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Escola Secundária de Vila Real de Santo António.

Ano Letivo: 2016/2017

Estado Novo:
Contexto, teorias e práticas

Disciplina de
História A
Trabalho realizado por:
Alícia Silva, nº1
Bárbara Barão, nº2
Cátia Pereira, nº4
Diana Brito, nº5 12ºH Novembro, 2016
Índice
I- Nascimento do Estado Novo
1.1 - Falência da 1ºRepública - 9
1.2 – Ditadura militar - 13
1.2.1– Ascenção de Salazar ao governo - 15
1.3 – Instituições base do Estado Novo - 17
1.3.1 – Constituição de 1933 - 17

II- Ideais do Estado Novo


2.1- Conservadorismo - 19
2.2 – Nacionalismo - 28
2.3 – A recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo - 31
2.4 – Corporativismo - 34
Índice
III – Práticas
3.1 - Enquadramento de massas - 38
3.2 - Aparelho repressivo do Estado – 47
3.2.1 – Álvaro Cunhal - 50
3.3 – Política de Espírito - 52
3.4 – Política colonial - 61

IV – Personagens relevantes do Estado Novo


4.1- António de Oliveira Salazar - 63
4.2 – António Ferro - 65
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de história A, solicitado pela professora Ana Paula
Chagas. Ao longo deste trabalho vamos desenvolver o tema “Estado Novo- contexto, teoria e práticas”
Para a melhor compreensão do trabalho, propusemos uma questão orientadora que nos irá ajudar na
conclusão do trabalho.
A questão orientadora do trabalho (que iremos apresentar na conclusão) é: “Quais as semelhanças
existentes entre o Estado Novo e o Fascismo Italiano?”
Em primeiro lugar, iremos falar da falência da primeira República e da Ditadura Militar, isto como
forma de compreendermos como se deu a formação de Estado Novo. Ainda dentro deste tópico, iremos
falar acerca da ascensão do Salazar ao Governo e da Constituição que marcou o início do Estado Novo.
Consideramos que estes sejam aspetos bastante importantes para o entendimento do assunto.
Introdução
Em segundo lugar, iremos abordar os ideais do Estado Novo, tais como o conservadorismo, o
nacionalismo e o corporativismo. Dentro do conservadorismo, iremos analisar o caráter tradicionalista de
Salazar e as mudanças ocorridas segundo esses ideal: a negação do mundo urbano e o gosto pelo mundo
rural; o novo papel da mulher do ponto vista económico social, político e cultural; a proteção da religião
católica.
Já no que diz respeito ao nacionalismo, vamos mostrar como Salazar exaltou os valores nacionais, a
criação da união entre todos os portugueses. Tudo com o objetivo de tornar os portugueses um povo de
heróis, dotado na grandeza e orgulho do passado glorioso de Portugal.
Ainda neste ponto iremos falar da recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo. Neste
ponto, falaremos da forma como o Estado Novo afirmou-se como antiliberal, antidemocrático e
antiparlamentar, uma vez que recusa a liberdade individual e a soberania popular, a valorização do poder
executivo que, segundo Salazar, era a garantia de um Estado forte e autoritário.
Introdução
Para terminar este segundo ponto, o corporativismo serviu como modelo da organização económica,
social e política. Contribuiu para o fortalecimento do Estado, devido às oposições das lutas de classes
socialistas e marxistas.
Em terceiro lugar vamos centrar-nos nas práticas de Salazar, nomeadamente o enquadramento de
massas, o aparelho repressivo do Estado, a política de espírito e, por fim, a política colonial.
No que diz respeito ao enquadramento de massas, o Estado Novo enquadrou os indivíduos e os grupos
em organizações (que iremos referir ao longo do trabalho). Para juntar as massas com os princípios do
Estado Novo fizeram várias manifestações que promoviam o culto de Salazar. No que diz respeito às
manifestações, ao longo do trabalho, iremos analisá-las de uma forma mais profunda.
No seguimento das práticas utilizadas no Estado novo, temos a presença de o aparelho repressivo do
Estado que se afirmava como unitário, corporativo, antidemocrático, nacionalista e conservador. Vamos
mostrar como este controlava a sociedade, a economia, a vida cultural e política, recorrendo à
propaganda e à repressão policial.
Introdução
Posteriormente iremos analisar a política de espírito, esta pretendia motivar psicologicamente o povo, teve
um papel bastante ativo e serviu para a divulgação do ideário nacionalista e na padronização da cultura e
das artes do regime.
Por fim, na política colonial, teve importância na pasta das colónias de Salazar que imprimiu um cunho
indestrutível à sua política.
Já na parte final do nosso trabalho, iremos apresentar duas biografias acerca de António Oliveira Salazar e
de António Ferro. Considerámos falar destas duas personalidades, uma vez que tiveram um papel
extremamente importante no Estado Novo. Salazar por ser o líder máximo do Estado Novo e António Ferro,
por ser das personagens mais importantes na “política de espírito”.
Seguidamente iremos apresentar vários anexos, nomeadamente citações ditas por Salazar, imagens deste
enquanto mais novo, documentos, páginas de jornais do tempo do Estado Novo, e mais.
Para além disso, iremos dar algumas sugestões de leitura, apresentaremos, inclusive, links de alguns
documentários, que nos fazem entender Salazar e o Estado novo de uma forma mais aprofundada.
Introdução
Iremos terminar o nosso trabalho com a conclusão, onde iremos apresentar um breve resumo de todo o
trabalho e responder à questão orientadora, esta vai nos dar respostas acerca das semelhanças e diferenças
entre o Estado Novo e o Fascismo.
Já no fim do trabalho, iremos dizer de que forma o trabalho contribuiu para a nossa aprendizagem.
I. Nascimento do Estado Novo:
1.1 Falência da 1ºRepública

