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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Curso de Ciência da Computação

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS

Desenvolvimento de software utilizando conceitos


de programação orientada a objetos para a
conscientização com o meio ambiente, através da
logística reversa.

Kaique Santos Penna RA: G4274B0


Marcelo Kauan de Souza Marinho RA: N8702A3
Marcos Vinícius Souza e Silva RA: N875593
Paulo Roberto da Rocha Júnior RA: G5280F4
Pedro Henrique Zoia Olesçuc RA: G51BAA4
Thomas Rafael Ribeiro Elias RA: N7925H1

São José dos Campos - SP


2023
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Ciência da Computação

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE UTILIZANDO CONCEITOS DE


PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO COM
O MEIO AMBIENTE, ATRAVÉS DA LOGÍSTICA REVERSA.

Atividades Práticas Supervisionadas do 2º e


3º Semestres do Curso de Ciência da
Computação da Universidade Paulista –
UNIP.

Coordenador: Prof. Fernando A. Gotti.

São José dos Campos - SP


2023
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
Curso de Ciência da Computação

FICHA DE APROVAÇÃO
TEMA: DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE UTILIZANDO CONCEITOS DE
PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO COM
O MEIO AMBIENTE, ATRAVÉS DA LOGÍSTICA REVERSA.

Este Trabalho foi aprovado como avaliação semestral da disciplina Atividades


Práticas Supervisionadas - APS
Os alunos receberam as seguintes notas:

Aluno Trabalho Impresso Apresentação Média(total)

Professor Orientador

__________________________
Stefano B. B. R. P. Mathias

São José dos Campos – SP


2023
RESUMO

Com a temática de meio ambiente e sustentabilidade, trouxemos para esse


projeto ideias concretas de intervenção, conscientização e preservação do mesmo, a
partir disso, unindo nossos conhecimentos sobre a disciplina de programação
juntamente com a proposta do projeto, desenvolvemos, um jogo de perguntas e
respostas que visa trabalhar indiretamente com a reflexão e conscientização de
cada pessoa sobre a preservação do meio ambiente, através do método de logística
reversa.

Palavras-chave: Meio ambiente, logística reversa, conscientização.


ABSTRACT

With the theme of environment and sustainability, we brought to this project


concrete ideas of intervention, awareness and preservation of the same, from that,
uniting our knowledge about the discipline of programming together with the project
proposal, we developed, a game of questions and answers that aims to work with the
reflection and awareness of each person about the preservation of the environment,
through the reverse logistics method.

Keywords: Environment, reverse logistics, awareness.


Lista de Figuras

Figura 1: Fluxo da logística normal e reversa........................................................15


Figura 2: Estrutura do código..................................................................................19
Figura 3: Inicialização...............................................................................................19
Figura 4: Controller...................................................................................................20
Figura 5: Entity – Parte I...........................................................................................21
Figura 6: Entity – Parte II..........................................................................................21
Figura 7: Repository.................................................................................................22
Figura 8: Service.......................................................................................................22
Figura 9: Repositório das Questões - Parte I.........................................................23
Figura 10: Repositório das Questões - Parte II......................................................23
Figura 11: Repositório das Questões - Parte III.....................................................24
Figura 12: Build.Gradle – Parte I..............................................................................24
Figura 13: Build.Gradle – Parte II.............................................................................25
Figura 14: Front-End – A Interface Mostrada ao Usuário.....................................26
Figura 15: Interface para Quando o Usuário Acerta a Questão...........................27
Figura 16: Interface para Quando o Usuário Erra a Questão...............................27
Sumário

