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FACULDADE UNINASSAU

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Disciplina de Eletrônica de Potência

Prof. Pablo Carvalho 011800752@


prof.uninassau.edu.br

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Principais características
■ É um dispositivo não-controlado (comuta espontaneamente)
■ Conduz quando diretamente polarizado e bloqueia quando i<0
■ VAC > 0
■ Possui uma queda de tensão intrínseca quando em condução
■ VF ~ 1V (forward voltage)
■ Não são facilmente operados em paralelo, devido aos seus
coeficientes térmicos de condução serem negativos
■ Quanto maior temperatura menor a queda direta
■ Pode conduzir reversamente durante um tempo trr (tempo de
recuperação reversa - especificado pelo fabricante)

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Características estáticas (tensão-corrente):


Circuito equivalente do diodo

Ideal

Real 2
Pc  V( TO )iDmed  rT Def
I
Região de avalanche
(curto-circuito)

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Exercício:
Calcular a corrente IF , a tensão VF , e a potência no diodo
D polarizado diretamente por uma fonte de tensão
contínua de 50V, em série com um resistor de 100Ω.
Considerar rT = 15mΩ e V(TO) = 0,7V:

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Características dinâmicas (considera-se D real):


Tempo de recuperação reversa - trr
■ Bastante significativo em aplicações de chaveamento em alta
velocidade ➔ provocam substâncias perdas e sobrecorrentes
■ O diodo real não passa, em um único instante, do estado de
condução para o de não-condução (comutação abrupta)
■ Nesse momento uma corrente reversa flui por um breve período,
e o diodo continua conduzindo devido aos portadores
minoritários que permanecem na junção pn e no material
semicondutor propriamente dito
■ Os portadores minoritários requerem um certo tempo para
recombinar com as cargas opostas e ser neutralizados
■ C ➔ Capacitância de recuperação do diodo (da junção)
■ Qrr ➔ carga armazenada em C durante condução

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Inicialmente S bloqueado
■ Malha L e D circuito IL em roda livre

■ S é fechado ➔ corrente
IL transferida de D para S
■ Comutação ➔ diodo
bloqueia
■ IL = iS + iF (constante)

■ S fechado ➔ corrente iF

■ Velocidade de decrescimento
depende:
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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Com iF=0
■ Ocorre a descarga de C
■ iD torna-se negativa, até que Qrr
seja toda removida
■ IRM representa o pico da corrente
de recuperação do diodo
■ Qrr = 0 ➔ diodo bloqueado
■ A taxa de variação de corrente,
associada à indutância parasita
série provoca sobretensão
negativa em D durante bloqueio
(pode ser destrutiva)
■ Utilizar snubber RC série em
paralelo com o diodo

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Formas de onda:

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Conclusão: o tempo de recuperação reversa (trr) e a carga


armazenada na junção (Qrr) estão relacionadas
diretamente com as perdas de comutação

■ Equações:

■ diF/dt ➔ estabelecido pelo projetista (depende do circuito)


■ Qrr dado do fabricante ➔ quanto menor, mais rápido é o diodo

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Exercício:
O tempo de recuperação de um diodo é trr=3 μs e a taxa
de decaimento da corrente do diodo é di/dt=30A/μs.
Determinar (a) a carga armazenada Qrr e (b) a corrente
reversa máxima de pico IRM.

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Entrada em condução do diodo:


■ Circuito para o estudo da entrada em condução do diodo e
formas de onda durante a comutação (entrada em
condução)

Atraso de entrada
em condução

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ trf: tempo de entrada em condução


■ Pode variar entre 0,1 a 1,5 μs
■ VFP: tensão de pico na entrada em condução
■ Pode alcançar valores próximo de 40V
■ Diodos rápidos reduzem trf e VFP

O atraso e a sobretensão são devidos à variação da resistência


do diodo durante entrada em condução

Em conversores comutados pela linha, as perdas de comutação


podem ser desconsideradas

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Classificação quanto ao tempo de recuperação:


■ Diodos lentos (standard-recovery) ➔ trr > 1 μs
■ Line –frequency diodes – operação em baixa frequência, geralmente menor
que 1 kHz
■ Diodos rápido (fast-recovery)➔ trr < 200 ns
■ Soft-recovery – Variação de corrente suavizada para evitar picos de tensão
■ Diodos ultra-rápidos (ultrafast-recovery) ➔ trr < 70 ns
■ Aplicação em fontes chaveadas
■ Pode-se reduzir o circuito snubber de proteção

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Demais valores nominais:


■ Corrente direta média máxima – IF(avg)max
■ É a corrente máxima que o diodo pode aguentar com segurança quando
polarizado diretamente

■ Corrente máxima de surto - IFSM


■ É a corrente máxima que o diodo pode suportar durante um transitório
fortuito ou diante de um defeito do circuito

■ Proteções
■ Sobretensão
■ Sobrecorrente
■ Transitórios – circuito snubber

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Exemplo: 1N4007 (standard)

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Exemplo: MUR460 (ultrafast)

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Diodos Schottky
■ Possuem uma baixa queda de tensão de condução, tipicamente de 0,3V
■ Baixo tempo de recuperação ➔ baixa perdas por condução
■ Circuitos Snubbers menores e menos dissipativos
■ Aplicação em fontes de baixa tensão, nas quais as quedas sobre os
retificadores são significativas
■ Desvantagem: baixa tensão direta e inversa suportável

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Eletrônica de Potência – RETIFICADORES A DIODO

■ Retificador Monofásico Meia Onda a Diodo


■ 1) Carga Resistiva Pura

■ Onde: v(  t )  V m sen (  t )  2Vo sen (


t ) eficaz da tensão de alimentação
Sendo: Vo = valor

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Eletrônica de Potência – RETIFICADORES A DIODO

■ Formas de onda para carga R(pura):

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Eletrônica de Potência – RETIFICADORES A DIODO
t0  T
■ Tensão média na carga:  1  f
Vmed
 ( t )dt
1 T
  2V0 sen (  t )d t 0
t

VLmed
2 0
2V0
  0 ,45V0
V Lmed
■ Corrente média na carga:

1 2V

I Lmed R 0 sen (  t )d
2 0
t
I Lmed  VLmed 0 ,45V0
R  R

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Eletrônica de Potência – RETIFICADORES A DIODO

■ Corrente de pico no diodo:


2V0
I Dp 
R
■ Tensão de pico inversa do diodo:

 2V0
V Dp
t0  T
1
■ Corrente eficaz no diodo V rms 
T
  f ( t )
2

t0 dt

2
1 
 2V  2 2V 0 V V0
 
2 

I Lef 2 R 0  sen 2 (  t )d t  2R   20 

0  2 0 ,707
R
R
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Eletrônica de Potência – DIODO DE POTÊNCIA

■ Exercícios:
1) Seja o retificador de meia onda alimentando carga
resistiva pura com Vo=120V (valor eficaz) e R=50Ω.
Calcular: (a) tensão média na carga , (b) corrente
média na carga, (c) corrente eficaz na carga e (d)
potência transferida ao resistor R. Desenhar os gráficos
de VL, IL e VD indicando os valores máximos e mínimos.

2) Considerando rT = 12mΩ e V(TO) = 0,85V, calcular a


potência de condução do diodo:
2
Pc  V( TO )iDmed  rT Def
I
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Eletrônica de Potência - Revisão

■ Referências bibliográficas:

– BARBI, Ivo. Eletrônica de Potência; 6ª Edição, UFSC, 2006


– MUHAMMAD, Rashid Eletrônica de Potência; Editora: Makron Books,
1999
– ERICKSON, Robert W.; MAKSIMOVIC, Dragan. Fundamentals of power
electronics. New York: Kluwer Academic, 2001
– AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência; Editora: Prentice Hall, 1a
edição, 2000
– Materiais de aula do Prof. Leandro Michels – UDESC

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