Instabilidade política

q u e d a R epublica
Almana p ol ítica)
i da de
(instabil
Em 16 anos, houve a A existência do A oposição monárquica
existência de 16 parlamentarismo, que leva a cabo tentativas de
governos aumentava a restauração da
instabilidade política monarquia

Existência de conflitos O laicismo leva á rotura


internos (três partidos das relações Aumento da Aumento de atos
disputavam pelo poder) diplomáticas com Santa radicalização política violentos
Sé/Vaticano
I. Nascimento do Estado Novo:
1.1 Falência da 1ºRepública

Em 28 de Maio de 1926 uma ação militar pôs fim à I República em Portugal

Outras das razões do golpe militar de 28 de Maio de 1926

Problemas agravados com a primeira Guerra Mundial

Despesas
do Estado Aumento da Escassez Conflito
divida Baixos entre
com a de
externa salários partidos
Guerra alimentos
1. Nascimento do Estado Novo:
1.1 Falência da 1ºRepública

Instabilidade Económica

Défices crónicos ao Participação de


País atrasado a nível
nível do orçamento do Portugal na I Guerra,
industrial e agrícola
Estado que só veio agravar
mais a situação
económica do país

Aumento da dívida
Balança comercial
pública para fazer
deficitária
face aos défices
o s po rt ugueses
Soldad
I. Nascimento do Estado Novo:
1.1 Falência da 1ºRepública

Instabilidade Social

O operariado estava
Os grandes proprietários
descontente com o A entrada de Portugal na
e capitalistas estavam
aumento do custo de I Guerra gerou
insatisfeitos com a greve,
vida descontentamento na
a instabilidade política e
população
com a falta de
desenvolvimento do país

As classes médias
estavam descontentes
com a instabilidade
Não aceitação do
política e social
laicismo
1.2. A Ditadura Militar

Teve origem, em 16 de
novembro de 1926, com um
decreto ditatorial
General Carmona
C. Mendes Cabeçadas
A impreparação técnica dos
chefes de ditadura era uma
realidade, e isso resultou no
Um decreto que nomeou o
agravamento do défice
general Carmona para Presidente
orçamental
da República

Existia, inclusive,
Existiu várias revoltas contra o desentendimentos entre militares
regime, o que dificultou o que provocaram uma sucessiva
funcionamento do mesmo mudança de chefes do
Executivo
I.2. A Ditadura Militar

O governo sentiu o agravamento É neste contexto que António


do défice orçamental e como tal Oliveira de Salazar é convidado
devia tomar decisões sobre as para Ministro das Finanças. Este
suas políticas futuras apresentava-se como um
potencial ministro das finanças

Salazar aceita e o País


apresenta, na primeira vez,
num período de 15 anos, saldo
positivo no orçamento

António Oliveira Salazar


1.2.1. Ascendência de Salazar ao Governo

Salazar revolucionou
completamente a situação
financeira do País
Trouxe-lhe tal prestigio que
acabou por resultar na
nomeação em 1932 para
chefe do Governo

Assim, passamos de uma


Ditadura Militar para o
Estado Novo

Estado Novo
1.3. Instituições base do Estado Novo

Lançamento das Bases orgânicas da União Nacional

Promulgação do Ato Colonial

Publicação do Estatuto de trabalho Nacional

Publicação da Constituição de 1933


1.3.1. Constituição de 1933

Entrou em vigor a 11 de Abril de 1933, data de publicação do


diário do Governo

de 1933
t it u ição A constituição representou a concretização de todos os ideias de
Co ns
Salazar, inspirados em conceitos como:

Corporativismo Nacionalismo
Conservadorismo
Autoritarismo
II. Ideais do Estado Novo

