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II CURSO DE AUTOMAÇÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS

Módulo 1 – Automação de Processos Industriais

Aplicação da Automação
na Indústria de Cimento
PROFESSOR
Dr. André Laurindo Maitelli

ALUNOS
Artur Henrique / Cassandra Naiff

Fevereiro/2015
UFRN - II CEAPE - Módulo 1 - Automação de Processos Insdustriais
Apresentação
• Objetivo
• Apresentação do produto - Cimento
• Caracterização da Indústria de cimento
• Processo de Fabricação do Cimento Portland
• Automação Instalada
• Oportunidades de Aplicação da Automação
• Conclusões

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Objetivos

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Conhecer a indústria de cimento e seu
processo produtivo

Visualizar a automação instalada e em


funcionamento na indústria

Identificar as oportunidades e
necessidades de automação nos processos 3
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Apresentação do Produto - Cimento
• A palavra CIMENTO é originada do latim
CAEMENTU, nome que designava um tipo de pedra
que existia na antiga Roma;
• O CIMENTO surgiu oficialmente em 1824, com a
patente requerida pelo inglês Joseph Aspdin, que
agregou a este o nome “PORTLAND”, por ter uma
coloração similar a um tipo de pedra encontrada na
Ilha de Portland, na Inglaterra.
• É um produto homogêneo com especificações e
processo de fabricação semelhantes em todo o
mundo;
• É o componente básico do concreto.
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Industrias Cimenteiras no Brasil

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Grupos Industriais Fábricas

1 VOTORANTIM 28

2 INTERCEMENT 16

4
JOÃO SANTOS

LAFARGE
10

09
85
5

6
ITAMBÉ

CIPLAN
01

01
cimenteiras
7 OUTROS 20

Fonte: Sindicato Nacional da Indústria do Cimento.


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As Indú strias Cimenterias do GICJS
ITAJUBARA ITAPAGÉ
Coelho Neto-MA Coelho Neto-MA
CIBRASA ITAPICURU
Capanema-PA Codó-MA
ITACIMPASA
Itaituba-PA ITAPISSUMA
Fronteiras-PI
ITAUTINGA
Manaus-AM ITAPUI
Barbalha-CE
ITAPETINGA
Mossoró-RN

13 industrias cimenteiras
2 em construção
1 moagem de cimento
ITAGUARANA
ITABIRA ITAPESSOCA
Cachoeiro-ES
Ituaçu-BA
Goiana-PE 6
ITAGUASSU
Aracaju-SE
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A marca Nassau
• Empresa do Grupo Industrial Construído
por João Santos – GICJS
• O nome NASSAU foi em homenagem ao
príncipe holandês João Maurício - Conde
De Nassau, de marcante passagem pela
história de Pernambuco, na época da
ocupação holandesa.

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Caracterização da Indú stria do RN

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• Razão Social
• Itapetinga Agro-Industrial S/A
• Histórico
• Início das instalações: 1970;
• Início das Atividades: jun/1972;
• Inauguração Oficial: fev/1974.
• Filiais de Vendas
• Depósito de Fortaleza (CE);
• Depósito de Natal (RN);
• Fábrica em Mossoró (RN).
• Quadro de Pessoal: 343 colaboradores
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Cimento Produzido

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• Cimentos definidos pelas NBR’s
• Portland Comum (NBR 5732): CP I Sem Adição; CP I-S – Com adição (máx. 5%)
• Portland Composto (NBR 11578): CP II Adições carbonáticas, pozolana ou escória de alto forno
• Portland de Alto Forno (NBR 5735): CP III Grandes adições de escória de alto forno
• Portland Pozolânico (NBR 5736): CP IV Grandes adições de pozolana
• Portland de Alta Resistênicia Inicial NBR 5733: CP IV-ARI com adição máx. 5%, clínquer rico em C 3S

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Produção de Cimento

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• Capacidade
produtiva
• 500.000t/ano
• 10.000.000sc de
50Kg/ano

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Processo de Fabricação do Cimento

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MINERAÇÃO
PÁTIO DE
BRITADOR STOCK PILLING ESTOCAGEM
CALCÁRIO

MINÉRIO
DE FERRO
ARGILA Calcário = 95,0%
Argila = 4,0%
TORRE Minério de ferro = 1,0%
INTERCAMBIADORA HOMOGENEIZAÇÃO MOAGEM DE CRU
FORNO
Material
Calcário Clínquer
Pozolânico
Gesso

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MOAGEM DE CIMENTO SILOS DE CIMENTO ENSACADEIRA PRODUTO FINAL
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Mineração
• Consiste em extrair o minério em sua
forma brita da natureza.
• Calcário;
• Argila;
• Material pozolânico;
• Gesso;
• Fonolito;
• Ferro;
• Etc.

