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CONBIO – AULAS 2 e 3

O que
conservar?
Diversidade e
alvos de
conservação
Plano de aula
 O que conservar?
 Biodiversidade: revisão de conceitos (composição)
e biodiversidade funcional
 Alvos de conservação
 Conceitos baseados em espécies: bandeira, chave,
focal etc.
 Conceitos baseados na paisagem
 Exercício para casa:
 Curva do coletor
 Cálculo de índices para decisões de prioridades de
conservação
Objetivo é a
conservação da
Biodiversidade
O que é
Biodiversidade?
BioDiversidade
 Neologismo (nova palavra):
 Diversidade + Biológica
 Surgiu em 1986 durante o National Forum on Biological
Diversity (NSF, EUA): nome fantasia era BioDiversity
 Cunhado por Rosen
 Conceito-central em Conservação:
 Variável adotada para comparar locais:
 comparar espacialmente e temporalmente
 monitorar mudanças no tempo

Há diferentes conceitos e medidas em


diferentes níveis de organização
Biodiversidade é a variedade entre
organismos e sistemas ecológicos em
todos os níveis, incluindo variabilidade
genética de populações, diferenças
morfológicas, evolutivas e funcionais
entre espécies, e variação na
estrutura de biomas e de processos
ecológicos em sistemas terrestres e
aquáticos.
Em síntese incorpora, em
diferentes níveis de
organização biológica,
três elementos (omposição,
estrutura e função),
história evolutiva e processos
Diversidade:
Níveis de Organização
Níveis de organização
Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade Genética

 Variação na:
 Combinação de nucleotídeos
 Genes
 Cromossomos
 Todo o genoma em
populações diferentes Mais
comum
 Determinam, por ex.:
 Desenvolvimento
 Assimilação de nutrientes
 Interação com o ambiente
(ex.: tamanho de bicos de
aves)
 Comportamento
Fonte: Shelswell, K J. 2004. Metagenomics. Disponível em:
www.bioteach.ubc.ca/Biodiversity/Metagenomics/
Ex.: Quantas espécies?

Grande
variabilidade
genética

Fonte: ©AMNH-CBC
Níveis de organização
Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade de espécies

Mas o que é uma


espécie?
Espécie: diferentes conceitos

Conceitos

Biológico Filogenético Evolutivo Ecológico


Espécie: diferentes conceitos

Conceitos

Biológico Filogenético Evolutivo Ecológico


Conceito Biológico

 Conceito:  Problema:
 Grupo de indivíduos  Checar fluxo gênico
 Possibilidade de é inviável:
fluxo gênico  em grupos isolados
 em organismos
 Isolados
assexuados
reprodutivamente
de outro grupo
 Hibridização é
comum em algumas
plantas
Conceito filogenético ou cladístico
 Conceito:
 Menor grupo em
que há padrão de
parentesco
(“sinapomorfias”)
Cladograma
 Relações
genealógicas
 Problemas:
 Sub-espécies
tornam-se espécies,
mesmo que haja
fluxo gênico
Sinapomorfias

Sinapomorfia: característica compartilhada por grupo que diferencia de


ancestrais e é compartilhada pelo grupo
• Em mamíferos = glândulas mamárias
• Em aves = penas
Qual a importância de
diferenças nos conceitos de
espécie para a prática de
conservação?
Aplicação dos diferentes conceitos

A
A

A
C

A
B

Conceito biológico Conceito filogenético


Aplicação dos diferentes conceitos

A
• Diferença nas metas A
de conservação e
áreas protegidas
A necessárias
• Custo difere C
B
A

Conceito biológico Conceito filogenético


Níveis de organização

Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade de populações

Grupo de indivíduos da mesma espécie que


compartilham aspectos genéticos ou
demográficos e que ocupam uma mesma
localidade ao mesmo tempo

Diversidade no nível populacional é, portanto, a


variação nas caracterísicas entre populações (por ex.,
aspectos quantitativos e distribuição espacial) entre
populações da mesma espécie)
Níveis de organização

Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade de comunidades
 Variações no grupo de
populações de diferentes
espécies que
compartilham um
determinado local, ao
mesmo tempo
 Relações entre elas pode
variar; nichos ocupados
também (e.g., variações
condições ambientais)
Níveis de organização

Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade de ecossistemas
 Um ecossistema é a Recife de
comunidade associada ao coral
ambiente físico que esta
ocupa em determinado
período de tempo Mangue

