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SEL 329 – CONVERSÃO

ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

Aula 03
Circuitos Magnéticos
O que ocorre na curva HxB para
uma corrente senoidal?
Excitação Senoidal
Comportamento da curva de magetização para corrente senoidal

i(t )
Comportamento da curva de magetização para corrente senoidal

i (t )  imax sen(t )

i(t)

120 RMS
Comportamento da curva de magetização para corrente senoidal

i(t )
b

- Br: campo remanente (B para H =0)


- Hc: força coercitiva (H necessário para desmagnetizar o material)
- Hm: é o valor máximo de H analisado
Ciclo ou Laço de Histerese
- Para vários ciclos de histerese, obtidos aumentando-se gradualmente H m tem-se a
curva de magnetização (também conhecida como curva de magnetização cc ou
curva normal de magnetização). Ou seja, a curva de magnetização é um conjunto
de vértices de vários ciclos de histerese.
Tensão Induzida devido a um
campo magnético variável
Lei de Faraday

No experimento acima, observou-se que:


• Ao se aproximar ou afastar o ímã do solenóide (bobina) ocorre um deslocamento
do ponteiro do galvanômetro.
• Quando o ímã está parado, independentemente de quão próximo este esteja do
solenóide, não há deslocamento do ponteiro do galvanômetro.
Lei de Faraday

• Ocorre um deslocamento do ponteiro do galvanômetro no instante em que a chave


é fechada ou aberta (fonte CC). Porém, após a chave estar fechada (para corrente
constante), independentemente de quão elevado seja o valor da tensão aplicada, não
há deslocamento do ponteiro.
Lei de Faraday
A lei de Faraday declara que:
“Quando um circuito elétrico é atravessado por um fluxo magnético variável, surge
uma fem (tensão) induzida atuando sobre o mesmo.”

A lei de Faraday também declara que:


“A fem (tensão) induzida no circuito é numericamente igual à variação do fluxo que
o atravessa.”
d
e
dt
O sinal da tensão produzida é obtida pela lei de Lenz que diz:
O sinal da tensão induzida em um circuito fechado por um fluxo magnético variável
produzirá uma corrente de forma a se opor à variação do fluxo que a criou.
Tensão Induzida devido a um campo variável para N espiras

Oposto à eind = N dΦ/dt


variação de
fluxo

Φ Φ(t)
Φm(t)
N
Tensão Induzida devido a um campo magnético variável

Φ oposto
Tensão Induzida devido a um campo magnético variável

Φ oposto

+
eind
-
Tensão Induzida devido a um campo magnético variável

eind = N dΦ/dt

Φ
+
eind
-
Tensão Induzida devido a um campo magnético variável

Φ(t) = Φmax sen(ωt)

A tensão induzida para N espiras é:

e(t) = NΦmax ω cos(ωt)

e(t) = Emax cos(ωt)

ERMS = NΦmax ω / 2

Erms = Emax / 2

Se ω = 2π f
ERMS  4,44 Nfmax
Excitação em corrente alternada

i é a corrente de excitação (magnetização) necessária para


produzir o campo magnético no núcleo

e(t) = N Φmax ω cos(ωt)


Excitação em corrente alternada

Se a resistência da bobina for desprezível (R = 0), tem-se:


v(t) = e(t) ou V =E (Fasor)

Indica que quando uma diferença de potencial senoidal é aplicada


a um bobina, um fluxo senoidal é estabelecido no núcleo,
induzindo uma fem igual à tensão aplicada. (R = 0)
Excitação em corrente alternada

R diferente de 0:

Nesse caso a tensão aplicada e a tensão


induzida nos terminais das bobinas são
diferentes

  NI (fluxo concatenado)
Exemplo 3

No seguinte circuito, a fonte é alternada, N =200, cumprimento do


núcleo é 100 cm, Área do núcleo 20 cm^2, ur = 2500; f=60Hz
a)Determine B =? (considere R desprezível)

120 RMS
Exemplo 3

Resposta:
B(t) = 1,12 sen(377*t)

120 RMS
Indutância
Indutância
Enrolamentos com núcleo ferromagnético são frequentemente utilizados em
circuitos elétricos. Este dispositivo pode ser representado por um elemento ideal no
circuito chamado indutância, a qual é definida pela razão entre o fluxo concatenado
pelo enrolamento e a corrente que o percorre.

