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Matemática II

Elaborado por

Prof. Gerson Lachtermacher, Ph.D.


Prof. Rodrigo Leone, D.Sc.

Seção 3
VERSÃO 2010-2
Conteúdos da Seção

 Derivada
– Noção Intuitiva
– Noção Gráfica: reta secante e reta tangente
– Definição
– Teoremas
– Diferencial de x e y
– Diferenciação implícita
– Derivadas de ordem superior

2 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em quilômetros e o
tempo, t, é medido em horas:

s = 15
t=0

3 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em quilômetros e o
tempo, t, é medido em horas:

s = 15 s = 55
t=0 t=1

4 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em quilômetros e o
tempo, t, é medido em horas:

s = 15 s = 55 s = 95
t=0 t=1 t=2

5 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em quilômetros e o
tempo, t, é medido em horas:

s = 15 s = 55 s = 95 s = 135
t=0 t=1 t=2 t=3

6 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A posição inicial do carro é o km 15;
 A cada intervalo de 1 hora, o carro se desloca 40km.
 Podemos encontrar a posição s em função do tempo t:

s = s(t) = 15 + 40t

 Qual a taxa de variação do espaço percorrido por unidade


de tempo? Ou ainda: qual a velocidade do carro?
 Resposta: 40 km/h

7 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Para dois instantes t1 e t2, temos:

s(t1 )  15  40t1 e s(t 2 )  15  40t 2


s s2  s1 (15  40t 2 )  (15  40t1 ) s 40(t 2  t1 )
     40
t t 2  t1 t 2  t1 t t 2  t1

Para t2 muito próximo de t1, ou seja, para t muito


pequeno, temos a taxa de variação instantânea do
espaço percorrido por intervalo de tempo.

8 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A taxa de variação instantânea do espaço
percorrido é a velocidade instantânea,
dada por:

s s(t  t )  s(t )
v  lim  lim
t 0 t t 0 t

9 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 No nosso caso
s s(t  t )  s(t )
v  lim  lim
t 0 t t 0 t
s(t  t )  s(t )
v  lim
t 0 t
15  40(t  t )  (15  40t )
v  lim
t 0 t
40t
v  lim  40 km/h
t 0 t

10 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em metros e o
tempo, t, é medido em segundos:

s=0
t=0

11 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em metros e o
tempo, t, é medido em segundos:

s = 0 s =10
t = 0 t =1

12 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em metros e o
tempo, t, é medido em segundos:

s = 0 s =10 s =40
t = 0 t =1 t =2

13 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em metros e o
tempo, t, é medido em segundos:

s = 0 s =10 s =40 s =90


t = 0 t =1 t =2 t =3

14 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Considere um carro se movendo de acordo com o gráfico
abaixo, onde a posição, s, é medida em metros e o
tempo, t, é medido em segundos:

s = 0 s =10 s =40 s =90 s =160


t = 0 t =1 t =2 t =3 t =4

15 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A posição inicial do carro é a origem: 0 m;
 A cada intervalo de 1 segundo, o carro percorre um espaço
cada vez maior;
 Podemos encontrar a posição s em função do tempo t:

s = s(t) = 10t2

 Qual a taxa de variação do espaço percorrido por unidade


de tempo? Ou ainda: qual a velocidade do carro?
 Resposta: a velocidade é variável!

16 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 Sabemos que a velocidade instantânea é dada por:
s
v  lim
t 0 t
Assim:
s 10(t  t )2  10(t )2
v(t )  lim  lim
t 0 t t  0 t
10(t 2  2tt  t 2 )  10(t )2 t (20t  10t )
 lim  lim  20t
t 0 t  t  0 t

onde t pode assumir qualquer valor positivo.

