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Síntese de proteínas

Professor Dr. Cleverson Diniz


Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

 Uma célula necessita de milhares de proteínas em cada momento;

 Para uma proteína de tamanho médio (300 aminoácidos) = 1350


moléculas de ATP;

 Sintetizadas em resposta as necessidades celulares;

 Transportadas (endereçadas) às suas localizações celulares;

 Degradadas quando não mais necessárias;


Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

Entender a síntese das proteínas tem sido um dos maiores


desafios da bioquímica;

 Sua síntese envolve mais de 300 proteínas, que estão


envolvidas nos mais diferentes passos de sua síntese e
processamento;

 A síntese de proteínas consome até 90% de toda a energia da


célula;

 Apesar da complexidade de sua síntese, ela ocorre em uma


velocidade extraordinária. Um proteína de 100 aminoácidos é
sintetizada em apenas 5 segundos;

 A síntese de proteínas é um processo altamente regulado.


Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

Como a informação genética armazenada na molécula de DNA é


processada para formação das proteínas?
Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica
Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

Três principais avanços marcaram o início do conhecimento da


biossíntese de proteínas:

 Zamecnik e colaboradores
(início da década de 50);

 Uso de aminoácidos
radioativos;

 Análise de extratos de
fígados de ratos.
Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

O segundo avanço-chave:

 Mahlon Hoagland e Zamecnik;

 Aminoácidos eram (ativados) ligados à um tRNA na presença de ATP;

 Formação do aminoacil-tRNA;

 Enzima aminoacil tRNA sintetase.


Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica
Terceiro – Hipótese do Adaptador (Francis Crick)

 Um pequeno ácido nucléico (RNA) funcionaria como um adaptador;

 Uma parte do adaptador reconhece um aminoácido específico e outra parte


se liga à um mRNA – tradução.

Estas descobertas levaram ao conhecimento de etapas da síntese de proteínas e


elucidação do código genético.
Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

 Francis Crick – informação de quatro letras (A, T, G e C)


poderia ser traduzida na de 20 aminoácidos;

 Grupos de duas letras podem produzir 42 = 16 combinações;

 Em grupos e quatro = 44= 256 combinaçãoes;

 Em grupo de três letras 43 = 64 combinações!


Tradução: mRNA  Cadeia Polipeptídica

Década de 60 - Códons para cada aminoácido foram


determinados experimentalmente

Tubo de ensaio contendo todos os componentes para síntese de


proteínas exceto mRNA
O Código Genético
Descreve a relação entre a sequência de bases nitrogenadas e a seqüência de
aminoácidos na proteína (pareamento específico códon-anticódon).
Propriedades:

Leitura feita em trinca de bases - códons


Não ambíguo: uma trinca só codifica um aa
Sem superposição: uma dada base pertence a uma
só trinca ou códon
Contínuo: sem espaçamento entre códons
Degenerado ou redundante:
43 → 64 arranjos - 20 aa
Códons especiais (iniciação e de finalização)
Universal
1 – O código genético não é sobreposto

Cada base no mRNA só pertence a um codon

Não
sobreposto
UGGCAACUCUG sobreposto

Sem sobreposição de bases

UGGCAACUCUG UGGCAACUCUG

Sobrepondo 2 bases Sobrepondo 1 base


Códons que desempenham funções especiais:

Códon de iniciação (AUG);

Códons de parada ou terminação (UAA, UAG e UGA).

Pauta de leitura aberta ou matriz de leitura aberta (ORF – open reading frame)
– apresenta os nucleotídios entre códon de iniciação e terminação.

...AAUGGCACGGCAUA........AUCGCGUAAGAUAAC
1 2 3 4 5... ... 55 56 57

Cada ORF defini uma única proteína e tem início e fim localizados
internamente ao mRNA (códon de iniciação e de terminação)
2 – O código genético é degenerado (redundante)

Codóns de 3 bases não sobrepostas : 64 códons possíveis para 20


aminoácidos Excesso de códons

Todos, com exceção de dois aminoácidos, são codificados por mais de um


códon : o código genético é degenerado

Alanina: 4
Arginina: 6
Asparagina: 2
Cisteína: 2
Glicina: 4
Exceções : metionina e triptofano
Leucina: 6
3 – O código genético é (quase) universal
Com poucas exceções (mitocôndrias, algumas bactérias, alguns eucariotos
unicelulares), os códons têm o mesmo significado em todos os seres vivos

Segunda base Códons de finalização

Terceira base
Primeira base

Códon de iniciação
Pareamento entre o códon e o anticódon

 É antiparalelo (observar sentido das


fitas)

 A 1a base códon com a 3a base


anticódon
Hipótese da oscilação

I= Inosina

1- As duas primeiras bases do códon (5’3’) do mRNA conferem a


especificidade do código;

2- A primeira base (5’3’) do anticódon determina o número de códons


reconhecidos pelo tRNA;

3- Um mínimo de 32 tRNA são requeridos para traduzir 61 códons;

4- A base oscilante permite a rápida dissociação do tRNA do seu códon.


Síntese de Proteínas
Compreende de cinco etapas bem distintas:

1- Ativação dos aminoácidos;

2- Iniciação;

3- Alongamento;

4- Terminação e liberação;

5- Enovelamento e processamento.
Ribossomo

São constituídos de 65% de rRNA e 35% de proteína


Ativação dos aminoácidos – 2 Etapas

Ativação
Aminoácido + ATP

aminoacil tRNA- sintetase

Aminoácido
~ AMP + P
~P
Ligação ao tRNA
Aminoácido
~ AMP + tRNA

aminoacil tRNA- sintetase

tRNA ligado ao aa =
aminoacil-tRNA
Aminoácido
~ tRNA + AMP
Os aminoácidos são ativados pela aminoacil-tRNA
sintetase
Iniciação da síntese protéica
Terminação da síntese protéica

Códons de terminação:
UAA, UAG e UGA.
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS

Inibidor Organismo
Alongamento
Esparsomicina Procariotos
Cloranfenicol Pocariotos
Eritromicina Procariotos
Cicloheximida Eucariotos
Terminação
prematura
Procariotos e
Puromicina Eucariotos

Inativação de
ribossomos

Ricina Eucariotos
Como as proteínas são endereçadas para
diferentes partes celulares??
Última etapa: Processamento da proteína

1- Perda da sequencia sinalizadora, referente a


sequencia responsável pelo endereçamento das
proteínas;

2- Enovalemento correto da proteína (Estrutura


terceária ou quartenária);

3- Adição de grupos protéticos (carboidratos, lipidios,


fosfato, etc);

4- Formação das pontes dissulfeto;

5- Etc...
Polissomos
Nas bactérias a tradução é acoplada à transcrição
Reciclagem das proteínas
Proteossomo

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