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Notas adicionais Teoria

Econômica

DESEMPREGO E MERCADO DE
TRABALHO

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Produto Potencial (1)
• Quando se diz que o crescimento de uma economia
foi baixo, tem-se em mente o quanto esta economia
deveria ou poderia crescer efetivamente, ou seja
compara-se com um crescimento potencial
 Produto potencial é aquele que poderia ser
alcançado e sustentado no futuro usando eficiente e
plenamente os fatores de produção ao longo do
tempo

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Produto Potencial (2)
• O problema com o produto potencial é que
ele é um conceito teórico e sua medida não é
plenamente objetiva
• O conceito de PIB potencial leva em
consideração
– aspectos populacionais,
– a evolução da produtividade,
– os ganhos tecnológicos
– o crescimento do estoque de capital.

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Quadro 4.1 PIB Real e Potencial: Brasil 1970 - 1996

1100

900

700

500

PIB real

300 PIB potencial

100
1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994
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Fontye: dados básicos do IBGE, cálculo dos autores
Hiato do Produto e desemprego
• A diferença entre o PIB potencial e o PIB real é o
hiato do produto
• A existência do hiato do produto é indicativa que os
fatores, pelo menos em parte, não estão sendo
plenamente utilizados - há desemprego dos fatores
de produção
• Outra explicação para o hiato do produto é uma
combinação ineficiente de fatores ou uma
produtividade abaixo da possível

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Lei de Okum

• Lei de Okum - relação entre hiato do


produto e taxa de desemprego:

PIB potencial – PIB real = TD


Onde:
e  são parâmetros que medem a
sensibilidade entre o hiato do produto e a
taxa de desemprego (TD)
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Taxa de desemprego
• O desemprego do fator trabalho é o mais
grave problema macroeconômico das
economias mundiais no final do século XX.
• A taxa de desemprego é a relação entre a
número de desempregados (D) e a
população economicamente ativa (PEA)

Taxa de desemprego (TD) = D/PEA

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PIA x PEA
• População em Idade Ativa (PIA) – é a população
com mais de 15 anos e esta dividida em:
– População Economicamente Ativa (PEA) - inclui as
pessoas da PIA que estão empregadas e as que estão
procurando emprego.
– População Ativa não integrada ao mercado de
trabalho – inclui os incapacitados para o trabalho, os
aposentados e pensionistas, os estudantes, os detentos,
os trabalhadores dedicados aos afazeres domésticos e
os inativos (que não buscam nem desejam trabalhar).

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taxa de participação da força
de trabalho
A taxa de participação da força de trabalho
é a relação entre a PEA e a PIA
– no início da década de 80 esta taxa se situava
próxima aos 53%;
– em 1995 esta taxa era de quase 61%.
– Houve um ingresso progressivo da mulher na força
de trabalho, dos estudantes e reingresso de idosos.

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Quadro 4.2 População e Desemprego

População total
População com menos
de 15 anos.
PIA
População não
economicamente
ativa
PEA
Desempregados
PIA
PEA

Ocupados

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Desempregados
• População Ocupada - PEA menos os desempregados.
• Desempregados - aqueles que querem trabalhar,
procuram emprego, mas não encontram
Taxa de desemprego - Países selecionados
País 1994 1996 1998 2000
Alemanha 8,4 9 10,9 9,6
Argentina 11,5 17,2 13,2 15,5
Brasil 5,1 5,4 8,7 7,4
Chile 8,3 7 6,1 8,9
Espanha 24,1 22,2 18,8 14,1
EUA 6,1 5,4 4,5 4,1
França 12,3 12,4 11,8 9,8
Inglaterra 9,6 8,2 6,2 5,7
Japão 2,9 3,4 4,1 4,8
México 3,7 5,5 3,4 2,6
Fonte: FSP, The Economist, Revista Rumos
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Taxa de desemprego aberto Brasil (IBGE)
1985 - 2000
9,0

7,5
taxa de desemprego aberto (%)

6,0

4,5

3,0

1,5

0,0
1985 1988 1991 1994 1997 2000*

Fonte: Conjuntura Econômica


* julho

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Diferenças entre os indicadores
de desemprego
Existem diferenças de medidas de desemprego:
por exemplo entre as taxas calculadas pelo
IBGE (PME) e pelo DIEESE/SEADE (PED).
Pontos que explicam as diferenças entre os
indicadores de desemprego aberto:
 A área geográfica da pesquisa.
 A separação entre PIA (população em idade ativa) e
população total
 Principalmente - critério de separação entre
inativos, ocupados e desempregado.

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Desemprego aberto e oculto
• IBGE – refere-se ao desemprego aberto que inclui
as pessoas que procuraram emprego de modo efetivo
nos últimos 30 dias e que não exerceram nenhuma
ocupação nos últimos sete dias.
• DIEESE/SEADE – leva em consideração também o
desemprego oculto, estão incluídas as pessoas que
procuraram trabalho nos últimos 12 meses e
exercerem algum tipo de atividade considerada de
caráter muito precário.

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TAXA DE DESEMPREGO - BRASIL
Ano PME- IBGE Brasil (1) SEADE/DIEESE São Paulo (2)
1985 5,3 12,5
1986 3,6 9,8
1987 3,7 9,0
1988 3,9 9,7
1989 3,4 8,8
1990 4,3 10,0
1991 4,8 11,6
1992 6,0 14,9
1993 5,3 14,7
1994 5,1 14,3
1995 4,6 13,2
1996 5,4 14,9
1997 5,7 15,7
1998 7,6 18,2
1999 7,6 19,3
2000* 7,2 18,6
Fonte: Conjuntura Econômica
(1) Seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre
e Salvador
(2) Região metropolitana de São Paulo
* julho

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Tipos de desemprego
• Desemprego cíclico ou conjuntural – aquele devido às
condições recessivas na economia.
• Desemprego friccional – aquele decorrente do tempo
necessário para que o mercado de trabalho se ajuste.
• Desemprego estrutural – aquele decorrente de
mudanças estruturais em certos setores da economia
(como ganhos de produtividade do trabalho) que
eliminam empregos, sem que haja ao mesmo tempo a
criação de novos empregos em outros setores

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Mais duas definições:
• Pleno emprego refere-se ao uso eficiente da
totalidade dos recursos produtivos,
descontada uma taxa natural de desemprego.
• A taxa natural de desemprego é aquela
compatível com o pleno emprego, e ocorre
devido ao desemprego friccional, não sendo
devida ao ciclo de negócios.

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Emprego informal e precarização
das condições de trabalho
• Economia informal são as atividades que não
respeitam as regras institucionais impostas na
sociedade, especialmente as legislações fiscais e
trabalhistas.
 No Brasil houve um grande crescimento da economia
informal e piora nas condições de emprego na década
de 90. Em 2000, menos da metade das ocupações eram
com carteira assinada.
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Posição na Ocupação - Brasil (1991 - 2000)
% em relação ao total da população ocupada
75

65

55

45

35

25
jan/91 jan/92 jan/93 jan/94 jan/95 jan/96 jan/97 jan/98 jan/99 jan/00

Fonte: IBGE Empregados com carteira assinada Sem carteira e conta própria

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