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Britagem de Calcário
• Redução das dimensões físicas do material para que
o mesmo seja moído.

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Estoque pilling
• Área de estocagem do calcário britado.

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Pátio de Estocagem
• Estoque de todas as matérias primas para fabricação do Cimento Portland.

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Moagem de Cru
• Responsável por preparar uma mistura de matérias primas para o ponto de
entrar no forno, sendo a principal matéria prima o calcário. A mistura é
reduzida ao pó para ser mais facilmente queimado no interior do forno.

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Homogeneização
• Recebe a mistura crua e moída da moagem de cru e a torna homogênea, para
que todas as características químicas do material sejam inseridas de forma
controlada no forno.

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Forno
• Através do aumento da temperatura, reações químicas ocorrem na mistura
crua dando origem a outro material, o clínquer.

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Moagem de Cimento
• Juntamente com outras matérias primas como o gesso, o a rocha pozolânica
entre outros, o clínquer é moído para dar origem ao Cimento Portland.

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Silos de Cimento
• Objetivo de estocar o Cimento para posterior ensacamento do mesmo.

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Ensacamento/Carregamento
• Preparar o material para ser entregue ao consumidor final.

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Apresentação da automação existente em alguns dos processos produtivos

AUTOMAÇÃ O EXISTENTE 22
Automação Existente

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• Características: Automação descentralizada e sem padronização.
Forno/
Circuitos
Arquitetura Automação Ensacadeiras/ CVP 1 e 2 CVP 3 Reostatos Controlados
Gesso/ SAA/ SCI

Dispositivos de campo Sensores Digitais e Analógicos Sensores Digitais Sensores Digitais

Direct Logic305® CLP CLP


Hardware de Controle CLP SLC-500® LOGO®
(E/S) ControlLogix5000® MicroLogix1100®

Diagrama de Ladder Diagrama de


Ladder Blocos Ladder
Lógica de Programação (RSLogix 500®) (Supervisório (RSLogix 500®) (RSLogix 500®) Blocos
(LOGO!Soft®)
Elipse Scada)

Supervisório RSView32® Elipse Scada® Elipse E3® IHM IHM

Malhas de Controle PID Inexistente Inexistente Inexistente Inexistente


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Recursos Históricos, gráficos Históricos e Históricos, gráficos Alarmes Alarmes
e relatórios gráficos e relatórios
Sala de Comando do Forno
Elipse SCADA Elipse E3 RS-View 32 Balança de Farinha
Data Temp CS100
CVP I e II CVP III Scanner
Torre Intercambiadora
Câmera
Passeio Forno / Forno
Resfriador
Britador de Gesso

Switch

Interior do Painel Sinótico Conversor Conversor


Control Logix 5000 SLC 500 FO/Ethernet FO/Ethernet
CVP III Forno
Resfriador

Sala do CCM do Resfriador/CVP


Cartões DeviceNet
Sala do CCM do Resfriador/CVP Painel do Britador
CVP III Conversor Conversor
Ethernet/FO Ethernet/FO
Direct Logic 305 - Koyo SLC 500 SLC 500
CVP I e II Balança de Farinha Britador de
Torre Intercambiadora Gesso
Passeio do forno
Portaria Sala de Comando das Ensacadeiras
RS-View 32 RS-View 32
SAA SAA
SCI SCI

Conversor Painel da Portaria CCM Ensacadeiras


FO/Ethernet SLC 500 SLC 500 SLC 500
SCI Ensac. 2 Ensac. 1

Painel das Bombas Ethernet


Conversor Cabo Coaxial
Ethernet/FO DeviceNet
SLC 500 Fibra Óptica (FO)
SAA
Bombas do SCI SAA – Sistema de Abastecimento de Água
SCI – Sistema de Combate a Incêndios
SUPERVISÓ RIO RS-VIEW32 E CLP SLC-500

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Ensacadeiras/Carregamento

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Clinquerização Equipamentos

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automatizados

Equipamentos
supervisionados

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Alimentação Farinha / Torre / Passeio do Forno

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Resfriador

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Britagem de Gesso

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41
Outras Á reas – SAA

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Outras Á reas – SCI

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ELIPSE E OUTROS CLP’S

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Moagem de Combustíveis CVP 3

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50
Moagem de Combustíveis CVP 1 e 2

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Apresentação das oportunidades de automação tanto nas
áreas produtivas não automatizadas como em melhorias das
áreas já existentes e equipamentos.

