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Introdução...............................................................................................................................................................3
Objectivo Geral......................................................................................................................................................3
Objectivos Especificas............................................................................................................................................3
Importância De Estudo Nos Variáveis Demográficos.............................................................................................4
Conceito Básico Da Demografia............................................................................................................................4
Transição Demográfica...........................................................................................................................................6
Definições Para População.....................................................................................................................................7
Equação Básica Da Demografia.............................................................................................................................8
Estrutura Da População Por Sexo E Idade..............................................................................................................8
Importância Da Análise Estrutural..........................................................................................................................9
Mortalidade, Natalidade E Fecundidade...............................................................................................................10
Mortalidade..........................................................................................................................................................10
Taxa Bruta De Mortalidade (Tbm).......................................................................................................................12
Taxa Especifica De Mortalidade (Tem)................................................................................................................13
Taxa Da Mortalidade Infantil (Tmi).....................................................................................................................13
Tabela De Sobrevivência......................................................................................................................................14
Natalidade E Fecundidade....................................................................................................................................15
Taxa Bruta De Natalidade (Tbn)...........................................................................................................................16
Taxa De Fecundidade Geral (Tfg)........................................................................................................................16
Taxa Especifica De Fecundidade (Tef).................................................................................................................16
Taxa De Fecundidade Total (Tft)..........................................................................................................................17
Estrutura Etária E Dinamica Da População..........................................................................................................18
Reprodução...........................................................................................................................................................19
Taxa Bruta De Reprodução (Tbr).........................................................................................................................19
Taxa Liquida De Reprodução (Tlr).......................................................................................................................20
Migração...............................................................................................................................................................21
Saldo Migratório...................................................................................................................................................21
Taxa Líquida De Migração...................................................................................................................................22
Estrutura Etária Da População..............................................................................................................................22
Conclusão.............................................................................................................................................................23
Referencias Bibliográficas....................................................................................................................................24
Introdução
A geografia de população e povoamento não é uma ciência recente, é muito antiga como a própria
geografia. O estudo que a geografia fazia no passado a respeito da população era analises antropológica.
hoje a geografia da população e povoamento faz a descrição da evolução populacional e outros aspecto
relacionados. ao longo deste trabalho de pesquisa vem desenvolver a importância do estudo de variáveis
demográficas. Entre as ciências sociais presentes entre os estudos geográficos, podemos citar
a demografia como uma das mais relevantes. Ela é responsável por analisar a dinâmica populacional dos
habitantes da Terra, oferecendo dados estatísticos e analíticos que nos ajudam a entender a forma como as
pessoas se organização no nosso planeta.
Uma breve conceituação e delimitação das principais características e variáveis inerentes a Demografia é
seguida por uma abordagem mais específica dos conceitos, importância e medidas de algumas dessas
principais variáveis: mortalidade, natalidade e fecundidade, estrutura etária e dinâmica da população, e
reprodução.
Objectivo geral
Objectivos especificos
Identificar as principais variáveis demográficas
Conceituar as principais variáveis demográficos
Interpretar os resultados das variáveis demográficos
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Importância De Estudo Nos Variáveis Demográficos
A importância do estudo da demografia consiste no fato da população ser um elemento político essencial
que caracteriza uma sociedade e que, consequentemente, tornam-se necessários compreender a fim de
tornar possível o planejamento económico, social, cultural ou político.
Entre as ciências sociais presentes entre os estudos geográficos, podemos citar a demografia como uma
das mais relevantes. Ela é responsável por analisar a dinâmica populacional dos habitantes da Terra,
oferecendo dados estatísticos e analíticos que nos ajudam a entender a forma como as pessoas se
organização no nosso planeta. Fundamental para compreendermos as diferentes relações entre povos e
nações em todo o globo, a demografia também é peça chave nas provas de Geografia dos mais
diversos vestibulares e, principalmente, do Enem.
grego:
DÊMOS = POPULAÇÃO
A Demografia é uma ciência que tem por finalidade o estudo de populações humanas, enfocando aspectos
tais como sua evolução no tempo, seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e
características gerais. Uma preocupação fundamental no estudo das populações humanas é com o seu
tamanho em determinado momento e com os possíveis fenómenos que determinam ou afectam esse
tamanho, tais como os nascimentos, os óbitos e fenómenos migratórios. É importante investigar de que
modo cada um desses componentes pode ser afectado por mudanças nos demais e como esses fenómenos
se relacionam entre si.
Para Hakkert (1996), entre as várias aplicações práticas da Demografia, ressaltam-se os fins de
planejamento, de diagnóstico, de avaliação de programas e estudos socioeconómicos em geral. Faz-se
necessário projectar o número de idosos, de crianças matriculadas na escola, de jovens que ingressarão no
mercado de trabalho, de desempregados, bem como os níveis de mortalidade e morbidade etc
A Demografia oferece elementos para a análise demográfica e das “incertezas futuras em cenários de
projecções” (RIOS-NETO, 2005, p. 371) de população, tendo em vista a importância dessas análises para
a elaboração de políticas públicas. É sabido que não haverá uma explosão demográfica no Brasil.
