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BIOLOGIA C

Módulo 10

Professor Lucas Freitas | 04.08.2022


Colégio Alcance
Jacareí - SP
Origem da Vida
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• TEORIA DA ABIOGÊNESE: os seres vivos originam-se da matéria bruta de maneira


contínua (geração espontânea).

Principais defensores: Aristóteles, Platão, Needham, Van Helmont.

• TEORIA DA BIOGÊNESE: os seres vivos originam-se de outros seres vivos.


Principais defensores: Redi, Spallanzani e Pasteur.
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• Francesco Redi (1628-1698):


Colocou pedaços de carne crua dentro de frascos,
deixando alguns abertos e outros fechados, com
gaze;

Constatou presença de ovos e larvas sobre a gaze


que fechava o recipiente.

Insetos, portanto, eram atraídos pelo cheiro da


carne e o aparecimento de larvas era, portanto,
proveniente dos ovos colocados pelos adultos.

Fortaleceu a Teoria da Biogênese. Experimento de Redi


Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• Louis Pasteur (1822-1895):


Experimentos com balões do tipo
"pescoço de cisne”;

Constatou a presença de
microrganismos no ar atmosférico.

Depois de seu experimento, a Teoria


da Biogênese passou a ter preferência
dentro da comunidade científica.
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• HIPÓTESE DA EVOLUÇÃO GRADUAL DOS SERES VIVOS: moléculas


orgânicas complexas foram formadas a partir de moléculas simples, nas condições de
Terra primitiva.

NH3
H2O (v) Primeiras moléculas
+ + = orgânicas
CH4
H
Descargas Radiação
Gases
elétricas solar
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• HIPÓTESE DA EVOLUÇÃO GRADUAL DOS SERES VIVOS: moléculas


orgânicas complexas foram formadas a partir de moléculas simples, nas condições de
Terra primitiva.
Arrastadas pela água
Substâncias orgânicas
Primeiras moléculas das chuvas e se
formaram uma “sopa
orgânicas acumularam no mar
primitiva”
primitivo

Aglomerados proteicos envoltos


COACERVADOS
por moléculas de água
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• HIPÓTESE DA EVOLUÇÃO GRADUAL DOS SERES VIVOS: moléculas


orgânicas complexas foram formadas a partir de moléculas simples, nas condições de
Terra primitiva.

Não eram seres vivos, mas sim uma primitiva organização das
COACERVADOS
substâncias orgânicas, principalmente de proteínas.

Apesar de isolados, os coacervados podiam trocar substâncias


com o meio externo.
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• O EXPERIMENTO DE MILLER: simulação


laboratorial das condições da Terra primitiva.

• Demonstrou que moléculas orgânicas


(aminoácidos) poderiam ter se formado nas
condições da Terra primitiva, o que reforça a
hipótese da evolução gradual dos sistemas
químicos.
Experimento de Miller
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• HIPÓTESE HETEROTRÓFICA: diz que os primeiros seres vivos existentes não


eram capazes de produzir seu próprio alimento.

Heterótrofos Autótrofos
Heterótrofos aeróbios
anaeróbios fotossintetizantes

Fermentação

CO2 O2
Origem da Vida
Teorias sobre a origem da vida

• HIPÓTESE AUTOTRÓFICA: diz que os primeiros seres vivos existentes eram


capazes de produzir seu próprio alimento.

Heterótrofos Heterótrofos
Quimiolitoautotróficos Fotossintetizantes
Anaeróbios Aeróbios

Organismos
Fermentação
extremófilos

CO2 O2
Evidências Evolutivas
Evidências Evolutivas
Introdução

• EVOLUÇÃO: Conjunto de modificações (mutações) sofridas pelas espécies ao longo


de muito tempo. Tais modificações podem permitir à espécie uma melhor adaptação ao
meio em que vive (processos reprodutivos, alimentares e de exploração de hábitat mais
eficazes).