A vinda de Salazar resultou da formação de um


Estado forte, autoritário e dirigista, através da
instauração de um regime de poder
personalizado, ditatorial e antiparlamentar

“O que importa é saber se a organização política que nos é


necessária e conveniente se pode desentranhar íntegra dos
três ou quatro grandes princípios da nossa Constituição:
governo forte, limitado pelo direito e pela justiça,
organização corporativa da sociedade portuguesa; unidade
nacional; subordinação de todos os interesses individuais
ao bem comum, ao interesse da Pátria”

Livro Salazar na história política do Retirado do livro “Salazar na história política do seu tempo” , 2006, página
117
seu tempo
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

António Oliveira Salazar foi uma personalidade extremamente


conservadora

Defendia valores e conceitos que jamais alguém podia questionar

Conservadorismo “Deus, a pátria, a família, a autoridade, a paz social, a hierarquia,


moralidade e a austeridade”
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

Salazar sempre respeitou as tradições nacionais e promoveu a defesa de tudo o que


fosse genuinamente português e são vários os exemplos que permitem afirmar o caráter
conservador e tradicionalista do Estado Novo. Conceitos esses que viravam costas à
modernidade

Modernidade Tradicionalismo
II. Ideais do Estado Novo
2.1. O conservadorismo
Mundo urbano e industrial Mundo rural

Salazar considerava a fonte Salazar considerava um sitio


de todos os vícios virtuoso e moral
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

Valorizou a religião
católica, definida, na
década de 50, como
religião da Nação
portuguesa

O Santuário de Fátima testemunhou a forte


Salazar Santuário de Fátima
ligação entre o Estado e a Igreja. Grandes
concentrações nele levadas a cabo
recebiam a bênção papal e salientavam o
caráter “providencial” do regime e do seu
chefe
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

A mulher

Tinha um papel passivo no ponto de vista económico,


social, político e cultural

A mulher-modelo foi definida como uma mulher de


grande feminilidade, uma esposa carinhosa e
submissa, uma mãe sacrificada e virtuosa
A mulher com os filhos
A mulher ideal era a mulher rural e não a urbana
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

A mulher

A mulher continuava a ter um papel secundário na família e na sociedade


em geral

O princípio da igualdade não estava efetivamente


estabelecido, uma vez que na prática as mulheres não o
possuíam

Segundo Luísa Neto, “A mulher praticamente não tinha direitos. Se se tratasse de uma
mulher casada, os direitos eram exercidos pelo chefe de família. Aliás, a expressão do pai
de família, que normalmente era benfiquista, deriva daí e do entendimento que era voz
comum nessa altura”
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

A mulher

Mulher e a vida doméstica


A mulher casada, contrariamente à mulher solteira, não possuía direitos, como por
exemplo: não tinha direito ao voto, não podia, inclusive, exercer nenhum cargo
político e também não tinha direito na educação do filhos

Segundo Luísa Neto, “A mulher não tinha direito de voto, a mulher não tinha possibilidade
de exercer nenhum cargo político, e, mesmo em termos da família, a mulher não tinha os
mesmos direitos na educação dos filhos”
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

A família

A “verdadeira família portuguesa” era a família católica de moralidade


austera, que afastava o vicio

O trabalho fora de lar era considerado uma ameaça à estabilidade familiar e à


formação moral das gerações de portugueses

O homem e a mulher era vistos de maneira completamente diferente, uma vez que
casados, a mulher tinha de se submeter ao homem, dado que o homem era o chefe de
família
II. Ideais do Estado Novo:
2.1. O conservadorismo

A família

A mulher no Estado Novo

O divórcio era proibido, devido ao acordo estabelecido com a Igreja Católica


na Concordata de 1944, pelo que todas as crianças nascidas de uma nova
relação, posterior ao primeiro casamento, eram consideradas ilegítimas.
E havia duas alternativas no ato do registo: a mulher ou dava à criança o nome
do marido anterior ou assumia o estatuto de “mãe incógnita”. O que não podia
era dar o seu nome e o do marido atual.
II. Ideais do Estado Novo:
2.2. O Nacionalismo

Salazar demarcou-se por um nacionalismo exacerbado

Instituiu um desígnio supremo da sua atuação o bem da nação, expresso


no slogan: “Tudo pela nação, nada contra a nação”

Enaltecia-se a história e o passado do país e dos portugueses (como feitos


e descobertas)

Recusou a liberdade individual, pois o interesse da nação sobrepunha-se


ao interesse individual
II. Ideais do Estado Novo:
2.3. A recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo

Estado Novo
Salazar declarou-se um grande
opositor da democracia
parlamentar
Antiliberal, antidemocrático e
antiparlamentar;
Recusou a liberdade individual e a
soberania popular enquanto
fundamentos da sua legitimidade.
O interesse da Nação sobrepunha-
se aos direitos individuais

Representava um todo orgânico e


Apelo ao voto na constituição
não um conjunto de indivíduos Os partidos políticos constituíam um
de 1933
isolados. Isto trouxe elemento desagregador da unidade
consequências: da Nação e um fator de
enfraquecimento do Estado
II. Ideais do Estado Novo:
2.3. A recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo
Para Salazar, o que garantia um Estado forte e autoritário era a valorização do poder
Executivo
Constituição de 1933:
- Reconheceu a autoridade do Presidente
da República como o primeiro poder do
Estado, este era independente do Estado
- Atribui várias competências ao Presidente
do Concelho (Primeiro-Ministro)
Presidencialismo
bicéfalo

Propor a Podia referendar


Tinha o poder de nomeação e os atos do
legislar através exoneração dos próprio
de decretos-lei membros de Presidente da
Governo República
II. Ideais do Estado Novo:
2.3. A recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo

Constituição de 1933:

Quanto à Assembleia Nacional (órgão máximo do poder


legislativo), limitava-se à discussão das propostas de lei
que o Governo lhe enviava para aprovação

Subjugado o poder legislativo, quem efetivamente se destacava,


no seio do executivo, era a figura do chefe providencial.

O seu lema: “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”.


II. Ideais do Estado Novo:
2.4. Corporativismo

Estado Novo

Mostrou-se empenhado Propôs o


na unidade da Nação e corporativismo como
no fortalecimento do Negou o divisionismo modelo da
Estado incentivado pela luta organização
de classes marxista económica, social e
política.
II. Ideais do Estado Novo:
2.4. Corporativismo

O corporativismo As corporações incluíam:

Concebia a Nação representada pelas


famílias e por organismos onde os Esses organismos, denominados corporações, incluíam:
 Instituições de assistência e caridade (corporações
indivíduos se agrupavam pelas funções
que desempenhavam e os seus morais);
 Universidades e agregações científicas, técnicas,
interesses se harmonizavam para a
consecução do bem comum. literárias, artísticas e desportivas (corporações
culturais);
 As Casas do Povo, as Casas dos Pescadores, os
Grémios e os Sindicatos Nacionais (corporações
económicas).
II. Ideais do Estado Novo:
2.4. Corporativismo

As famílias, as corporações concorriam para a eleição dos


municípios. Corporações e municípios enviavam os seus
delegados à Câmara Corporativa

Competiam-lhe as funções
Considerada a consultivas: dar parecer
sede genuína da sobre propostas e projetos
representação de lei a submeter à
orgânica da Assembleia Nacional,
Nação. sediada naquele mesmo
local.
II. Ideais do Estado Novo:
2.4. Corporativismo

A constituição de 1933 continha uma grande diversidade de


corporações, porém, na prática, só funcionaram as de natureza
económica

Agricultura O turismo
A indústria A banca e os seguros
O comércio A pesca e a conserva
Os transportes

Integrando patrões e trabalhadores, as corporações acabaram por se Trabalhadores do Estado Novo


transformar, em nome da unidade da Nação e da concórdia social, num
meio de o Estado controlar a economia e as relações laborais.
III. Práticas
3.1. Enquadramento de Massas
A longevidade do Estado Novo pode explicar-se pelo conjunto de instituições e processos, que de certa
forma, conseguiram enquadrar massas e obter a sua adesão ao projeto do Regime

Secretariado de Propaganda
Fundou-se ainda a União
Nacional, dirigido por António
Nacional, chefiado por Salazar
Ferro

Tratava-se de uma organização não


Desempenhou um papel ativo na partidária, já que os espirito da fação
divulgação do ideário do regime e inerente aos partidos políticos apresentavam
na padronização da cultura um terrível maleficio no seio de uma nação.
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas
A unanimidade pretendida em torno do Estado Novo só foi possível com a extinção dos partidos
políticos e a limitação severa da liberdade de expressão.

