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Ali José dos Santos Caetano

Fabião Zefanias Massango

Squevia

Evolução do Recenseamento Geral da População e e Habitação

Licenciatura em Planeamento e Ordenamento Territorial (L)

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
Ali José dos Santos Caetano

Fabião Zefanias Massango

Squevia

Evolução do Recenseamento Geral da População e Habitação

Trabalho de pesquisa científica a ser


apresentada ao Departamento do Ambiente e
Desenvolvimento, na Faculdade de Ciências
de Terra e Ambiente, na disciplina de
Geografia da População e Povoamentos

Docente: Dr. Manuel Rebelo

Faculdade de Ciências da Terra e Ambiente

Maputo

2022
Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Objectivos....................................................................................................................................5
Objectivo Geral.........................................................................................................................5
Objectivos Específicos..............................................................................................................5
Metodologia.................................................................................................................................5
Conceitos Básicos.........................................................................................................................6
Principais Indicadores Demográficos............................................................................................7
5.1. Constituem os principais Indicadores demográficos de Moçambique os seguintes:.........8
Evolução Histórica do Recenseamento a Nível Mundial..............................................................8
6.1. Na idade Media, na Europa, houve diversos recenseamentos:.........................................9
Evolução Histórica do Recenseamento a Nível Nacional..............................................................9
7.1. Período Pré -independência..................................................................................................9
Os recenseamentos da população de Lourenço Marques (1847)............................................9
Período Pós-independência.......................................................................................................10
I Recenseamento geral de 1980.............................................................................................10
Recenseamento geral de 1990 (I.D.M)...................................................................................10
II Recenseamento Geral da População e Habitação (1997)....................................................10
III Recenseamento geral da população de 2007.....................................................................12
IV Recenseamento geral de 2017...........................................................................................12
Conclusão...................................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas..........................................................................................................14
Introdução
Objectivos
Objectivo Geral
 Compreender a dinâmica da Evolução do Recenseamento Geral da
População e Habitação.

Objectivos Específicos
 Conceituar os termos básicos;
 Apresentar os principais indicadores demográficos;
 Descrever a evolução histórica do recenseamento a nível mundial;
 Descrever o processo de evolução a nível nacional.

Metodologia
Segundo Lakatos (1992:43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal
com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui
no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
Para a realização do estudo, baseou-se em referências bibliográficas, que é importante
para obter uma ideia precisa sobre os conhecimentos sobre um dado tema, as suas
lacunas e a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento.

Conceitos Básicos
Censo- A palavra Censo deriva do Latim Census que significa Conjunto de dados
estatísticos dos Habitantes de uma cidade, Província, Estado ou Nação.

Estudo de uma região determinada que tem como resultado a enumeração de toda a
população e suas características demográficas, social e económica em um dado
momento. E um censo e uma colecção de dados relativos a todos os elementos de uma
população.

Recenseamento

Segundo a definição da ONU “ um recenseamento da população e definido como um


conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados
demográficos, económicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos
perdidos de uns pais ou território”

Demografia: do grego demos (população) + graphie (estudo). Estudo científico das


populações humanas incluindo seu tamanho, composição, distribuição, densidade,
crescimento e outras características demográficas e socioeconómicas, bem como as
causas e consequências das mudanças experimentadas por esses factores ou seja e o
estudo do tamanho, da distribuição territorial e da composição da população, das mudanças

População

De acordo com Michaelis população trata de todos indivíduos que habitam uma
localidade um território um pais, o mundo. Ou seja e um conjunto de organismos da
mesma espécie que juntos formam uma categoria.

Agregado Familiar – entende-se como, todo grupo de pessoas ligadas ou não por laços
de parentesco, que vivem na mesma habitação e compartilham as despesas da casa.

Convivência ou Habitação Colectiva é um estabelecimento onde vivem pessoas,


temporária ou permanentemente, que não constituem família ou agregado familiar,
compartilhando as refeições e que estejam Sujeitas a um interesse ou regime comum

Estado Civil é a Situação da pessoa, de acordo com as leis, usos e costumes, face ao
casamento ou vivência marital

Deficiência define-se como qualquer perda ou anomalia de um órgão ou da função


própria deste Exemplos cegueira, surdez, mudez, atraso mental, Invalidez dos braços ou
pernas

Analfabetismo, refere-se a se a pessoa sabe ler e escrever Na respectiva pergunta do


Boletim foram consideradas três alternativas Sabe ler e escrever, Só sabe ler, Não sabe
ler nem escrever.

