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Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Gestão de Fontes Estacionárias


de
Poluição Atmosférica
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Processos Industriais
• Sintetizam substâncias inexistentes nos ciclos
naturais;
• Consomem vultosas quantidades de espaço,
matéria e energia;
Aumento da Entropia Global ! ! !
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Principais Fontes de Emissão

• Atividades industriais
• Atividades domiciliares/urbanas
• Acidentes
• Atividades militares
• Emissões veiculares
• Movimentação de veículos em
pátios/estradas de terra
• Rebanhos animais
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Emissões de Origem Industrial

• Inerentes ao processo
• Descontrole e erros operacionais
• Falhas de manutenção
• Volatilização de líquidos
• Fragmentação à seco e manuseio de
pulverulentos
• Acidentes
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Gestão de Fontes Estacionárias

• A gestão de fontes estacionárias de


poluição atmosférica divide-se
basicamente em:
Ações Indiretas
Ações Diretas
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Ações Indiretas
• Localização da fonte:
 Afastamento “fonte X receptores”, aproveitamento da
diluição atmosférica, tipo de poluente, vazão, direção
dos ventos, mananciais, vegetação (APP, áreas
agrícolas, etc.) relevo e condições de dispersão dos
poluentes, entre outros
• Altas chaminés:
 Controle complementar - facilita a dispersão
• Tecnologias de produção mais limpa (P+L):
 primeira opção na gestão de fontes de poluição
• Técnicas de redução na fonte:
 Ambientalmente mais eficiente que qualquer ação
direta
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Ações Diretas
• Ações de caráter corretivo:
 adequação aos padrões estabelecidos na legislação
vigente;
 funcionam como “filtros” - retêm poluentes e deixam
passar o ar “limpo”
• Não eliminam a poluição:
 apenas transferem do meio gasoso para o sólido ou
líquido
• Tecnologias:
 equipamentos de controle da poluição atmosférica
(ECP) podem ser:
• muito simples ou extremamente sofisticados
• baratos ou de custo elevadíssimo
 apresentam relativamente baixas eficiências ambientais
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Escolha do Equipamento de Controle


da Poluição (ECP)
• Principais aspectos técnicos:
 natureza dos poluentes
 taxa de emissão
 eficiência almejada
 características do local
 destinação final do poluente
• Outros aspectos:
 necessidade de atendimento à legislação
 custo de aquisição e manutenção
• Basicamente dividem-se em dois grupos:
 controle de materiais particulados (MP)
 controle de gases e vapores
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Escolha do Equipamento de Controle


da Poluição (ECP)
• Partículas de interesse < 10 µm
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Equipamento para Controle de MP


• Câmara de sedimentação gravitacional
 pré-tratamento
 diâmetros > 40 µm
 baixa perda de carga (~ 10 mm H2O)
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Equipamento para Controle de MP

• Ciclone
 Normalmente –
pré-coletor
 Baixos custos de
construção e
manutenção
 Eficiência =>
Perda de carga
 Diâmetros > 5 µm
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Equipamento para Controle de MP

• Multiciclone
 > Eficiência e < Perda
de carga
 > Resistência à erosão
 Entupimentos
freqüentes.
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Equipamento para Controle de MP

• Filtro de manga
 Mais utilizado
 Altas eficiências (até
99,99%);
 Diâmetros > 1 µm
 Perda de carga
relativamente baixa
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Equipamento para Controle de MP

• Conjunto de filtros de manga


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Equipamento para Controle de MP

• Mecanismo de
descarga para
filtros de manga
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Equipamento para Controle de MP

• Características de alguns meios filtrantes


TEMPERATURA DE RESIST. PERMEABILIDA CUSTO
FIBRA OPERAÇÃO (°C) 3 2
RESISTÊNCIA1
À DE (m /m RELATI
CORROSÃO
EXPOSIÇ EXPOSIÇ à 12,7 ÁC. ÁC. VO2
ÃO ÃO ABRASÃ MINERA ORGÂNICO ÁLCALIS
LONGA CURTA mmH2O) O IS S
LÃ 93 121 NÃO 6,0 – 18,0 B R R P 7
NYLON3 93 121 SIM 4,6 – 9,1 E P R P 2
ORLON3 116 135 SIM 6,0 –13,7 B B B R 3
DACRON 135 163 SIM 6,0 – 18,0 E B B B 4

Polipropile 93 121 SIM 2,1 – 9,1 E E E E 6


no
NOMEX3 218 260 NÃO 7,6 – 21,3 E R E B 8
F. DE 288 316 SIM 3,0 – 21,3 P -R E E P 5
VIDRO
TEFLON3 232 260 NÃO 4,6 – 20,0 R E E E 9
1. P = POUCO ; R = RAZOÁVEL ; B = BOA ; E = EXCELENTE
2. CUSTO RELATIVO : 1 – Menor custo ; 9 – Maior custo ; os demais variam proporcionalmente

3. Marca registrada Dupont


Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Equipamento para Controle de MP


• Lavadores
 Absorção por
líquido
 Altas eficiências
 Diâmetros >
1 µm
 Perdas de carga
relativamente altas
(de 7,5 mmH2O à 25 mmH2O)
 Elevados custos operacional e de manutenção
 Características de alguns meios filtrantes
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Equipamento para Controle de MP


• Precipitadores Eletrostáticos
 Efeito corona => ionização de
partículas;
 Eficiente (> 99,9%) para MP
(qualquer diâmetro), gases e
vapores
 Parâmetros de controle:
temperatura, tensão, resistividade,
composição, vazão e velocidade
do fluxo, entre outros
 Perda de carga < 12,5 mmH2O
 Opera a altas e baixas pressões e
temperaturas (até +/- 650 °C)
 Alto investimento inicial (até +/-
US$ 5 milhões) e apres. risco de
explosão.
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Equipamento para Controle de MP