Contudo, foi a partir dessa preocupação que os estudos demográficos se desenvolveram:
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Além da preocupação com o tamanho e crescimento da população, é de fundamental importância em
Demografia o estudo da composição da população por idade e sexo, principalmente pela sua repercussão
sobre os fenómenos demográficos, sociais e económicos. Existem outras características populacionais que
merecem destaque pela sua importância na compreensão de outros fenómenos de natureza social e
económica, entre elas, a estrutura populacional segundo estado civil, região geográfica de residência ou
de nascimento, condição de actividade económica etc.
Pelo exposto, a Demografia trata dos aspectos estáticos de uma população num determinado momento
tamanho e composição -, assim como também da sua evolução no tempo e da inter-relação dinâmica entre
as variáveis demográficas.
Imaginemos a população de uma determinada área geográfica, num determinado momento. Suponhamos
também que, a partir de uma população inicial num passado longínquo, não tenha havido entrada e saída
de pessoas da área. Trata-se de uma população fechada, isto é, sem movimentos migratórios.
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A trajectória entre aquela população inicial e a população atual é totalmente explicada pelas mortes e
nascimentos ocorridos no período. O tamanho da população em qualquer momento desse período pode
ser reproduzido por: Qn=Qo+Nt-Ot
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Na década de 1940, formulou-se uma teoria populacional conhecida como transição demográfica,
estabelecendo que as populações tendem a passar por certas etapas de crescimento populacional, com
alterações nos níveis de mortalidade e natalidade. O processo de transição demográfica é a passagem de
uma situação de relativo equilíbrio (baixo crescimento) devido ao elevado nível da natalidade e
mortalidade para outra situação também de equilíbrio caracterizada por níveis substancialmente mais
baixos. Durante o processo de transição, há um aumento do tamanho da população, devido a uma queda
gradual das taxas de mortalidade acarretando uma explosão demográfica (surto de crescimento
populacional) que é limitado por uma posterior queda da natalidade. Desta forma na fase final da
transição observa-se um modelo de baixos níveis de mortalidade associadas a baixos níveis de natalidade.
Figura 1 a seguir, já clássica, esquematiza teoricamente esse processo. O instante t1 assinala a passagem
da pré-transição para a abertura da transição; t2, a passagem desta fase para o fechamento da transição e o
instante t3, finalmente, a passagem para a pós-transição.
Natalidade
Mortalidade
0 t1 t2 t3 tempo
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comparado com os países desenvolvidos, e encontram-se entre t2 e t3. A preocupação com o rápido
declínio da mortalidade sem o acompanhamento da queda da natalidade, justificaram as políticas de
controle de natalidade na América Latina na década de 1970, numa época de produção intensa e
inovadora da Demografia nesta região.
Em qualquer país, o crescimento populacional resulta de duas variáveis: o saldo das migrações externas e
o crescimento natural ou vegetativo da população
Ao caracterizar uma população humana, pensamos inicialmente no seu tamanho: quantas pessoas existem
numa localidade, num determinado momento? Pensamos também sobre a sua composição: quantas
pessoas maiores de 50 anos existem? quantas são do sexo feminino? quantas são economicamente
activas? Outro aspecto que vem a baila seriam os elementos que afectam o tamanho da população:
quantas pessoas nascem num determinado período, quantas morrem, quantas migram? Quando
reflectimos sobre cada um destes elementos, outras questões surgem imediatamente. Por exemplo, no que
se refere a nascimentos: quantas são as mulheres em idade reprodutiva? quantas estão casadas? que
proporção usa métodos anticoncepcionais efectivos? etc. Uma questão importante que surge seria: como é
que as mudanças em um ou mais destes componentes poderiam afectar os demais?
População presente: inclui todas as pessoas que estão, de fato, presentes no domicílio de uma
certa unidade geográfica. Todas as pessoas presentes, na data de referência do levantamento de
dados, são consideradas, independentemente de ser morador ou não no domicílio, incluindo
visitantes e turistas.
População residente: inclui todas as pessoas que pertencem a uma certa unidade geográfica, por
cidadania ou por outro motivo que lhes dá o direito de serem moradores do domicílio. Considera
todos os residentes, estando presentes ou não no domicílio, na data de referência do levantamento
de dados.
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A população residente é um termo vago, que permite várias interpretações, já que não especifica os
critérios que levam a considerar uma pessoa como moradora do domicílio. Para obter alguma
compatibilidade, as Nações Unidas recomendam que cada país produza censos com um total populacional
que exclua militares estrangeiros e pessoal diplomata que actue no país e inclua pessoal actuante no
estrangeiro, como das forças armadas, marinha mercante e diplomatas.