Força de Trabalho considera toda a população empregada e desempregada, incluindo


aqueles que procuram emprego pela primeira vez.

Principais Indicadores Demográficos


O tamanho da população depende mais da mortalidade do que da fecundidade ou da
migração. Todas as pessoas estão sujeitas a morte, mas a idade em que ocorre tem fortes
consequências no tamanho e na estrutura da população. A probabilidade de morrer
cresce com a idade, excepto durante o primeiro ano de vida, quando a probabilidade de
morrer é alta nos primeiros instantes da vida e vai declinando até a criança atingir um
ano de idade. Os homens têm, em todas as idades, uma probabilidade de morrer maior
comparada com a das mulheres. O número de ocorrências de óbitos em uma população
depende da probabilidade de morrer, que varia por sexo e por idade; portanto, o número
de ocorrências de óbitos também depende da estrutura da população por sexo e idade.

5.1. Constituem os principais Indicadores demográficos de


Moçambique os seguintes:
Fecundidade é estudo que relaciona a ocorrência de crianças nascidas vivas com a
população feminina em idade reprodutiva (convencionou-se considerar como idade
reprodutiva da mulher a faixa de 15 a 49 anos de idade). Poderia ser definida a
fecundidade masculina, porém determinar a idade reprodutiva entre os homens é mais
difícil e o reconhecimento da paternidade é mais complicado do que o da maternidade.
Um conceito distinto é o de fertilidade que refere-se ao potencial reprodutivo, ou seja,
capacidade fisiológica para conceber ( fecundity em inglês); enquanto que o termo
fecundidade é usado para indicar o desempenho reprodutivo de uma pessoa ou um
grupo de pessoas (fertility em inglês).

Mortalidade é um componente importante do crescimento populacional. Por outro


lado, a mortalidade é um fenómeno natural e biológico, que está sujeito a intervenção
humana. Factores como estilo de vida (nutrição, hábitos de fumar, prática de actividades
físicas, etc.), grau de desenvolvimento da medicina, melhorias nas condições
trabalhistas e sociais, nível de poluição ambiental e ocorrência de guerras e epidemias,
têm um forte impacto sobre o nível de mortalidade. Como a mortalidade é um fenómeno
biológico e cultural simultaneamente, o nível de mortalidade expressa o estado
socioeconómico e demográfico da população. Falecimentos como componentes das
mudanças populacionais

Migração: movimento de pessoas através de uma divisão política para estabelecer uma
nova residência permanente. Divide-se em migração internacional (entre países) e
migração interna (dentro de um país).

Evolução Histórica do Recenseamento a Nível Mundial


A história dos Censos remota aos tempos antigos, e o mais remoto deles, que se tem
noticia, E o da China. Em 2238 a.C., o imperador Yao, mandou realizar um censo da
população e das lavouras cultivadas. Há também registos de um censo realizado nos
tempos do Moises, a cerca de 1700 A.C, e de que os Egípcios faziam recenseamento
anualmente, no século XVI antes do Cristo.

Os Romanos e o Gregos realizaram censo por volta dos século VIII a século IV. Em 578
a 534 A:C, o Imperador Servo Túlio mandou realizar um censo da população e riqueza
que serviu para estabelecer o recrutamento para o exercito, para o exercícios dos direitos
políticos e para o pagamento de impostos. Os Romanos fizeram 72 Censos entro 555
a.C. e 72 D.C.

Como se pode verificar, a função primordial, naquela Época era conhecer os


quantitativos de população para fazer a Guerra e cobrar os Impostos. A punição para
quem não respondia geralmente era a Morte.

6.1. Na idade Media, na Europa, houve diversos recenseamentos:


Na península Ibérica durante a dominação Muçulmana (Século VII a XV). No reinado
do Carlos Magno (712-814); e ainda o Doomaday Book, que é o maior registo
estatístico feito na época, na Inglaterra, por ordem do Guilherme, o Conquistador. E nas
repúblicas Italianas nos Séculos XII e XIII, nas Américas, muito antes do Cristóvão
colombo, os Incas já tinha um registo numérico de dados da população em quipus, um
engenhoso sistema de cordas com nôs que representava números no sistema decimal.

