Você está na página 1de 19

BABILÔNIA

A NOVA AMEAÇA PARA OS ISRAELITAS


INTRODUÇÃO
MERODAQUE-BALADÃ, FILHO DE BALADÃ, ENTÃO REI DA BABILÔNIA, AO TOMAR CONHECIMENTO DE QUE EZEQUIAS JÁ

HAVIA CONVALESCIDO DE SUA ENFERMIDADE, ENVIOU-LHE CARTAS E PRESENTES.

EZEQUIAS SE AGRADOU DELES, ABRINDO-LHES O CORAÇÃO E MOSTROU A CASA DO SEU TESOURO, PRATA, OURO,

ESPECIARIAS, ÓLEOS FINOS, TODO O SEU ARSENAL E TUDO QUANTO SE ACHAVA NOS SEUS TESOUROS, NENHUMA COISA

LHE OCULTOU, NEM SUA CASA OU EM TODO O SEU DOMÍNIO, TUDO LHE MOSTROU EZEQUIAS.

ISAÍAS, O PROFETA, QUESTIONANDO EZEQUIAS FOI INFORMADO DE TODO OCORRIDO E QUE AQUELE POVO ERA DA

CIDADE DE BABILÔNIA.

O SENHOR, ATRAVÉS DE ISAÍAS DISSE A EZEQUIAS QUE VIRIAM DIAS EM QUE TUDO QUANTO EXISTISSE EM SUA CASA,

INCLUSIVE O QUE ENTESOURARAM SEUS PAIS ATÉ AQUELE DIA, SERIA LEVADO PARA BABILÔNIA E QUE NÃO FICARIA

COUSA ALGUMA, TOMANDO TAMBÉM SEUS PRÓPRIOS FILHOS PARA SEREM EUNUCOS NO PALÁCIO DO REI DA

BABILÔNIA. (ISAÍAS 39).


SIGNIFICADO
No grego, Babilônia, nome da capital do império
babilônico, significa “PORTA DE DEUS” ou “PORTÃO
DE DEUS”, extraído do hebraico “BAVEL”, exceto em
Gênesis 10.10 e 11.9 onde se lê “BABEL”.
Existiram outros nomes comuns aplicados à cidade:
TIN-TIR “vida das árvores”, explicado como “sede da
vida”;
 E-KI “lugar de canais”.
RESUMO HISTÓRICO
A origem da Babilônia se perde no tempo.
Localizada na Mesopotâmia, entre o rio Tigre e à
margem do rio Eufrates, e, segundo Heródoto, era
protegida por muralhas duplas.
Aparece na Bíblia pela primeira vez em Gênesis
10.10, já como uma cidade formada e sob o nome de
BABEL, fazendo parte do reino de Ninrode, o qual
fundou a cidade como a capital de seu reino.
Naquele local foi edificada a torre de Babel, e,
segundo a tradição babilônica, a cidade foi fundada
pelo deus Marduque.
O nome BABEL é explicado pela etimologia popular,
em raiz hebraica similar, como “confusão” ou
“mistura”, tornando-se sinônimo da confusão
provocada pelas diferenças idiomáticas, parte da ação
de Deus contra o orgulho humano exibido na
edificação.

De acordo com Gênesis 11.9 a intervenção de Deus na


edificação de Babel levou à confusão das línguas e a
consequente dispersão da humanidade, possivelmente
nos dias de Peleque. Babel, durante toda a história
conhecida como Babilônia, tornou-se símbolo do
orgulho do homem e de sua inevitável queda.
Naquele local, Sargão I, de Agade, e seu sucessor
Sharkalisharri, por volta de 2.350 a.C., edificaram
templos dedicados aos deuses Anunitum e Amal,
restaurando a torre-templo.

No tempo de Sulgi de Ur (2.000 a.C.), a Babilônia foi


atacada passando a ser governada por governadores
nomeados por Ur, com a primeira dinastia semítica da
Babilônia, sob Sumu-abum, os muros da cidade foram
restaurados, enquanto que Hamurabi e seus sucessores
expandiram a cidade, ficando como centro político e
religioso de todo o País, a qual floresceu como capital de
seus reinados, até a sua derrubada pelos Eteus (1.595
a.C.).
A Babilônia foi o centro de cultura Sumeriana, antes da
chegada dos Acadianos – originários da cidade de Acad,
na baixa Mesopotâmia (2.325 – 2.160 a.C.).

Em 1.595 a.C. a Babilônia foi governada por reis cassitas


– antigo povo da Mesopotâmia de origem desconhecida.

A Babilônia lutou repetidamente pela sua


independência, enviando inclusive representantes para
solicitar auxílio de Judá.
Por volta de 652-648 a.C. a Babilônia foi severamente
danificada por incêndio.
Com o declínio do império Assírio, sob o
reinado de Nabucodonosor I e II, Babilônia
atingiu o auge de sua glória (século VI a.C.)
convertendo-a na mais esplêndida capital do
mundo, restaurando o antigo palácio, tendo em
frente a este a grande avenida das procissões
com cerca de 03 (três) quilômetros de extensão,
que dava no templo de Marduque, edificando
ainda um esplendoroso palácio ao norte do
primeiro, onde provavelmente existiam os
famosos jardins suspensos.
O EXÍLIO NA BABILÔNIA
Com a conquista do Reino de Judá por
Nabucodonosor II (605 a.C.), após assediá-lo por 18
(dezoito) meses, os moradores mais representativos
de Jerusalém, a qual foi tomada alguns anos depois
(697 a.C.), foram deportados para a Babilônia, tendo
início um dos episódios mais marcantes da história
de Israel: “o cativeiro babilônico”.
A política dos babilônicos era de não apenas saquear
e destruir mas também enfraquecer as nações
subjulgadas e prevenir novas rebeliões exilando os
líderes.
Assim, Zedequias foi preso e teve os olhos
furados. Todos os objetos de valor do templo
foram levados para a Babilônia. Jerusalém e seu
templo foram destruídos e os cidadãos mais
importantes deportados, ficando apenas as
pessoas mais pobres para cultivar a terra.
Dentre os deportados estavam Ezequiel e Daniel
(profetas de Deus), que juntamente com Jeremias
ajudaram os israelitas a conservar o bem maior
que possuíam: a fé em Deus e em suas tradições.
Ezequiel profetizou a queda das nações inimigas
e animou os exilados com a volta futura a sua
pátria (Ez 1.2,3; 25-32; 11.14-25 e 33-48). Daniel
profetizou a queda do Império Babilônico e de
outros impérios subsequentes (Dn 2.48, 5.24-31 e
11,12).
Os exilados foram privados de seus símbolos
religiosos (templo de Jerusalém, o rei e os
sacrifícios de animais ao Senhor), vivendo ainda à
sombra da “torre de Babel”, ouvindo os mitos e
cosmogonias (teoria da formação do universo).
CAUSAS DO EXÍLIO (PERMISSÃO DE
DEUS):
Falta de entendimento; rebeldia contra Deus;
rejeição à lei do Senhor; avareza; confiança nos
bens materiais; apostasia; prostituição
espiritual; opressão social; suborno;
homicídios; assaltos; rituais de feitiçarias;
surdez espiritual; adoração a ídolos. (Is 1.3, 1.13-
14, 65.4-6, 65.12; Jr 6.19, 7.3-5, 8.5, 24.1-10; Ez
8.1-18, 22.4; Os 1.2, 1.10, 6.9-11; Am 4.1).

Você também pode gostar