Floresta
tropical
Mangue
Níveis de organização

Biomas

Paisagens

Ecossistemas

Comunidades

Populações

Espécies

Genes
Diversidade de paisagens
 Paisagem = Mosaico
heterogêneo
formado por
manchas interativas
 Heterogeneidade
existe:
 para pelo menos
um fator
 segundo um
observador (homem
ou outra espécie)
 Em determinada
escala
(Metzger, 2001)
Três
elementos
da
diversidade

Fonte: Ellis et al. (2011)


Diversidade como “composição”

 Forma mais usual: variedade de


formas de vida nos diferentes
níveis:
 Variedade de genes
 Variedade de espécies de uma
comunidade
 Variedade de comunidades em uma
paisagem e ecossistema
Riqueza de espécies
associação mais comum

Usua
lment
sinôn e tratada
i
de es mo do núm como
pécie
s = ri ero
queza

Alta Média Baixa


Riqueza
 O mais simples conceito de
diversidade
 Corresponde:
 número de espécies em
determinada localidade/tempo
 i.e., listagem de espécies
 Como se consegue?
 Censos sazonais até preencher
o número (animais)
 Inventário: plantas
 Mas é impossível enumerar
todas as espécies
Diversidade como “estrutura”
 Organização nos diferentes níveis. Por
exemplo:
 Como as espécies se organizam (e.g.,
diversidade stricto sensu x riqueza
 Estrutura da paisagem:
Riqueza versus Equidade

Abundância
Relativa
varia

 Espécies = 5 (riqueza)  Espécies = 5 (riqueza)


 Abundância total= 20  Abundância total= 20
 Abundância relativa =  Abundância relativa =
16, 1, 1, 1, 1 4, 4, 4, 4, 4
Diversidade stricto sensu
 Combina riqueza e
equidade na abundância
de diferentes espécies
 Há cerca de 60 índices
para calcular Equidade na distribuição
geralmente indica
 Mais comuns:
estado de saúde de
 Simpson
ecossistema (p. ex.,
 Shannon-Weiner e
dominância de uma
 Brillouin
espécie  invasão?)
 Diferentes formulações
matemáticas
 Resultados podem variar
Diversidade como função
 Funções?
Diversidade
 Várias formas e níveis
de detalhe para
funcional: estimar traços
 Refere-se a funcionais. Por ex:
entender o que os  Como ou eficiência na
assimilação de carbono
organismos “fazem” (autótrofo/ heterótrofo),
em comunidades e eficiência
ecossistemas, ao  Posição na cadeia trófica:
invés de sua produtor, consumidor,
predador (e tamanho),
história evolutiva. parasita
 Polinização, etc.
Por que avaliar a diversidade
como função?
 Avaliar como diversidade de funções influencia
processos ecossistêmicos, a dinâmica de ecossistemas
e a estabilidade frente a impactos (e.g. resiliência)
 Diversidade funcional pode prever melhor impactos,
ajuda a engenharia de soluções (eg. reabilitação/
restauração)

Hoje
Antes Quais componentes da
A biodiversidade afeta o biodiversidade afetam o
funcionamento dos funcionamento dos
ecossistemas? ecossistemas e por qual
mecanismo?
Existem de 6 a 30
milhões de espécies

Pode a conservação ser baseada


no conceito de diversidade ou
riqueza de espécies?
Alvos alternativos
de Conservação
O que são alvos?

 Conceitos utilizados como base para tornar


viável ou facilitar a seleção das áreas
prioritárias em termos da biodiversidade
 Idealmente: levantamento das espécies,
suas interações e funções em períodos
longos de tempo
 Porém, nem sempre viável com tempo e
informações disponíveis
Por que usar alvos?

 Biodiversidade em diferentes níveis


 Informações nem sempre disponíveis
 Recursos monetários, humanos e de tempo
serão sempre limitados
 Biodiversidade está em crise  seleção de áreas
a proteger deve ser eficaz, eficiente e rápida

Necessário encontrar formas alternativas ou


atalhos para identificar áreas importantes ou
prioritárias
Como escolher áreas a conservar?