Assim pode se verificar que desde Épocas remotas os governos se preocupam em


realizar Censos.

Evolução Histórica do Recenseamento a Nível Nacional


Os dados demográficos disponíveis permitem-nos descrever a evolução histórica da
População de um determinado Lugar.

7.1. Período Pré -independência


Os recenseamentos da população de Lourenço Marques (1847)
Deixando de lado o mapa populacional mandado executar em 1847 pelo governador
Abreu Lima e a estatística da população de Lourenço Marques de 1 de Julho de 1867, o
primeiro recenseamento digno desse nome foi feito em 1894. Trata-se de um registo
manuscrito de toda a população de Lourenço Marques, feito de casa em casa e por rua.
Carlos dos Santos Reis fez um estudo detalhado deste censo em 1973. Outros
levantamentos demográficos foram levados a cabo durante o regime monárquico e
durante a I República em Portugal. Todos eles se limitaram à zona estritamente urbana
do burgo e recenseavam nos mesmos cadernos prelos, brancos e asiáticos. Foi a partir
do Estado Novo que, e até 1940, se passaram a fazer recenseamentos para africanos
(1930 e 1940) e recenseamentos para não africanos (192~ ~ 1935). A partir de 1940, e
até ao fim do período colonial, nos recenseamentos gerais da população (1950, 1960 e
1970) recenseava-se separadamente a população indígena e a população não indígena,
dita civilizada. A população de Lourenço Marques no censo de 1960 é referida ao
concelho, zona administrativa que entretanto aumentara. Em 1970, a àrea urbana incluía
(desde 1964) o ex-Posto de Benfica

Período Pós-independência
I Recenseamento geral de 1980
De acordo com os dados do recenseamento geral da população de 1983, 1-15 de agosto de 1980
foi realizado o 1º (primeiro) recenseamento geral da população em Moçambique, onde foram
recolhidos resultados que indicavam de que havia cerca de 12.130.000 habitantes. Com base
neste recenseamento a evolução histórica que desenvolveu se durante o período de 1950-1980,
as suas perspectivas de câmbio nesta base a população moçambicana levaria 2anos a duplicar se
atingindo em 2005 o número de 25.000.000nde habitantes. Nesta população havia 5.270.484
Homens e 6.004.241mulheres.

Recenseamento geral de 1990 (I.D.M)


O censo populacional previsto para 1990 não se realizou, por causa do conflito armado
que assolava o País na altura. Porém, como forma de minimizar a falta de informação
censual, o Governo decidiu realizar em Outubro de 1991 o Inquérito Demográfico
Nacional (IDN). Este inquérito foi concebido segundo um marco amostral adaptado às
circunstâncias político-militares difíceis em que se encontrava o país. Para esse ano
estimou-se uma população total de 14.4 milhões de habitantes.

II Recenseamento Geral da População e Habitação (1997)


Contudo, em Agosto de 1997, um mês depois de ter terminado a recolha dos dados para
o IDS, realizou-se o II Recenseamento Geral da População e Habitação do período pós-
Independência. De acordo com os dados preliminares deste, a população actual de
Moçambique era de 15.7 milhões de habitantes (INE, 1997). Este recenseamento, teve
uma cobertura censual de aproximadamente 95 %, realizou-se num ambiente político e
social de paz, pois teve lugar cerca de três anos depois das primeiras eleições gerais e
multipartidárias de 1994.

Esta evolução do tamanho da população de Moçambique sugeria, por um lado, que a


mesma duplicou, em relação a 1950, por volta na década de 80. Actualmente
Moçambique ocupava o terceiro lugar entre os países mais populosos da África Austral;
o primeiro é a África do Sul com 40.6 milhões e o segundo a Tanzânia com 29,2
milhões (PNUD, 1997: 194-195).

Por outro lado, entre 1950 e 1980, a taxa de crescimento passou de 1.5 % no período
1950-1955, para 1.8 % em 1960, 2.3 % em 1970, e 2.7 % em 1980. Sendo assim, a taxa
de crescimento demográfica atingiu na década de 80 o nível mais elevado na história da
população moçambicana das últimas cinco décadas e, talvez mesmo, em todo o século
XX.

