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Suale Amade

Teorias Demograficas
(Curso de Licenciatura de Gestão Ambiental de Desenvolvimento Comunitário)

Universidade Rovuma
Angoche – NPL
2021
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Suale Amade

Teorias Demograficas
(Curso de Licenciatura de Gestão Ambiental de Desenvolvimento Comunitário)

O presente trabalho é de caracter


avaliactivo a ser entregue na cadeira de
Demografia, lecionado pelo docente:

dr. Enercio Janeiro

Universidade Rovuma
Angoche – NPL
2021
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Índice

1. Introdução............................................................................................................................ 4

2. Teorias demograficas .......................................................................................................... 5

2.1. Teoria Malthusiana ...................................................................................................... 5

2.1.1. Crítica à teoria malthusiana .................................................................................. 6

2.2. Teoria reformista ou marxista ...................................................................................... 6

2.3. Teoria Neomalthusiana ................................................................................................ 6

2.3.1. Críticas .................................................................................................................. 7

2.4. Transição demográfica .................................................................................................... 7

3. Natalista............................................................................................................................... 8

4. Antenatalistas ...................................................................................................................... 8

5. Conclusão ............................................................................................................................ 9

6. Bibliografia........................................................................................................................ 10
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1. Introdução

No presente trabalho abordar-se-ia das teorias demograficas, tais como anti-natalista ou


malthusianismo, natalistas, e neomalthusianistas.

A relação entre o número de pessoas e a quantidade de recursos disponíveis para alimentá-las


e satisfazer o seu nível de consumo sempre foi motivo de grande preocupação. Afinal, os
recursos naturais disponíveis serão capazes de, no futuro, atender aos sucessivos crescimentos
populacionais?

Essas questões já foram há muito tempo formuladas, e diferentes respostas surgiram. Trata-se
das teorias demográficas, também chamadas de teorias do crescimento demográfico. A
primeira delas foi a proposta por Thomas Malthus, conhecida como Malthusianismo.
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2. Teorias demograficas

Fora das teorias citados logo na introdução digamos que, as principais teorias demográficas
que abordam o ritimo de crescimento populacional são a maltusiana, a neomalthusiana, a
reformista e a transição demográfica.

2.1.Teoria Malthusiana

Elaborada pelo inglês Thomas Malthus (1776-1834). Segundo Malthus, a população mundial
cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8,
16...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão
aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...). Sendo assim, em um determinado momento, não existiriam
alimentos para todos os habitantes da Terra. As maiores contestações a essa teoria são que, na
realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má
distribuição nos países pobres.

Como solução, Malthus apontava para o controle moral da população. Em virtude de


sua filiação religiosa, ele era contra a adoção de qualquer tipo de método
contraceptivo, dizendo que os casais só deveriam procriar caso houvesse condições
para sustentar seus filhos. Além disso, Malthus também dizia que os trabalhadores
mais pobres deveriam apenas receber o mínimo para o seu sustento, pois acreditava
que a melhoria nas condições sociais elevaria ainda mais o número de nascimentos.

Essa teoria previu um crescimento semelhante ao do gráfico abaixo, porém, em nenhum


momento, a população cresceu conforme a previsão de Malthus.
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2.1.1. Crítica à teoria malthusiana

Na época em que foi elaborada, a teoria de Malthus resultou da observação de uma limitada
área de comportamento rural. Não foi prevista a urbanização, a tecnologia aplicada à
produção de alimentos e a distribuição irregular das riquezas do Planeta.

2.2.Teoria reformista ou marxista

Muitas contestações foram feitas ao pensamento de Malthus, frequentemente acusado de


legitimar os efeitos perversos da economia capitalista sobre a desigualdade social e favorecer
os ideais da burguesia. Afinal, a teoria malthusiana sugeria que a miséria e a disseminação de
doenças, catástrofes e guerras ajudariam a conter o crescimento populacional acentuado.

O socialista utópico do século XIX, Pierre-Joseph Proudhon, afirmava: “Há somente um


homem excedente na Terra: Malthus”. E nessa mesma linha seguiam muitos teóricos que
acreditavam que a desigualdade na relação entre recursos naturais, alimentos e o crescimento
populacional não estava no número de habitantes, mas na distribuição de renda. Em geral,
muitas dessas ideias aproximavam-se dos ideais defendidos por Karl Marx, sendo então
relacionadas com o que se chamou de Teoria Marxista ou Reformista da população.

2.3.Teoria Neomalthusiana

Logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os principais países


desenvolvidos do mundo iniciaram um processo de explosão demográfica, com um aumento
rápido e repentino de sua população. Da mesma forma, nos anos seguintes, muitos países
subdesenvolvidos (incluindo o Brasil) passaram pelo mesmo processo, sobretudo porque
nesses países, com históricos de altas natalidades e mortalidades, o número de óbitos foi
reduzido e a expectativa de vida, elevada.