• ESPÉCIES: conjunto de indivíduos que apresentam semelhanças anatômicas,


fisiológicas e filogenéticas, capazes de realizar fluxo gênico entre si, por mecanismos
reprodutivos diversos, com produção de descendentes com as mesmas propriedades de
transmissão heteditária.
Evidências Evolutivas
Introdução

Criacionismo X Transformismo

Fixismo Evolucionismo

Os seres são imutáveis, ou seja, não sofrem Os seres são mutáveis, ou seja, sofrem
modificações ao longo do tempo. modificações ao longo do tempo.
Evidências Evolutivas
Definição

Conjunto de informações geradas a partir de análises específicas (registros fósseis,


estruturas vestigias, anatomia e embriologia comparadas), que comprovam
parentesco e diversidade genética entre organismos - desde a origem da sua variedade até
a estabilidade da sua frequência.
Evidências Evolutivas
Registros Fósseis

• FÓSSEIS: Restos ou vestígios de animais, plantas e outros organismos preservados


em rochas, como moldes de partes do corpo, pegadas ou rastros.

• Compõe a principal e mais notável evidência do transformismo, porque mostram que


organismos sofreram modificações ao longo do tempo através da comparação com
organismos atuais, evidenciando traços parentais.
Evidências Evolutivas
Registros Fósseis
Processo de Fossilização

Para que o processo de fossilização ocorra são necessárias algumas


condições específicas:

• Sepultamento imediato (soterramento);


• Inviabilização da ação dos agentes decompositores;
• Inviabilização de agentes do intemperismo (vento, sol, água).
Fonte: Soturi

Tipos de Fossilização Tipos de Fósseis

• Fossilização por âmbar; • Molde;


• Fossilização por mumificação e • Contramolde;
• Mumificação;
congelamento;
• • Petrificação;
Fossilização por carbonificação.
• Impressão.
Fonte: O Globo
Fonte: Lappa | UFRR
Fóssil de mamute-lanoso, de aproximadamente 28 mil anos, encontrados na
Sibéria.

Fonte: PNAS
Folhas de plantas do gênero Lepidodendron com carbonificação.

Vários fósseis de diferentes organismos em âmbar.


Fonte: mundopre-historico.blogspot.com

Fonte: Brasil Escola

Fonte: WikiMedia
Fóssil (contramolde) de um
tetrápode.
Fósseis (molde) de amonites.

Fóssil (mineralização) de um tronco de árvore.

Fonte: mundopre-historico.blogspot.com

Fonte: biologo.com.br
Filhote de mamute mumificado encontrado na Sibéria. Fóssil (impressão) da folha da faia europeia (Fagus sylvatica).
Evidências Evolutivas
Registros Fósseis

• DATAÇÃO RADIOATIVA ( C): método de medição de elementos radioativos ( C)


14 14

presentes nele ou na rocha em que está fossilizado.

14
C, isótopo radioativo do C é formado na atmosfera;
12

Entra no sistema através da fotossíntese e é passado ao longo da cadeia alimentar.

Compõe a biomassa dos seres vivos.

Tempo de meia-vida: 5730 anos.


Evidências Evolutivas
Anatomia Comparada

Fonte: History of Science and Technology


O estudo dos vertebrados possibilitou evidenciar uma série de
padrões quanto sua anatomia:

• Crânio ligado a uma coluna vertebral;


• Cintura escapular (membros anteriores ou superiores);
• Cintura pélvica (membros posteriores ou inferiores);

Dessa forma, é possível afirmar que, apesar de diferentes, existiu um

Fonte: Morbid Anatomy


ancestral comum que deu origem, através da evolução, aos
subgrupos.
Evidências Evolutivas
Anatomia Comparada
Com o passar de milhões de anos, mudanças nos organismos foram
sendo selecionadas naturalmente, de acordo com os hábitos de vida,
acumulando as modificações.
Fonte: Mamiferomania

Órgãos que apresentam mesma origem embrionária, mas


desempenham funções diferentes são chamados de órgãos homólogos.

Exemplo de órgãos homólogos. Como possuem mesma origem embrionária e, por intermédio da
evolução, acumularam características adaptativas, conta-se aqui um
caso de evolução divergente. Neste caso, as homologias apontam uma
divergência adaptativa.
Fonte:Múltipla Escolha

Mesma Origem Órgãos HOmólogos


Exemplo de irradiação adaptativa.
Evidências Evolutivas
Bioquímica, Biologia e Genética Molecular

O avanço de técnicas de Biologia e Genética Molecular permitiram

Fonte: knoow.net
análises que comprovam semelhanças bioquímicas entre as moléculas
produzidas por vários organismos.