17 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A velocidade instantânea, como havíamos previsto, é
variável: depende do tempo. Podemos, então, completar o
gráfico.
80

60
V(t)=20t

40

20

1 2 3 4 tempo

18 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A taxa com que a velocidade muda é a
aceleração:
v
a  20
t
 Para intervalos de tempo infinitesimais, temos a
aceleração instantânea:

v v(t  t )  v(t )
a  lim  lim
t 0 t t 0 t

19 Seção 3
Derivada
Noção Intuitiva
 A derivada de uma função f(x) é igual à taxa de
variação do valor dessa função para uma
variação infinitesimal de x;

 A velocidade instantânea é a derivada da


função espaço percorrido, s(t), em relação a t;

 A aceleração instantânea é a derivada da


função velocidade, v(t), em relação a t.

20 Seção 3
Reta Tangente

 Geometria Plana

– É a reta que intercepta uma circunferência em


um único ponto.

– Não é suficiente no caso de uma curva geral.

21 Seção 3
Reta Tangente

 Uma reta pode ser definida por dois pontos da


curva
P(x1 , f (x1 )) e Q(x2 , f (x2 ))

 ou por um ponto e uma declividade

P(x1 , f (x1 )) e mPQ

22 Seção 3
Reta Tangente

f(x 2 ) tangente secante f(x)

f(x 1 ) Q(x2 , f (x2 ))


secante
P(x1 , f (x1 ))

x1 x2

23 Seção 3
Reta Tangente

tangente secante f(x)


f(x 2 )

f(x 1 ) Q(x2 , f (x2 ))


secante
P(x1 , f (x1 ))

x1 x2

24 Seção 3
Reta Tangente

tangente secante f(x)

f(x 2 ) y
f(x1 ) y m=
x

x

x1 x2

25 Seção 3
Reta Tangente

 Se f(x) é uma função contínua em x1, então a


reta tangente ao gráfico de f(x) no ponto P(x1 , f (x1 ))
é a reta que passa por P e tem declividade
m(x1) dada por:
f (x1  Δx)  f (x1 )
m(x1 )  lim
Δx 0 Δx

se o limite existir
26 Seção 3
Reta Tangente

 Se f(x) é uma função contínua em x1, então a


reta tangente ao gráfico de f(x) no ponto P(x1 , f (x1 ))
é a reta x=x1

f (x1  x)  f (x1 )


Se lim 
x  0 x

27 Seção 3
Derivada
Definição
 A derivada de uma função f(x), indicada por f ’(x)
é dada por
f (x  x)  f (x)
f (x)  lim
x  0 x

se o limite existir e for finito.

 A derivada é a declividade da reta tangente a


curva f(x) em um dado ponto.

28 Seção 3
Derivada
Notações Alternativas
Seja uma função y = f(x), então, a derivada de
f(x) pode ser representada por:

dy
f (x)  y   Dx y 
dx

29 Seção 3
Derivada
Exemplos
 Calcule a derivada das seguintes funções nos
pontos sugeridos:
1. f(x) = x3

1. f(x) = x2 + 1

30 Seção 3
Exemplos
Derivada de f(x) = x3
f (x  x)  f (x)
f ' (x)  lim
x 0 x
x  x 3  x 3
f ' (x)  lim
x 0 x
(x 3  3x 2 x  3xx 2  x 3 )  x 3
 lim
x 0 x
x(3x 2  3xx  x 2 )
 lim
x 0 x
 lim (3x 2  3xx  x 2 )  3x 2
x 0

31 Seção 3
Exemplos
Derivada de f(x) = x2 + 1

f ( x  x )  f ( x )
f '( x )  lim
x 0 x
 x  x 2  1   x 2  1
   
f '( x )  lim
x 0 x
( x 2  2 x x  x 2  1)  ( x 2  1)
 lim
x  0 x
2 x x  x 2 x  2 x  x 
 lim  lim  lim 2 x  x  2 x
x  0 x x 0 x x  0

32 Seção 3
Derivada à Direita

 Se uma função f está definida em x, então sua


derivada à direita é
f (x  x)  f (x)
f ' (x)  lim 
x  0 x
ou
f ( x1 )  f ( x )
f ' (x)  lim 
x1  x x1  x
se o limite existir.