P t−Pt 0
Pt−Pt 0
P
0 0
P
P2
meio do período t 0 at
As taxas de crescimento vegetativo e de saldo migratório são obtidas similarmente, dividindo-se por Pt 0
t +t0
ou P 2 Se for assumida uma população fechada, isto é, sem movimentos migratórios, onde supõe-se
que após a formação de uma população inicial em um passado longínquo, não tenha ocorrido
entradas e saídas de pessoas da área, a equação reduz-se a Pt =Pt + N −O Assim, a trajectória entre a
0
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Numa análise estrutural da população, o total populacional é decomposto em subpopulações formadas
pelas categorias da variável em estudo. Essas subpopulações, muitas vezes, têm padrões demográficos
diferentes. Por exemplo, estrangeiros têm taxas de nascimento, de óbito e de migração diferentes das
taxas para nativos e a estrutura etária dos estrangeiros pode diferir fortemente.
Por outro lado, a estrutura da população por sexo e idade, em um dado momento, é reflexo da natalidade,
mortalidade e migração passadas. Por exemplo, mortalidade e emigração intensa, causada por um conflito
armado, tenderá a reduzir o número de jovens do sexo masculino na população, e anos depois, o número
de homens mais idosos talvez seja pequeno em comparação com as mulheres, como reflexo do que
ocorreu muitos anos antes. Uma alta fecundidade (grande número de filhos por mulher) produzirá, numa
geração posterior, um número comparativamente grande de mulheres em idade reprodutiva, que produzirá
um número grande de nascimentos (alta natalidade), mesmo que o nível de fecundidade caia. Portanto, a
estrutura por sexo e idade é influenciada pelos números de óbitos, nascimentos e migrações que
ocorreram no passado. É importante o conhecimento da estrutura por sexo pois esta característica permite
uma análise mais aprimorada de alguns fenómenos demográficos que dependem desta variável como
migração, mortalidade, nupcialidade, fecundidade e força de trabalho.
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varia com o tempo e de uma localidade para outra, populações não podem ser comparadas por essas
características, a não ser que a idade tenha sido “ajustada” (ver Mensuração Demográfica II).
A análise da estrutura por sexo e idade também é importante para avaliar a qualidade da cobertura dos
censos. Através de algumas tendências conhecidas, pode-se determinar um limite para a variação de
algumas medidas nos diferentes grupos de idade, independentemente dos dados do censo. Assim, esses
limites podem ser comparados com as contagens obtidas das pesquisas para verificar a qualidade dos
dados colectados.
MORTALIDADE
Os estudos sobre mortalidade analisam a relação entre a ocorrência de óbitos e o tamanho da população,
levando em consideração ou não, outras características da população. Natalidade é estudo que relaciona a
ocorrência de crianças nascidas vivas com a população total.
Fecundidade é estudo que relaciona a ocorrência de crianças nascidas vivas com a população feminina em
idade reprodutiva (convencionou-se considerar como idade reprodutiva da mulher a faixa de 15 a 49 anos
de idade). Poderia ser definida a fecundidade masculina, porém determinar a idade reprodutiva entre os
homens é mais difícil e o reconhecimento da paternidade é mais complicado do que o da maternidade.
Um conceito distinto é o de fertilidade que refere-se ao potencial reprodutivo, ou seja, capacidade
fisiológica para conceber (fecundity em inglês); enquanto que o termo fecundidade é usado para indicar o
desempenho reprodutivo de uma pessoa ou um grupo de pessoas (fertility em inglês).
e por idade; portanto, o número de ocorrências de óbitos também depende da estrutura da população
por sexo e idade.
Grande importância foi dada a mortalidade como determinante do crescimento populacional na maior
parte da história da humanidade. Mais recentemente, a fecundidade tornou-se dominante na política
populacional em todo o mundo. No passado, as nações enfatizavam o controle da mortalidade através de
campanhas contra a malária, tuberculose e outras doenças.
Malthus foi um dos poucos que recomendou o controle da natalidade, incentivando o celibato e o
casamento tardio. Com o crescimento populacional positivo devido ao desequilíbrio entre o número de
nascimento e de óbitos (Transição Demográfica), iniciaram-se programas de controle de natalidade nas
décadas de 1960 e 1970. Para o período de 2000-2005, o nível de fecundidade mundial foi estimado em
2,65 crianças por mulher; cerca de metade do nível em 1950-1955, que era de 5 crianças por mulher. Os
níveis mundiais médios de fecundidade são resultado das diferentes tendências dos principais grupos de
desenvolvimento: (a) em países desenvolvidos, como um todo, a fecundidade é
46 actualmente igual a 1,56 criança por mulher, abaixo de nível de reposição6; (b) nos países menos
desenvolvidos, a fecundidade é de 5 crianças por mulher; (c) no restante do mundo em desenvolvimento,
a fecundidade já está moderadamente baixa, 2,58 crianças por mulher.
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Taxa Bruta de Mortalidade (TBM)
Tomemos o total de óbitos ocorridos durante um ano calendário. A relação entre o total de óbitos e a
população total representa o risco que tem uma pessoa dessa população de morrer no decorrer desse ano.
Esta medida é conhecida como TBM e podemos representá-la por:
Oj
TBM = onde j refere-se ao ano -calendário.
