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CONCLUSÕES

1. Das poucas oposições aos invasores no campo militar, verifica-se que são os visigodos, dentre todos os hispanos, os que
lutam. Mais que uma "perda da Hispânia", assistimos a uma troca de senhores. Tudo indica que a maior parte da população,
especialmente a camponesa, assiste indiferente aos acontecimentos.
2. Tampouco a religião cristã se apresenta como causa a ser defendida. A Igreja visigótica não assume o partido de seus fiéis.
3. Os judeus, para se verem livres das perseguições anteriores, prestam todo tipo de auxílio aos invasores.
4. As perspectivas de melhorias, junto aos novos senhores, promovem conversões, a ponto de o Estado muçulmano tentar
evitá-las, pois a princípio, implicaria a isenção dos impostos devidos pelos membros de outras religiões reconhecidas pelo
lslã.
5. A introdução das técnicas de irrigaşão, fragmentando alguns latifúndios, possibilita uma melhor divisão das propriedades e
dinamiza a sociedade rural.
6. O crescimento dos intercâmbios comerciais, do urbanismo, fazia crescer o leque de opções. Todavia, ao lado da "plebe
urbana", o segmento intermediário que daf surge tern pouca ou nenhuma participação nos destinos do Estado ou de Al-
AndaIus,
7. Os segmentos aristocráticos se dividem: a nobreza de sangue se contrapõe à nobreza palatina ou "de serviços". As tentativas
de obtenção de autonomia por parte do Estado incrementam as tensões sociais com a utilizaşão de estrangeiros.
Justapostas, as estruțuras sociais dos nativos, invasores instalados e dos elementos extratribais armam forças centrifugas
que tornam o aparelho administrativo um alvo de disputas.
8. A prosperidade econômica e despotismo militar asseguram momentos de uma aparente estabilidade e coesão para,
em seguida, retomarem-se as contradişões.
9. O brilho da civilização andaluza medieval se irradiou por todo o ocidente europeu e o influenciou profundamente. Seja
através de contribuições originais, de traduções, ou apenas servindo como elemento de transferências, șua marca se
encontra em muitos exemplos, como no Romance da Rosa; na obra de Boccaccio; nas Fábulas de La Fontaine, em São Tomás
de Aquino, no Conde Lucanor, entre outras.

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