33 Seção 3
Derivada à Esquerda

 Se uma função f está definida em x, então sua


derivada à esquerda é
f (x  x)  f (x)
f ' (x)  lim 
x 0 x
ou
f ( x1 )  f ( x )
f ' (x)  lim 
x1  x x1  x
se o limite existir.

34 Seção 3
Derivada no ponto

 Seja y = f(x). Dizemos que y tem derivada no


ponto x = a, se somente se:

1. y tem derivada à direita do ponto x = a;

2. y tem derivada à esquerda do ponto x = a;

3. As derivadas à direita e à esquerda são iguais.

35 Seção 3
Derivada
Exemplos
 Calcule a derivada das seguintes funções nos
pontos sugeridos:
1. f(x) = |x| para x = 0 e x = 2

 x  2, para x  3
2. f (x)   para x=0, x=3 e x =
6  x  5, para x  3

1
f (x) 
3. x  2 x=2 e x=3
para

36 Seção 3
Exemplo 1
Solução para x = 0
 x , para x  0
f (x) | x | 
 x , para x  0
(0  x)  (0)
f ' (0)  lim 
x 0 x
x
f ' (0)  lim  1
x 0 x

 (0  x)  (0)
f ' (0)  lim 
x 0 x
 x
f ' (0)  lim   1
x 0 x
f ' (0)  f ' (0) Logo a derivada não existe no ponto x = 0

37 Seção 3
Exemplo 1
Solução para x = 2
 x , para x  0
f (x) | x | 
 x , para x  0
(2  x)  (2)
f ' (2)  lim 
x  0 x
x
f ' (2)  lim  1
x  0 x

(2  x)  (2)
f ' (2)  lim 
x  0 x
x
f ' (2)  lim  1
x  0 x

f ' (2)  f ' (2) Logo a derivada existe no ponto x = 2

38 Seção 3
Exemplo 1
Solução Gráfica

f ( x ) | x |
x=2
tan =+1
2+ tan =+1
2-
x=0
tan =-1
tan =+1  0- 0+

39 Seção 3
Exemplo 2
Solução para x = 0

f ' (0)  lim 


(0  x)  2 (0)  2
x  0 x
x
f ' (0)  lim  1
x  0 x

f ' (0)  lim 


(0  x)  2 (0)  2
x  0 x
x
f ' (0)  lim  1
x  0 x

f ' (0)  f ' (0)

40 Seção 3
Exemplo 2
Solução para x = 3
 Dado que a função não é continua em x = 3, esta
não pode ser derivável neste ponto.

 Podemos verificar que para todos os valores


maiores e menores que 3 a derivada no ponto é
a mesma e igual a 1.

41 Seção 3
Exemplo 2
Solução para x = 6

f ' (6)  lim 


(6  x)  5 (6)  5
x  0 x
x
f ' (6)  lim  1
x  0 x

f ' (6)  lim 


(6  x)  5 (6)  5
x  0 x
x
f ' (6)  lim  1
x  0 x

f ' (6)  f ' (6)

42 Seção 3
Exemplo 2
Solução Gráfica

6+
 6-
x=6
tan =+1
tan =+1
2+
2- x=2
tan 2-=+1
tan 2+=+1

43 Seção 3
Exemplo 2
Conclusão
 f é contínua nos pontos x = 0 e x = 6. Além disso, f
também é derivável nesses pontos já que suas
derivadas laterais existem e são iguais.

 f não é contínua em x = 3. Assim sendo, f não é


derivável nesse ponto, apesar de suas derivadas
laterais existirem e serem iguais.

44 Seção 3
Exemplo 3
Solução para x = 2
 Dado que a função tem uma descontinuidade do
tipo infinita em x = 2 esta não pode ser derivável
neste ponto.

 Podemos verificar que para todos os valores


maiores e menores que 2, a derivada no ponto
pode ser calculada.