Qj
Uma vez que a população total muda a cada instante no decorrer de um ano, surge a dúvida sobre qual
população levar em consideração no denominador. Como a TBM é uma medida de risco, teríamos que ter
no denominador todas as pessoas submetidas a esse risco. Se tomamos a população no início do ano, nela
não estão incluídas as crianças que nascerão durante o ano. Por outro lado, aquelas pessoas que estão
vivas no início do ano e que virão a falecer antes do fim do ano não poderão entrar com o mesmo peso do
que aquelas que sobreviverão. Se tomamos a população no final do ano, vela não estarão incluídas, por
um lado, aquelas pessoas que faleceram durante o ano e, por outro, estarão incluídas integralmente as
crianças que nasceram em diferentes momentos no decorrer do ano e que não estiveram submetidas ao
risco de morte durante todo o ano. Idealmente, deveríamos contabilizar no denominador o número de
pessoas ano da população em estudo. Isso significa que todo indivíduo presente no início e no fim do ano
deveria ser contado como uma pessoas ano; os indivíduos presentes no início e que vierem a falecer nesse
ano e todas as crianças nascidas durante o ano deveriam ser contabilizados pela fracção de ano vivido.
Ainda que o conceito de pessoas -ano seja muito simples, o seu cálculo exacto é extremamente difícil.
Como uma aproximação para o total de pessoas -ano, adopta-se a estimativa da população total no meio
do ano, na suposição de que os nascimentos e óbitos na população ocorram uniformemente no decorrer do
ano. Como se trata de um período curto (12 meses), tal suposição não introduz, de maneira geral,
distorções significativas. Ainda que o mais usual seja calcular a TBM referente ao ano calendário, ela
também pode ser obtida para qualquer conjunto de 12 meses consecutivos.
O nível da TBM dependerá de dois componentes básicos: a intensidade com que se morre a cada idade e a
distribuição etária proporcional da população. Do primeiro componente, porque em diferentes idades as
pessoas estão sujeitas a diferentes riscos de morte.
Por exemplo: os recém-nascidos e os idosos têm maior chance de morrer do que os adolescentes. O
segundo componente decorre do primeiro, pois se os riscos são diferenciados por idade, há de se levar em
conta o maior ou menor peso dos diversos grupos etários.
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Taxa Especifica de Mortalidade, que se refere ao risco de morte em cada idade ou em cada grupo etário.
Corresponde ao quociente entre o total de óbitos, num determinado ano, em cada idade ou grupo etário e
a população correspondente no meio do ano. Representamos por:
Ox , j
TEM x , j= onde x refere-se a idade limite inferior do grupo etário, n a amplitude do
Qx , j
intervalo do grupo e j ao ano em questão. O total de óbitos no decorrer de um ano.
Do exposto, fica claro que duas populações com as mesmas TEMs podem gerar TBMs distintas, por
terem distribuições etárias proporcionais diferentes. Também outras situações podem ocorrer:
imaginemos as populações A e B, onde em qualquer idade a TEM de A seja maior do que de B. Neste
caso, podemos afirmar que o nível de mortalidade de A é superior ao de B. No entanto, dependendo das
respectivas distribuições etárias proporcionais, a TBM de A pode ser menor do que de B.
Conclui-se que as TBMs não são bons indicadores para se analisar diferenciais de níveis de mortalidade
entre populações diferentes, a não ser em casos em que as populações tenham distribuições etárias
proporcionais iguais. O conceito de taxas específicas que usamos em relação a idade pode ser estendido
para outras variáveis que influenciam o risco de morrer. Assim, podemos definir taxas específicas por
sexo, estado conjugal, causas de morte, grupos sócio - económicos etc.
1O 0 , j
TMI=
Nj
Deve-se observar que o conceito de TMI difere daquele da TEM abaixo de um ano (oTEM, ). 0
denominador desta refere-se a população abaixo de um ano de idade no meio do ano, enquanto o
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denominador da TMI corresponde aos nascidos vivos no decorrer de um ano. Na mesma população e no
mesmo ano, o denominador da TMI será geralmente maior do que o da oTEM, . Como ambas têm o
mesmo numerador, se usada para a TMI a fórmula (14), a TMI será geralmente menor do que a 1TEMo .
Apesar do numerador da TMI corresponder aos óbitos de crianças com idade abaixo de um ano, a
distribuição dos óbitos dentro deste intervalo se dá de maneira desigual. Para aquelas populações onde a
taxa de mortalidade infantil é baixa, os óbitos se concentram nas primeiras semanas de vida das crianças,
porque, neste caso, as mortes são principalmente por causas genéticas e causas ligadas ao parto. Naquelas
populações onde a TMI é alta, os óbitos são menos concentrados nas primeiras semanas de vida, porque
muitos dos óbitos infantis são devidos a factores ligados ao meio em que a criança vive, tais como
condição de saneamento, nutrição etc. Uma forma de diferenciar essas duas situações é dada pelos
conceitos de Taxa de Mortalidade Neonatal (TMN) e Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal (TMPN). A
primeira corresponde ao quociente entre os óbitos ocorridos nas 4 primeiras semanas de vida (menos que
28 dias de idade) e o número de nascimentos. A segunda corresponde ao quociente entre óbitos de
crianças de 28 dias até um ano de vida e o número de nascimentos.
Tabela de sobrevivência
Como vimos anteriormente, a TBM não é uma boa medida para se comparar duas populações com
estruturas etárias diferentes. Uma alternativa seria analisar o conjunto das TEMs. Entretanto, dado o
elevado número de TEMs e a diversidade das estruturas de mortalidade, segundo a idade, em duas ou
mais populações, a comparação entre TEMs pode dificultar a análise com relação aos níveis da
mortalidade. Um dos indicadores que têm a característica de ser uma medida resumo e que não sofre a
influência da estrutura etária da população é a esperança de vida em uma determinada idade o x xe . A
esperança de vida em uma determinada idade pode ser interpretada como o número médio de anos que
um indivíduo viverá a partir daquela idade, considerando o nível e a estrutura de mortalidade por idade
observados naquela população. assim uma população com esperança de vida ao nascer ( o x e ) de 50
anos, uma criança que nasce viverá em média 50 anos, se mantidos os níveis de mortalidade verificados
nas diferentes idades.
O processo de obtenção da esperança de vida passa por diversas etapas. Várias destas etapas são
espelhadas no que se conhece por tabela de sobrevivência, ou tábua de mortalidade, ou tábua de vida.
Uma das formas de se obter a o x e seria tomar uma coorte3 de nascimentos num determinado ano,
acompanhá-la até que ela se extinga, anotando-se o tempo vivido por cada pessoa, e calcular a vida média
dos indivíduos da corte
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A forma mais usual consiste em submeter uma corte hipotética de recém-nascidos a experiência de
mortalidade (conjunto de TEMs) vivida por uma população real em um determinado ano ou período, e
segui-la até que o último indivíduo morra. Neste caso, a experiência concreta de mortalidade não se refere
a de uma geração específica, mas a de várias gerações diferentes que compõem a população de onde se
tiram as TEMs. Pode-se também considerar a tabela de sobrevivência assim gerada como representando,
a qualquer momento, uma população se de pensar na situação hipotética em que se tenha,
indefinidamente, um número constante de nascimentos por unidade de tempo, e em que todas estas
diferentes gerações sejam sempre submetidas a mesma experiência de mortalidade, dada pelo conjunto de
TEMs. Neste caso, esta população terá, em cada unidade de tempo, número de nascimentos igual ao
número de óbitos, e é chamada de população estacionária.
Ao se gerar tabelas de sobrevivência obtêm-se esperanças de vida, que permitem comparar níveis de
mortalidade entre populações diferentes. Na realidade, as esperanças de vida, ao contrário da TBM, não
dependem da estrutura etária das populações reais em estudo, mas apenas de sua mortalidade.
NATALIDADE E FECUNDIDADE
A natalidade refere-se a relação entre nascimentos vivos e população total. A fecundidade refere-se a
relação entre nascimentos vivos e mulheres em idade reprodutiva. Ademais, não se deve confundir
fecundidade com fertilidade. Esta diz respeito ao potencial reprodutivo das mulheres, enquanto aquela é o
resultado concreto da capacidade reprodutiva. Quanto maior o controle exercido pelas mulheres sobre o
tamanho de sua prole maior será a distância entre a fertilidade e a fecundidade. No entanto, mesmo numa
situação com ausência de controle deliberado do número de filhos, o nível de fecundidade de uma
população real será menor do que o da fertilidade. Início e frequência das relações sexuais e perdas fetais
são alguns exemplos de factores que tornam os níveis divergentes.
A transição da fecundidade foi objecto de vários estudos que identificaram, entre os determinantes
socioeconómicos mais relevantes da mudança, a educação e o acesso a meios de comunicação de massa
(WONG, 1998). Do que se conhece como variáveis intermediárias, o uso de métodos de anti concepção
teria sido a mais relevante no processo de queda da fecundidade
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Tal como no caso da TBM, ao se calcular a TBN adopta-se no denominador a população total no meio do
ano, como uma aproximação do número de pessoas-ano. Podemos determinar a TBN por sexo,
relacionando os respectivos números de nascimento e população.
A TBN depende da maior ou menor intensidade com que as mulheres têm filhos a cada idade, do número
das mulheres em idade fértil, como proporção da população total, e da distribuição etária relativa das
mulheres dentro do período reprodutivo. Portanto, não é um bom indicador para se analisar diferenciais
de níveis de fecundidade entre populações.
Diferentemente da TBM, a TBN não é medida de risco, pois nem todas as pessoas incluídas no
denominador estão sujeitas a se tornarem pais ou mães no ano em questão. Neste campo, a medida de
risco é dada pelas taxas de fecundidade.
Nj
TFG j= onde 35 Q15 ,f , j é o número de mulheres de 15 a 49 anos. A idade 15 corresponde ao
35 Q15 ,f , j
limite inferior do intervalo de idade e 35 a amplitude do intervalo.
A TFG depende da maior ou menor intensidade (risco) com que as mulheres têm filhos a cada idade,
assim como da distribuição etária proporcional das mulheres dentro do intervalo de 15 a 49 anos de idade.