O rápido crescimento populacional foi causado pelas elevadas taxas de natalidade numa
altura em que a mortalidade começou a diminuir. Durante as décadas de 50 e 60 a taxa
de natalidade manteve-se quase constante e a níveis elevados, na ordem dos 49
nascimentos por mil habitantes. Esta taxa sofreu ligeiras alterações ao reduzir
sucessivamente para 48 por mil em 1970, 47 em 1980 e 45 por mil em 1990. Em
contrapartida, no mesmo período a taxa de mortalidade observou um significativo
declínio. Em 1950 registaram-se 32 óbitos em cada mil habitantes, tendo reduzido para
20 em 1990. O maior declínio da mortalidade, principalmente a infantil, registou-se nos
primeiros cinco anos da Independência Nacional (1975-1980), como resultado das
melhorias das condições de saúde, educação e habitação, entre outras.

Porém, o mais surpreendente na evolução da população mais recente não é tanto a


aceleração da taxa de crescimento entre 1950 e 1980, visto esta ser previsível desde que
a diminuição da mortalidade iniciou sem ser acompanhada por uma redução similar da
fecundidade. O mais surpreendente foram os fenómenos dramáticos entre 1980 e 1997,
os quais certamente contêm a resposta para a compreensão do tamanho da população de
Moçambique significativamente abaixo de todas as estimativas e projecções que se
fizeram.
Tanto o INE como algumas instituições internacionais projectaram que a população
moçambicana deveria rondar presentemente pelos 18 milhões de habitantes. No
presente momento, os dados mais detalhados do censo de 1997 ainda não estão
disponíveis. Em particular, desconhecem-se as taxas de crescimento natural da
população, bem como os saldos migratórios; sem estes dados, não é possível interpretar
e avaliar os componentes de mudança da população, nomeadamente a mortalidade,
natalidade e o movimento migratório.

III Recenseamento geral da população de 2007


De acordo com estes dados a população Moçambicana era de 20.632.434 habitantes distribuídos
pelo pai de forma irregular

IV Recenseamento geral de 2017


Segundo os resultados definidos do censo 2017 a população recenseada em Moçambique foi de
26.899.105 habitantes, mostrou também que cerca de 32.6% da população residia nas áreas
urbanas e 64.4% nas áreas rurais. De 2007 a 2017 a população aumentou de 6.266.671
habitantes, o que representa o crescimento populacional de 30.4%, sendo que 48.1% das
habitantes são do sexo masculino e 51.9% do sexo feminino.

Quanto a distribuição da população por província por percentagem destacam, destacam se a


província de Nampula e Zambézia como as mais populosas do pais com 20.6% e 18.3%
respectivamente, perfazendo 39.1% da população do pais, em seguida tem as províncias de Tete
e 9.5%, Cabo delgado 8.5% e Sofala 8.1%. A Cidade de Maputo e a menos populosa com 4.0%.
Em geral a população moçambicana jovem, pois cerca de 46.6% desta tem menos de 15 anos de
idade e demais mediana e de 16.6 anos. Por outro lado a população com idade igual ou superior
a 65anos corresponde a 3.3%. A razão de dependência indica a relação entre a população
dependente emocionalmente (0 a 14 anos e 65 anos ou mais e a população activa dos 15 a 65
anos). Em Moçambique para cada 100pessoas activas, existe cerca de 99.6 pessoas
potencialmente inactivas, sendo maior pate na área rural do que na área Urbana, com 111 e 80
responsavelmente. De acordo com censo 2017 a maior parte da população moçambicana 99,9%
vive em habitações particulares, tanto na área urbana 99.93% como a rural 99.94%. No entanto
0,04% da população na tem habitação, e 0,03% esta em habitação colectiva. Num total de
16.261.208 menores de idade foram registados 10.290.430 que corresponde a 72,2% não
existido diferenças percentuais referentes ao sexo. Percentagem das pessoas com deficiência
pessoal de 2.3% em 2007, em 2017, por sexo e maior nos Homens 2,9% em comparação as
mulheres 2.5%
Conclusão
Referencias Bibliográficas
RIPSA – Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde
no Brasil: conceitos e aplicações. OPAS, Brasília, 2008

Aurélio R, Lourenço Marques: raça e classe na formação da classe trabalhadora do


sector ferro-portuáriO, Maputo, faculdade de Letras da Universidade Eduardo
Mondlane, 1982.

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