Seleção de
áreas

Foco em espécies a
Espécies
conservar Paisagem
Substitutas
(vulnerabilidade)

Endêmicas Bandeira Hotspots

Ameaçadas Chave Representatividade

Raras Guarda-chuva Complementaridade

Insubstituitibilidade
Focais
Muito importante!
 Várias formas, nenhuma é perfeita:
 Variabilidade nos grupos (e.g., aves e plantas)
não é equivalente
 Variabilidade na eficácia dos alvos (método):
 a depender do grupo: por ex., algum tipo de alvo
pode ser melhor para plantas e mamíferos e pior
para outros.
 Do ecossistema avaliado
 Do procedimento para medir a eficácia

(Fonte: Grantham et al., 2010)


Como escolher áreas a conservar?
Vulneráveis
Seleção de
áreas

Foco em
Espécies
espécies a Paisagem
Substitutas
conservar

Endêmicas Bandeira Hotspots

Ameaçadas Chave Representatividade

Raras Guarda-chuva Complementaridade

Insubstituitibilidade
Focais
Espécie endêmica
 Uma espécie cuja ocorrência natural está
confinada a certas regiões e cuja distribuição é
relativamente confinada
 Problema: não representa outras espécies bem

•Exemplo: Rhopornis
ardesiaca ou gravatazeiro
• Restrito a uma área na
região de Boa Nova,
Bahia e outra em Minas
Gerais
Espécie ameaçada
 Espécie com probalidade alta de extinção em futuro
próximo em toda ou em parte de suas área de ocorrência
 Redução populacional por fatores antrópicos
 Identificadas pelas IUCN nas listas vermelhas
 Problema: inicialmente opinião
de especialistas (hoje: dados)

(Fontes: http://www.iucnredlist.org/ e Rodrigues et al.,


(Rodrigues et al. 2006)
Espécie rara

Foto: D. Oliveira
Foto: E. Bernard

Maria-leque
 Espécie nativa de planta ou animal que existe em pequena
quantidade e/ou tem área de ocorrência restrita ou está
limitada a determinado tipo de hábitat
 Raridade pode ser um atributo natural: hábitat específico,
evolução
 Problema: raridade nem sempre equivale à importância
(extremo da distribuição, por ex.)
Raridade: 7 formas?
Tamanho Distribuição geográfica
da
Ampla Restrita
populaçã
o local Especificidade do hábitat Especificidade do hábitat
Ampla Estreita Ampla Estreita

Grande Abundante Abundante Abundante Abundante


localmente, localmente, localmente, localmente,
distribuição distribuição distribuição distribuição
ampla, vários ampla, hábitat restrita, vários restrita,
hábitats específicos hábitats hábitats
específicos
Pequeno Localmente Localmente Localmente Localmente
esparsa, esparsa, esparsa, esparsa,
distribuição distribuição distribuição distribuição
ampla, vários ampla, hábitat restrita, vários restrita,
hábitats específicos hábitats hábitats
(Fonte: Rabinovitz et al., 1986) específicos
Distinção filogenética

 Exemplo:
 Tuatara (Sphenodon)
 único representante de
répteis da ordem
Sphenodontia (ou
Rhynchocephalia) e
família Sphenodontidae
 Réptil endêmico de
algumas ilhas da Nova
Zelândia
Limitações da conservação com base nas
espécies vulneráveis a conservar
 Presença destas espécies nem sempre
corresponde à presença de outras espécies 
sucesso limitado à espécie ou ao conjunto
identificado
 Mas para espécies endêmicas e distinção
filogenética:
 é onde estão, não há como guardá-las em outros locais
 usualmente utilizado na seleção de pequenas reservas
 Ex. Birdlife/Save, IBAS
Como escolher áreas a
conservar?

Seleção de
áreas

Foco em espécies
Espécies
a conservar Paisagem
Substitutas
(vulnerabilidade)

Endêmicas Bandeira Hotspots

Ameaçadas Chave Representatividade

Raras Guarda-chuva Complementaridade

Insubstituitibilidade
Focais
Espécies substitutas (“surrogates”)

 Conceito central é que as áreas protegidas


para as espécies-alvo manterão outras
espécies que vivem no ecossistema/
paisagem.
 Idealmente, não somente a composição, mas
também estrutura e função do ecossistema
 Aumentam a eficiência:
 Reduzem tempo, dinheiro e dados necessários
 Vários conceitos populares
Espécie-bandeira