Sistema de classificação construído por Carl Woese, em 1977, que propôs a criação de
um táxon acima de Reino, o que ficou conhecido como Domínio.
Evidências Evolutivas
Anatomia Comparada A

Órgãos que desempenham mesmas funções ou papéis biológicos,


mas não a mesma origem embrionária, são conhecidos como órgãos
análogos.

Estruturas análogas são originadas através de um processo chamado B

evolução convergente. Pressões seletivas e contextos ecológicos


semelhantes promovem a evolução das estruturas em vários grupos
que não possuem ancestral comum e exclusivo, caracterizam a
convergência adaptativa. Exemplo de convergência entre indivíduos distantes evolutivamente, mas que
apresentam estruturas semelhantes para locomoção em ambientes aquáticos. A)
Representação de uma orca (mamífero) e de um tubarão (peixe). B) Representação
das asas de um morcego (mamífero) e de uma borboleta (artrópode).
Evidências Evolutivas
Embriologia Comparada

Fonte: Realize Educação


Representação de diversos embriões de vertebrados e várias etapas de desenvolvimento.
Evidências Evolutivas
Órgãos Vestigiais
Fonte: knoow.net

Órgãos ou estruturas vestigiais que não apresentam função específica


Ossos pélvicos em uma baleia.
ou essa função foi modificada. A presença de estruturas vestigiais em
organismos diferentes prova a existência de um ancestral exclusivo e
único entre eles.
Fonte: knoow.net

Presença do apêndice em coelhos e homens.


Teorias Evolutivas
Teorias Evolutivas Evolução: PROGRESSO E MELHORA

Jean-Baptiste Lamarck Meio ambiente: INDUZ MODIFICAÇÕES

• Precursor no conceito do transformismo;

• Transformações dos seres vivos ao longo do tempo como resposta


às modificações impostas pelo ambiente, atingindo assim
condições de vida favoráveis.

• As duas leis do Lamarckismo:


Fonte: Wikimedia

Quanto mais for usada uma parte ou


LEI DO USO E DESUSO um órgão do ser vivo, maior será seu
desenvolvimento.

Modificações sofridas ao longo da vida


LEI DOS CARACTERES
de determinado ser vivo seriam
ADQUIRIDOS
Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) transmitidas a seus descendentes
Teorias Evolutivas
Jean-Baptiste Lamarck

LEI DO USO E DESUSO

Quanto mais for usada uma parte ou um órgão do


ser vivo, maior será seu desenvolvimento.
Fonte: Canal Educação TV

Representação gráfica da lei do uso e desuso, proposta por Lamarck.


Teorias Evolutivas
Jean-Baptiste Lamarck

LEI DOS CARACTERES ADQUIRIDOS

Modificações sofridas ao longo da vida de determinado ser vivo


seriam transmitidas a seus descendentes

Fonte: gracieteoliveira.pbworks.com

Representação gráfica que exemplifica a lei dos caracteres


adquiridos, proposta por Lamarck.
Teorias Evolutivas

Fonte: Hexag (material didático)

Fonte: Wikimedia
HMS Beagle - 1831
“Tentilhões de Darwin” Navio HMS Beagle

• Expedição de levantamento topográfico que


teve paradas na América do Sul, Austrália e
África.

• Charles Darwin, aos 22 anos, compôs a


tripulação do HMS Beagle, e teve a
oportunidade de estudar e catalogar plantas e
animais.

• A maior parte das informações coletadas


nessa expedição compuseram a obra mais
famosa de Darwin, “A Origem das
Espécies” (1859).

• Observação de padrões na distribuição e


características dos organismos.

Rota do HMS Beagle, de 1831 a 1836


Teorias Evolutivas
Alfred Wallace e Charles Darwin

• Elaboração de uma teoria da evolução consistente, que é aceita até

Fonte: Wikimedia
Fonte: Wikimedia
hoje.

• Os estudos de ambos foram baseados em pensamentos prévios


propostos por Lamarck e pelo economista britânico Thomas
Malthus.

• Criação do termo conhecido como seleção natural, sustentada


pelos seguintes princípios básicos: Alfred Russel Wallace (1823- Charles Darwin (1809-1882)
1913)

VARIABILIDADE Indívíduos de determinada espécie apresentam HEREDITARIEDADE As características biológicas são transmitidas de uma
variações em suas características. geração para a outra.