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................9
2.1. Como Surgiu a Sustentabilidade...................................................................10
2.1.1. Sustentabilidade e seus Conceitos............................................................11
2.1.2. Sustentabilidade e suas Dimensões..........................................................13
2.2. Logística Reversa..........................................................................................14
2.2.1. Logística Reversa e o Meio Ambiente........................................................16
2.2.2. Logística Reversa Pós-Venda....................................................................17
2.2.3. Logística Reversa Pós-Consumo...............................................................17
3. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................18
3.1. Estrutura do Programa...................................................................................18
3.1.1. Inicialização................................................................................................19
3.1.2. Controller....................................................................................................20
3.1.3. Entity...........................................................................................................20
3.1.4. Repository...................................................................................................22
3.1.5. Service........................................................................................................22
3.1.6. Repositório das Questões..........................................................................23
3.1.7. Build.Gradle................................................................................................24
4. RELACIONAMENTO ENTRE DISCIPLINAS......................................................25
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................26
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................28
1. INTRODUÇÃO

De acordo com Leite (2022), a conscientização ambiental desempenha um


papel fundamental na alteração do cenário atual de mudanças climáticas e
aquecimento global, trazendo novas reflexões que estimulem as pessoas a
mudarem seus hábitos do cotidiano.

Araújo (2018), diz que o autodidatismo nos dias de hoje, oferece uma
excelente oportunidade de aprendizado, já que permite adquirir conhecimento de
forma rápida e incentiva uma melhor performance da memória. Porém, muitas vezes
as pessoas não tentam aprender por conta própria porque consideram o ato de
estudar cansativo e chato. Com isso em mente, este trabalho foi desenvolvido com o
objetivo de conscientizar as pessoas para com o meio ambiente e tornar seu
aprendizado mais natural e divertido, utilizando jogos.

O projeto visa trazer o máximo de conhecimento para o aluno, juntamente


com o entretenimento, permitindo que a aprendizagem aconteça de maneira
prazerosa. Foi escolhido um quiz como forma de jogo, com perguntas e respostas.
Dessa forma, o aluno pode adquirir conhecimento por meio das perguntas e também
praticar a resolução de exercícios sem a pressão de uma prova.

Visto que o tema meio ambiente como um todo era muito amplo, foi escolhido
trabalhar somente com a logística reversa, que trata do processo de coleta,
transporte, armazenamento, recuperação e distribuição de produtos e resíduos
recicláveis. Silva (2004), diz que a logística reversa também trata da disposição final
e do tratamento de resíduos, o que ainda gera um retorno econômico para as
empresas e reduzem seus danos ambientais. Este assunto é relevante para o
desenvolvimento sustentável, pois um dos maiores problemas ambientais é o
descarte inadequado de resíduos. Com esse quiz, o aluno não apenas aprende
sobre logística reversa, mas também é conscientizado a cuidar melhor do planeta.

Assim, após a definição do tema e seus respectivos objetivos, uma pesquisa


foi realizada para juntar informações relacionadas à sustentabilidade referente ao
método de logística reversa no meio ambiente. E a partir deste conteúdo foram
criadas as perguntas do quiz e assim aumentar a conscientização dos usuários.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Meio Ambiente é um conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que


envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo
influenciado por eles (Lima e Silva, 1999).

Quando se fala em meio ambiente, a primeira ideia que vem à cabeça


relaciona-se ao meio ambiente natural: ar, água, solo, fauna e flora. Mas o homem
evoluiu passando a viver em sociedade, alterando seu habitat natural, utilizando hoje
de recursos artificiais como: energia elétrica, gás, telefone etc. Criando um meio
ambiente artificial que é contra ao natural. Com a evolução o homem começou
também a cultivar valores que formam sua identidade cultural: música, danças,
artesanatos etc. Diferenciando-se dos demais pelos seus costumes, temos o meio
ambiente cultural (Mídia e Meio Ambiente, 2016). Como último conceito ainda
decorrente da evolução humana, há o meio ambiente do trabalho, caracterizado pelo
esforço físico e/ou intelectual para gerar renda e sustento (Nogueira, 2006).