45 Seção 3
Exemplo 3
Solução para x = 3
1
f ( x) 
x 2
1 1 (x  2)  ( x1  2)

x1  2 x  2 ( x1  2)  ( x  2)
f ' (x)  lim  lim
x1  x x1  x x1  x x1  x
x  x1
(x  2)  (x  2) 1
f ' (x)  lim 1  lim
x1  x x1  x x1  x ( x  2)  ( x  2)
1

1 
f ' (3)  lim  1
x1 3 (3  2)  (3  2) 
1  f ' (3)  f ' (3)
f ' (3)  lim  1
x1 3 (3  2)  (3  2) 

46 Seção 3
Exemplo 3
Solução

x=3
tan 3-= -1
tan 3+ = +1

3-
3+

47 Seção 3
Exemplo 3
Conclusão
 Como f não está definida para x = 2, f não é
contínua e, portanto, não é derivável nesse ponto.

 f é contínua em x = 3. Além disso, f é derivável


nesse ponto, já que suas derivadas laterais são
iguais.

48 Seção 3
Derivada e Continuidade

 Se uma função é contínua em um ponto, isso não


implica dizer que ela tem derivada nesse ponto.

 Se uma função tem derivada em um ponto, isso


implica em dizer que a função é contínua nesse
ponto.

49 Seção 3
Derivada
Teorema
Seja f(x) = c, onde c é uma constante, então f ( x )  0
Demonstração:
f ( x  x )  f ( x )
f ( x )  lim
x 0 x
c c

f ( x )  lim 0
x 0 x

Exemplos:
f (x) = 4 f ’ (x) = 0
f (x) = -8 f ’ (x) = 0

50 Seção 3
Derivada
Teorema
Seja f(x) = x, então f ( x )  1 .
Demonstração:

f (x  x)  f (x)
f (x)  lim
x 0 x
x  x  x

f (x)  lim
x 0 x
x
f (x)  lim  lim 1  1
x 0 x x 0

51 Seção 3
Derivada
Teorema
 Seja g(x) = c.f(x), onde c é uma constante, então, sua
derivada, se existir, é dada por:

g(x)  c. f (x)

52 Seção 3
Derivada
Teorema
 Seja f uma função dada por

f (x)  x r ,
em que r é um número racional qualquer, então:
r 1

f (x)  r .x

Observe que o teorema no 2 é um caso especial


desse teorema: nele, temos r = 1.

53 Seção 3
Exercícios Propostos

 Calcule a derivada das seguintes funções:

1. f(x) = x2

2. f(x) = 3x4

3. f(x) = x-2

4. f(x) = 2x-2

54 Seção 3
Exercícios Propostos
Solução

1. f (x)  x 2  f (x)  (2  1)x (21)  2 x

4 (4 1) 3

2. f (x)  3x  f (x)  (3  4)x  12 x

3. f (x)  x 2  f (x)  (2  1)x (21)  2 x 3

4. f (x)  2 x 2  f (x)  (2  2)x (21)  4 x 3

55 Seção 3
Derivada
Teorema
 Seja a função h definida por:

h(x)  f (x)  g(x)


Se as derivadas de f e g existirem, então:

h(x)  f ( x)  g (x)

A derivada da soma de um número finito de


funções é igual à soma de suas derivadas, se
estas existirem.

56 Seção 3
Derivada
Teorema
 Seja a função h definida por

h(x)  f (x).g(x)

Se as derivadas de f e g existirem, então:

h(x)  f (x)g(x)  f (x)g(x)

57 Seção 3
Derivada
Teorema
 Seja a função h definida por:
f (x)
h(x)  onde g(x)  0
g( x )

Se as derivadas de f e g existirem, então

f (x)g(x)  f (x)g(x)
h(x) 
g(x)2

58 Seção 3
Derivada
Regra da Cadeia
 Se y = f(u) e u = g(x), então:

y  f  g(x)  f (g(x))