Analogamente a TBN, a TFG não é uma boa medida para se comparar diferenciais de níveis de
fecundidade entre populações cujas distribuições etárias das mulheres em idade fértil sejam diferentes.
N x, j
TEF x , j =
Q x ,f , j
Quando não houver nenhuma outra qualificação, incluem-se no numerador da TEF todos os nascimentos
provenientes de todas as mulheres do grupo etário pertinente, assim como no denominador todas as
mulheres do mesmo grupo. Com as necessárias adequações no numerador e/ou no denominador, pode-se
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obter TEFs mais refinadas. Assim, podemos ter: taxa específica por idade e estado conjugal, por sexo, por
ordem de nascimento etc.
Até o momento nos referimos à fecundidade, sempre em relação a população feminina em idade fértil.
Conceitualmente, não seria difícil considerar a fecundidade em relação à população masculina. No
entanto, devido ao fato de ser bem mais longo o período fértil masculino, bem mais indefinido o limite
superior deste período e pela menor certeza sobre a paternidade da criança, usualmente as taxas de
fecundidade referem-se a população feminina de risco. Ainda que se possa obter TEFs por idade
individual das mulheres, o mais comum é calculá-las ou estimá-las por grupos etários quinquenais,
iniciando em 15-19 e terminando em 45-49 anos.
A TFT corresponde ao número médio de filhos que uma mulher teria ao terminar o período reprodutivo.
Como a TEF refere-se ao número médio de filhos que uma mulher de uma determinada idade teria em um
ano, vê-se que a TFT depende do conjunto de TEFs:
Multiplica-se o somatório das TEFs por n (amplitude do intervalo de idade) porque a TEF corresponde
aos nascimentos por mulher durante 1 ano e cada mulher vive dentro de cada intervalo n anos. Se os
grupos etários das mulheres forem quinquenais, a TFT será representada por:
A TFT, em um determinado ano j, de uma população em que a fecundidade manteve-se constante pelo
menos nos últimos 35 anos e que não se modificará no futuro, corresponderá também a TFT a ser
concretamente experimentada por qualquer das gerações de mulheres que compõem a população feminina
em idade fértil no ano j. Se a fecundidade não for constante, a TFT do ano j será diferente daquelas das
gerações componentes.
Neste caso, interpretamos a TFT do ano j como o número médio de filhos nascidos vivos por mulher de
uma geração hipotética que, ao atravessar todo o período reprodutivo, vivenciasse o conjunto das TEFs
observadas no ano j. Na TFT não são levadas em consideração aquelas mulheres que falecem antes do
término do período reprodutivo, nem os filhos que porventura tenham tido.
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Um aspecto a se chamar a atenção quanto a TFT é que ela não é influenciada pela distribuição etária das
mulheres da população a qual se refere, pois a TFT é construída a partir das TEFs, que correspondem as
médias de nascimentos vivos por mulher nos diversos grupos etários. As TFTs de diferentes populações
podem ser usadas para comparação de níveis de fecundidade, pois dependem apenas das TEFs e não
dependem das distribuições etárias concretas.
A composição da população por idade e sexo, apesar de ser incluída entre os aspectos estáticos da
população, na realidade é reflexo da historia da dinâmica populacional, desde um passado relativamente
longínquo. O número de pessoas de uma população fechada, em uma determinada idade x, é a resultante
do número de nascimentos que ocorreram x anos atrás e dos níveis de mortalidade aos quais estes
indivíduos estiveram sujeitos desde que nasceram.
Assim, o número de mulheres com 35 anos de uma população fechada, onde houvesse ocorrido um censo
em 1° de julho de 1980, dependerá do número de meninas nascidas ente 1° de julho de 1944 e 1° de julho
de 1945 e das mortes que ocorreram entre elas desde o nascimento até 1° de julho de 1980, data de
referência do censo. Por sua vez, o número de Filhos sobreviventes dessas mulheres na data do censo de
1980, que farão parte da população de 0 a 19 anos, dependerá da fecundidade experimentada por essas
mulheres desde que entraram no período reprodutivo e da mortalidade diferencial por idade, de 0 a 19
anos, a que estiveram sujeitos os seus filhos desde o nascimento até a data do recenseamento.
Uma forma bastante ilustrativa de representar a estrutura da população por idade e sexo é através da
pirâmide etária. O eixo horizontal de uma pirâmide etária representa o número absoluto ou a proporção da
população, enquanto o eixo vertical representa os grupos etários. O lado direito do eixo horizontal é
destinado a representação do contingente ou proporção de mulheres e o esquerdo, dos homens. Quando se
tratar de proporções, ao invés de numero absolutos, deve-se tomar como base o total da população e não o
total de cada sexo.
O nome pirâmide vem da configuração piramidal da distribuição etária típica de regiões que vivenciaram
alta fecundidade no passados6. Quando tem base larga e ápice estreito, a pirâmide retrata uma população
bastante jovem. Na medida em que a fecundidade declina, menos crianças nascem e a base da pirâmide
vai se estreitando, com uma tendência a forma retangular característica de uma população envelhecida.
