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Histórias de vida Componentes de história de vida

1. Tamanho (relacionado a predação e reprodução)


Crescimento, desenvolvimento e
2. Idade de maturação sexual (relacionado ao tamanho e
Reprodução sobrevivência)
3. Duração da idade reprodutiva (Semelparidade X
Iteroparidade)
Indivíduos
Crescimento,
: desenvolvimento e 4. Alocação de energia para reprodução (número X tamanho
 Reprodução
Crescimento Unitário: todos os indivíduos são iguais; X frequência)
Longevidade é pouca e um formato único; TRADE OFF: A reprodução implica em custos energéticos para os
 Crescimento Modular: indivíduos com formas diferentes; indivíduos desde os primeiros estádios da divisão celular. Essa

Longevidade grande, formatos diferentes; repartição de energia existente em um organismo é chamada de


alocação de recursos ou trade-offs. Trade-off ou tradeoff é uma
expressão que define uma situação em que há conflito de escolha.
Reprodução: Devido aos recursos terem que ser divididos entre crescimento e
reprodução, há sempre uma disputa entre funções na evolução de
 Semelparidade: indivíduos reproduzem e morrem;
qualquer estratégia evolutiva.

ALOMETRIA: é um ramo da biologia que estuda relações


Menor curva de sobrevivência, usa
toda energia para reprodução e de escala para atributos morfológicos (como a relação entre
dão origem há vários filhotes. o tamanho de um determinado órgão e o corpo), fisiológicos
(relação entre a taxa metabólica e o tamanho do corpo em
 Iteroparidade: Indivíduos reproduzem e continuam a vida; mamíferos), ecológicos (relação entre o tamanho da asa e a
performance de voo em aves) ou até, comportamentais. São
Maior curva de sobrevivência, estudos entre a forma e tamanho de corpos e como as
vária número de filhotes e foca na
características dos organismos mudam com o tamanho.
qualidade do que na quantidade.

Metapopulação

Na grande maioria dos ambientes naturais, os recursos estão


distribuídos de forma heterogênea, ou seja, em machas. Por isso,
muitas populações podem estar organizadas em populações
menores, que ocupam essas manchas de recursos.

Em uma metapopulação, populações podem


aumentar de tamanho por colonização de
manchas vazias de habitat, e diminuir por meio
da extinção de uma população.

Estudo de metapopulações:
Baixa taxa de sobrevivência
 São realizados com marcadores genéticos
Intermediário
para observar a migração dos indivíduos
Alta taxa de sobrevivência
de uma mancha para outra;
 Reservas mais próximas facilitam a migração ou
Variações dos padrões de migrações o fluxo de espécies.

Sinks (sumidouros) X Sources (fontes)

Nos sinks morre mais indivíduos do que nasce, e os


sources são “fontes” da população, e mandam
indivíduos para outras manchas.

Subpopulação: migração de indivíduos de uma mancha


para outra.  Deve-se dar preferência a áreas circulares
com o fim de evitar o efeito de borda.

Migração com escala (stepping stone): indivíduos ficam


um local enquanto se deslocam de uma mancha para
outra. “Temporário”

Planejamento de áreas protegidas


Como tomar decisões considerando o fluxo de
populações?
1. Dar preferência a áreas com tamanhos Dependendo da finalidade
maiores; do estudo, esse tipo de
configuração pode favorecer
2. Dar preferência a áreas com largura maior; o distanciamento genético de
3. Dar preferência a áreas próximas a nascente espécies, aumentando a
variabilidade genética.
de rios, como uma forma de preservar;

 Fragmentos com corredores ecológicos podem


 Áreas contínuas são melhores que áreas fragmentadas aumentar o intercâmbio de espécies, entretanto pode
ser um ponto para predação e transmissão de
evitando o efeito de borda. doenças.

Alterações na borda do
fragmento que pode mudar a
vegetação e fauna.
Acontecimento que pode
prejudicar as espécies que
vivem naquele local.
Modelo de Levins

dp/dt = mp*(1-p) - ep

Onde:

dp/dt = proporção de manchas ocupadas pela espécie num


determinado tempo t;
m é a taxa de colonização de manchas vazias;
e é a taxa de extinção local;
p é o número de manchas ocupadas.

De acordo com este modelo, para uma população ser


considerada metapopulação ela precisa apresentar alguns
pré-requisitos:

1. todas as manchas de habitat são similares em tamanho e


fisionomia, ou seja, tem a mesma chance de serem colonizadas
e de suportar populações.

2. cada população terá a chance real de extinção e


recolonização.

3. as populações não estão sincronizadas, ou seja, se uma se


extinguir, indivíduos de outras populações poderão dispersar
para aquela mancha e “resgatar” a população extinta.

4. As manchas de habitat não podem ser demasiadamente


isoladas para impedir a recolonização (nem próximas demais
para formar uma única população). A dispersão entre as
manchas deve ser intensa, a ponto de que as manchas não
sejam independentes.

No modelo metapopulacional de Levins (1969) apud Begon et


al. (2008), a fonte de colonizadores é o conjunto de
populações, as quais se encontram num processo constante de
colonização e extinção, sendo que todas as populações têm a
mesma probabilidade de extinção. No entanto, em algumas
metapopulações podem estar organizadas em manchas de
tamanhos e qualidade de recursos diferentes e a taxa de
extinção pode ser um fator mais incidental do que central.

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