Todos os organismos possuem o potencial de gerar VARIAÇÃO NA Alguns indivíduos têm maior probabilidade de
REPRODUÇÃO
descendentes. APTIDÃO sobreviver, crescer e se reproduzirem que outros.

Meio ambiente: SELECIONA MODIFICAÇÕES


Tamanho da orelha de coelhos

Meio desempenha um Meio desempenha um


papel de indução das papel de seleção das
modificações. modificações.

LAMARCKISMO DARWINISMO

Coelhos de orelhas longas provavelmente possuíam melhor capacidade


Coelhos de orelhas curtas, pela necessidade de ouvir
auditiva, o que tornava mais rápida a percepção de predadores. Tal
melhor, se esforçariam a ponto das suas orelhas crescerem e
característica permitiu que os coelhos de orelhas longas sobrevivessem e
transmitiriam essa característica aos seus descendentes.
reproduzissem, tornando-os mais frequentes na população.
Teorias Evolutivas
Tipos de Seleção Natural

• Seleção Direcional: ocorre quando as condições ambientais favorecem um único


fenótipo.

• Seleção Estabilizadora: favorece indivíduos de genótipos intermediários, eliminando


aqueles de fenótipos extremos.

• Seleção Disruptiva: ocorre quando uma população é submetida a diferentes pressões


do ambiente, favorecendo indivíduos com fenótipos extremos.
Teorias Evolutivas
Tipos de Seleção Natural
Teorias Evolutivas
Tipos de Seleção Natural

• Seleção Sexual: é a seleção natural relacionada à busca e escolha de parceiros para


cópula.

• Seleção Artificial: é aquela mediada pela ação antrópica, sendo conduzida para fins de
adaptação e seleção de seres vivos (plantas e animais), com o objetivo de salientar
características de interesse próprio.
Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Adaptação: é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna um


organismo capaz de sobreviver e se reproduzir em determinado hábitat (mecanismo da
Evolução).

Camuflagem: vantagem adaptativa caracterizada pela semelhança do organismo com


a textura ou cor de seu hábitat.

Aposematismo: coloração de advertência quanto à toxicidade do organismo.

Mimetismo: “cópia" de padrões de coloração.


Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Camuflagem: conjunto de técnicas e métodos que permite a um organismo


permanecer indistinto no ambiente.

Homocromia: coloração semelhante do organismo com o meio.


Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Camuflagem: conjunto de técnicas e métodos que permite a um organismo


permanecer indistinto no ambiente.

Homotipia: estruturas (textura) semelhantes do organismo com o meio.


Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Aposematismo: coloração de advertência quanto à toxicidade do organismo.

Fonte: Projeto Biomar


Fonte: InformaBicho

Fonte: Wikimedia

Vespa crabro Gonodactylus smithii


Phyllobates terribilis
Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Mimetismo: organismos que apresentam características que confundem com outro


grupo.

Batesiano: imitação de um modelo tóxico ou perigoso por espécies inofensivas;


Fonte: Hexag (material didático)

Falsa-coral (Erithrolampus aesculapi) Coral-verdadeira (Micrurus sp.)


Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Mimetismo: organismos que apresentam características que confundem com outro


grupo.

Mulleriano: presença de padrões de coloração semelhantes entre espécies tóxicas


ou impalatáveis.
Fonte: edisciplinas.usp.br

Fonte: BioDiversity4All
Borboleta-vice-rei (Limenitis archippus) Borboleta-monarca (Danaus plexippus)
Teorias Evolutivas
Vantagens Adaptativas

• Mimetismo: organismos que apresentam características que confundem com outro


grupo.

Reprodutivo: plantas que mimetizam a fêmea de insetos e aproveitam a tentativa de


acasalamento para sua polinização.
Fonte: Flores do Areal

Fonte: Dreamstime
Ophrys apifera Eucera nigrilabris
Teoria Sintética da Evolução
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

NEODARWINISMO


TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO

Neodarwinismo: Teoria Sintética da Evolução:

Junção das ideias darwinianas às ideias


Novas abordagens da seleção
mendelianas;
natural;
Avanço da Ciência permitiu outras
Complementação das ideias abordagens que foram complementares à
darwinianas. Evolução (Genética, principalmente).
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

• Integração de ideias darwinianas (seleção natural) e mendelianas (hereditariedade).