Se Duy e Dxu existirem, então:

dy dy du
 
dx du dx

59 Seção 3
Exercícios Propostos

 Calcule a derivada das seguintes funções


3 3
1. f ( x )  2 x  4 x

1
2. f (x)  3(2 x  2)  5x 3
2

3.  1
 
f (x)  3(2 x  2) 5x 3
2

2 x 3  3x
4. f (x) 
4x2
60 Seção 3
Exercícios Propostos
Soluções
Exercício 1 f ( x )  2 x 3  4 x 3
2 4

f (x)  6 x  12 x

1
Exercício 2 f (x)  3(2 x  2)  5x 3
2

 1
f (x)  3 (2 x  2) 2  5(3)x 4
 12

2
 12 4
f (x)  3(2 x  2)  15x

61 Seção 3
Exercícios Propostos
Soluções
Exercício 3


f ( x )  3(2 x  2)
1
2
 5 x 3 
3  21 
    15 x 
1
f ( x )   (2 x  2)  5 x  3(2 x  2)
3 2 4

2 
1
15 45(2 x  2) 2

f ( x )  3 1  4
x (2 x  2) 2 x

62 Seção 3
Exercícios Propostos
Solução
Exercício 4
1 1
3
2x  3 x  2x  3 x  3 2 1  2x  3 
2 2
f (x)  2
 2    
4x  4 x  2 x 
1

f '( x ) 
1  2x 2  3 

2


 4x    x   2x 2  3  1 
 
4 x   x2 
 
1

1  2x  3 
2 2  4 x 2  2x 2  3 
f '( x )     2 
4 x   x 
1

1  2x 2  3  2  2x 2  3 
f '( x )     2 
4 x   x 

63 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.

 A GR Eletrodomésticos S.A. tem um custo total de


produção de seu ferro de passar em função da quantidade
mensal produzida. O custo fixo da empresa é de
R$2.000,00. O custo variável unitário médio decresce
linearmente com a quantidade entre a produção de 0 a
100 ferros e cresce linearmente a partir de 100 unidades.
Para uma produção de 30, 100 e 170 unidades, os custos
variáveis unitários são de R$20,00, R$ 10,00 e R$ 20,00
respectivamente. Descreva o custo total em função da
quantidade produzida, bem como o custo marginal para a
quantidade de 50 e 120 unidades produzidas.

64 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução

Custo Total(q)  Custo fixo  Custo Variável( q)


Custo Total(q)  2000  Custo Variável Unitário Médio(q)  q

Custo Variável Unitário Médio(30)  20


Custo Variável Unitário Médio(100)  10
Custo Variável Unitário Médio(170)  20

65 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução
y 2  y1 y  y 1 10  20 CVU  20
P1(30;20) e P2 (100;10)    
x2  x1 x  x1 100  30 q  30

10(q  30)  70(CVU  20)  10q  300  70CVU  1400

1 170
70CVU  10q  1700  CVU   q 
7 7

1 170 1 170
CVU (30)   (30)   20 CVU (100)   (100)   10
7 7 7 7

66 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução
y3  y2 y  y2 20  10 CVU  10
P2 (100;10) e P3 (170;20)    
x3  x 2 x  x2 170  100 q  100

10(q  100)  70(CVU  10)  10q  1000  70CVU  700

1 30
70CVU  10q  300  CVU  q
7 7

1 30 1 30
CVU (100)  (100)   10 CVU (170)  (170)   20
7 7 7 7

67 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução

Custo Variável
Unitário Médio

68 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução
Custo Total(q)  Custo fixo  Custo Variável(q )

Custo Total(q)  2000  Custo Variável Unitário(q)  q

  1 170 
se q  100, 2000    7 q  7   q
  
Custo Total(q)  
 se q  100, 2000   1 q  30   q , q  100
 7 7 
  

69 Seção 3
Caso GR Eletrodomésticos S.A.
Solução
 170 1 2
2 000  q  q , q  100
Custo Total(q)   7 7
30 1
2000  q  q 2 , q  100
 7 7

170 2
 7  7 q , se q  100
Custo Marginal(q)  
  30  2 q, se q  100
 7 7
170 2
Custo Marginal(50)   (50)  10
7 7
30 2
Custo Marginal(120)    (120)  30
7 7

