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Física I
1.1– Introdução
1.1.1 – Física e o conceito da Natureza
Física, uma palavra de origem grega physike
ou do latim physica que significa natureza.
Física define-se como a ciência que estuda as
propriedades da matéria e as suas interacções
mútuas no seu estado natural para explicar
outros fenómenos naturais que podemos
observar.
Natureza
Matureza não é nada mais do que o Universo.
Definido como tudo o que existe dentro e fora da
Terra, que é imensamente grande e que pode também
tomar o nome de Cosmos.
Existem muitas teorias para explicar a formação do
Universo, no entanto, a teoria mais recente e aceite
actualmente pela comunidade científica, é a Teoria do
“BIG BANG” (a grande explosão ou o grande Bum!).
Que admite todo o Universo ter estado concentrado
numa bola de massa pequena que explodiu nascendo o
Universo, há muitos biliões de anos.
Segundo essa teoria, o espaço, que o
Universo ocupa, encontra-se em expansão
permanente e está impregnado de muitos
milhões de corpos celestes nomeadamente os
astros, como estrelas, cometas, planetas que
formam os sistemas solares e estes, as galáxias
(nebulosas).
Os sistemas solares formaram-se a partir de
Super-novas, que têm a sua origem na explosão
de grandes estrelas formadas depois do Big
Bang, há muitos biliões de anos (Fig. 1.1).
Fig. 1.1 – Formação do Sistema Solar (In Carl Sagan: http://www.google.pt/search).
x y
Fig. 1.2 – Sistema de eixos referenciais
A partir deste sistema de eixos referenciais,
nós podemos estudar o movimento de um
objecto num espaço:
a) unidimensional (x), (y) ou (z), portanto,
numa linha recta;
b) bidimensional (x,y), (x,z) ou (y,z), neste
caso, o movimento observa-se numa superfície;
c) tridimensional (x,y,z), portanto o
movimento a ocorrer-se num volume, como, por
exemplo, numa sala de aula ou o movimento dos
pássaros no campo.
1.2.2- Medir o tamanho do Universo sem sair da Terra
Lua
A
d
d´
O
b (Terra) ´ O´
Posição A Posição B
De onde vem:
O problema, no entanto, é para uma dada
base, portanto, a objectos cada vez mais
longínquos que correspondem a ângulos cada
vez mais próximos de 90º são mais difíceis de
medir com exactidão.
Assim, se aumentarmos a base, isto é, a
distância entre os dois observadores, para o
mesmo objecto, teremos ângulos menores e
portanto mais fáceis de determinar.
Nos séculos seguintes, assiste-se assim, à
procura de base cada vez maiores.
Em 1672, por exemplo, Cassini e Richter
calcularam a distância de Terra-Marte de cerca de
7,8.107 km, colocando dois observadores
distanciados de 10.000 km.
Em 1837, Bessel calculou a distância da Terra à
Estrela 61 da constelação de Cygnus de cerca de 1014
km com um único observador, que efectou duas
dimensões espaçadas de 6 meses.
A base utilizada foi, portanto, o diâmetro da
órbita da Terra em volta do Sol, que é de cerca de
3.108 km (Fig. 1.4), com um único observador, que
efectou duas dimensões espaçadas de 6 meses.
Terra
d 3.10 8 km Estrela 61
Sol
Terra
Cristalino Imagem
0
x y
a) Metro
A unidade fundamental das medidas de comprimento no
Sistema Internacional (SI) é o metro, abreviadamente
representado por (m), que é a unidade de comprimento igual
à distância percorrida pela luz no vácuo em segundo
(definição dada em 1983).
Ou ainda, o metro é igual a 1.650.763,73 comprimentos de
onda da radiação electromagnética emitida pelo isótopo 86Kr
(crípton 86 ou criptónio 86) na sua transição entre os estados
2p10 e 5d5 (dois estados físicos particulares do átomo de
crípton).
A definição inicial do metro era “a décima
milionésima parte de um quadrante do meridiano
terrestre” e com essa medida fabricou-se uma
barra-padrão de platina-iridiada em forma de X,
que está guardada, em condições controladas e à
temperatura de 00C na Repartição Internacional de
Pesos e Medidas, em Sèvres (arredores de Pais-
França).
Esta barra representa o comprimento do metro-
padrão, apesar de ter registado nela algumas
alterações, em função ao meridiano terrestre.
b) Segundo
A unidade fundamental das medidas de
tempo no Sistema Internacional (SI) é o
segundo, representado por (s), que é o intervalo
de tempo necessário para o átomo de
nitrogénio (N) realizar oscilações.
Ou ainda, o segundo ser a duração de
9.192.631.770 períodos da radiação
correspondente à transição entre os dois níveis
hiperfinos do estado fundamental do átomo de
Césio 133 (definição dada em 1967).
Inicialmente, de acordo com a União
Internacional Astronómica, o segundo
corresponde a da duração do ano trópico de
1900 (ano trópico é o intervalo que decorre
entre duas passagens sucessivas da Terra pelo
equinócio da primavera, que se verifica
aproximadamente em 21 de Março de cada
ano).
Para medir o tempo usa-se um relógio,
nomeadamente os relógios atómicos.
Para além do Sistema Internacional de
medidas usa-se também outros sistemas como o
CGS (abreviatura de centímetro, grama e
segundo) e o sistema britânico, que
eventualmente iremos trabalhando na medida
do possível, ao longo do nosso curso.
Na tabela I estão as designações dos
múltiplos e submúltiplos das principais unidades
fundamentais no SI, dos quais acrescentamos
apenas a respectiva unidade fundamental.
Tabela I - Prefixos das unidades de medidas no Sistema Internacional (SI).