Explica as causas da variabilidade dentro de uma mesma população.

Fatores que aumentam a variabilidade genética:

Migrações;

Mutações (gênicas ou cromossômicas);

Crossing-over, permuta ou recombinação genética.


Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução
Promove o fluxo gênico.

Fatores que aumentam a variabilidade genética:


Fluxo gênico:

Circulação de genes em
função do movimento de
organismos individuais ou de
seus gametas.
Fonte: Khan Academy
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

Fatores que aumentam a variabilidade genética:


Fonte: Khan Academy
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

Fatores que aumentam a variabilidade genética:

Crossing-over:
Fonte: Khan Academy
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

• Integração de ideias darwinianas (seleção natural) e mendelianas (hereditariedade).


Explica as causas da variabilidade dentro de uma mesma população.

Fatores que diminuem a variabilidade genética:

Seleção natural;

Deriva genética.
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

Fatores que diminuem a variabilidade genética:


Fonte: Khan Academy
Teorias Evolutivas
Teoria Sintética da Evolução

Fatores que diminuem a variabilidade genética:


Fonte: Khan Academy
Especiação
Especiação
Definições de Espécie

• Definição Biológica: grupos de populações naturais, potencialmente capazes de


realizar intercruzamento (gerando descendentes férteis) e que estão reprodutivamente
isolados de outros grupos semelhantes.

• Unidade Ecológica: apresenta características próprias e mantém relações bem


definidas com o ambiente e com outras espécies.

• Unidade Genética: dotada de um patrimônio genético específico, que não se mistura


com o de outras espécies e evolui independentemente.
Especiação
Origem das Espécies

Redução do fluxo Diferenciação Isolamento


gênico progressiva reprodutivo
Especiação
Tipos de Especiação

• Especiação Alopátrica: ocorre quando há isolamento geográfico, que impede o fluxo


gênico. As subpopulações sofrem pressões seletivas diferentes.

• Especiação Peripátrica: ocorre quando uma subparcela menor da população é


separada de outra maior.

Efeito Fundador;

Efeito Gargalo.
Especiação
Tipos de Especiação

• Especiação Parapátrica: não há isolamento geográfico. A população está distribuída


de forma contínua e dispersa por uma grande área, sujeita a diferentes pressões
seletivas.

• Especiação Simpátrica: ocorre em virtude de mudanças aleatórias no material


genético associados a determinadas pressões seletivas e alterações no comportamento.
Especiação
Isolamento Reprodutivo

• Condição a partir da qual pode-se afirmar definitivamente que houve especiação a


partir de um grupo ancestral.

Incapacidade total ou parcial de reprodução entre as supbpopulações;

Impede o fluxo gênico.


Especiação
Isolamento Reprodutivo

• Mecanismos Pré-zigóticos: Impedem a fecundação e a consequente formação do zigoto.


Isolamento estacional ou sazonal: diferenças épocas de reprodução;

Isolamento ecológico: populações ocupam diferentes habitats. Mesmo vivendo numa mesma
região, habitam diferentes micromabientes.

Isolamento etológico ou comportamental: decorre de diferentes padrões de comportamento de


corte;

Isolamento mecânico ou incompatibilidade anatômica: incompatibilidade estrutural dos órgãos


reprodutivos, do tamanho corporal ou do formato das genitálias.
Especiação
Isolamento Reprodutivo

• Mecanismos Pós-zigóticos: Inviabilizam a sobrevivência ou a fertilidade do híbrido


Mortalidade do zigoto: fecundação pode levar à formação do zigoto pouco viável
ou com desenvolvimento embrionário irregular.,

Inviabilidade do híbrido: morte prematura do embrião devido à incompatibilidade.

Esterilidade do híbrido: o híbrido é viável, porém estéril.


Especiação
Filogenia e Cladogenia

• Cladogenia: estudo dos cladogramas, representações gráficas da relação de parentesco


entre as espécies.

• Filogenia: Estudo e elaboração de hipóteses acerca da história evolutiva dos


organismos.
A

Ancestral comum de A, B e C.

Ancestral comum de B e C.
B

Ancestral comum exclusivo de C.