Por isso, a população do planeta novamente começou a crescer, por isso as teorias de Malthus
ganharam um novo eco entre muitos pensadores e governantes. O Neomalthusianismo é,
pois, a retomada desse pensamento, com diferenças no que diz respeito às formas de controle
do crescimento populacional.

Para o neomalthusianismo, as populações, sobretudo as de baixa renda, deveriam ter os seus


índices de natalidade controlados. Para isso, a difusão dos métodos contraceptivos tornou-se
fundamental. Em alguns países, governos adotaram medidas de esterilização em massa sobre
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pessoas pobres, além de distribuírem anticoncepcionais gratuitamente e promover campanhas


de conscientização. Difundem-se, até os dias atuais, muitas campanhas ou imagens
publicitárias com o modelo ideal de família formado pelos pais e dois filhos apenas.

2.3.1. Críticas

Embora mais evoluída, a teoria neomalthusiana tem a mesma base teoria de Malthus, que
aponta o excesso populacional como responsável pela escassez de alimentos.

2.4.Transição demográfica

A concepção da transição demográfica é uma proposição mais atual que afirma que todos os
países, cedo ou tarde, apresentarão padrões gerais no que diz respeito à ordem do crescimento
demográfico.

A transição demográfica considera que a explosão demográfica é um fenômeno transitório,


geralmente causado pelo desenvolvimento econômico e social das nações, o que resulta na
queda imediata das taxas de mortalidade, o que eleva o número de habitantes. Por outro lado,
a natalidade também diminui, mas em um ritmo mais lento, o que faz com que a explosão
demográfica inicial seja substituída gradativamente por uma diminuição no ritmo de
crescimento do número de habitantes.

Foi assim, por exemplo, que ocorreu na Europa, que hoje apresenta baixíssimos crescimentos
populacionais. No Brasil também não foi diferente, pois a população aumentou rapidamente
ao longo do século XX, mas teve seu crescimento diminuído nas últimas décadas. O principal
efeito disso – e também o principal motivo de preocupações – é o envelhecimento
populacional.

Essa teoria é dividida em três fases:

 Pré-industrial

Nessa fase, havia baixos índices de crescimento vegetativo em consequência de condições


sanitárias inadequadas, guerras, fome, doenças, entre outros.

 Transicional
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Como consequência da Revolução Industrial, há também maior investimento em pesquisa


médica e grande crescimento populacional. A natalidade passa a cair à medida que o acesso à
tecnologia cresce.

 Fase Evoluída

Equilíbrio demográfico bom baixo taxas de natalidade e mortalidade. Foi alcançada pelos
países desenvolvidos.

3. Natalista

É o tipo de política, que apoia natalidade, evitando por sua vez o envelhecimento da
população. Entre esses apoios estão:

 Assistência materno-infantil gratuita;


 Benefícios fiscais para as famílias mais numerosas;
 Alargamento do tempo de licença pós-parto, tanto para a mãe e o pai;
 Horário de trabalho reduzido para a mãe durante o período de amamentação;
 Entre outras.
4. Antenatalistas

É o tipo de política, que pretende diminuir a taxa de natalidade, devido ao grande número de
natalidade da região.

 Divulgação de metodos contraceptivos gratuitamente;


 Legalização do aborto;
 Casamentos mais tardios;
 Aplicação de impostos elevados para famílias mais numerosas;
 Entre outras.
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5. Conclusão

Na teoria malthusiana:

Apesar de suas previsões serem fundamentadas em dados demográficos de sua época,


Malthus errou em subestimar os avanços tecnológicos nos processos de produção, que fizeram
com que a oferta de recursos e alimentos se ampliasse muito acima do previsto. Além disso,
observa-se atualmente que a tendência é que as sociedades mais desenvolvidas gerem menos
filhos, ao contrário do que o economista inglês imaginava.

Na teoria reformista:

Assim, para essa concepção, não é o “controle moral” da população o necessário para
combater a ocorrência da fome e da miséria, mas a adoção de políticas sociais de combate à
pobreza, com a aplicação de leis trabalhistas que assegurem a melhoria na renda do
trabalhador. A democratização dos meios sociais e de produção também é considerada uma
estratégia nesse mesmo sentido.

Na teoria Neomalthusiana:

Elaborada após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), argumentava que, se o crescimento


demográfico não fosse contido, os recursos naturais da Terra se esgotariam em pouco tempo.
Foi sugerida uma rigorosa política de controle da natalidade aos países subdesenvolvidos. A
contestação a essa teoria é que se deve melhorar a distribuição da renda.
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6. Bibliografia

ALMEIDA, Lúcia M. Alves; RIGOLIN, Técio Barbosa. Geografia. São Paulo: Ática, 2002.

 https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/teorias-demograficas.htm - acessado
aos 01/03/2021.
 https://www.google.com/amp/s/m.mundoeducacao.uol.com.br/amp/geografia/teorias-
demograficas.htm - acessado aos 01/03/2021.
 https://www.google.com/amp/s/www.todamateria.com.br/teorias-demograficas/amp/
acessado aos 01/03/2021.

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