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Em casos extremos, pode tomar uma forma "bojuda", com bases mais estreitas do que as partes
imediatamente superiores.
REPRODUÇÃO
No estudo da reprodução, com o sentido de reposição, compara-se o tamanho da geração das filhas com o
da geração de mulheres a qual pertencem as mães, ou da geração dos filhos com o da geração dos homens
a qual pertencem os pais. Como já foi visto, por razões práticas, usualmente trabalhasse apenas com o
sexo feminino.
A TFT pode ser interpretada como a relação entre o total de filhos nascidos vivos de mães sobreviventes
no final do período reprodutivo e o tamanho, neste mesmo momento, da geração de mulheres a qual
pertencem suas mães. Entretanto, dentro da nossa conceituação, ela não seria propriamente uma medida
de reprodução, uma vez que nelas estão incluídos nascimentos de crianças do sexo masculino.
Uma medida semelhante a TFT, e que apreende o conceito de reprodução, é a TBR. Ela corresponde ao
número médio de filhas nascidas vivas de mulheres sobreviventes no final do período reprodutivo,
mulheres essas pertencentes a uma geração que experimente um determinado conjunto de TEFs. Neste
caso, as TEFs referem-se apenas aos nascimentos de crianças do sexo feminino (TEFsf).
Quando não há dados de nascimentos separados por sexo, lança-se mão de estimativas da Razão de Sexo
ao Nascer (RSN), que corresponde ao quociente entre o número de nascimentos de crianças do sexo
masculino e do sexo feminino. Este índice é sempre muito estável dentro da mesma população, e
normalmente varia entre 1,02 e 1,06.
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TRB=n ∑ TEF x , f = n ∑ TEF x = TRF
x 1=RSN x 1+ RSN
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Uma TBR maior do que a unidade não significa que necessariamente a geração das filhas seja maior do
que a geração de mulheres a qual pertencem as mães, porque, na TBR são incluídas apenas as mulheres
que sobrevivem ao final do período reprodutivo.
A TLR leva em consideração a mortalidade feminina, pois relaciona com o tamanho inicial da geração
das mães (idade zero) o número de filhas nascidas vivas de uma geração de mulheres submetida a um
determinado conjunto de TEFsf, e de TEMsf, (Taxas Específicas de Mortalidade Feminina).
Suponha-se uma primeira geração constituída de to meninas nascidas no mesmo momento (tamanho
inicial) e que até alcançar a idade de 50 anos experimentasse um conjunto de TEMs e um conjunto de
TEFs. Ao final do período reprodutivo, o número de nascidas vivas, filhas das mulheres da primeira
geração, vai depender do número de mulheres-ano da primeira geração em cada grupo etário do período
reprodutivo, e das TEFsf nesses grupos de idade. O número de mulheres-ano, dado pelos nLx, f da tabela
de sobrevivência, dependerá das TEMsf entre o nascimento e a idade x+n. Por exemplo, o número de
meninas nascidas de mães da primeira geração entre as idade 20 e 24 será dado por 50L20, f . 5TEF20, f.
Ao se dividir o total de filhas nascidas vivas, componentes da segunda geração, pelo tamanho inicial da
primeira (geração das mães) se terá o grau de reposição de uma geração pela outra. Pode-se representar a
TLR por:
n Lx , f .n TEF x, f
TRL=∑
x 10 , f
Caso existam as informações sobre as TEMs e TEFs experimentadas por uma coorte real de mulheres, se
terá a TLR de uma coorte real. Se a TLR for calculada a partir de TEMs e TEFs de um determinado ano,
corresponderá a TLR de uma geração hipotética de mulheres submetidas a estas taxas.
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Migração
Segundo WELTI (1998), Historicamente, a migração tem tido uma posição secundária nos estudos
demográficos. isso pode ser explicado por diversos motivos: (a) factores de ordem conceitual, referindo à
dificuldade de incluí-la dentro de relações analíticas e teóricas similares àquelas geradas para outros
componentes demográficos; (b) dificuldades metodológicas para definir, medir, projectar e obter
informações confiáveis sobre os processos migratórios; e (c) a despreocupação de certas escolas da
Demografia com os movimentos populacionais.
Entretanto, a migração ainda é um componente que pode influir na estrutura, dinâmica e tamanho da
população em níveis não desprezíveis, embora a suposição de população fechada seja capaz de simplificar
os cálculos demográficos. Os fluxos migratórios são capazes de alterar significativamente o padrão e o
nível da fecundidade e da mortalidade de uma região. Ressalta-se, ainda, que a migração é um fenómeno
essencialmente social, e que é determinado pela estrutura cultural, social e económica da região em que
ocorre (WELTI, 1998).
Um outro fenómeno que é importante ressaltar é o que Martine (1994) denominou de periferização das
metrópoles, que corresponde à tendência de redução do ritmo de crescimento dos núcleos metropolitanos,
mantendo-se, apesar disto, o crescimento das regiões periféricas a este núcleo. A competição desigual
pelo espaço urbano tem expulsado os estratos populacionais menos favorecidos, sejam eles migrantes ou
não, para as áreas e municípios periféricos das regiões metropolitanas.