A Constituição Federal (1988) em seu art. 225, dispõe:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade do dever de defendê-lo
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Sendo assim, considera-se que o meio ambiente é inerente ao homem. A
natureza se oferece generosamente para o prazer da sociedade, sem, contudo,
deixar de cobrar preços altos futuramente. Tem-se o direito ao meio ambiente
adequado e agradável, e há de criar-se também uma consciência para que se possa
não somente sobreviver, mas principalmente viver com qualidade e sustentabilidade
(Mídia e Meio Ambiente, 2016).

Por muitos anos as empresas, de maneira geral, mantiveram seu foco apenas
na criação de novos produtos que possuíam um baixo custo de produção, para que,
consequentemente, obtivessem um maior lucro. Este pensamento veio
acompanhando os administradores de empresas ao longo dos séculos sem haver
preocupações maiores com seu público interno, externo e as consequências de suas
ações ao longo do fluxo de produção. Visão esta que começou a ser mudada
recentemente quando a pressão sobre estes dirigentes aumentou, vindo por parte
de seus próprios funcionários, consumidores e comunidades impactadas por suas
ações (Shibao, 2020).

É necessário a preservação da natureza para que a biodiversidade continue


sendo este diversificado conjunto de elementos naturais, para que sejamos capazes
de sempre encontrar uma inúmera quantidade de seres vivos, das mais variadas
espécies, classes, filos, famílias etc. e diferentes ecossistemas nos quais habitam e
formam a nossa vasta biodiversidade (A Biodiversidade e a Extinção das espécies,
2012).

2.1. Como Surgiu a Sustentabilidade

Silva (2009) apud Carneiro, et al. (2017) explica que o interesse por
sustentabilidade se originou durante os anos 80, a partir da conscientização dos
países em descobrir formas de promover o crescimento sem destruir o meio
ambiente, e sem abdicar o bem-estar das futuras gerações. Assim, foram criados os
planos e metas para que as empresas cresçam e lucrem, efetuando o menor
impacto ambiental possível, buscando não comprometer as próximas gerações.

Até meados dos anos 50 o desenvolvimento sempre esteve relacionado com


crescimento, já que as organizações enxergaram oportunidades de realizar seus
desenvolvimentos, através de ações que envolvem o meio ambiente e a sociedade
como um todo.

Dias (2006) apud Berneghini, José, Gonçalves (2010), afirma que na década
70 foi elaborado o relatório “Limites do Crescimento e da Conferência de Estocolmo
sobre o Ambiente Humano”, que foi o pontapé inicial para o governo regulamentar
as questões relacionadas ao meio ambiente. No meio de 1972 a 1997, foram
realizados vários debates e acordos entre países, através da ONU, onde o acordo
mais importante foi o Relatório Brundtland, desenvolvido em 1987 pela então
primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland.

O objetivo deste relatório, é analisar as questões relacionadas ao meio


ambiente e desenvolvimento do planeta, propondo assim soluções reais aos
problemas que foram encontrados, para que a humanidade continue a evoluir,
porém sem que a natureza fosse prejudicada. Como resultado, após o relatório,
mostrou-se em 1987, o conflito entre os padrões de produção das organizações
sobre o desenvolvimento sustentável proposto.

A partir da confecção do Relatório de Brundtland o termo sustentabilidade foi


sendo cada vez mais abrangido e divulgado na sociedade, onde em 1992, a ONU
realizou uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento na cidade do Rio
de Janeiro, conhecida como ECO 92, com o principal objetivo de inserir os temas
socioeconômicos e ambientais nas agendas de preocupações nos governos ao
redor do mundo.

Com o passar dos anos e com a absorção cultural, houve uma grande
conexão da população quanto ao tema que é imprescindível e indispensável
atualmente.

