Materiais e Processos

Desenho Técnico Moderno
MATERIAIS
Desenho E PROCESSOS
Técnico DEEd.
Moderno, 4ª FABRICO
Capítulo 14 – Materiais e Processos de Fabrico

OBJECTIVOS
 Distinguir as várias famílias de materiais e as suas diferenças
fundamentais;
 Distinguir os conceitos associados às propriedades mecânicas;
 Escolher, para uma dada aplicação, o tipo de material mais
adequado.
 Reconhecer os diferentes processos de fabrico, de uma forma
Silva, Ribeiro, Dias, Sousa
genérica;
 Seleccionar um processo ou sequência de processos de fabrico
para uma peça a fabricar;
 Cotar e toleranciar as peças de acordo com os processos de
fabrico envolvidos.
© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 1

MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICO
• O material é aquilo que existe entre o desenho e o produto

final, ou seja, é aquilo que nos permite dar forma ao produto e
possibilita que o produto realize a sua função.
FUNÇÃO
MATERIAL FORMA
PROCESSO

• O universo dos materiais pode dividir-se em seis

grandes famílias
METAIS
POLIMEROS CERÂMICOS
COMPÓSITOS
ELASTÓMEROS VIDROS

• Cada família pode desdobrar-se em classe, sub-

classe e membro
FAMÍLIA CLASSE SUB-CLASSE MEMBRO ATRIBUTO
… …
…
… 1000 5005-O
DENSIDADE
CERÂMICOS
AÇOS 2000 5005-H4 MÓDULO
VIDROS RESISTÊNCIA
LIGAS AL 3000 5005-H6
TENACIDADE
METAIS
LIGAS CU 4000 5083-0 CONDUTIVI.-T
POLÍMEROS EXPANSÃO-T
LIGAS TI 5000 5083-H2
RESISTIVIDADE
ELASTÓMEROS
LIGAS NI 6000 5083-H4 CUSTO
COMPÓSITOS
CORROSÃO
LIGAS ZN 7000 5154-0
OXIDAÇÃO
…
8000 5154-H2 …
… …
Importância relativa dos materiais no tempo


• Gama de
variação de
densidade
para
diversos
grupos de
materiais

• Gama de
variação de
resistência
para
diversos
grupos de
materiais

• Gama de
variação de
resistência
específica
para
diversos
grupos de
materiais

Ordenação de diversos materiais pela sua resistência e

pela sua resistência específica
Resistência,  Ranking Densidade,  Ranking
FAMÍLIA / TIPO MEMBRO
[MPa] resistência [kg/m^3] [mm] 
Fibras Aramid 3000 4 1310 229.01 1
Fibras Carbono HS 4140 2 1830 226.23 2
Fibras Vidro S-2 4770 1 2355 202.55 3
Fibras Vidro E 3620 3 2355 153.72 4
Fibras Carbono HM 2240 5 1830 122.40 5
Compósitos de poli. 60%Carb.HS/Epoxy ( || ) 2000 6 1760 113.64 6
Compósitos de poli. 50%Vidro S/Epoxy ( || ) 1100 9 2000 55.00 7
Metais Titânio 6Al-4V 1096 10 4450 24.63 8
Metais Níquel Inconel X750 1800 7 8500 21.18 9

Metais Aluminio 2024-T4 469 11 2770 16.93 10
Metais Aço AISI 4340 1120 8 7850 14.27 11
Madeiras Balsa ( || ) 23 20 180 12.78 12
Madeiras Pinho ( || ) 55 16 510 10.78 13
Termoplásticos Nylon 80 13 1140 7.02 14
Termoplásticos ABS 50 17 1050 4.76 15
Compósitos de poli. 60%Carb.HS/Epoxy ( |_ ) 80 14 1760 4.55 16
Termoendureciveis Epoxy 69 15 1650 4.18 17
Metais Aço AISI 1010 310 12 7850 3.95 18
Termoendureciveis Poliester 28 19 1200 2.33 19
Compósitos de poli. 50%Vidro S/Epoxy ( |_ ) 35 18 2000 1.75 20
• Gama de
variação de
rigidez
para
diversos
grupos de
materiais