SALDO MIGRATÓRIO
“O saldo migratório constitui, para determinado período, o resultado da diferença entre imigrantes e
emigrantes de data fixa2, e leva em consideração os efeitos indirectos do fluxo.” (Carvalho e Garcia,
2002). O saldo migratório é, portanto, uma medida absoluta e, quando obtido por técnicas indirectas, é
dado pela relação:
SM j ,n =P ob
j,n j,n
−Pesp
onde:
SM j ,n =¿ saldo migratório, em uma dada região j, no período compreendido entre o ano 0 e o ano n;
Pobj,n=¿população observada no ano n e na região j. Esta população é aquela enumerada pelo Censo
realizado no ano n;
j ,n
Pesp =¿população esperada (fechada) estimada para o ano n e na região j.
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TAXA LÍQUIDA DE MIGRAÇÃO
A taxa líquida de migração é uma medida relativa e pode ser calculada de duas formas, dependendo do
denominador da razão. Se a taxa líquida de migração for baseada na população esperada, ela
“corresponde à proporção em que a população fechada foi acrescida, se positiva, ou diminuída, se
negativa, como consequência dos fluxos migratórios do período” (Carvalho e Garcia, 2002).
Formalmente, essa relação é dada pela razão:
j ,n SM j , n
TLM esp = j ,n
P esp
No caso do uso da população observada como denominador da razão, a taxa líquida de migração é “[...] a
proporção da população observada no segundo censo resultante do processo migratório, quando a taxa for
positiva, e a proporção em que a população seria acrescida na ausência de migração, se negativa”
(Carvalho e Rigotti, 1998). Neste caso, a relação é dada por:
j ,n SM j , n
TLM obs = j ,n
P obs
Uma pirâmide etária de base larga e estreita na parte superior indica uma população jovem. O exame de
pirâmides etárias em determinados momentos no tempo nos fornece importantes informações sobre a
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dinâmica da população observada. Considerando uma população fechada, o estreitamento da base da
pirâmide é característico de uma população cuja fecundidade está declinando e, juntamente com a
tendência a uma forma rectangular, indica o envelhecimento daquela população.
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Conclusão
A importância do estudo da demografia consiste no fato da população ser um elemento político essencial
que caracteriza uma sociedade e que, consequentemente, tornam-se necessários compreender a fim de
tornar possível o planejamento económico, social, cultural ou político . A Demografia é uma ciência que
tem por finalidade o estudo de populações humanas, enfocando aspectos tais como sua evolução no
tempo, seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e características gerais.
Para Hakkert (1996), entre as várias aplicações práticas da Demografia, ressaltam-se os fins de
planejamento, de diagnóstico, de avaliação de programas e estudos socioeconómicos em geral. Faz-se
necessário projectar o número de idosos, de crianças matriculadas na escola, de jovens que ingressarão no
mercado de trabalho, de desempregados, bem como os níveis de mortalidade e morbidade. também é
estudada a inter-relação entre as variáveis da análise estática e da dinâmica demográfica.
Pelo exposto, a Demografia trata dos aspectos estáticos de uma população num determinado momento
tamanho e composição -, assim como também da sua evolução no tempo e da inter-relação dinâmica entre
as variáveis demográficas. Numa análise estrutural da população, o total populacional é decomposto em
subpopulações formadas pelas categorias da variável em estudo. A importância de uma análise estrutural
da população está na inter-relação entre a estrutura estatística e a dinâmica da população. Nascimentos,
óbitos e migrações não ocorrem igualmente em pessoas de qualquer idade e sexo. Por exemplo, nascidos
vivos de mulheres entre 18 a 35 anos são mais comuns; migração atinge mais fortemente os jovens; óbitos
tendem a se concentrar entre idosos e recém-nascidos. Assim, uma população com um número
relativamente alto de idosos, pode ter uma elevada ocorrência de óbitos (nível alto de mortalidade),
mesmo em países desenvolvidos. Portanto, a ocorrência de óbitos, nascimentos e migrações dependem da
estrutura da população por sexo e idade.
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Referencias Bibliográficas
CÉZAR A. Cerqueira e GUSTAVO H. N. Givisiez, Conceitos básicos em Demografia e dinâmica
demográfica brasileira, Parte 1 Belo Horizonte: Cedeplar/UFMG, 1994.
MATUDA Nivea da Silva, Introdução A Demografia, Departamento de Estatística - UFPR, 2009
CARVALHO, J. A. M., SAWYER Diana Oya, RODRIGUES R. do Nascimento, Introdução Alguns
Conceitos Básicos E Medidas Em Demografia. 2a edição 1998.
CENSO DEMOGRÁFICO: dados gerais, migração, fecundidade, mortalidade Rio Grande do Sul. Rio de
Janeiro: IBGE, 1982. (IX Recenseamento Geral do Brasil, 1980, v. 1, t. 4, n. 22).
Internet
Sites e documentos acessados por pesquisa de Google.com
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