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A um poeta

Antero de Quental
Estrutura externa
Surge et ambula!
Escuta! é a grande voz das multidões!
Tu, que dormes, espírito sereno, São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Posto à sombra dos cedros seculares, Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Como um levita à sombra dos altares,
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
Longe da luta e do fragor terreno, E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate.
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
Antero de Quental, Sonetos
Estrutura externa-rima
Surge et ambula!
A Escuta! é a grande voz das multidões! C
Tu, que dormes, espírito sereno, São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Posto à sombra dos cedros seculares, B Mas de guerra... e são vozes de rebate! D
Como um levita à sombra dos altares, B
Longe da luta e do fragor terreno, Ergue-te, pois, soldado do Futuro, E
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate.
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
Antero de Quental, Sonetos
Estrutura interna
Surge et ambula!
Escuta! é a grande voz das multidões!
Tu, que dormes, espírito sereno, São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Posto à sombra dos cedros seculares, Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Como um levita à sombra dos altares,
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
Longe da luta e do fragor terreno, E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate.
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
Antero de Quental, Sonetos
1ª estrofe
Surge et ambula! “Ergue-te e anda”

Vocativo
Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares, Comparação
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,

Passividade e alheamento do “eu” poético em


relação ao mundo
2ªestrofe
Uso do imperativoAcorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Personificação e
Afugentou as larvas tumulares... metáfora
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno…

O surgimento de um novo mundo espera apenas uma ação do homem


3ª estrofe

Uso do imperativo
Escuta!
é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!

Apelo da sociedade a que seja feita uma mudança no


mundo
4ª estrofe

Ergue-te, pois, soldado do Futuro,


E dos raios de luz do sonho puro,
Apóstrofe Sonhador, faze espada de combate.
Incita o leitor a agir e lutar para o alcance de um
novo mundo
Conclusão
Surge et ambula!
Escuta! é a grande voz das multidões!
Tu, que dormes, espírito sereno, São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Posto à sombra dos cedros seculares, Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Como um levita à sombra dos altares,
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
Longe da luta e do fragor terreno, E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate.
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
Antero de Quental, Sonetos
Conclusão
Surge et ambula!
Escuta! é a grande voz das multidões!
Tu, que dormes, espírito sereno, São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Posto à sombra dos cedros seculares, Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Como um levita à sombra dos altares,
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
Longe da luta e do fragor terreno, E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate.
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares, Gradação crescente
Um mundo novo espera só um aceno...
Antero de Quental, Sonetos
Obrigada a
todos pela
vossa atenção

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