2.1.1. Sustentabilidade e seus Conceitos

A mudança no conceito de sustentabilidade afeta o comportamento e as


ações das organizações em todo o mundo. Essa decisão não é mais baseada
apenas em problemas econômicos. Também inclui a área de tomada de decisão
pública. Essa mudança nas condições empresariais gera forte pressão por parte da
sociedade, como o surgimento de movimentos sociais, reivindicações e outras ações
que levem a novas leis. Essa mudança afeta a extensão das relações sociais e
políticas nas quais a organização atua, fazendo com que seja necessário
estabelecer novas diretrizes, para que ela possa continuar a perseguir seus
objetivos de forma correta e eficiente, não considerando apenas o retorno financeiro.

Nesta área, atualiza-se a visão tradicional de várias organizações, porque não


se trata apenas de uma preocupação financeira. Se essa visão não se espalhar,
essa organização cairá. Como resultado, as decisões internas das organizações
levam em consideração os efeitos do meio ambiente, agregando condições sociais,
políticas e ambientais, mudanças econômicas culturais e de vida. As preocupações
organizacionais aumentaram e hoje incluem tópicos como segurança, proteção e
proteção do cliente, práticas ambientais, boas ideias e outros tópicos que não foram
muito afetados nos últimos anos, que inspiraram a organização atual a incutir esses
valores em seu conteúdo empresarial.
Donaire (1999) apud Berneghini, José, Gonçalves (2010) disserta que as
organizações que passam a ideia de responsabilidade social e ambiental,
assumindo assim este posicionamento, acabam por conseguir uma melhor
colocação no mercado, com uma melhor imagem da empresa, aumento de
consumidores, trabalhadores mais qualificados, melhores fornecedores, acesso
facilitado ao mercado de capitais, entre outros. Essa teoria mostra que lucros
crescentes serão evidentes no longo prazo e, no curto prazo, as organizações
unidas em solucionar os problemas ambientais trabalham com um menor lucro.

O envolvimento de organizações com mentalidade sustentável e plataformas


de apoio, transforma seus negócios de maneira mais eficaz que geram contribuições
para melhorar a qualidade de vida e os recursos naturais. A preocupação com
problemas como a poluição leva as organizações a rever, por exemplo, seus
processos produtivos, aplicando tecnologias limpas e gestão de resíduos. Isso
trouxe muitos benefícios e retorno financeiro, que não teriam sido alcançados se o
problema não tivesse sido resolvido.

Os benefícios que ocorrem no setor econômico se traduzem em receita


financeira ou levam ao aumento da receita em benefícios estratégicos que destacam
o progresso da empresa, a renovação do conceito organizacional, o aumento da
produtividade da capacidade, o engajamento dos funcionários, o progresso e as
relações humana, aprimorando a criatividade, e aumento de confiança diante de
novos desafios, gerando um bom relacionamento com os órgãos governamentais,
comunidade em que a organização está inserida e grupos ambientalistas (Donaire,
2015).

Quando a alta administração assume um comprometimento efetivo nos


conceitos de melhoria da qualidade ambiental nos processos e produtos da
organização geram inúmeros benefícios e esforços que, na maioria das vezes são
bem-sucedidos. Assim, a alta administração é um elo fundamental entre a
organização e os conceitos sustentáveis, seja no ambiente interno ou externo da
organização. Inúmeras e novas abordagens têm surgido para que as organizações
sejam proativas estabelecendo e reforçando assim, na alta administração,
comprometimentos com as variáveis sustentáveis (Donaire, 2015).
Quando a administração assume o papel de contribuição efetiva para a ideia
de melhorar a qualidade do ambiente dos processos e produtos do grupo, ela cria
um valor e um esforço que, na maioria dos casos, fornecem eficácia. Portanto, a alta
administração é o principal elo entre a organização e as ideias sustentáveis, dentro e
fora da organização (Leite, 2003).

2.1.2. Sustentabilidade e suas Dimensões

Atualmente, a definição de desenvolvimento empresarial sustentável tem


muitos interesses e muitas mudanças, por isso diferentes ideias e práticas são
apresentadas sob o mesmo nome. No entanto, a definição diz que a
sustentabilidade é uma combinação de três aspectos: econômico, social e
ambiental. A definição mais amplamente aceita de desenvolvimento sustentável é
que podemos progredir na geração atual sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atender às suas necessidades.

