Hierarquia de dominância social e

Territorialidade

Benencia
Eulanda
Hortencia
Hortencia
 Introdução

• Em decorrência da ampla diversidade animal é evidente a existência de variados

estilos de vida entre as espécies. Considerando que os indivíduos de uma mesma
espécie necessitam dos mesmos recursos ambientais para sobreviver, e que o objetivo
de todo ser vivo é garantir a perpetuidade da espécie, faz-se necessário aprender a
conviver com seus semelhantes em prol do bem comum. Com essa constatação,
percebe-se a fundamental influência do ambiente para com as organizações sociais.

• Desta forma no presente iremos falar da Hierarquia de dominância social e

Territorialidade, com explanações sobre as mais diversas organizações sociais
existentes entre os animais e como ocorre um equilíbrio harmonioso dentro delas, o
qual promove a manutenção natural da biodiversidade.
 Objectivos

Geral
• Estudar a Hierarquia de dominância social e
Territorialidade
Específicos
• Identificar a Hierarquia de dominância social
• Descrever a Hierarquia de dominância social
• Descrever o processo de territorialidade nas
espécies
Hierarquia de dominância social

• A expressão da organização social se refere às

populações e não aos indivíduos e define a
natureza das interações entre os membros de
uma espécie. Em alguns casos, a exemplo dos
diversos insetos sociais, a organização social é
bastante rígida e específica da espécie
 Cont...
• Com isso, de uma maneira mais abrangente,
entende-se por comportamento social a
interação de dois ou mais indivíduos, ou a
influência de um indivíduo sobreo outro
incluindo desde aqueles que interagem apenas
para o acasalamento, até os que permanecem
em colônias a vida inteira
 Vida em grupos

• Observa-se que, dependendo do tamanho do grupo, as

vantagens de viver nele podem tornar-se menores que
as desvantagens. Sendo assim, é evidente que
algumas características da organização social são
impostas pelo ambiente como o próprio tamanho do
grupo em que os animais vivem . Isto implica em
compartilhar espaço, alimento e qualquer outro
recurso, acarretando em conflitos de interesse.
Formas de estruturação:

• Agrupamentos não coordenados

• Agrupamentos de corordenação elementar
(agregações)
• Unidades (bio)sociais abertas anónimas
• Unidades (bio)sociais abertas não anónimas.
• Unidades (bio)sociais fechadas anónimas.
• Unidades (bio)sociais fechadas não anónimas.
Condições evolucionárias de
comportamentos sociais
• Requisitos constitucionais, que se originam do corpo e das
funções, mais ou menos no sentido de características da
espécie;

• Requisitos da biogeocenose, como a divisão de objectos

alimentares e outros recursos, disponibilidade de alimento e
lugar para protecção, segurança e evitação de inimigos;

• Condições populacionais específicas, como atracção mútua,

comportamentos territoriais, intolerância mútua, exigência
em parceiro nos contextos sexual e de cuidados com a
ninhada
 Mecanismos de manutenção de ordem social

• A ordem interna numa sociedade animal depende da coordenação entre

os diferentes membros. Esta coordenação, por sua vez, basea-se na
comunicação, o que pressupõe uma troca de informações sob forma de
sinais comunicativos.

• Trata-se, na linguagem da teoria de comunicação, de sinais codificados

por um emissor e descodificados por um receptor, os quais
maioritariamente possuem o mesmo repertório de sinais. Os meios de
que se servem para enviar a mensagem são vários: objectos sólidos para
sinais vibratórios, ar para sinais químicos e ópticos, terra para sinais
 Territorialismo

• Um território define-se como a parte do espaço físico livre

(habitat) que o indivíduo defende contra estranhos (território
individual), ou aquele que é defendido pelo grupo social
(território do grupo).

• O comportamento que serve a defesa de um território

chama-se comportamento territorial ou simplesmente
territotiedade. A territoriedade é dirigida contra
potênciais competidores e, por isso mesmo, dirigida,
em primeiro lugar, contra indivíduos da mesma espécie
 Formas de territórios

• Territórios multifuncionais,nos quais todas

condições vitais necessárias estão presentes
(territórios de reprodução de muitas aves
cantoras);
• Territórios de reprodução, nos quais ocorre o
acasalamento e cuidados com a prole, ou de
recolha do material de construção do ninho
(colónias de aves, locais de parto de focas);
 Cont...
– Territórios de acasalamento, que são concorridos
pelos machos na procura de fêmeas predispostas para a
cópula. Trata-se das melhores posições para a atrairem
as parceiras de cópula, cortejamento colectivo;
– Territórios de alimentação, que servem para a
procura de alimentos (incluindo a captura de presa e a
toma de água). Algumas aves de rapina chegam a
defender territórios de mais de dois quilómetros
quadrados, dentro dos quais elas são capazes de
localizar e alcançar a presa .
 Funções primárias dos territórios contam-se:

• Assegurar fontes de alimentos suficientes para os

seus “proprietários”,
• Como ponto comum de encontro, facilita o
acasalamento,sobretudo para os casos de pares que
se formam ocasionalmente apenas para cópula,
• O domínio espacial que os indivíduos têm num
determinado território facilita caminhos de fuga
em casos de ameaça e assume por conseguinte
função de defesa.
Comportamentos territoriais
• Demarcação óptica do território

• Demarcação olfatória do território

• Demarcação eléctrica do território

• Demarcação combinada do território

 6.1. Demarcação óptica do território:

• O seu detentor expõe-se opticamente fazendo acompanhar esta exposição

com posturas e movimentos característicos, demonstração de certas
colorações corpóreas. Alguns antílopes expõem-se no cume de termiteiras
ou de outro tipo de elevações do terreno .

Fig.: Coloração vibrante da rã venenosa

Fonte: (DISCOVERY CHANNEL, 2000)
 Demarcação olfatória do território
• Mamíferos macrosmáticos (olfato bem desenvolvido, o contrário de
microsmático) demarcam seus territórios com base em substâncias de odor.
Podem substâncias liberadas pelo organismo (urina, fezes, saliva), neste
caso possuem uma função colateral. Mas também podem ser substâncias
com a função primária de demarcação de territórios, como é o caso de
substâncias glandulares
Demarcação eléctrica do território
• Este tipo de comportamento é mais notório em animais habitantes das
zonas afóticas dos mares, sobretudo peixes. Os animais estão providos de
um órgão eléctrico, provavelmente de natureza do tecido muscular, capaz
de descargas eléctricas. Atribui-se-lhes as funções de defesa, demarcação
de território e de captura de presa, além da possibilidade de intervirem na
orientação do indivíduo no espaço com base na luz que produzem. Animais
de águas permanentemente turvas podem demonstrar estas propriedades
 Demarcação combinada do território

• Em alguns casos o animal faz uso de uma

combinação sensorial multimodal. Assim,
certas aves podem expor-se e cantar, ou certos
mamíferos emitem sons, urinam e liberam
substâncias odoras, ao mesmo tempo que se
expõem visivelmente aos intrusos dos seus
territórios
 Referências Bibliográficas

• CARRANZA ALMANSA, J. (1994) Etología:

Introdução a ciência do comportamento. Madrid:
Universidad de Extremadura.
• MANNING, A. (1997).Introdução ao comportamento
animal. Rio de Janeiro: LTC.
• DETHIER, V.G. (1988). Comportamento animal. São
Paulo: Edgar Blücher.
FIM