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Higiene do idoso

(Aula 2)

Módulo 11: Prática de Enfermagem IV -


Enfermagem em Saúde Mental e
Enfermagem Geriátrica

Curso de Enfermagem Geral


Higiene do utente idoso

 Cuidados de higiene com:


 A pele, cabelos e couro cabeludo;
 Mãos e unhas;
 Os olhos;
 Cavidade bucal (dentes, próteses);
 Os genitais;
 A unidade onde está instalado o idoso.

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Objectivos de aprendizagem

 Ao final desta sessão os estudantes


deverão ser capazes de:
 Descrever cuidados específicos
relacionados a higiene do idoso;
 Citar aspectos referentes a higiene da
unidade onde está instalado o idoso.

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Higiene dasTécnicas
mãos e das unhas
 As mãos constitui importante fonte de
disseminação de microorganismos, sendo as
unhas zonas de acúmulo de numerosas bactérias.
 Assim, todo indivíduo deve lavar as mãos ao sair
da casa de banho, antes e depois das refeições,
antes de tomar medicamentos, antes de se deitar
e de acordo com as suas necessidades.
 As mãos devem ser lavadas com sabão neutro,
incluindo os espaços interdigitais, palmas e costas
das mãos e embaixo das unhas.
 Enxaguar e secar em toalha de uso pessoal ou
papel toalha.
 As unhas devem ser aparadas e retas.

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Higiene das mãos e das unhas
 O álcool glicerinado pode estar ao alcance do idoso
para a higiene das mãos;
 Este substitui a lavagem das mãos com água e
sabão desde que as mãos não estejam
visivelmente sujas.
 Deitar cerca de 5ml do produto na palma de uma
das mãos e friccionar na região
palmar e dorsal das mãos, espaço
interdigital, dedos, unhas.

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Higiene das mãos e das unhas

 Evitar levar as unhas na boca, nariz, olhos e


ouvidos; Fazer a limpeza dessas área na casa de
banho.
 Não roer as unhas;
 Espirrar ou tossir protegendo a boca e o nariz com
a mão em concha; Em seguida lavar as mãos;

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Higiene das mãos e das unhas

 Limitações comuns aos idosos, como acuidade


visual diminuída, tremores, mobilidade
prejudicada, falta de hábito da lavagem das mãos,
poderão dificultar sua adesão a referida higiene,
bem como aparar as unhas;
 Nesse contexto, cabe ao enfermeiro orientar e
estimular, realizar pelo idoso e envolver a família
nesses cuidados.

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Higiene dos olhos

 À noite, lavar o rosto, de preferência com sabonete neutro


e suave;
 Enxaguar os cabelos sempre com a cabeça inclinada para
trás, jamais para frente.
 Lavar os cílios com uma gota de xampu neutro para tirar
qualquer resíduo prejudicial aos olhos;
 Usar compressas geladas, em caso de irritação;

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Higiene dos olhos

 Usar lágrimas artificiais para lubrificar bem o


cristalino;
 Remover as lentes de contato para dormir;
 Usar óculos escuros sempre que estiver ao ar
livre;
 Evitar levar as mãos aos olhos.

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Higiene dos olhos
 A limpeza dos olhos deve ser feita com gaze,
utilizando o soro fisiológico para a retirada das
secreções. Usar uma compressa para cada olho.
 Com uma gaze embebida em soro fisiológico,
passar no olho de dentro para fora, a fim de limpar
as secreções existentes;
 Repetir o procedimento no outro olho, utilizando
nova gaze;
 Caso o paciente esteja em coma ou semi
consciente, é recomendado deixar uma gaze com
soro fisiológico sobre o olho, para manter a
humidade das pálpebras, prevenindo contra
úlceras na córnea.
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Higiene da cavidade bucal

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Higiene da cavidade bucal

 A higiene oral reduz a colonização local, sendo


importante para prevenir e controlar infecções,
diminuir a incidência de cáries dentárias, manter a
integridade da mucosa bucal, evitar ou reduzir a
halitose;
 Deve ser feita pela manhã, após as refeições e
antes de deitar.

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Higiene oral do idoso ativo

 Deve ser realizada pelo próprio idoso;


 O enfermeiro deve solicitar o material aos
familiares;
 Aproveitar a estadia do idoso no hospital para
observar a escovação, ensinando a técnica correta
quando necessário e a importância da troca de
escova a pelo menos cada 2/3 mêses.