Essa definição surgiu durante a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e


Desenvolvimento, que foi criada pelas Nações Unidas para harmonizar dois
objetivos: desenvolvimento econômico e proteção ambiental (Dias, 2006). Para o
desenvolvimento sustentável, é importante ter o equilíbrio certo entre o meio
ambiente e as relações sociais, porque em alguns casos, desequilibrar os valores
dessas coisas acaba por destruir a um dos lados.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu três pilares para o


desenvolvimento de qualquer país: desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Seu objetivo é manter a harmonia entre os recursos para garantir a integridade do
mundo, da natureza e da sociedade ao longo de gerações (Ecoando, 2017). Os
pilares ambientais podem ser alcançados analisando os padrões de consumo e
analisando esses valores. Será possível promover o controle intensivo da economia
que agride o meio ambiente, criando assim um sistema de monitoramento e apoio a
essas práticas incompatíveis. O setor econômico inclui riqueza intangível e
atividades intangíveis que fornecem emprego a indivíduos e grupos e, assim,
aumentam a renda e o padrão de vida dos indivíduos.
De acorda com Melo (2012), o desempenho financeiro reflete o valor para os
consumidores de uma empresa, sejam produtos físicos ou serviços prestados pela
empresa, bem como a eficiência com que são utilizados recursos produtivos como
capital, serviços, recursos e conhecimento. Alguns fatores que afetam as avaliações
dos clientes são valor, preço, qualidade e design. Logo o desempenho financeiro
pode ser visto como um indicador do desempenho dos negócios a curto prazo e uma
base para a sustentabilidade dos negócios a longo prazo. O apoio econômico pode
ser obtido por meio da alocação adequada de recursos e da mudança dos atuais
objetivos de investimento.

O pilar social inclui aspectos sociais relacionados às características das


pessoas, como suas habilidades, dedicação e experiência. O aspecto social abrange
tanto o ambiente interno quanto externo da empresa. A apresentação das relações
humanas pode variar de empresa para empresa, mas algumas são consideradas
como um dos diferentes departamentos. Indicadores comuns incluem salários justos,
horas de trabalho razoáveis, locais de trabalho seguros e saudáveis, proibição de
crianças e trabalho forçado e respeito pelos direitos humanos (Melo, 2012).

De acordo com Torres (2010), o apoio às empresas visa melhorar a vida das
pessoas usando vários métodos para diminuir a distância entre ricos e pobres.
Essas medidas podem ser: planejamento financeiro, acesso à educação, moradia e
alimentação, entre outras.

2.2. Logística Reversa

A logística “normal” é a gestão cujas atividades é voltada para o


armazenamento, movimento e distribuição de produtos, que cria mecanismos para
realizar a entrega do produto ao seu destino final com o período mais curto possível,
com custo reduzido. Entretanto, a logística também possui fluxos reversos, o retorno
do produto para a organização.

De acordo com a pesquisa de Muller (2012), os motivos para o retrocesso do


produto são diversos: por padrão, pode ser superprodução, falha na venda, dano no
transporte, devolução de embalagem etc.
Guarnieri et al. (2006) diz, que a logística reversa é a gestão da cadeia de
suprimentos, envolvendo o reaproveitamento de commodities no processo produtivo,
para gerar retorno econômico para a empresa e reduzir danos ambientais.

Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades


envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduo de
produtos e embalagens (CLM, 1993:323, Apud: Leite, 2003). Trata-se de um sistema
que usa o caminho inverso do fluxo normal da logística, ou seja, do consumidor até
a origem do produto. Abaixo o fluxo da logística normal e reversa.

Figura 1: Fluxo da logística normal e reversa

Fonte: Imgur (2023).

A logística reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de
consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de
recapturar valor ou de disposição final (Novaes, 2004: 54).

