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2.1 e 2.2 - A Fixação Do Território e País Senhorial
2.1 e 2.2 - A Fixação Do Território e País Senhorial
1 – A fixação do
território
Módulo 2
1.2.1. A
Reconquista
Cristã
A autonomização e independência de Portugal
DURANTE O PROCESSO
DA RECONQUISTA,
FORMARAM-SE DIVERSOS
REINOS CRISTÃOS.
Percursos da História 10º ano | 1. O espaço português - segunda parte
A autonomização e independência de Portugal
É no reinado de Afonso VI, rei de Leão, que chegam à Península Ibérica, D.
Raimundo e D. Henrique, cavaleiros borgonheses, imbuídos do ideal de guerra de
cruzada.
• Casa com D. • Casa com D.
Urraca, filha Teresa, filha
legítima de ilegítima de
Afonso VI; Afonso VI;
• Recebe o • Recebe o
condado da condado
Galiza. Portucalense.
21 Fronteiras
Reconquistadono
Tratado
reinado
dede
Alcanices.
D. Afonso III.
Percursos da História 10º ano | 1. O espaço português - segunda parte
2.2 – O país rural e
senhorial
Módulo 2
O país rural e senhorial
Durante a Reconquista, os reis Como estava organizado o território?
ibéricos estabeleceram laços de
As concessões de terras originaram formas
vassalidade com a nobreza e o distintas de ocupação
clero com o objetivo de
organizar a defesa, administrar o
território e promover o Rei Reguengos
repovoamento.
A origem dos senhorios remonta Senhorios
Clero
à apropriação de terras Eclesiásticos
(coutos)
recuperadas pelos Cristãos – Nobreza
Laicos (honras)
direito de presúria. Outros
surgiram das frequentes doações
Comunidades
territoriais feitas pelo rei como Concelhos
populares
recompensa dos serviços
prestados.
O país rural e senhorial
Localização dos senhorios:
Reguengos – pertencem ao rei e remontam à apropriação do território aquando das
Reconquista, encontrando-se espalhados por todo o país;
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O país rural e senhorial
O exercício do poder senhorial: privilégios e imunidades
Privilégios:
Os senhores exerciam não só poderes económicos ou direitos dominiais, mas
também políticos ou públicos denominados de direitos senhoriais, sobre os
habitantes do senhorio. Estes poderes públicos, que correspondiam ao poder banal
(bannus) e traduziram-se nos seguintes privilégios:
• O senhor aplicava a justiça aos homens dos seus territórios, exceto as penas de
morte e talhamento de membros e cobrava multas judiciais relativas ao exercício
da justiça;
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O país rural e senhorial
A exploração económica do senhorio
Os domínios senhoriais em Portugal, tal como os senhorios europeus, eram compostos por duas áreas distintas:
• A reserva conhecida como quintã (nobreza) ou granja (clero), era composta por várias dependências.
Era o local de habitação do senhor e onde se localizava a igreja. Incluía celeiros, moinhos, lagares, fornos
e estábulos. Continha ainda pequenas parcelas agrícolas para exploração direta que serviam o senhor e os
seus familiares. Não era o senhor que trabalhava diretamente na terra, mas os seus dependentes, que
prestavam serviços obrigatórios ou gratuitos – as jeiras que equivaliam às corveias europeias – durantes
determinados períodos de tempo contratualizados por ambas as partes.
• Os casais (iguais aos mansos europeus) eram unidades de exploração arrendadas através de um contrato
que podia ser perpétuo ou por duas ou três vidas/gerações aos dependentes, habitualmente famílias. O
espaço incluía a habitação familiar, compartimento para criação de gado e celeiro para produtos agrícolas
e as alfaias. As rendas variavam de acordo com a riqueza do solo e com o seu aproveitamento. No caso
das propriedades eclesiásticas, o clero ainda tinha o direito de cobrar a dízima, equivalente a 10% da
produção bruta.
O país rural e senhorial
A situação social e económica das comunidades rurais dependentes
Nos seus territórios, a nobreza e o clero controlavam uma multiplicidade de pessoas os dependentes:
• Os herdadores possuíam terra própria, herdada dos seus antepassados. Até ao século XIII, as suas
propriedades, os alódios, não estavam sujeitas ao pagamento de direitos senhoriais. Porém, uma lei de Afonso
II determinou que todo o homem tinha que depender de um senhor, por isso estes herdadores passam a
dependentes de um senhor, sujeitos ao pagando de direitos senhoriais.
• Os colonos, foreiros, malados ou vilãos eram homens livres que trabalhavam a terra dos senhores através de
contratos que impunham o pagamento de direitos senhoriais.
• Os servos, ou colonos de origem servil, eram antigos escravos libertados em troca de um censo, a quem o
senhor atribuía casais para exploração agrária. Sujeitos a pesadas prestações, como as jeiras, rendas e outros
tributos, não podiam abandonar as terras dos senhorios nem ser expulsos das mesmas.
• Os assalariados eram trabalhadores sem pouso certo e que apareciam frequentemente pelos senhorios em
épocas de trabalhos específicos mais intensos e por lá permaneciam durante o tempo em que eram
necessários.
• Os escravos eram cativos mouros, empregues em trabalhos domésticos, artesanais ou agrícolas.