Em 1934, realizaram-se as primeiras


eleições legislativas dentro do novo
quadro político e os 90 deputados
eleitos à Assembleia Nacional Esta foi transformada em verdadeiro partido único
pertenciam única e exclusivamente á
União Nacional
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas

O dogmatismo e a intransigência do Estado Novo cresceram em 1936, com a vitória da frente


popular, em França, e a eclosão, em Espanha, da Guerra Civil

Fez-se crer que a ameaça bolchevista pairava sobre o país e assim aumentou-se o controlo sobre
a população
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas

Consequências

Obrigou-se o funcionalismo público a fazer da sua fidelidade ao


regime através de um juramento

Recorreu-se a organizações milicianas, como é o caso da Legião Portuguesa

Defendia o “património nacional da nação”, o Estado corporativo e a conter a


ameaça bolchevista
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas
Mocidade Portuguesa

Formada em Maio de 1936

Mocidade Portuguesa

Organização juvenil ao serviço do Estado Novo que procurava desenvolver o culto do chefe e o
espírito militar, isto é, pretendia “estimular o desenvolvimento integral da juventude, a formação do
carácter e a devoção à Pátria”.
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas
Mocidade Portuguesa

Esta era divididas em quatro escalões:


Esta era considerava como atividade fundamental,
os lusitos (dos 7 aos 10 anos)
graças à disciplina que a sua prática implicava. Era
os infantes (dos 10 aos 14 anos)
ainda obrigatória aos jovens dos sete aos catorze
os vanguardistas (dos 14 aos 17 anos)
anos
os cadetes (dos 17 aos 25 anos)

Os quatro escalões
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas
Mocidade Portuguesa Feminina

Formada em Dezembro de 1937

Mocidade Portuguesa
feminina
Os objetivos eram formar uma nova mulher, boa católica, futura mãe e esposa obediente.
 
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas

O que se fazia na mocidade portuguesa?


Havia uma preparação militar para os rapazes, envolvendo uma espécie de primeira recruta

O desporto era atividade fundamental, assim a partir dos 17 anos havia uma forte preparação
física, com ginástica e desportos variados

Havia também outras atividades extracurriculares de pendor nacionalista, inculcando nos jovens
a ideologia do Estado, assumindo muitas vezes a forma de atividades culturais e recreativas

As raparigas, por exemplo, tinham aulas de enfermagem, oratória e culinária enquanto aos
rapazes competia defender a Pátria e a honra da família
III. Práticas:
3.1. Enquadramento de Massas

A farda

De aspeto militar

Castanha e verde, com os emblemas da organização. A fivela


do cinto ostentava um “S”, que, se oficialmente significava
“Servir no Sacrifício”, era, por todos, interpretado como “Servir
Salazar”.
III. Práticas:
3.2. Aparelho repressivo do Estado

O Estado Novo controlou:

Vida cultural e política A economia

A sociedade

Com a ameaça do regime bolchevique a


Portugal, o Estado tomou algumas medidas
III. Práticas:
3.2. Aparelho repressivo do Estado

Proibição da liberdade de pensamento e de


produção de conteúdos a nível cultural e
artístico, criando mentes fechadas e fíeis ao
A censura regime que não produziam nada de novo,
proibia determinadas informações, com fim de
inventar atos de manifestações e trazer ideias
que pusessem em causa o regime Salazarista.
Tudo o que era
publicado era
Abrangiam assuntos:
previamente
excecionado pela
censura portuguesa
Políticos e militares Morais e religiosos
III. Práticas:
3.2. Aparelho repressivo do Estado

Polícia de Vigilância e defesa do Estado

Foi a policia politica do


regime ditatorial vigorou Exemplo de censura
até 1974 serviu para:
Intimidar e prevenir a As suas maiores vitimas foram os
contestação pública ao militantes e os amigos do Partido
regime bem como por Comunista Português.
outro lado destruir toda a
oposição organizadora
contra o estado novo
III. Práticas:
3.2.1. Aparelho repressivo do Estado

Álvaro Cunhal

Uma das vítimas do Aparelho Repressivo

Álvaro Cunhal

Foi preso pela PIDE, onde recusou-se várias vezes a responder a quais queres
perguntas

Levado a tribunal nos dias 3 e 10 de Maio de 1950, onde fez um ataque à politica do
Governo, permaneceu na prisão 11 anos seguidos, 8 dos quais em completo isolamento.
Muitos destes militantes iam presos só por a oposição do Estado novo, ou seja, sem culpa
formada.
III. Práticas:
3.2. 1.Aparelho repressivo do Estado

Testemunho de Álvaro Cunhal

 “Algemaram-me no meio de uma roda de agentes, e espancaram-me a murro, pontapés,


cavalo-marinho e com umas grossas tábuas com uns cabos apropriados. Depois de terem
assim espancado longo tempo, deixaram-me cair imobilizaram no chão descalçaram-me
sapatos e meias e deram-me violentas pancadas nas plantas dos pés”
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito
Intenção de manter o povo submisso,
Ideias e métodos gerais da política cultural
calmo e ignorante

Durou até ao final Conhecida como Secretariado de Propaganda Nacional


dos anos 40 “Política de Espírito” (S.P.N.)