C
Especiação
Filogenia e Cladogenia
Especiação
Filogenia e Cladogenia

• Grupo Monofilético: inclui o ancestral comum


mais recente do grupo e todos seus descendentes.
Especiação
Filogenia e Cladogenia

• Grupo Parafilético: inclui o ancestral comum


mais recente do grupo e alguns, mas não todos, os
descendentes.
Especiação
Filogenia e Cladogenia

• Grupo Polifilético: não inclui o ancestral comum


mais recente de todos os membros. Origens
evolutivas distintas.
Introdução à Ecologia
Ecologia
Introdução

Organismo Comunidade Bioma Biociclo

População Ecossistema Biocora Biosfera

• População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie, que habita dada região em
um determinado período de tempo.

• Comunidade: Conjunto de várias populações de espécies diferentes, que habita dada


região em um determinado período de tempo.
Ecologia
Introdução

• Hábitat: local mais provável de encontrarmos organismos de mesma espécie. O local


onde ele vive.

• Nicho ecológico: Conjunto de exigências e tolerâncias dos organismos, em relação à


sua alimentação, reprodução e comportamento.
Ecologia
Introdução

• Cadeia Alimentar: sequência de transferências de matéria e energia de um organismo


para o outro, sobre a forma de alimento. Sua representação é linear.

• Teia Alimentar: conjunto de cadeias alimentares.


Ecologia
Introdução

• Produtores: organismos clorofilados, como as plantas e algas, capazes de produzir


matéria orgânica que servirá de alimento para toda a biota, por meio da fotossíntese.

• Consumidores: organismos heterótrofos, ou seja, incapazes de produzir seu próprio


alimento, que obtém energia e matéria através da alimentação.

• Decompositores: fungos e bactérias, responsáveis pela ciclagem de nutrientes.


Pirâmides de Energia
Energia não assimilada
Energia não assimilada

Calor
Calor
Produtor Consumidor Primário Consumidor Secundário

Produção de matéria orgânica

ENERGIA FLUI DE UM NÍVEL TRÓFICO PARA O OUTRO, DE MANEIRA UNIDIRECIONAL E DECRESCENTE


Fluxo de Energia
Pirâmides Ecológicas

Representação gráfica quantitativa das cadeias alimentares.

PIRÂMIDE DE NÚMEROS
Número de indivíduos em cada nível trófico.

Cobra

Bactérias
Sapo
Cupins
Gafanhoto
Árvore

Capim
Fluxo de Energia
Pirâmides Ecológicas

Representação gráfica quantitativa das cadeias alimentares.

PIRÂMIDE DE BIOMASSA
A massa viva (biomassa) presente em cada nível trófico.

Pássaro
Peixes
Aranha
Zooplâncton
Grilo
Fitoplâncton
Capim
Pirâmide de biomassa em ambiente aquático.
Fluxo de Energia
Pirâmides Ecológicas

Representação gráfica quantitativa das cadeias alimentares.

PIRÂMIDE DE
ENERGIA
Quantidade de energia presente em cada nível trófico.

Cobra

Sapo

Gafanhoto

Capim
Fluxo de Energia
Produtividade nos ecossistemas

Quantidade de energia armazenada nos alimentos


PPB produzidos pelos autógrafos, em uma determinada
área, em determinado período de tempo.

Quantidade de energia retida nos produtos orgânicos


PPL = PPB - R PPL armazenados, disponível para o nível trófico
seguinte.

RR Quantidade de energia empregada em processos


metabólicos dos produtores.
Relações Ecológicas
Relações Ecológicas

Intraespecíficas ou Homotípicas
• Ocorrem entre dois ou mais organismos de mesma espécie.

Interspecíficas ou Heterotípicas
• Ocorrem entre dois ou mais organismos de espécies diferentes.
Relações Ecológicas

Harmônicas ou Positivas
• Não apresentam desvantagens para as espécies envolvidas nas associações, podendo
haver benefícios entre os organismos.

Desarmônicas ou Negativas
• Pelo menos um dos organismos envolvidos sofre prejuízo, podendo ir a óbito.
Harmônicas Intraespecíficas
Relações Ecológicas
Harmônicas Intraespecíficas

Colônias: Compostas por organismos de mesma espécie, unidos anatomicamente entre si.
(+,+)

Homomorfas: Formadas por organismos idênticos entre si e desempenham mesma função.