70 Seção 3
Custo Marginal
Interpretação Geométrica

tan( )  10
tan(  )  30

71 Seção 3
Caso GR Financeira Ltda.

 A GR Financeira Ltda. realiza operações de empréstimos


de curto prazo. Como uma vantagem competitiva sobre a
concorrência, ela divulga que seus empréstimos utilizam
a cobrança de juros simples, isto é, um percentual de
10% a.m. sobre o capital inicial do empréstimo. Um
cliente deseja tomar um empréstimo no valor de R$
100.000,00 e está estudando a possibilidade de devolver
o empréstimo em dois ou três meses (valor do
empréstimo acrescido dos juros). Quanto o cliente terá
que devolver no final de cada período? Interprete a
diferença entre os dois períodos.

72 Seção 3
Caso GR Financeira Ltda.
Solução
 O valor de juros é de 10% ao mês sobre o valor do
empréstimo.
 O que desejamos saber é a função que descreve o saldo
devedor do empréstimo, em função do número de meses
entre o início e o final do empréstimo (data de
pagamento).
 No mês zero (momento do empréstimo) o valor do saldo
devedor é igual ao valor do empréstimo, isto é, para t =0,
o valor do saldo é igual a R$ 100.000,00.
 No final do 1º mês (t = 1) o valor do saldo devedor é igual
a R$ 110.000,00 (capital +juros=1,10 x 100000).

73 Seção 3
Caso GR Financeira Ltda.
Solução
P1  (0 ; 100000) e P2  (1; 110000)
y 2  y1 y  y1

 t 2  t1 t  t1
110000  100000 y  100000

 1 0 t 0
10000 y  100000

1 t
10000 x  y  100000
y  10000t  100000
tan(tan() 

74 Seção 3
Caso GR Financeira Ltda.
Solução

Saldo Empréstimo  f (t )  10000t  100000


f (3)  130000 e f (2)  120000
 23  130000  120000  10000
f (t )  10000
f (2)  10000
f (3)  10000

75 Seção 3
Derivada
Teorema: Função Exponencial
 Seja

x
f (x)  e

Então, sua derivada é dada por

f ( x )  e x

76 Seção 3
Derivada
Teorema: Função Exponencial
 Seja

g(x)
f (x)  e

Pela Regra da Cadeia, sua derivada é dada por

f ( x )  e g ( x )
 g(x)

77 Seção 3
Derivada
Teorema: Função Exponencial
 Seja

x
f (x)  a

Então, sua derivada é dada por

 x
f ( x )  a ln a

78 Seção 3
Derivada
Teorema: Funções Logarítmicas
 Seja

f (x)  ln x

Então, sua derivada é dada por:

1
f (x) 
x

79 Seção 3
Derivada
Teorema: Funções Logarítmicas
 Seja

f (x)  lng(x)

Pela Regra da Cadeia, sua derivada é dada por:

1
f (x)  g(x)
g( x )

80 Seção 3
Derivada
Teorema: Funções Logarítmicas
 Seja

f (x)  log a x

Então, sua derivada é dada por

log a e
f (x) 
x

81 Seção 3
Derivada
Teorema: Funções Logarítmicas
Seja

f (x)  log a g(x)

Pela Regra da Cadeia, sua derivada é dada por

log a e
f (x)  g(x)
g( x )

82 Seção 3
Exercícios Propostos

 Ache a derivada das seguintes funções:

(7 x 2 )3
1. f (x)  4e

(7 x 2 3)
2. f (x)  4
 4x3  5
3. f (x)  ln 
 3x 

83 Seção 3
Exercícios Propostos
Solução
 Exercício 1
f ' ( x)  4  e ( 7 x  2) 3

 3  (7 x  2)2  7 
( 7 x  2) 3 2
f ' (x)  84  e  (7 x  2)
 Exercício 2
(7 x 2  3)
f (x)  4
(7 x 2  3)
f ' (x)  4  ln(4)  14 x

