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JOSÉ SARAMAGO

Trabalho realizado por Santiago


Índice
 Nascimento
 Falecimento
 Prémios
 Livros
 Filhos
 Biografia
 Alguns poemas dele
José Saramago
Nascimento: 16 de Novembro de 1922 na Azinhaga
 Falecimento: 18 de Junho de 2010 com 87 anos
PREMIOS: Prémio Nobel da Literatura, Prémio
Camões, Prémio da Crítica pelo Conjunto da Obra
entre outros.
Livros: Caverna , Caim , A Viagem do Elefante , entre
outros .
Filhos: Violante Saramago Matos
Biografia de José Saramago
 Foi funcionário publico, escritor, ensaísta, jornalista; chegou a
subdirector do jornal Diário de Noticias e com a Literatura
contribuiu na busca de sentido para o mundo e para as coisas.
 Em 1947 publica o primeiro livro: “Terra de Pecado”, e com o
romance “Levantado do Chão”, Prémio Cidade Lisboa em 1980,
afirmou-se como um autor de pensamento de esquerda, que fala de
trabalhadores para trabalhadores. É “Memorial do Convento” que o
confirma como um dos grandes autores de língua portuguesa.
 Mas o seu estilo e os temas que aborda são incómodos:  “O
Evangelho Segundo Jesus Cristo” provoca em 1992 um “terramoto”,
que culmina numa discussão em Assembleia da República para o
excluir da lista de nomeados ao Prémio Literário Europeu.
Poemas de José Saramago
Não me Peçam Razões...
Poema à boca fechada
Não me peçam razões, que não as tenho,
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça. Que razões são palavras, todas nascem
Palavras consumidas se acumulam, Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas. Não me peçam razões por que se entenda
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem, A força de maré que me enche o peito,
Palavras que não digam quanto sei Este estar mal no mundo e nesta lei:
Neste retiro em que me não conhecem.
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam Não me peçam razões, ou que as
No negro poço de onde sobem dedos. desculpe,
Só direi, Deste modo de amar e destruir:
Crispadamente recolhido e mudo, Quando a noite é de mais é que
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
amanhece
José Saramago A cor de primavera que há-de vir.

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