 Espécie escolhida por:


 angariar apoio público
 financiamentos
 Selecionada por:
 Carisma/atratidade (+
comum)
Exemplos comuns:
 Vulnerabilidade
• Mamíferos “fofos”
• Grandes carnívoros  Distinção
•Aves grandes e  Hoje muito utilizada para
coloridas
pequenas áreas
Vantagens e limitações
Espécies-bandeira
 Angaria apoio público e facilita
conservação em termos da prática
 Mas...
 não necessariamente engloba outras espécies
 em geral o custo de um sistema de
conservação baseado no conceito é elevado 
pouco eficiente
 Mais importante: região que não possui
espécies carismáticas não é alvo de
conservação
Espécie-chave (“keystone”)

 Baseado em função (mas mais


antigo
 Aquelas que têm efeito ecológico
desproporcional no ambiente do
que aquele esperado pela sua
abundância relativa, produtividade
ou biomassa
 Essenciais para manter a estrutura
e função dos ecossistemas:
 análogo ao papel da “pedra” no arco
 sem a sua presença mudanças
significativas
Keystone
Espécie-chave (“keystone”)
Exemplos de adoção do conceito

 Alimento para muitas  Polinizadores de


espécies: muitas espécies
 Figueiras
 Decompositores:
 Abrigo:
 árvores que produzem
 Formigas-cortadeiras;
“ocos” reprodução de bactérias
várias espécies (mico-
leão, araras)
 Espécies que, por suas
 Predadores que ações, alteram a
mediam competição estrutura física do
entre espécies: ambiente:
 Estrela do mar, onça  Castores com suas
represas
Vantagens e limitações
Espécie-chave
 Tem a vantagem de  Porém, conceito é
focar não só na adotado de muitas
composição, mas formas, dificultando
também na função  avaliações de sua
 portanto, unir conceitos eficácia
baseado em espécies  Favreau et al. 2006, em
substitutas e manejo trabalho de revisão de
dos ecossistemas “substitutos”
 Para alguns locais, (surrogates), não
presença de keystone encontrou avaliações
sistemáticas da eficácia
pode ser marcante do conceito
(palmito, por ex).
Espécies guarda-chuva
 Espécie com grandes
requerimentos de hábitat
(grande área de vida/uso ou
dependem de hábitats
raros/imprevisíveis
 Assume-se que conservar uma
população viável da espécie
conservará espécies de
demandas menores que co-

(Fonte: Caro, 2010)


ocorrem (mesmo sem ligação
clara)
 Exs: “spotted owl” e floresta
madura, ursos, onças
Área de vida ou área de uso

 Tamanho médio da área com


determinados requerimentos de hábitat
(e.g. presença de recursos, etc) que um
indivíduo adulto da espécie necessita
para viver.
• Ex. Uma onça adulta
precisa de 65 a 608 km2
para viver (depende do
tipo de habitat, se é
macho ou fêmea etc).
Vantagens e Limitações
Espécies guarda-chuva

 Servem para manter  Porém, não conservam


espécies com os mesmos espécies com
requerimentos ecológicos requerimentos diferentes.
que a guarda-chuva ou  Por exemplo, conservação
aquelas que dependem da coruja spotted owl e
desta conservação de anfíbios
(áreas úmidas)

 Há diferentes formas de
adotar o conceito e
resultados variam
Espécies focais
 Parte do conceito de espécies
guarda-chuva sp3
(aprimoramento) sp1
 Mas o foco é para um
conjunto de espécies
 Além disso foca nas ameaças
ao ecossistema
 Mas uso do termo é confuso
e, às vezes, usado como sp2
sinônimo de espécies
indicadoras.
Espécies focais
sp3
 Método:
 (i) identificar ameaças sp1
responsáveis por declínio
de espécies
 (ii) selecionar grupo de
espécies, cada qual
sensível a uma das
ameaças
 (iii) ou então conjunto de
espécies que espelham
aspectos da composição,
estrutura espacial e função sp2
do ecossistema/paisagem
Vantagens e limitações
Espécies focais

 Em princípio, foco em  Porém,


espécies múltiplas é  Faltam dados para
provavelmente, mais identificar as espécies
eficaz que todos os focais na maioria das
paisagens
outros (eficiência?)
 Avaliações sistemáticas
 Considera aspectos da da eficácia são raras
composição, mas  Novamente, escolha de
também estrutura e 2-3 espécies não
função garante que todas as
outras serão
conservadas
Síntese: uso de substitutos
 Estratégia criada há mais de 40 anos
 Não há comparações entre os conceitos embora,
em termos teóricos, espécies focais é considerado
mais adequado (ver Favreau et al., 2006)
 Porém, ainda tem limitação:
 Conserva-se apenas parte das espécies com
requerimentos semelhantes (recursos, manejo)
 Padrões de ocorrência e distribuição de espécies
nem sempre correlacionados
 Foco recente em entender biodiversidade
funcional
Como escolher áreas a
conservar?