84 Seção 3
Exercícios Propostos
Solução
 Exercício 3
(4 x 3  5)
f (x)  ln
3x
1 12 x 2  (3x)  (4 x 3  5)  3
f ' (x)  
3
 (4 x  5)  9x2
 
 3 x 
3x 36 x 3  12 x 3  15
f ' (x)  3

(4 x  5) 9x2
(24 x 3  15) (8 x 3  5)
f ' (x)  
3 x  (4 x  5) x  (4 x 3  5)
3

85 Seção 3
Caso da População Brasileira

 Os diversos levantamentos populacionais feitos pelo IBGE


têm demonstrado que a população brasileira tem crescido a
uma taxa, crescente a cada ano. Baseado nos dados
históricos, foi estimado o modelo temporal para a
população brasileira, mostrado a seguir:
População final (ano )  100  1,2( ano 2000 ) milhões de habitantes
 Qual a população brasileira estimada para 2020?
 Qual foi a variação populacional para o ano de 2007
estimada pelo modelo?
 Qual foi a taxa marginal de crescimento populacional em
2007, estimada pelo modelo?

86 Seção 3
Caso da População Brasileira
 O gráfico da função populacional é mostrado
abaixo.

87 Seção 3
Caso da População Brasileira

 A população brasileira no ano de 2020 estimada


pelo modelo será de:

População(ano )  100  1,2( ano 2000) milhões de habitantes


População(2020)  100  1,2(2020 2000) milhões de habitantes
População(2020)  100  1,2(20) milhões de habitantes
População(2020)  3833,76 milhões de habita ntes

88 Seção 3
Caso da População Brasileira

 A variação populacional estimada no ano 2007

População final(2007)  358,3181 milhões de habitantes


População final(2006)  298,5984 milhões de habitantes
População(2007)  População final(2007)  População final(2006)
População(2007)  358,3181 - 298,5984  59,7197

89 Seção 3
Caso da População Brasileira

 A taxa marginal de crescimento populacional no


ano 2007

População final (ano )  100  1,2( ano 2000) milhões de habitantes


População final (ano )  100  1,2( ano 2000) ln(1,2)  (1)
População final (ano )  100  1,2( ano 2000)0,18232156
População final (ano )  18,232156  1,2( ano 2000)
População final (2007)  18,232156  1,2(20072000)  65,3291

90 Seção 3
Derivada
Teorema: Aplicação
 Consideremos o problema de derivar a função
y = uv, onde u = f(x) e v = g(x) são funções
diferenciáveis de x.
 Utilizando uma propriedade de logaritmo, temos:

y  uv  ln y  ln uv  ln y  v ln u

91 Seção 3
Derivada
Teorema: Aplicação
 Daí:
1 dy  1  du dv
 v      ln u 
y dx  u  dx dx
dy  1  du dv
 y  v      y  ln u 
dx  u  dx dx
dy v  1  du v dv
 u  v      u  ln u 
dx  u  dx dx
dy v 1 du v dv
 v  u   u  ln u 
dx dx dx

92 Seção 3
Exercício Proposto

 Calcule a derivada da função


y  x 24
x3

93 Seção 3
Exercício Proposto
Solução

y  x 24

x3
 ln y  x 3 ln x 4  2  
1 dy 3 1 3 4 2 2
  x  4  4 x  ln x  2  3x  x 
 4

x 4
 3  x 4


2  ln x 4
2     
4 
y dx x 2  x  2 
dy 4 4 4

2  4 x  3  x  2  ln x  2 
 yx 
  
4 
dx  x 2 
dy
  x4  2  x3 2
x 
 4 x 4
 3  x 4
2  ln x 4
 
2  
4 
dx  x  2 
dy
  x4  2
dx
 x 3 1
   
 x 2 4 x 4  3  x 4  2  ln x 4  2 
94 Seção 3
Derivada
Teorema
 Se y = f(x) e x = g(y) são funções diferenciáveis
inversas, então:

dy 1 df ( x ) 1
 ou 
dx dx dx dg ( y )
dy dy

Isto é, a derivada da inversa de uma função é igual


à recíproca da derivada da função.

