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A + B A-B
Exemplos:
+ H-Cl
Cl
H
Br
+ Br-Br
Br
O
H O OCH3
+ CH 3OH
H H
A-C A + C
Exemplos:
OH
O
+
H H
H
Br
+ H-Br
H
Exemplos:
O O
+ CH3O H + O
OH OCH3 H H
Br - OH -
+ OH + Br
Note que as setas curvas são diferentes para cada tipo de clivagem da ligação:
A clivagem heterolítica gera dois íons, enquanto a clivagem homolítica gera dois radicais.
Reações que envolvem a participação de íons como reagentes, intermediários ou produtos são
conhecidas como reações iônicas ou polares, cerca de 95% das reações. Na maioria dos casos os
íons estão presentes como intermediários dessas reações. Por outro lado, as reações que envolvem
radicais são conhecidas como reações radicalares.
As setas curvas mostram o movimento dos elétrons e não dos átomos, elas sempre
começam em uma região rica em elétrons (par de é não ligantes ou ligação covalente) e apontam
na direção de uma região deficiente de elétrons. Existem quatro situações onde as setas curvas
são utilizadas:
Muitas reações se processam em mais de uma etapa, nesse caso, essa reação ocorre em
duas etapas com a formação de um intermediário (carbocátion) entre elas.
A fim de entender melhor o mecanismo de uma reação, setas curvas são utilizadas para
mostrar o movimento dos elétrons durante o rompimento e formação das ligações. Veja na 1º etapa
que os elétrons se movem para formar a ligação com o hidrogênio e ao mesmo tempo os elétrons
da ligação H-Br se movem para o átomo de bromo, rompendo assim essa ligação. Na 2º etapa o
par de elétrons do bromo se move para formar a ligação com o carbono.
1º etapa da reação:
2º etapa da reação:
1º etapa da reação:
O mecanismo da reação descreve as várias etapas que acontecem quando reagentes são
convertidos em produtos. Também é muito importante conhecer as variações de energia que
ocorrem durante a reação e em suas diversas etapas, para isso utilizamos o diagrama de
coordenada da reação. Na figura 1 temos dois diagramas de coordenada de reação, um para a
primeira etapa (a) e o outro para a segunda etapa (b).
ATENÇÃO: se você não lembra mais o que é energia livre de Gibbs, reações endergônicas ou
exergônicas, entalpia, entropia... faça uma revisão desse assunto utilizando o capítulo 6 do livro de
Química Orgânica de David Klein ou leia o arquivo “termodinâmica e cinética de reações”,
(http://professor.ufop.br/sites/default/files/taniamelo/files/termodinamica_e_cinetica.pdf), que tem
um resumo desses conceitos.
Figura 1 – diagrama de coordenada das duas etapas da reação de adição de HBr ao 2-buteno. a –
primeira etapa, b – segunda etapa.
Colocando os dois diagramas juntos temos uma visão global das diferenças de energia. Na
figura 2 vemos que a diferença de energia livre entre reagentes e produto é negativa, por isso a
reação global é exergônica (Go é negativo), ou seja, ela é espontânea. Nessa reação a primeira
etapa é a que determina a velocidade global da reação, pois é nela que a energia livre de ativação
((G‡) é maior.
Figura 2 – diagrama de coordenada da reação de adição de HBr ao 2-buteno
Figura 4 - Exemplos de hidrocarbonetos com densidade de carga negativa devido aos elétrons
Após essa análise concluímos que nucleófilos são atraídos para carbonos ligados a
halogênios ou oxigênio, e por outro lado, eletrófilos são atraídos pela densidade eletrônica que
existe na ligação dupla ou tripla C-C. Então nesses casos os compostos orgânicos reagem
facilmente via reações iônicas ou polares, mas e os alcanos? Vamos lembrar que alcanos só
possuem ligações simples C-C e C-H e por isso não existe nem carga parcial positiva nem elétrons
! Esse fato torna os alcanos compostos de baixíssima reatividade, porém existe um mecanismo
pelo qual eles podem reagir, esse mecanismo envolve formação de radicais, ou seja, alcanos
reagem via reações radicalares.
Exemplo da halogenação de uma alcano: