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SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO BETEL BRASILEIRO E AÇÃO EVANGÉLICA

CURSO DE TEOLOGIA COM CONCENTRAÇÃO EM MISSIOLOGIA


COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA E ARQUEOLOGIA BÍBLICA
DOCENTE: DAVI PORTO
DISCENTES: JOSÉ LEAL JÚNIOR / ORRIS MOURA ALVES

CAMPINA GRANDE
2020
IMPÉRIO BABILÔNICO
BABILÔNIOS
 Babilônia– A forma grega do nome, é do Acadiano Bāb-ilu, que significa "Portão de
Deus".

 Para os judeus adquiriu o significado de "confusão" em harmonia com Gênesis 11:9.

 Moisés teria derivado o nome Babel do Hebraico Antigo Bavel da raiz do verbo
ba.lal, que significa "confundir”.

 Ela foi fundada por Ninrode, o poderoso caçador (Gen 10:8-12). Em tempos antigos
representou o local em que se ergueu a torre de Babel (Gen 11).
BABILÔNIOS
 Localização: A Babilônia ficava na Baixa Mesopotâmia, no vale pluvial, à margem do
rio Eufrates, a sudeste da região onde os rios Tigre e Eufrates mais se aproximavam
um do outro, ao norte do atual Golfo Pérsico, numa região extremamente plana, na
região hoje conhecida como Iraque.

 População: A língua predominante na Babilônia é o aramaico, que tem a sua origem


na fusão das línguas semitas da região. A língua também ajuda a compreender a
coexistência de variados grupos étnicos com diversos padrões de organização política,
na Babilônia. Destes grupos três se destacavam: os caldeus, os sírios e os arameus.
MESOPOTÂMIA
BABILÔNIOS
 Economia: agricultura, principalmente da cevada e da tâmara, e a criação de gado. o
algodão, certas espécies de madeira e de vinha.

 Idade do Ferro : expansão das atividades agrícolas babilônicas

 Cidades que eram centros agrícolas e manufatureiros: Nippur, Uruk e Sippar.

 A Cidade da Babilônia era composta por grandes habitações luxuosas e templos


religiosos.

 Religião: politeísta, tendo como deus supremo do panteão, Marduk, adoravam também
ao Sol e outros astros (origem da astrologia)
BABILÔNIOS
 ORIGEM: Amoritas Vindos da Região do Deserto da Síria (1950 a. C.) – Fundaram Capital em
Babilônia

 PRINCIPAL GOVERNANTE AMORITA: Hamurábi (Primeiro Império Babilônico– Do Golfo


Pérsico, até a Suméria, a Acádia e Assíria no Norte)

 Política pacificadora cercou a Babilônia com muralhas para impedir as invasões e determinou a
adoração ao deus Marduk.

 O Primeiro Império Babilônico durou de 1792 a.C. até 1750 a.C.

 Elaboração de um Código Jurídico (Código de Hamurábi) – Principio Básico: Lei de Talião (Olho
por Olho, Dente por Dente) – “Pena Equivalente ao Dano”
CÓDIGO DE HAMURÁBI E O DEUS MARDUK

No alto do monumento, a ilustração


representa Hamurabi recebendo de
Shamash (deus dos oráculos) as leis da Em 1901, uma das cópias com o Código
igualdade da justiça. Nele estão foi encontrado por cientistas na região do
codificadas as leis de seu tempo, de um atual Irã. Atualmente ela se encontra no
reino de cidades unificadas, de ordem Museu do Louvre, em Paris. 
civil, penal e administrativa.
ECONOMIA E SOCIEDADE

 ESTRUTURA PIRAMIDAL

Rei

Awilum
(Funcionários Palacianos, Sacerdotes e
Proprietários de Terras)
Categoria Dominante

Mushkenum
(Homens Livres de Poucas Posses-
Agricultores)
Menos Direitos

Wardum
(Escravos)
Dívida, Pilhagem e Hereditariedade
BABILÔNIOS
 O Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico (626-539)
 Nabopolassar (626-604): morte do último imperador assírio, Assurbanipal (668-626),
em 626
 Este rei é o fundador da última dinastia que governou uma Babilônia independente
 Nabopolassar foi sucedido por Nabucodonosor (605-562) no governo do império
babilônio
 Nabucodonosor: foi o rei mais prestigioso da Babilônia, seu reinado tornou-se mais
famoso do que o reinado de Hamurabi e maior do que o de Assurbanipal.
 A política externa do imperador neobabilônico era realizada por meio da diplomacia e
da crueldade para manter os seus domínios em boa ordem
BABILÔNIOS
 Construções do rei Nabucodonosor:

 Residência no palácio sul


 Templo para Ninurta (Deus da guerra)
 As muralhas
 O cais do Arathu (Eufrates)
 Etemenanki (“Fundação do Céu e da Terra”,) ou Zigurate (43 anos para ficar
pronta)
 Restauração de velhos templos e ampliação da cidade de Babilônia
 Construção do “muro dos medos”, entre Sippar e Akshak.
O palácio construído por Saddam Hussein

Em 1987, o então ditador iraquiano Saddam Hussein visitou


ruínas de um palácio que pretendia reconstruir, localizadas 80
quilômetros ao sul da capital Bagdá. Lá, perguntou ao
arqueólogo Donny George, na época diretor de campo do sítio,
como os especialistas sabiam quando o palácio havia sido
construído. O cientista mostrou para o governante os tijolos
originais. Neles estava estampado um nome, Nabucodonosor II,
que se sabia haver vivido por volta de 605 a.C..
Ele fez duas exigências para a reconstrução do palácio. A
primeira era que começasse num festival de artes que ocorreria
em setembro daquele ano. A segunda, que seu nome estivesse
inscrito em todos os tijolos, assim como Nabucodonosor fizera
mais de 2 500 anos antes.
BABILÔNIOS
A Porta de Ishtar foi a oitava
porta do lado norte da muralha
da cidade da Babilônia,
construída aproximadamente em
575 a.C., por ordem do rei
Nabucodonosor. A Porta de
Ishtar tem 14 metros de altura e
30 metros de largura, decorada
em alto relevo com os animais
sagrados da Babilônia como o
Leão de Ishtar, o Touro de Adad
e o Dragão de Marduk. Os tijolos
da Porta estão cobertos por um
esmalte azul destinado a
representar o lápis-lazúli, uma
pedra semipreciosa azul-escura
que era reverenciada na
antiguidade devido à sua
vibração.
Museu de Pérgamo (Pergamon Museum). Ilha dos Museus – Berlim – Alemanha
ISRAEL E A BABILÔNIA
 Em 601, Nabucodonosor querendo atacar diretamente o Egito sofreu uma derrota
que fez com que o rei de Judá Joaquim, contrariando o profeta Jeremias, rompesse
abertamente como rei da Babilônia.

 Em 598 a.C. Nabucodonosor assediou Jerusalém e no no ano 597 a.C. a cidade caiu
em seu poder

 Primeira deportação e a pilhagem do Templo de Jerusalém. O rei Joaquin com sua


família seus funcionários e a elite da população foi nesta ocasião mandado para o
exílio.

 Matanias, assume o poder com o nome de Sedecias


ISRAEL E A BABILÔNIA
 O povo saiu de Jerusalém (cidade de paz) para a terra de Sinear/Babilônia (terra da
confusão e oposição a Deus) ( Dn 1:1-
2)

 Em 587 a.C. marchou contra Judá e nesta ocasião não somente subjugou
completamente o reino como também deixou Jerusalém em ruínas

 Os judeus deportados para a Babilônia eram a nata política, eclesiástica e intelectual


de sua terra. Jr 52,28-30 dá os números totais das três deportações (597, 587, 582):
apenas 4600 pessoas (homens adultos).
ISRAEL E A BABILÔNIA
 Supõe-se que o total de deportados não passasse de três ou quatro vezes mais o
número citado. Na passagem de 2 Rs 24,14.16 afirma ter sido mais de 18 mil o
número de deportados na primeira vez. Essa cifra pode ser entendida como um
total geral aproximado que inclui mulheres e crianças.

 Neste sentido, K. Galling acredita que o total das deportações pode ter sido
superior a 20 mil judaítas

 Com exceção da casa real de Judá que foi enviada para a capital do império (2 Rs
24,15; 25,27-30), os deportados judeus foram utilizados como colonos agrícolas em
terras pertencentes à realeza babilônia
ISRAEL E A BABILÔNIA
 A situação dos exilados não era a das melhores. No império havia terras
abandonadas, devido à pantanização ou salinização; sistemas de canalização em
dificuldades, antigas cidades em ruínas e em vias de restauração

 Os judeus não tinham todos os privilégios dos cidadãos livres, mas podiam exercer
suas profissões e adquirir bens. No inicio se dedicaram a agricultura e ao pastoreio

 Mas, aos poucos, eles foram chegando às cidades e praticando o comércio ou


fazendo carreira de administração até que alguns se tornaram ricos (Ed 2,69)

 Os exilados permaneceram agrupados em famílias (Ed 2; Ne 7) nas colônias sob a


autoridade espiritual dos anciãos de Israel (Jr 29,1; Ez 8,1; 14,1; 20,1).
ISRAEL E A BABILÔNIA
 A queda de Jerusalém foi um golpe mortal no dogma da eleição e predileção divina
de Sião enquanto morada terrena de Deus e da perenidade da dinastia davídica

 Rejeição as admoestações proféticas de Jeremias

 Os exércitos de Nabucodonosor derrubaram irreparavelmente essa teologia e a


própria supremacia do Deus de Israel foi colocada em questão

 Forte tentação de abandonar a religião ancestral, afinal os “não-deuses” dos pagãos


haviam derrotado o seu Deus Todo-poderoso e libertador (Jr 44,15-19; Ez 20,32)

 Vontade de Deus e lamentações à justiça divina (Ez 18,2.25; Lm 5,7)


REFERÊNCIAS
 TRIGO, A.C.M. de C. O exílio na Babilônia: um novo olhar sobre antigas tradições. 140f. Dissertação (Mestrado em
Letras). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Orientadora:
Profª. Dra. Ruth Leftel.

 SANTOS, A. dos S. Junto aos Rios da Babilônia: Um estudo acerca da história de Israel no exílio . Departamento de Teologia. São
Paulo, p.1-20, 2011.

 ______. AH Aventuras na História. Disponível em: <


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-antiguidade-babilonia-mesopotamia.phtml/>. Acesso em: 15 maio
2020.

 ______. História National Geographic. Disponível em: <https://historia.nationalgeographic.com.es/buscador/?q=babilonia//>. Acesso


em: 15 maio 2020.

 ______. Histórias das Artes. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/porta-de-ishtar//>. Acesso em: 16


maio 2020.

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