OPORTUNIDADES DE APLICAÇÃ O DA AUTOMAÇÃ O 53


Oportunidades de Aplicação da Automação

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Áreas produtivas não automatizadas;

Aplicação de malhas de controle automáticas em


substituição do controle manual;

Desenvolvimento de lógicas de controle para


equipamentos obsoletos;

Desenvolvimento e aplicação em processos pontuais


que geram desperdícios para a empresa;
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Aplicação de automação inteligente para maior
confiabilidade no controle dos processos.
Britagem de Calcário

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• Controles Necessários
• Velocidade da esteira de alimentação de calcário em função da elevação da corrente do
britador;
• Solicitação da produção desejada, aumentando e/ou diminuindo a alimentação da moega;
• Supervisão no controle do funcionamento e falhas nos acionamentos dos britadores.

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Moagem de Cru

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• Controles Necessários
• Grau de enchimento do moinho
• Alimentação do moinho
• Balanças gravimétricas estão obsoletas
• Corrente do elevador de saída do moinho
• Velocidade do separador
• Tiragem do exaustor
• Realimentação do moinho
• Entrada de gases quentes do moinho
• Temperaturas de entrada e saída
• Supervisão e controle nos motores de grande
e médio porte
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• Vibração, aquecimento, corrente, etc.
Homogeneização

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• Controles Necessários
• Enchimento dos silos de
Homogeneização;
• Processo de homogeneização dos
silos, atualmente feito com o
LOGO®;
• Controle corrente dos elevadores de
alimentação dos silos de
homogeneização e elevadores de
alimentação do forno (extração de
farinha). Atualmente feito com
LOGO®.
• Controle das válvulas de extração.
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Clinquerização

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Equipamento Controle Necessário

Canhões desobstrução Temporização e acionamento dos disparos dos canhões do ciclone quente e KKN.

Controle Inteligente de rotação do forno conforme as condições de temperatura, pressão, combustível,


Forno farinha e tiragem do exaustor; Controle do funcionamento e deslocamento dos ventiladores do casco
do forno de acordo com os valores de temperatura do scanner.

Controle dos motores; Controle de velocidade da grelha de acordo com temperatura de pressão nas
Resfriador câmeras do resfriador; Controle dos ventiladores e válvulas; Controle na exaustor dos ciclones; Controle
das cadeias arrastadoras.

Torre de refrigeração Controle dos bicos de resfriamento dos gases quentes vindo do forno em direção ao eletrofiltro.

Controle da temperatura do ar de entrada; Controle do funcionamento das câmeras em função dos


Eletrofiltro
níveis de CO e O2, inspecionados pelos analisadores de gases.

Exaustor do forno Controle de rotação do exaustor do forno de acordo com o processo produtivo.

Balança gravimétrica e
Controle inteligente do SetPoint de alimentação de acordo com as condições operacionais do forno. 58
Coriólis.

Maçarico Controle inteligente da chama do maçarico de acordo com as condições operacionais.


Moagem de Cimento

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• Possui instalado um sistema exclusivo de
supervisão
• Software
• SuperView
• Fabricante: Novus
• Hardware
• Módulo de controle de E/S e CPU
• Possui E/S digitais e analógicas
• FieldLogger
• Fabricante: Novus

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Moagem de Cimento

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• Controles Necessários
• Os mesmos citados para a moagem de
cru.
• Pontos Crítico
• Balanças gravimétricas obsoletas;
• Sistema de controle do grau de
enchimento inconsistente.
• Necessário ajuste no PID aplicado.
• Equipamento ASCON.

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Energia Elétrica

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• Automação da Subestação
• Controle automáticos dos equipamentos elétricos de
potência;
• Controle automático do fator de potência;
• Controle automático da iluminação;
• Controle automático das grandezas elétricas (tensão,
corrente, potência);
• Controle automático da demanda de energia;
• Controle automático dos geradores de energia;
• Controle automático do consumo de energia
elétrica;
• Controle automático da coordenação e seletividade
da proteção.
• Controle automático da qualidade da energia
elétrica; 62
• Etc.
Conclusõ es

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A indústria possui um percentual pequeno de automação em seus processos
produtivos;

A principal dificuldade para a efetivação de 100% das produtivas


automatizadas são:
• Adequação das instalações antigas para a automação;
• Investimento elevado, devido os custos do padrão de automação já instalado;
• Relação Custo X Benefício a longo prazo.

Quanto ao controle pontual de equipamento, existem muitas oportunidades


que podem serem menos custosas e com ganhos satisfatórios.
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Obrigado!

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