L = /i = N/i  indutância [H]

sendo:
 = N  fluxo concatenado pela bobina [Wb.esp]
Indutância
Considerando o circuito abaixo, temos:

λ Nφ NBA NμHA NμNiA


L= = = = =
i i i i il
N2 N2
L= =
l 
μA

Portanto, a indutância só depende da geometria do circuito e do material do núcleo, não


dependendo do valor da corrente que a percorre.

N2 N2
L= =
l 
μA
Indutância na presença de entreferro
Considere o sistema:

O fluxo magnético é dado por:

Ni Ni Ni
  
T  c   g lc g

 c Ac  0 Ag

desprezando o espraiamento (Ac = Ag = A), temos:

NA
φ= i
lc g
+
μc μ0
Indutância na presença de entreferro
e portanto:
2
N A
λ= Nφ= i
lc g
+
μc μ0

para um circuito magnético em que a relação B-H é linear, devido a uma


permeabilidade constante do material, pode-se definir a indutância L, como sendo:

λ (fluxo concatenado por unidade de corrente


L= da bobina)
i

Assim: 2
N A
L=
lc g
+
μc μ0
Indutância na presença de entreferro
ou:
N 2 Aμ0
L=
μ0
lc + g
μc

Obs: para c >> 0  g >> (0/ c)lc


Portanto:
0 N 2 A N2 N2
L  
g g g
0 A

(A indutância, neste caso, é determinada pelas dimensões do entreferro)


A utilização da indutância como parâmetro (não como variável) depende da
suposição de que a relação entre fluxo e fmm (B-H) seja linear. Neste caso, a fem
pode ser escrita por:
dλ d ( Li) di
e= = =L
dt dt dt
Indutância mútua

- i1 e i2 produzem fluxo na mesma direção


- a fmm total é:
 lc lg 
F  N1i1  N 2i2         g 
  c Ac  0 Ag 
 
Assim:
= (N1i1+N2i2)0Ag/lg
 fluxo resultante no núcleo produzido pela ação simultânea das duas fmms.
Indutância mútua
O fluxo concatenado pela bobina 1 (1) é dado por:

μ0 A g μ0 Ag
λ 1 = N 1 φ = N 12 i1 + N 1 N 2 i2
g g

como:  = Li, temos: 1= L11i1 + L12i2

onde: L11 = N120Ag/g  indutância própria da bobina 1


L12 = N1 N2 0Ag/g  indutância mútua entre as bobinas 1 e 2

L11i1  fluxo concatenando a bobina 1 devido à corrente i1 que circula na própria


bobina.

L12i2  fluxo concatenando a bobina 1 devido à corrente i2 que circula na outra


bobina.
Indutância mútua

De forma similar, para a bobina 2, temos:

μ0 A g μ0 A g
λ 2 = N 2 φ= N 1 N 2 i 1 + N 22 i2
g g
2= L21i1 + L22i2
onde: L22  indutância própria da bobina 2
L21 = L12  indutância mútuas entre as bobinas 1 e 2
Energia

dλ λ
e= L=
dt i
di
e= L
dt


p=i.e=i  Potência
dt
t2
W   p dt
t1

2
W   i d  Variação de energia armazenada
1
Energia

2

W   d 
1 L


W 
2L
   
2
2
2
1

W 
1
2L
 2

Variação de energia armazenada


L 2
W  i
2
Exemplo (Livro A. E. Fitzgerald, Electric Machinery, 6ta edição)
Para o circuito da figura abaixo, considere que a
permeabilidade do material infinita com dois entreferros em
paralelo com comprimentos de g1 e g2 respectivamente.
a)Determine a indutância do enrolamento.
b) Determine a densidade de fluxo no entreferro 1 quando o
enrolamento tem uma corrente i
Exercícios Propostos do livro:
Electric Machinery, A. E. Fitzgerald, Sexta Edition
Exercícios Nro:
1.1
1.2
1.3
1.4
1.13
1.15
1.22
1.23
1.28 a. c.

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