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Sistemas Estaticamente Indeterminados e

Variação de Temperatura
Sistemas Estaticamente Indeterminados
• O processo de cálculo é a igualdade dos deslocamentos. Ou
seja, inicialmente calcula-se pelas equações de equilíbrio e
suplementa-se com as equações referentes às condições de
deslocamento.

• Se o problema contém cinco incógnitas e a estática fornece


três equações, logo são necessárias duas equações de
deslocamento para suplementá-las.

• Para complementar as equações do deslocamento, a ação da


temperatura tem grande valor no equilíbrio molecular dos
corpos.
Ação da Temperatura
Até agora consideramos que a temperatura permanecia
constante durante o tempo de carregamento. Vamos,
portanto, fazer considerações onde ocorrem variações de
temperatura.
Para complementar as equações do deslocamento, a ação da
temperatura tem grande valor no equilíbrio molecular dos
corpos.

Δl=li.α.Δt,
onde:
α é a constante característica do material, chamada
coeficiente de dilatação Térmica
Ação da Temperatura
• Suponha-se que inicialmente uma barra de comprimento li
(inicial) esteja a uma temperatura inicial ti. A barra ao ser
aquecida, passa para uma temperatura t, automaticamente
acarretando o aumento da sua medida linear, lf=li+ΔL

li li
li li ΔL

Essa variação da medida linear é proporcional à variação da


temperatura (Δt), ao comprimento inicial(li), e ao coeficiente
de dilatação linear do material (α):
lf-li=li.α.(t-ti) ou Δl (t) =li.α.Δt
Ação da Temperatura

• Assim, pode-se escrever a fórmula: lf-li=li.α.(t-ti)


ou Δl (t) =li.α.Δt

Onde:
ΔL(t) é variação da medida linear originada pela variação de
temperatura (dilatação linear);
α é o coeficiente de dilatação linear, que é uma característica da
substância;
li é o comprimento inicial;
ΔT é a variação de temperatura, ou seja, Δ = Tf - Ti, onde Ti representa a
temperatura inicial e Tf a temperatura final.
Coeficiente de dilatação linear (α)
• É a variação unitária de comprimento entre dois pontos
situados num corpo submetido à variação de um grau, em sua
temperatura. O valor desse coeficiente independe da unidade
adotada para os comprimentos, mas varia com a escala da
temperatura.

• As variações de temperatura, sofridas por uma estrutura,


podem dar lugar a tensões, semelhantes às que
correspondem à aplicação de esforços externos.

O coeficiente de dilatação linear do aço é:


α= 11,7x10(-6)/ºC (por Grau Celsius)
Coeficiente de dilatação linear (α)

O coeficiente de dilatação linear (/ºC)

Aço α= 11,7x10(-6)
Cobre α=16,8x10(-6)
Ferro α=11,4x10(-6)
Madeira α =30x10(-6)
vidro comum α =9x10(-6)
vidro especial α =3,2x10(-6)
Latão α =18x10(-6)
Tensão Térmica

σ
E=
ε
Δl l.α.Δt
ε= = = α.Δt
l l
σ = E.ε
σ = E.α.Δt

• σ= tensão normal térmica(MPa;N/mm2);


• α é o coeficiente de dilatação linear (/ºC);
• ΔT é a variação de temperatura (ºC).
Problemas estaticamente indeterminado

1) Qual a deformação total da barra abaixo (deformação devido a


carga P mais a deformação devido a variação de temperatura  ∆
T)?
dados: E = 20 000 kN/cm2 a = 12.10-6 ºC-1
A = 100 cm2 L = 60 cm P = 90 kN ∆T: 25 °C

d = dLP + dLT
d = (N.L)/(A.E) + a.DT.L
d = (90 . 60) / (100 . 20000) + 12.10-6 . 25 . 60
d = 0,0027 + 0,018
d = 0,0207 cm
2) A barra AB é perfeitamente ajustada aos anteparos fixos
quando a temperatura é de + 25°C. Determinar as tensões
atuantes nas partes AC e CB da barra para a temperatura de
- 50°C. Usar E = 200 GPa e α= 12 x 10-6/°C
Problemas estaticamente indeterminado
1. Uma barra composta de duas porções cilíndricas AB e BC é engastada em ambas
extremidades. A porção AB é de aço (E = 200 GPa; α = 11.7x10-6 /oC) e a porção BC é de
latão (E = 70 GPa; α= 23.6x 10-6/ºC). Sabendo-se que o conjunto de barras está
inicialmente livre de tensões internas, determinar (a) as tensões normais induzidas nas
porções AB e BC devido a um acréscimo de 50ºC na temperatura inicial do conjunto; (b) a
correspondente deflexão no ponto B.

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