95 Seção 3
Exercício Proposto

 Seja
y  2x  1

 e a sua função inversa


y 1
x
2
dy dx
 Calcule e
dx dy
96 Seção 3
Exercício Proposto
Solução

dy 
y  2x  1   2
dx  dy 1
  
y  1 dx 1 dx dx
x   
2 dy 2  dy

97 Seção 3
Derivada
Diferencial de x e y
 Até agora, dy foi considerado como lim
y
dx x 0 x

Em alguns casos é interessante interpretar dy e


dx separadamente. Dessa forma, definimos:

Diferencial de y : dy  f ( x )x

Diferencial de x : dx  x

98 Seção 3
Derivada
Diferencial de x e y

P’
T
dy = PQ x tan  = QT
P
dx Q

y  QP '  dy  QT para x  0

99 Seção 3
Exercício Proposto

 Utilize o conceito de diferencial para calcular o


valor de

3
1010

100 Seção 3
Exercício Proposto
Solução
 Como 3 1000  10 podemos utilizar o conceito de
diferencial para realizar um cálculo aproximado.
y 3 x
2
dy 1  3 1
 x 
dx 3 3
3 x  
2

dx  10  10
dy   dy    0,033
 
33 x
2

3 3 1000 
2
300
3
1010  3 1000  0,033  10,033

101 Seção 3
Derivada
Diferenciação Implícita
 Uma função explícita de y em x expressa
explicitamente y em termos de x e podem ser
diferenciadas de acordo com as regras estudadas
até agora.
 Uma função implícita – algumas equações do tipo
f(x,y) = 0 – não podem explicitar y em relação a x.
 Exemplo:

x 2y  x  y 2  0

102 Seção 3
Derivada
Diferenciação Implícita
 Quando y é definido como uma função implícita de
x pela equação f(x,y) = 0, a derivada de y em
relação a x é obtida diferenciando-se a equação
f(x,y) = 0 termo a termo, considerando y como
uma função de x e resolvendo, então, a equação
resultante.

103 Seção 3
Diferenciação Implícita
Exemplos
dy dx
1. Determine e para x3 + y3 = 9.
dx dy
2 dy
2 2dx
3x  3y 0 3x  3y 2  0
dx dy
2 2
dy  3x x dx  3y 2  y 2
  2
 2    2
dx 3y y dy 3x 2
x
dy 1

dx dx
dy
104 Seção 3
Diferenciação Implícita
Exemplos
dy
2. Determine para x2y – x + y2 = 0.
dx
2 dy dy
(2 xy  x )  1  2y 0
dx dx
2 dy dy
x  2y  1  2 xy
dx dx
2 dy
 (x  2y)  1  2 xy
dx
dy 1  2 xy
  2
dx x  2y

105 Seção 3
Derivada
Derivadas de Ordem Superior
 A derivada da primeira derivada é a segunda derivada.
 A derivada da segunda derivada é a terceira derivada, e
assim por diante.
 Notações da derivada de ordem n:

n
d y n n n
n
 f ( x )  y  Dx y
dx

106 Seção 3
Exercícios Propostos

 Encontre as derivadas de ordens 1, 2, 3 e 4 de:


3 2
f ( x )  2x  5 x  2x  3

f 1( x )  6 x 2  10 x  2
f 2 ( x )  12 x  10
f 3 ( x )  12
4
f (x)  0

107 Seção 3
Exercícios Propostos

 Livro Básico 1
– Problemas de 1 a 7, páginas 133, 139 a 142
– Problemas de 12 a 54, páginas 148 a 149, 151, 153.
 Livro Básico 2
– Exercícios de 1 a 47, páginas 101-102.
– Problemas de 1 a 16, páginas 112-113.
– Problemas de 1 a 24, páginas 117-119.
– Problemas de 1 a 45, páginas 124-125.
– Problemas de 1 a 30, página 129.
– Problemas de 1 a 34, páginas 135-136.
– Problemas de 1 a 37, páginas 136-137.

108 Seção 3

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