Chefiado por António


Papel ativo na divulgação do
Ferro
ideário nacionalista e na
padronização da cultura e das
artes do regime
António Ferro
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito
Eram três as bases deste programa cultural:

Uso da cultura como A tentativa de conciliar O programa cultural do


meio de propaganda; os as velhas tradições e os regime procurava
movimentos culturais antigos valores com a estabelecer uma cultura
deviam ser orientados no modernidade daquele nacional e popular com
sentido de glorificar o tempo, articulando uma base nas suas raízes e
regime e o seu chefe ideologia nacionalista nos ideais do regime.
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito
Pintores

António Pedro Almada Negreiros Carlos Botelho

Foram convidados a colaborar nas iniciativas de propaganda do Regime


III. Práticas:
3.3. Política de Espírito

Estes artistas (Almada Negreiro, Carlos Botelho e António Pedro), marcaram com o seu caráter
modernista todo o grafismo inovador e original da propaganda oficial

Por todo o país foram erguidas estátuas comemorativas dos heróis e valores enaltecidos pelo
regime

Realizaram-se também importantes e imponentes obras públicas. Mas o ponto alto das
exposições do S.P.N. foi a Exposição do Mundo Português em 1940, que revelou a nossa cultura
ao exterior.
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito

Exposição do Mundo Português

Teve o propósito de comemorar


a data da Fundação do Estado
Português e da Restauração da
Independência, mas, também (e
esse seria o objetivo
primordial), de celebrar o
Estado Novo, então em fase de
consolidação. Foi a maior
exposição do seu género
Bandeira da Exposição realizada no país até à Expo 98
Planta da Exposição
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito

Apesar de dizerem que se deveria conciliar a modernidade com a tradição, a verdade é que os
governantes do Estado Novo impuseram algumas limitações. Assim, em 1948 muitos arquitetos vão
criticar a posição do regime nesta área, afastando-se assim da política arquitetónica oficial.

O S.P.N. passou a chamar-se S.N.I. Continuou a organizar exposições, mas a partir de 1946 muitos
pintores de renome deixam de participar nessas exposições e colocaram-se do lado daqueles que
criticavam o regime. Sem o contributo de pintores famosos, as exposições da S.N.I. acabaram por se
extinguir em 1961.
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito
Os anos 40 foram de apogeu para a literatura e poesia

O afastamento de
Muitos autores
O final dos anos 40 António Ferro do S.N.I.
assumiram uma atitude
trouxe também o fim da foi a queda total da
de luta frontal à política
"política do espírito" política cultural do
cultural do Estado Novo
regime

Apesar da censura ter continuado a ser intransigente, o fim da mesma política deu a
Portugal uma diversificação de correntes, ideias e expressões maiores no campo
cultural.
III. Práticas:
3.3. Política de Espírito

Os anos 50 e 60 foram assinalados por um acalmar de


tensões entre o que sobrava da política cultural oficial
e as novas correntes estéticas

Ficou marcada pela construção do Cristo Rei e do


Monumento aos Descobrimentos em Belém.

Cristo Rei

Padrão dos descobrimentos


III. Práticas:
3.3. Política de Espírito

Guerra Colonial
Guerra Colonial

Principal responsável pelo facto do Estado Novo ter abandonado de vez


a sua vertente cultural, de apoio aos artistas e aos seus projetos,
adotando uma postura de mera censura contra todas as atividades
criadoras.
III. Práticas:
3.4. Política Colonial
O Ato colonial de 1930, publicado durante a interinidade de Salazar na pasta das Colónias, imprimiu um
cunho indelével à política colonial do Estado Novo

Nele afirmou-se a missão histórica civilizadora dos Portugueses nos territórios ultramarinos

Reforçou-se a tutela metropolitana sobre as colónias

Foram abandonadas as experiências de descentralização administrativa e de abertura ao capital


estrangeiro, praticadas pela I República
III. Práticas:
3.4. Política Colonial

As populações nativas, permaneceram largamente separadas. Muito embora o Estado tomasse


medidas para as defender os meios de uma exploração esclavagista, a verdade é que o número de
assimilados sempre foi diminuto

Proclamaram com empenho a sua vocação colonial, O Estado Novo esforçava-se por incutir no povo
português uma mística imperial

Serviu como uma forma de


propaganda da mística
imperial
IV. Personagens relevantes do Estado Novo
4.1. António de Oliveira Salazar

Nasceu em 1889, em Vimieiro, e morreu em 1970, em


Lisboa. Nascido no seio de uma família humilde de pequenos
proprietários agrícolas

Foi presidente do Conselho de Ministros e professor


catedrático de Economia Politica, Ciência das Finanças e
Economia Social da Universidade de Coimbra

O seu percurso no Estado português iniciou-se quando foi


escolhido pelos militares para Ministro das Finanças
durante um curto período de duas semanas, na sequência da
Revolução de 28 de Maio de 1926.
Salazar
IV. Personagens relevantes do Estado Novo
4.1. António de Oliveira Salazar