• Precipitador Eletrostático – vista geral
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Condensadores
 Resfriamento controlado => condensação
seletiva
 Eficiente para no máximo 2 compostos
orgânicos presentes
 Convencionais (4 à – 18°C),
Refrigeração (- 10 à - 29 °C) ou Criogênicos
(até - 196 °C)
 Justificável em casos de alto risco e para
compostos de alto valor agregado
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Condensador tubular de simples passagem
(contato indireto)
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Condensador de contato direto
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Absorvedores
 Não basta o impacto! => solubilidade ou reatividade
 Importante: tempo de residência e superfície de contato
 Perda de carga mais elevadas: 10 a 100 mmH2O
 Eficiência de 70 a 95%.

POLUENTE SOLVENTE INDICADO


Ácidos orgânicos Água
Dióxido de enxofre •Solução de soda cáustica
•Suspensão aquosa de cal
•Solução amoniacal
Substâncias odoríferas Solução de hipoclorito de sódio.
Hidrocarbonetos Solventes orgânicos
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Absorvedor tipo torre de recheio
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Adsorvedores
 Retenção em sólido microporoso – atração elétrica e
eletromagnética (ex.: força de Van der Waals)
 Adequado para controle seletivo de gases e eficiente
para controle de odores
 Após a saturação o adsorvente pode regenerado

ADSORVENTE ÁREA SUPERFICIAL


(m2/g)
Carvão ativado 600 - 1600
Alumina ativada 200 - 300
Peneiras moleculares 600 - 700
Polímeros sintéticos 1080 - 1100
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Adsorvedor de carvão ativado
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores

• Incineradores
 Apenas atenua o impacto das emissões gasosas
 25% do limite inf. de explosividade (LIE)
 Grupos principais:
• De chama direta
• Catalíticos
• Flares ou queimadores
• Degradação térmica
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores
• Incinerador – chama direta – dupla passagem
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Equipamentos para Controle de Gases


e Vapores

• Incinerador – leito catalítico e pré-aquecedor


Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Monitoramento Ambiental
• Evitar agressões ao meio ambiente
 E à saúde da comunidade e garantir o
 Cumprimento aos padrões de emissão!!!

Apresentar Rapidez Suficiente

Plano de Ações de Emergências


Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Plano de Monitoramento Ambiental

• Abrangência
 Finalidades (segurança, padrões legais e
meio ambiente)
 Conceito de “bolha”
 Levantamento de fontes
 Medir somente o essencial
 Definição de prioridades, medidas mais
adequadas e investimento
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Metodologia para Medição


• Substâncias de interesse
• Medidores portáteis ou remotos (on-line ou
periódicos)
• Definição do número de amostragens, tempo de
resposta,ensibilidade e exatidão
• Definição da quantidade e localização dos pontos
de monitoramento
• Formas de análise e apresentação dos dados;
• Determinação de procedimentos suficientemente
rápidos, eficientes e adequados aos resultados do
monitoramento.
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Ferramenta essencial
a um bom sistema de controle
de poluição

Conscientização
individual e
coletiva !!!
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Ação de controle de fontes de emissão –


Cetesb e Controle preventivo =>
licenciamento ambiental
• Licença Prévia – L.P. (Regulamento da Lei
Estadual n.º 997/76, aprovado pelo
Decreto n.º 8468/76 e suas alterações)
 planejamento preliminar do empreendimento
 localização e concepção
 viabilidade ambiental
 requisitos básicos e condicionantes p/ a L.I.
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Controle de Fontes de Emissão – Cetesb


Controle Preventivo => Licenciamento
Ambiental

• Licença de Instalação –
L.I. (Decreto n.º 8468/76 e suas alterações)
 autoriza a instalação do empreendimento
 medidas de controle ambiental e demais condicionantes
(exigências técnicas)
• Licença de Operação –
L.O. (Decreto n.º 8468/76 e suas alterações)
 autoriza a operação do empreendimento
 verifica-se o cumprimento das exigências técnicas e
detalhes de projeto
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Controle de Fontes de Emissão – Cetesb


Controle Corretivo => Atendimento À
Legislação Ambiental
• Inspeções e avaliações para
verificação do atendimento aos
parâmetros estabelecidos na legislação
vigente
aplicação de penalidades de:
• Advertência
• Multa
• Interdição
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Legislação
• Escala de Ringelmann – artigos 31 do
Dec. 8468/76 padrão n° 1 - fontes
estacionárias ( artigo 31 )
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Escala de Ringelmann
A CETESB considera como regular os veículos que apresentam emissão de
fumaça preta inferior ao padrão nº 2 da Escala Ringelmann. Isso
corresponde a uma emissão praticamente invisível com massa de
partículas muito pequena
Métodos de Controle da Poluição ATM – Parte I

Controle de Fontes de Emissão -


CETESB
• Quando não há padrão de emissão, o artigo 41,
do Decreto 8468/76 estabelece que:
 “As fontes de poluição de poluição, ..., adotarão
sistemas de controle de poluição do ar baseados na
melhor tecnologia prática disponível para cada caso”
• Tendências:
 Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental,
da Secr. de Qual. Ambiental nos Assuntos
Humanos/SQAMMA
 Grupo de Trabalho de fontes fixas (início 16.07.03)
 Padrões de emissão (SOx, NOx) por fontes fixas
(www.mma.gov.br/port/conama)
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FIM

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