As organizações que têm um processo logístico reverso com uma gestão


qualificada, que atendem bem os clientes de uma forma mais rápida e diferenciada,
tendem a ganhar de uma maneira competitiva no mercado.

A logística reversa também precisa ser sustentável, pois, trata-se de


processos amplos e não de simples devoluções, os produtos que são devolvidos
nesse processo retornam ao fornecedor, são revendidos, retrabalhados, reciclados
ou as vezes são descartados e até substituídos.

2.2.1. Logística Reversa e o Meio Ambiente

Para Oliveira et al. (2003) As pessoas estão prestando cada vez mais atenção
à proteção do meio ambiente e à economia de recursos, por isso existe a
necessidade de gerenciar as contracorrentes. Portanto, a prática da logística reversa
não é vista apenas como uma ferramenta de redução de custos, mas também como
uma nova forma de reduzir o impacto ambiental da própria organização. Por isso, o
governo, e mesmo a base de clientes, estão exigindo cada vez mais essa gestão
completa do ciclo de vida dos produtos, e as empresas estão adotando cada vez
mais esse processo.

De acordo com Cotto et al. (2004), esse entendimento tende a reduzir o


despejo incorreto de resíduos na natureza, criando assim um equilíbrio entre os
fluxos direto e reverso. Porém, esses materiais concentram-se no centro da cidade,
causando dificuldades nas etapas de coleta, separação, consolidação e transporte.

Portanto, deve-se ressaltar a importância da separação dos resíduos, de


disponibilizar os resíduos em locais de fácil acesso e da instalação de usinas de
reciclagem em locais próximos ao centro da cidade para viabilizar a circulação
reversa. Em termos de meio ambiente, a indústria também avançou na proteção do
meio ambiente por meio de sua tecnologia e capacidade de conhecimento, e estão
empenhadas em garantir a manutenção dos ecossistemas, do clima e da
biodiversidade.

Segundo a pesquisa de Farah (2002), o avanço da reciclagem está


relacionado à implantação de empresas recicladoras, programas de coleta seletiva e
reciclagem, desenvolvimento de tecnologias de reciclagem, redução ou isenção de
impostos para vendas de produtos reciclados e sanções legais sobre produtos.
2.2.2. Logística Reversa Pós-Venda

A logística reversa também abrange na pós-venda, onde cada vez mais o


atendimento é um diferencial nas empresas, que fidelizam os clientes. Além da
procura por qualidade do produto, design e preço, o suporte pós-venda é também
muito procurado, a satisfação que o produto leva não apenas depende dele, mas
também dos serviços que a empresa leva juntamente. A função da pós-venda é
proporcionar a satisfação, ajudando a criar um vínculo de fidelidade do cliente e
assim divulgar a ótima reputação da organização para outros possíveis
compradores.

Leite (2009) denomina logística reversa de pós-venda:

“A logística reversa de pós-venda é a área específica de atuação da


logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do
controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes
de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por
diferentes motivos retornam pelos elos da cadeia de distribuição
direta”.
A logística reversa de pós-venda tem o objetivo de reinserir o produto na
cadeia produtiva, de forma que seja agregados valores como ordem econômica,
ambiental, social e principalmente imagem corporativa. (OLIVEIRA e RAIMUNDINI,
2005).

2.2.3. Logística Reversa Pós-Consumo

O ciclo reverso pós-consumo envolve produtos industriais que são


descartados pela sociedade de diferentes formas após o uso e possuem um ciclo de
vida útil, ou seja, podem ser reciclados ou reaproveitados após a reavaliação. Por
outro lado, o ciclo reverso do pós-venda envolve produtos industriais usados ou
inanimados, que são devolvidos à cadeia de abastecimento por diversos motivos:
por exemplo, expirou a validade, estoque excessivo no canal de distribuição,
remessa, qualidade, problemas e defeitos.