Apesar da severidade do regime que impôs, publicou em 14 de


Maio de 1928 a Reforma Orçamental, contribuindo para que o
ano económico de 1928-1929 registasse um saldo positivo, o
que lhe granjeou prestígio

O sucesso obtido na pasta das Finanças tornou-o, em 1932,


chefe de governo

Foi com ele que se deu a formação do Estado Novo, um


regime autoritário semelhante ao fascismo de Mussolini

Salazar a adota severas medidas repressivas contra os que


Salazar ousavam discordar da orientação do Estado Novo. Tinha assim
um caráter extremamente autoritário
IV. Personagens relevantes do Estado Novo
4.2. António Ferro
António Ferro nasceu eu 1895 e morreu a 11 de Novembro
de 1956. Nasceu no seio de uma família pequeno-burguesa
em Lisboa

Foi um escritor, jornalista e político português

Frequentou o curso de Direito na Universidade de Lisboa, que


acabou por não concluir.
António Ferro
IV. Personagens relevantes do Estado Novo
4.2. António Ferro
Com apenas 19 anos, António Ferro surge como editor oficial
da Revista Orpheu, para o que foi escolhido pelo seu amigo
Mário de Sá Carneiro, precisamente por ser ainda menor

Foi jornalista. Colaborou no diário “O jornal”, “O século” e no


“Diário de Lisboa”

Sob o Estado Novo, António Ferro abraçou a carreira política,


tendo dirigido o Secretariado da Propaganda Nacional
(SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros.
Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um
António Ferro organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi
dele
IV. Personagens relevantes do Estado Novo
4.2. António Ferro

Aparência sossegada, pesada e


pachorrenta

Mobilizador de vontades e aglutinador


de grupos

É voz ativa e estimulante em tudo o que


implique ação e organização
Conclusão

Neste trabalho acerca do “Estado Novo”, foram vários os tópicos que abordámos. Primeiramente, para
darmos uma introdução ao tema, começámos por falar das razões da queda da I República.
Seguidamente, falámos da ascensão de Salazar ao governo, que veio num contexto de uma economia
degradante pelo qual Portugal estava a passar.
Falámos ainda nas instituições bases do Estado Novo, dando principal relevância á Constituição de
1933. Dentro desta falámos dos ideais de Salazar. Este era antidemocrático, antiliberal,
conservadorista, nacionalista e autoritário. Podemos concluir que foi graças a estes ideais que o regime
Salazarista foi visto de forma tão negativa. Podemos afirmar, inclusive, que o regime vigente no Estado
Novo foi um regime personalizado. Assim, as práticas de Salazar foram todas influenciadas por todos
os ideais acima referidos.
Conclusão

No que diz respeito ás práticas, como o enquadramento de massas, o aparelho repressivo, a


política de espírito e a política colonial, chegámos à conclusão que estas, em conjunto, mudaram de
forma significativa a organização da sociedade e a forma do seu comportamento. Dentro de todas as
práticas, podemos destacar o aparelho repressivo, que foi a prática mais violenta e opressora que
Salazar exerceu. Não existia liberdade de expressão, sendo que se as pessoas fossem contra o
regime salazarista, as sanções era as piores possíveis. Estas eram presas e enquanto presas tinha as
piores condições, uma vez que era humilhadas e até mesmo espancadas. Face ao exposto, podemos
concluir que as pessoas viviam num mundo onde as opiniões eram vistas negativamente e
claramente que a maioria das pessoas não se sentiam bem dentro deste regime opressor.
Ainda que tivéssemos dado relevância ao aparelho repressivo, não excluímos todas as outras, uma
vez que todas foram marcadas pelo caráter opressor e autoritário de Salazar.
Conclusão

No desenvolvimento do trabalho falámos ainda de duas personagens emblemáticas do Estado Novo,


António Oliveira Salazar e António Ferro. Considerámos falar destes, uma vez que achámos que foram as
personagens que mais marcaram o período do Estado Novo. Salazar por ter sido o seu líder máximo e
António Ferro por ter sido cúmplice duma das maiores práticas do Estado Novo, a “política de espírito”. Ao
fazer a análise biográfica das duas personalidades, verificámos que as suas características pessoais
assemelham-se com a forma como estes exerceram as suas funções.
Por fim, apresentámos alguns anexos que nos auxiliaram no desenvolvimento do trabalhado,
nomeadamente documentários .
As conclusões que podemos retirar acerca do trabalho é que o Estado Novo foi, de facto, um período da
História de Portugal bastante importante, uma vez que Salazar contínua a ser falado na atualidade. Seja
pelos aspetos positivos ou negativos. Positivos pelo facto de ter sido o único capaz de colocar o orçamento
de Portugal num saldo positivo. Negativos, devido a todas as práticas exercidas por Salazar, que foram
vistas como opressoras
Conclusão

