa da determinação da velocidade da reação.
(Brondani, s.d.)
REAÇÃO DO CLORETO DE TERC-BUTILA COM O ÍON HIDRÓXIDO: UMA
REAÇÃO SN1
Se uma reação ocorre em uma série de etapas, e se uma etapa é mais lenta
do que todas as outras, então a velocidade da reação global será basicamente
a mesma velocidade dessa etapa mais lenta. Essa etapa lenta é, então,
chamada de etapa limitante da velocidade ou etapa determinante da velocidade.
(Solomons, 2018)
Considere uma reação em várias etapas como a seguinte:
Determinante
da velocidade
A ampulheta modificada,
ao lado, serve como uma
analogia para uma reação em
várias etapas. A velocidade
global é limitada pela
velocidade da etapa lenta.
(Solomons, 2018)
UM MECANISMO PARA A REAÇÃO SN1
nucleófilo
terciário
(Solomons, 2018)
DIAGRAMA DE ENERGIA DA ETAPA 1
(Solomons, 2018)
Na segunda etapa, o intermediário, o cátion terc-butila, reage rapidamente
com a água para produzir um íon terc-butiloxônio:
(Solomons, 2018)
Na terceira etapa,
(Solomons, 2018)
CARBOCÁTIONS
A Estrutura dos Carbocátions:
▪ Carbocátions são planos triangulares.
▪ O átomo de carbono central em um carbocátion é deficiente em elétrons;
ele tem apenas seis elétrons na sua camada de valência.
▪ O orbital p de um carbocátion não contém elétrons, mas pode aceitar um
par de elétrons quando o carbocátion sofre uma reação posterior.
(a) (b)
(a)cátion metila. As ligações são ligações sigma (σ) formadas pela superposição dos três orbitais sp 2 do
átomo de carbono com os orbitais 1s dos átomos de hidrogênio. O orbital p está vazio.
(b) cátion terc-butila. As ligações entre os átomos de carbono são formadas pela sobreposição dos
orbitais sp3 dos grupos metila com os orbitais sp2 do átomo de carbono central.
(Solomons, 2018)
Estabilidades Relativas dos Carbocátions
estão relacionadas com o número de grupos alquila ligados ao átomo de
carbono trivalente carregado positivamente.
Essa ordem de estabilidade dos carbocátions pode ser explicada com base
na hiperconjugação.
(Solomons, 2018)
(Solomons, 2018)
Hiperconjugação
▪ A hiperconjugação envolve a deslocalização de elétrons (via sobreposição
parcial de orbitais) de um orbital ligante preenchido para um orbital não
preenchido adjacente.
▪ Sempre que uma carga puder ser dispersa ou deslocalizada por
hiperconjugação, efeitos indutivos ou de ressonância, um sistema será
estabilizado.
A densidade eletrônica de uma das
ligações sigma carbono–hidrogênio do
grupo metila flui para o orbital p vazio do
carbocátion porque os orbitais podem se
sobrepor parcialmente. O deslocamento da
densidade eletrônica dessa forma torna o
carbono com hibridização sp2 do
carbocátion um pouco menos positivo, e os
hidrogênios do grupo metila ficam com
parte da carga positiva. A deslocalização
(dispersão) da carga dessa maneira leva a
uma maior estabilidade. Essa interação de
um orbital de ligação com um orbital p é
chamada de hiperconjugação.
(Solomons, 2018)
Assim:
Exemplo Resolvido:
Ordene os carbocátions vistos a seguir por estabilidade crescente:
(Solomons, 2018)
Reações que Envolvem Racemização
A racemização ocorre sempre que a reação faz com que moléculas quirais
sejam convertidas em um intermediário aquiral.
Reações SN1 nas quais o grupo de saída sai de um centro de quiralidade
quase sempre resultam em racemização extensa e, algumas vezes, completa:
(Solomons, 2018)
Mecanismo da Reação
(Solomons, 2018)
E, por fim:
(Solomons, 2018)
Exemplo Resolvido
Resolução:
(Solomons, 2018)
Dessa forma, os produtos serão:
Bibliografia