Seleção de
áreas

Foco em espécies Espécies


Paisagem
a conservar Substitutas

Endêmicas Bandeira Representatividade

Ameaçadas Chave Complementaridade

Insubstituitibilidade
Raras Guarda-chuva

Focais
Como escolher áreas a conservar?

Seleção de
áreas

Foco em espécies
Espécies
a conservar Paisagem
Substitutas
(vulnerabilidade)

Ameaçadas Bandeira Representatividade

Endêmicas Chave
+
Complementaridade

Raras Guarda-chuva
+
Insubstituibilidade

Focais
Representatividade

 O quanto determinado conjunto/sistema de


áreas/localidades representa a biodiversidade
existente em certa região
 Conceito antigo e largamente adotado na
seleção de áreas protegidas
 Pode estar relacionada à representatividade
de espécies, feições da vegetação ou outros
atributos

(Fonte: Kati et al., 2004)


Complementaridade
 O quanto determinada área complementa um
conjunto de áreas (ex. a serem protegidas)
 Evita redundância  proteger o mesmo tipo de
atributo (por ex, mata atlântica de montanhas)
várias vezes
 Reduz custo
 Garante que mais objetos de conservação
(espécies, feições da paisagem) serão conservados
 Métodos modernos (por algoritmos) incorporam a
complementaridade

(Fonte: Kati et al., 2004)


Insubstituibilidade

 O quanto determinada
área é insubstituível;
apresenta feições/
espécies únicas
 Não podem ser
substituídas por outras
para atingir determinado
objetivo de conservação
 P. ex, conservar todas as
39 anfíbios endêmicos espécies
Vantagens e Limitações
Paisagem
 Focado no sistema de  Mas...
reservas  Dependem de
 Mais eficaz dados sobre a
 Melhor retorno em distribuição dos
conservação com grupos (espécies,
menor custo outros taxa,
feições)
 Menor número de
áreas protegidas
precisam ser
conservadas
 Hoje usam-se métodos
sistemáticos
Hotspots:
Grau de ameaça e endemismo

 Baseia-se na idéia de conservar as áreas


prioritárias que estão sob maior ameaça e só
podem
 Termo hotspots cunhado em 1989 por Myers
 Significa:

Uma região geográfica prioritária para a


conservação pelo grande número de espécies
endêmicas encontradas em áreas relativamente
pequenas que estão sob forte ameaça
Grau de Ameaça:
Os Hotspots da Conservação Internacional

Áreas de alta diversidade e muito ameaçadas


Fonte: www.conservation.org (Conservation International) )
Xysticus ssp
Exercício
Objetivos
 Simular o trabalho de
levantamento de diversidade e de
cálculo de índices
 Entender resultados de diferentes
esforços de coleta
 Entender como diferentes
conceitos de diversidade (ou
diferentes índices) afetam decisões
de conservação
Identificação de aranhas

Ex.: Marcas abdominais


de viuva-negra
(Latrodectus sp.)
Nichos diferentes
Aquática,
ativo
Jardim,
caçador
passivo

Aranha mergulhadora
(A. Aquatica)
Aranhas
Aranha de jardim coloniais,
australiana cooperação
(Argiope australis)

Caerostris sexcuspidata

Solo, Tronco,
caçador caçador
ativo ativo

Vitalius sp.
O que é o exercício

 Aranhas coletadas (folha de


papel) por Dr. J. Coddington
 Posicionou transectos aletórios
 A cada 10 m, bateu
aleatoriamente em 10 galhos e
coletou o que caiu em folha de
papel no chão
 Coleção de espécies
Etapa 1
 Classificar aranhas do remanescente
(ou fragmento 1)
 Cortar folha de papel
 Separar por tipo e dar um nome
informativo a cada espécie
 Construir uma tabela de ocorrência
 Fazer o gráfico da curva do coletor
Curva do coletor
Curva do coletor

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