Ao desenvolver o tema, chegámos a uma grande conclusão: que existem semelhanças entre o Estado
Novo e o Fascismo Italiano. Dentro desses pontos em comum podemos destacar a valorização da missão
histórica, da nação representada pelo Estado, o reconhecimento dos direitos individuais, a ênfase no
significado da elite como corporificação do génio do povo, a solidariedade entre o capital e o trabalho
assegurada pela estrutura corporativa, o antiliberalismo e o antiparlamentarismo. Ambas as doutrinas
apresentavam traços totalizadores, já que o seu campo de ação não se apoiava exclusivamente à ordem
pública, mas envolvia também outros aspetos da vida social, como a cultura, a religião e a filosofia.
Ao finalizar o trabalho concluímos que o auxílio da internet e dos livros ajudou-nos bastante na
concretização dos nossos objetivos. Ainda assim, admitimos ter tido alguma dificuldade na procura de
algumas imagens.
Conclusão

Podemos, sem dúvida, afirmar que este trabalho contribuiu bastante para desenvolver as nossas
capacidades intelectuais, na medida em que nos fez deliberar acerca do assunto. Para nós foi importante
ter-nos calhado este tema, pois trata-se de uma parte histórica do nosso país extremamente importante.
Para além disso, foi importante entendermos alguns dos erros cometidos por Salazar durante o Estado
novo, pois a História serve mesmo para isso, para entendermos os erros do passado, para que não os
possamos voltar a repetir no futuro.
Anexos

Anexo 1 Anexo II Anexo III


Anexos

Anexo IV Anexo VI
Anexo V
Anexos

Anexo IX
Anexo VII
Anexo VIII
Anexos

Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=3sXr37z-snI
https://www.youtube.com/watch?v=XmbiGHpmFDo Hino da Mocidade

Anexo X Anexo XI

https://www.youtube.com/watch?v=1fdKcSOw9oo https://www.youtube.com/watch?v=2DprY6X3too
Filme: Brandos Costumes, de Alberto Seixas Santos Filme: Deus pátria autoridade de Rui Simões

Anexo XII Anexo XIII


Bibliografia/webgrafia

https://lutaesquecida.files.wordpress.com/2010/04/porjuve29.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=3sXr37z-snI
https://www.google.pt/search?q=mocidade+portuguesa+salazar+roupa&client=firefox-b&sa=X&biw=1440&
bih=801&tbm=isch&imgil=6Ta8MpOnlCtTiM%253A%253BtuSTm7Db0XZF0M%253Bhttps%25253A%2525
2F%25252Flutaesquecida.wordpress.com%25252F2010%25252F04%25252F19%25252Feducacao-e-enq
uadramento-a-mocidade-portuguesa%25252F&source=iu&pf=m&fir=6Ta8MpOnlCtTiM%253A%252CtuST
m7Db0XZF0M%252C_&usg=__lVvKvdgxmrSp3tOHE9rkyFV2S0c%3D&ved=0ahUKEwjzupvg_JHQAhVFU
BQKHcnZAr4QyjcILw&ei=jwAeWLO3A8WgUcmzi_AL#imgrc=_

https://arquivosdahistoria.wordpress.com/2010/03/09/enquadramento-das-massas-durante-o-estado-novo-
1-a-mocidade-portuguesa/

http://pt.slideshare.net/ESLFBHISTORIA/prises-polticas-do-estado-novo
Bibliografia/webgrafia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_(Portugal)
http://conhecerahistoria12.blogspot.pt/2011/11/o-estado-novo.html
http://www.citi.pt/cultura/politica/25_de_abril/cultura.html
http://milnovecatorze.blogspot.pt/2010/01/politica-do-espirito.html
http://teresasalvini.blogs.sapo.pt/558.html
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/86680.html
http://conhecerahistoria12.blogspot.pt/2011/11/o-estado-novo-em-portugal.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Ferro

Salazar na história política do seu tempo de António Pedro Mesquita, Edição


“Caminho”
A construção do Mito de Helena Matos, Edição Temas e Debates
Rumo à vitória de Álvaro Cunhal, Edição “A opinião”
Vida pensamento e luta de Álvaro Cunhal, Edição “Resolução do Comité Central do
Partido Comunista Português”
Bibliografia/webgrafia

http://pt.slideshare.net/crie_historia9/1-repblica-presentation
http://milnovecatorze.blogspot.pt/2009/11/queda-da-republica-portuguesa.html
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/84716.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Oliveira_Salazar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_Militar_(Portugal)
https://en.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Ferro

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