Heteromorfas: Formadas por organismos que apresentam duas ou mais morfologias e apresentam divisão de
trabalho fisiológico.
Relações Ecológicas
Harmônicas Intraespecíficas

Colônias: Compostas por organismos de mesma espécie, unidos anatomicamente entre si.

Homomorfas

Fonte: Microbiologia UFRJ


Fonte: Eu Quero Biologia

Fonte :Exame
Cracas Corais
Esponjas
Relações Ecológicas
Harmônicas Intraespecíficas

Colônias: Compostas por organismos de mesma espécie, unidos anatomicamente entre si.
Heteromorfas
Dimórficas Polimórficas

Fonte Wikimedia Commons

Fonte: Biologia Net


Physalia physalis
Obelia sp
Relações Ecológicas
Harmônicas Intraespecíficas

Sociedades: Compostas por organismos de mesma espécie, não anatomicamente fusionados.


Possuem organização social cooperativista, com divisão de trabalho.
(+,+)

Exemplos: Formigas, cupins, vespas, abelhas.

Fêmeas inférteis, encarregadas de realizar os trabalho


Operárias: da colmeia: limpeza, captura de alimento, cuidado
com as larvas, proteção.
Fonte: Nextews

Zangões: Machos férteis que copulam com a rainha e são


expulsos da colmeia posteriormente.

Rainha: Fêmea fértil (única), com função reprodutiva.

Castas das abelhas.


Harmônicas Interespecíficas
Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas

Mutualismo: Associação obrigatória à sobrevivência entre organismos de espécies diferentes.


(+,+)
Rhizobium + leguminosas Micorrizas

Fonte: Escola Educação.


Fonte: rizobacter.com

Bactérias do gênero Rhizobium associadas às


Micorrizas, associações entre fungos e raízes de plantas.
raízes de leguminosas.
Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas

Mutualismo: Associação obrigatória à sobrevivência entre organismos de espécies diferentes.

Cupins + protozoários Líquens


Fonte: ciencia101.blogstpot.com

Fonte: Biologia Net


Cupim e protozoário do gênero Triconympha.

Líquens, associações entre fungos e algas.


Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas

Protocooperação: Associação não obrigatória à sobrevivência entre organismos de espécies


diferentes, mas confere vantagens a eles.
(+,+)

Pássaro-palito e crocodilo-do-Nilo Garça-vaqueira e gado Paguro-eremita e anêmonas

Fonte: Cassa dos Pássaros Net


Fonte: Super Interessante

Fonte: Brasil Escola


Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas

Comensalismo: Associação que visa a obtenção de alimento, na qual uma das espécies é
favorecida e a outra não leva vantagem ou prejuízo.
(+,0)

Peixe-rêmora e tubarão Leões e hienas

Fonte: PRePara Enem


Fonte:Brasil Escola
Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas

Inquilinismo: Associação relacionada ao local para proteção e desenvolvimento do organismo


inquilino.
(+,0)

Peixe-palhaço e anêmonas Plantas epífitas


Fonte: mundo-animal.fandom.com

Fonte: Brasil Escola


Desarmônicas Intraespecíficas
Relações Ecológicas
Desarmônicas Intraespecíficas

Competição Associação que promove competição de indivíduos de mesma espécie por recursos:
Interespecífica: alimento, espaço, parceiros sexuais e etc. Costuma ser intensificada em razão do
aumento populacional ou da seleção natural.
(-,-)
Relações Ecológicas
Desarmônicas Intraespecíficas

Canibalismo: Associação na qual um organismo (canibal) se alimenta de outro. Quando há falta de


alimento, onde icirrer para favorecer adultos em detrimento dos filhotes.
(+,-)

Louva-a-deus Viúva-negra

Fonte: Bimboca Ambiental


Fonte:Giz Modo Brasil
Desarmônicas Interespecíficas
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Competição
Associação que promove competição de indivíduos de espécies diferentes. Ocorre
Interespecífica: quando os envolvidos se encontram no mesmo habitat e mesmo nicho ecológico.
(-,-)

Diminuição da taxa de sobrevivência, do sucesso reprodutivo e do crescimento em pelo menos uma


das espécies.