• Gama de
variação de
rigidez
específica
para
diversos
grupos de
materiais

Ordenação de diversos materiais pela sua rigidez e pela

sua rigidez específica
Ranking Rigidez, E Ranking Densidade,  Ranking
FAMÍLIA / TIPO MEMBRO
 [GPa] rigidez [kg/m^3] [mm] 
Fibras Carbono HM 5 450 1 1830 24.59 1
Fibras Carbono HS 2 300 2 1830 16.39 2
Fibras Aramid 1 130 7 1310 9.92 3
Compósitos de poli. 60%Carb.HS/Epoxy ( || ) 6 140 6 1760 7.95 4
Fibras Vidro S-2 3 86 9 2355 3.65 5
Fibras Vidro E 4 72 11 2355 3.06 6
Metais Aço AISI 4340 11 210 4 7850 2.68 7
Metais Aço AISI 1010 18 210 5 7850 2.68 8
Metais Aluminio 2024-T4 10 73 10 2770 2.64 9

Metais Níquel Inconel X750 9 213 3 8500 2.51 10
Metais Titânio 6Al-4V 8 110 8 4450 2.47 11
Compósitos de poli. 50%Vidro S/Epoxy ( || ) 7 45 12 2000 2.25 12
Madeiras Balsa ( || ) 12 3.2 18 180 1.78 13
Madeiras Pinho ( || ) 13 7.0 15 510 1.37 14
Compósitos de poli. 60%Carb.HS/Epoxy ( |_ ) 16 10 13 1760 0.57 15
Compósitos de poli. 50%Vidro S/Epoxy ( |_ ) 20 8 14 2000 0.40 16
Termoplásticos Nylon 14 3.5 16 1140 0.31 17
Termoendureciveis Poliester 19 3.5 17 1200 0.29 18
Termoplásticos ABS 15 2.1 20 1050 0.20 19
Termoendureciveis Epoxy 17 3.0 19 1650 0.18 20
• Gama de
variação do
custo
relativo por
unidade de
volume
para
diversos
grupos de
materiais

POLÍMEROS
• Termoplásticos ou
termoendurecíveis
• Baixa rigidez
• Baixa resistência
• Baixa tenacidade
• Atacados por
ultravioletas
• Baratos
• Fácil fabrico


COMPÓSITOS
• Formado por dois
materiais a nível
macroscópico
• Enorme gama de
propriedades
• Excelentes rigidez e
resistência específicas
• Fibras e mariz cerâmicas
resistem a altas
temperaturas
COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA
MATRIZ REFORÇO
Fibras Fibras Fibras

Termoplásticos Termoendurec. Cerâmicos Metais
plásticas Carbono Vidro
PET EP, PF SiC
PP HM E
PP PEEK Al2O3 Arame
Aramid HS S
etc etc B

CERÂMICOS E VIDROS
• Formados por óxidos,
nitretos e carbonetos
• Elevada dureza e rigidez
• Muito frágeis em tracção
• Muito resistentes em
compressão
• Resistentes ao desgaste
• Suportam as mais
elevadas temperaturas

AÇOS AO CARBONO E
DE BAIXA LIGA
• Propriedades dependem
do trat. térmico e % de
deformação plástica
• Elevada rigidez
• Podem atingir elevada
resistência e dureza
• Material por excelência
para construção mecânica

AÇOS DE ALTA LIGA

(INOX E MARAGING)
• Elevadas percentagens de
Crómio e/ou Níquel
• Elevada resistência à
corrosão
• Boa resistência mecânica
• Podem atingir elevada

resistência e dureza

LIGAS METÁLICAS
NÃO FERROSAS
• Usadas em geral para:
• Resistência à corrosão
• Resistência ao
desgaste
• Cond. eléctrica
• Peso reduzido
• Boa resistência e
rigidez específicas

FUNDIÇÃO
• Caixa de moldação (em duas • Bloco de um motor de
metades) em cima e exemplo de combustão interna
peça em madeira para moldação
da areia do molde, em baixo

FUNDIÇÃO
• Biela de um motor de
combustão interna

• Desenho de uma peça • Desenho da mesma peça

para fundição para posterior maquinagem
e acabamento

• Exemplo de uma máquina de injecção de polímeros

(Cortesia Van Dorn Demag)

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
• Perfis, barras e outras • Exemplo de uma peça
pré-formas obtidas por formada por extrusão a frio
deformação plástica

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
• Prensa para estampagem e • Exemplo de peça estampada
forjamento (cortesia do Lab. da em chapa de alumínio
Secção de Tecnologia Mecânica
do Inst. Superior Técnico).