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Higiene oral do idoso ativo
 Orientações dadas pelo enfermeiro
 Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos
dentes superiores e, depois, dos inferiores (1).
 Escove as superfícies internas dos dentes superiores e,
depois, dos inferiores (2).
 Em seguida, escove as superfícies de mastigação.
 Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde
muitas bactérias ficam alojadas (3).
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Higiene oral do idoso com
limitações
 O acompanhante pode ser orientado para realizar a
higiene oral, desde que o utente esteja consciente;
 Este deve ser preparado para o procedimento
correcto, inclusive o uso de EPI;
 O enfermeiro deve observar os primeiros
procedimentos até certificar as condições de
realização pelo acompanhante;
 Caso a higiene oral seja realizada pelo
acompanhante, o enfermeiro não deve deixar de
tomar conhecimento sobre os horários de
realização, as condições da mucosa oral do utente,
ressecamento dos lábios, sangramento e outros.

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Higiene oral do idoso
inconsciente

 Em idosos inconscientes compete ao enfermeiro


lavar-lhe os dentes, gengivas, bochechas, língua e
lábios com o auxílio de uma espátula envolvida em
gaze umedecida em solução dentifrícia ou solução
de bicarbonato.
 Após verificação, se necessário, aplicar um
lubrificante nos lábios para prevenir rachaduras
que facilitam a penetração de microrganismos,
infecção e dificultam a alimentação.

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Higiene oral do idoso
 Material necessário:
 Copo com água;
 Escova de dentes ou
espátula
montadacom algodão
ou compressa;
 Pasta dentífrica;
 Cuvete ou copo
descartável;
 Toalha de rosto;
 Vaselina (protecção
dos lábios)
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Higiene oral do utente
 EPI necessário:
 Luvas de procedimento;
 Máscara;
 Óculos;
 Avental plástico.

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Registos de Enfermagem
 Após a higiene oral, o enfermeiro deve registar no
processo do utente o procedimento;
 Acrescentar registos sobre as condições da
mucosa oral, gengivas, cáries, vermelhidão,
sangramento, ressecamento dos lábios, dificuldade
de mastigação, condição de prótese e outros.

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Higiene íntima
 Deve ser realizada diariamente, e sempre que for
necessária: após a evacuação, antes de passar sonda
vesical e cada vez que mudar a fralda do idoso
incontinente.
 Na mulher:
 Posicioná-la em decúbito dorsal, com as pernas
flexionadas;
 Limpar grandes e pequenos lábios e vulva, com água,
sabão e uma gaze, de frente para trás;
 Enxaguar a área até retirar todo o sabão;
 Aplicar anti-séptico de mucosas (aquoso);
 Secar bem, dando ênfase às pregas para que a humidade
não provoque assaduras.

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Higiene íntima

 No homem:
 Posicioná-lo em decúbito dorsal;
 Lavar bem testículos e pênis com água e sabão;
 Enxaguar até remover todo o sabão, e secar
suavemente;
 Baixar o prepúcio para que não apareça edema
na glande.

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Higiene da unidade em que está
instalado o idoso
 A higiene do ambiente deve ser diária, com reforço
semanal mais cuidadoso;
 Observar a presença de insetos e providenciar o
controle;
 Não deixar restos de alimentos na unidade do utente
ou na cozinha (tratando-se do domicílio);
 Manter janelas e portas abertas sempre que possível
e livres de poeiras;
 Lavar frutas e verduras com água e sabão;
 Água potável: filtrada, fervida ou mineral.
 Alimentação equilibrada, natural (se possível) e que
se encontrem em condições de conservação.
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Higiene da unidade em que
está instalado o idoso

 O enfermeiro pode observar se a enfermaria está


livre de poeira, sujidade em geral e odores
desagradáveis e providenciar e orientar a limpeza;
 Antes de realizar qualquer procedimento o
enfermeiro deve dispor de recipiente para o lixo
comum, lixo infeccioso e perfuro-cortante;
 Enquanto trabalha, manter a área a sua volta
limpa e organizada;
 Em caso de derramamento de secreções,
excreções, isolar a área e providenciar a limpeza.

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Higiene da unidade em que
está instalado o idoso

 O enfermeiro pode desenvolver um plano de


educação para utentes, acompanhantes e
visitantes no sentido de não sujar a unidade;
 É importante disponibilizar recipientes para lixo
nos quartos, áreas de passagem, casas de banho,
área de procedimentos e que estejam sinalizados;

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Higiene da unidade em que
está instalado o idoso
 Deve acompanhar se o plano e a rotina de limpeza
de sua unidade estão sendo cumpridos;
 O plano indica para cada dia da semana o
responsável pela limpeza, quais os sectores a
serem limpos e tipos de limpeza conforme as
áreas de baixo e de alto risco.
 A rotina da limpeza deve estar afixada em local
visível e ser do conhecimento de toda a equipe.

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