Princípio de Gause Quando indivíduos compartilham o mesmo nicho ecológico por um longo período de
Princípio da Exclusão Competitiva tempo, ambas espécies podem ser excluídas.
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Competição
Associação que promove competição de indivíduos de espécies diferentes. Ocorre
Interespecífica: quando os envolvidos se encontram no mesmo habitat e mesmo nicho ecológico.
(-,-)
Fonte: Hexag - Material Didático
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Competição
Associação que promove competição de indivíduos de espécies diferentes. Ocorre
Interespecífica: quando os envolvidos se encontram no mesmo habitat e mesmo nicho ecológico.
(-,-)

Princípio de Gause Quando indivíduos compartilham o mesmo nicho ecológico por um longo período de
Princípio da Exclusão Competitiva tempo, ambas espécies podem ser excluídas.
Fonte: Brasil Escola
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Amensalismo:
Associação entre uma espécie (inibidora) que secreta substâncias que impedem o
(0,-) desenvolvimento de outra (amensal).

Maré vermelha Alelopatia


Fonte: Super Interessante

Fonte: Giuia Estudo


Causada pela proliferação de algas dinoflageladas, que liberam Folhas das árvores de eucalipto produzem álcoois que inibem crescimento de
toxinas na água, causando mortandade. outras plantas ao redor.
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Predatismo: Associação entre uma espécie (predadora) que se alimenta de um animal (presa),
provocando sua morte.
(+,-)

• Queda na população de linces;


• Aumento da população de lebres (deixam mais
descendentes);

Fonte: Dreamstime

Aumento da competição na população das lebres;


• Aumento na população de linces;

=

Queda na população de lebres;


• Aumento da competição na população de linces;
• Queda da população de linces (recomeço do ciclo).
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Herbivoria: Associação na qual um organismo se alimenta de uma planta ou partes dela.


(+,-)

Fonte: Escola Educação

Fonte: Toda Matéria


Fonte: Brasil Escola
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Associação entre uma espécie (parasita) que se alimenta de partes de outra


Parasitismo: (hospedeiro). Como entre elas existe uma relação de dependência, o parasita não
(+,-) costuma levar o hospedeiro à morte.

Fonte: Info Escola


Fonte: seres.vet

Carrapato-estrela, um ectoparasita. Schistosoma mansoni, um endoparasita.


Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Associação entre uma espécie (parasita) que se alimenta de partes de outra


Parasitismo: (hospedeiro). Como entre elas existe uma relação de dependência, o parasita não
(+,-) costuma levar o hospedeiro à morte.

Fonte: Café Point


Fonte: Alamy

Cipó-chumbo, um holoparasita.
Erva-de-passarinho, um hemiparasita, parasitando plantas de café.
Relações Ecológicas
Desarmônicas Interespecíficas

Esclavagismo: Associação entre indivíduos em que um deles se beneficia da exploração das


atividades, do trabalho ou dos produtos de um outro organismo.
(+,-)

Fonte: Wikimedia
Fonte:Mozenga

Formigas mantém os afídeos dentro dos formigueiros para se O chupim é uma ave que faz a postura de seus ovos em
alimentarem do excesso de seiva orgânica eliminada por eles. ninhos de outras espécies.
Dinâmica Populacional
Dinâmica Populacional
Introdução

• Potencial biótico: capacidade reprodutiva e


de desenvolvimento de uma população em
condições ideais.

• Resistência do meio: conjuntos de fatores


limitantes que alteram a inclinação da curva,
conferindo-lhe um aspecto mais real.

• Capacidade suporte: número de máximo


total de indivíduos que um ambiente é capaz
de suportar.
Dinâmica Populacional
Parâmetros da Densidade Populacional

O contingente está aumentando; logo, há


I + TN > E + TM
crescimento populacional.

O contingente está diminuindo; logo, a


I + TN < E + TM
população está decrescendo.

O contingente está constante; logo, a


I + TN = E + TM
população parou de crescer.
Sucessão Ecológica
Sucessão Ecológica
Etapas da Sucessão

• Ecese: comunidade pioneira - liquens,


briófitas, gramíneas, pequenos insetos.

• Sere: comunidade intermediária - arbustos


e subarbustos, plantas herbáceas. Pequenos
animais frugívoros e insetívoros.

• Clímax: comunidade estabilizada - alto


número de espécies, nichos ecológicos
diversos, muita biomassa.
Sucessão Ecológica
Sucessão Primária e Secundária

Sucessão primária. Sucessão secundária.

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