PROCESSOS DE CORTE
• Exemplo de torno
mecânico manual
(em cima) e de torno
de comando
numérico (em baixo)

• Operações típicas
ao torno

• Exemplo de uma peça para torneamento, sua cotagem e

execução (próximo slide)

Fases de operação da peça: A - montagem do varão na bucha do torno e facejamento dos
topos (esta operação é precedida pelo corte com comprimento adequado de um varão de 40
mm de diâmetro); B - centragem dos dois topos com broca de pontos; C - montagem da
peça entre pontos, seguida de desbaste (1), polimento (2), concordância (3), sangria (4) e
chanfro (5); D - abertura de rosca; E - inverter a peça e proceder a desbaste (1), polimento
(2), chanfro (3) e concordância (4)

• Furação: engenho de furar,

tipos de operações que se
podem executar e maneira
correcta de furar

Sequência de operações: A - furo prévio com broca helicoidal
• Exemplo de peça com de 18 mm nas duas localizações; B - alargamento dos furos
com broca espiral de 20 mm nas duas localizações (pode
furos e sua execução também ser feito com broca helicoidal); C - rebaixo com
rebaixador de guia (pode ser feito com fresa de topo); D -
voltar a peça e escarear com broca de romã (pode também ser
feito com broca helicoidal de diâmetro superior a 24 mm).

• Exemplo de
fresadora
mecânica manual
de eixo vertical,
à esquerda, e de
eixo horizontal, à
direita

• Exemplo de uma
fresadora de comando
numérico (cortesia
Clausing Industrial
Inc.)

• Exemplo de peça para fresar, sua cotagem e execução

(slide seguinte)

Sequência de operações de fresagem: A - fresagem das quatro superfícies estreitas à

esquadria e dimensões correctas, seguidas das superfícies maiores, com fresa de topo (em
várias passagens); B - abertura dos rasgos laterais de 15 mm com fresa de topo; C - abertura
do rasgo central de 30 mm com fresa de topo; D - abertura do rasgo a 45º com fresa cónica; E
- corte dos bordos conforme o desenho

• Esmerilagem: várias utilizações de pedras de esmeril: a,

b, c, e d correspondem a rectificação de peças, enquanto
e e f são operações de afiamento de um ferro de corte de
torno e de uma fresa

Fases de fresagem de uma

peça. Da esquerda para a
direita e de cima para baixo:
fixação do “bruto” de
maquinagem, ajuste dos
planos de referência das
ferramentas em relação à
peça, feita pelo operador,
desbaste de uma das faces,
abertura do furo central, e
troca de ferramenta para
nova fase – note-se ainda a
rebarba agarrada à
ferramenta – e, por fim, a

peça acabada (cortesia do
Lab. da Secção de
Tecnologia Mecânica do
Instituto Superior Técnico).

Materiais e Processos

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Desenho Técnico Moderno

Capítulo 14 – Materiais e Processos de Fabrico

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• O material é aquilo que existe entre o desenho e o produto

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• O universo dos materiais pode dividir-se em seis

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• Cada família pode desdobrar-se em classe, sub-

Importância relativa dos materiais no tempo

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© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 6

© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 7

© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 8

Ordenação de diversos materiais pela sua resistência e

Metais Níquel Inconel X750 1800 7 8500 21.18 9

© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 10

© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 11

Ordenação de diversos materiais pela sua rigidez e pela

Metais Aluminio 2024-T4 10 73 10 2770 2.64 9

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COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA

Fibras Fibras Fibras

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© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 19

AÇOS DE ALTA LIGA

• Podem atingir elevada

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© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 23

• Desenho de uma peça • Desenho da mesma peça

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• Exemplo de uma máquina de injecção de polímeros

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© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 29

• Exemplo de uma peça para torneamento, sua cotagem e

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• Furação: engenho de furar,

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© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS 35

• Exemplo de peça para fresar, sua cotagem e execução

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Sequência de operações de fresagem: A - fresagem das quatro superfícies estreitas à

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• Esmerilagem: várias utilizações de pedras de esmeril: a,

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Fases de fresagem de uma

ferramenta – e, por fim, a

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