A legislação ambiental cada vez mais torna as organizações responsáveis


pelos produtos, e seus resíduo e impactos ambientais (Leite, 2002). A logística
reversa pós-consumo trata-se dos resíduos que podem ser reaproveitados e
retornam a sua origem de modo seguro e com baixo custo, para serem reciclados.

Segundo Leite (2002, p 3) a principal estratégia, é a de agregar o valor a uma


mercadoria logística constituindo bens inservíveis, ou que possuam condições de
utilização, por mercadorias descartadas que atingirem o período final de suas
respectivas vidas úteis e por resíduos industriais.

3. DESENVOLVIMENTO

Partindo do tema meio ambiente como base para as atividades práticas


supervisionadas, o grupo debateu em vários momentos qual seria a proposta de
abordagem mais adequada computacionalmente falando, pensou-se várias vezes
em desenvolver um programa que mostrasse informações sobre desmatamento,
aquecimento global, algum tipo de informativo sobre o assunto, mas por fim, foi
decidido realizar um jogo de perguntas e respostas um quiz sendo mais um
específico, com a temática de logística reversa.

Após a discussão sobre o tema, foi decidido o que cada integrante do grupo
faria, onde cada um atuaria para que fosse possível desenvolver o trabalho, já que a
problemática em questão se tratava da conscientização das pessoas, através do
método de logística reversa, que é a gestão da cadeia de suprimentos, envolvendo o
reaproveitamento de commodities no processo produtivo, que geraram retorno
econômico para as empresas e reduzem seus danos ambientais.

Dividimos o grupo em duplas, onde cuidamos do programa em geral, da


elaboração da ideia, da parte teórica e também da coleta de informações, onde
todos os integrantes do grupo conseguiram participar e executar de forma eficaz as
suas funções, de forma geral todos tiveram participação no trabalho como um todo,
seja, auxiliando, dando opiniões, revisando ou até mesmo na elaboração de cada
parte do projeto. E a seguir, iremos mostrar através de capturas de tela a forma
como foi construído o código do programa.
3.1. Estrutura do Programa

A estrutura do código, na qual contém todas as classes e como estão organizadas.

Figura 2: Estrutura do código

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.1. Inicialização

Esta etapa é onde ocorre a inicialização do spring para conseguir ter o


funcionamento do programa.
Figura 3: Inicialização

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.2. Controller

Controller é uma classe, onde tem o ponto de entrada do front-end, sendo


uma das camadas da arquitetura MSC, tendo como objetivo o recebimento das
solicitações e encaminhar somente informações importantes.

Figura 4: Controller
Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.3. Entity

Entity é a entidade da classe que recebe os atributos e que tem os métodos


(getter e setter), porém transformada em classe para o banco de dados.

Figura 5: Entity – Parte I

Fonte: Autoria própria (2023).


Figura 6: Entity – Parte II

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.4. Repository

Repository é uma interface que possibilita ter acesso ao banco de dados.

Figura 7: Repository

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.5. Service

Service é a classe utilizada para fazer os métodos controller, onde irão ser
utilizados para manipular o banco de dados.
Figura 8: Service

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.6. Repositório das Questões

É a classe utilizada para salvar as questões no banco de dados.


Figura 9: Repositório das Questões - Parte I

Fonte: Autoria própria (2023).

Figura 10: Repositório das Questões - Parte II

Fonte: Autoria própria (2023).


Figura 11: Repositório das Questões - Parte III

Fonte: Autoria própria (2023).

3.1.7. Build.Gradle

Build.Gradle é utilizada para instalar os plugins necessitados para utilizar ao


decorrer do desenvolvimento e funcionamento do software, que não acompanham o
pacote da linguagem Java originalmente.

Figura 12: Build.Gradle – Parte I

Fonte: Autoria própria (2023).


Figura 13: Build.Gradle – Parte II

Fonte: Autoria própria (2023).

4. RELACIONAMENTO ENTRE DISCIPLINAS

Durante a realização deste trabalho, comentamos uns com os outros sobre a


relação de quase dependência entre as matérias que estão sendo cursadas. O
interessante disto, foi acordar que as disciplinas de Linguagem de Programação
Orientada a Objetos e Paradigmas de Linguagem (especificadamente o tópico
destinado a “Paradigma de Programação Orientado a Eventos”) foram peças
fundamentais nesta pesquisa.

Inicialmente, em LPOO (Linguagem de Programação Orientada a Objetos)


nos foi instruído o manuseio da ferramenta “NetBeans”, cujo intuito era facilitar na
programação em Java (uma linguagem de programação) por se tratar de um
aplicativo muito utilizado entre os programadores, porém nos utilizamos a ferramenta
“IntelliJ IDEA”, na qual nós estávamos mais ambientados para programar em Java.

O nosso projeto foi construído com a linguagem Java, enfatizando a extrema


importância das aulas de LPOO, onde fomos apresentadas a novas ferramentas e a
maneira de utiliza-las da melhor maneira possível. Bem como o objetivo, sendo ele a
implementação de software através da Orientação Objeto, criamos um quiz voltado
para questões sobre a logística reversa.

Assim, de uma forma ampla e bem organizada, conseguimos reunir todas as


lições aprendidas em sala de aula, em um único código e ainda conseguir transmitir
conhecimento sobre uma conversa que para muitos é desconhecida: A logística
reversa.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a elaboração do projeto houve algumas discussões principalmente no


momento de decisão sobre a elaboração do programa, até que chegamos a um
consenso de elaborar um quiz sobre logística reversa.

Como resultado, podemos concluir que o programa é funcional e não


apresentou nenhum erro durante seu funcionamento. Isto se deu pelo fato de
conseguirmos aplicar de maneira correta todos os ensinamentos obtidos em sala de
aula do curso de ciência de computação, e por fim segue o programa funcionando
para o usuário nas imagens abaixo:

Figura 14: Front-End – A Interface Mostrada ao Usuário

Fonte: Autoria própria (2023).


Figura 15: Interface para Quando o Usuário Acerta a Questão

Fonte: Autoria própria (2023).

Figura 16: Interface para Quando o Usuário Erra a Questão

Fonte: Autoria própria (2023).


6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização do nosso trabalho, conseguimos alcançar todos os


objetivos que foi proposto, além de melhorar o nosso conhecimento, com a
programação do código do nosso projeto “quiz sobre a logística reversa”. Todos
integrantes do grupo teve o seu papel no trabalho, e cada pessoa fez a sua parte
para o desenvolvimento da atividade prática supervisionada. Além de aulas on-line
proposta para a programação em Java, tivemos que procurar uma pequena ajuda
em outras plataformas on-line de estudo, para conseguir estruturar o código do
nosso programa.

Ao longo do desenvolvimento da aplicação onde fizemos uma API completa,


tivemos alguns problemas, quando no Swagger inicializado no método da classe
Quiz para cadastrar a pergunta ocorria um erro 500, onde os parâmetros que
deveriam receber se invertiam fazendo com que o método não funcionasse. E como
solução para esse problema, tivemos que fazer uma DTO (Data Transfer Object)
onde identificamos o erro e resolvemos.

Em geral, o nosso tema “Desenvolvimento de software utilizando conceitos de


programação orientada a objetos para a conscientização com o meio ambiente,
através da logística reversa”, foi desenvolvido com eficácia e sem erros, onde o
programa funcionou de maneira correta, com 10 questões relacionadas a
conscientização ambiental, através da logística reversa. É um programa educativo
que te ajuda a conscientizar e preservar o meio ambiente, além de proporcionar uma
forma mais efetiva e descontraída de aprendizado.
REFERÊNCIAS

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CONHECIMENTO. 2018. Disponível em: <
http://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/46555>. Acesso em: 15 abril. 2023.

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