• No início do século XV, a Europa vivia isolada do resto do mundo. • A noção que os europeus tinham sobre o resto do mundo era muito limitada.
• O pouco que conheciam eram as informações e os produtos
trazidos pelos mercadores chegados do Norte e Este de África ou dos confins da Ásia.
• Quanto às informações geográficas a maioria eram incorretas ou
omissas, e baseavam-se: • Nos conhecimentos da Antiguidade • Na cartografia árabe • Nos relatos fantasiosos de viajantes e mercadores O mundo visto pelos europeus • Os continentes americano e a Oceânia era desconhecidos.
• Da África apenas se conhecia o norte, a costa até ao Cabo
Bojador e a parte que liga ao Oriente
• Sobre o Oriente existiam os relatos das suas riquezas. (Sedas,
porcelanas e especiarias) e dos usos e costumes tão diferentes das suas gentes. • Mas os europeus não se arriscavam a irem por esse vasto território, pois o comércio com o Oriente era controlado pelos muçulmanos. O mar tenebroso • Quanto aos mares do sul, (nomeadamente ao Oceano Atlântico) era chamado de mar tenebroso (mar desconhecido, sombrio, escuro. Geralmente era associado ao mar para lá do Cabo Bojador)
• As lendas existentes falavam de grandes monstros marinhos,
animais estranhos e ondas gigantes que engoliam os navios. Nessas paragens, o calor era tal que os homens brancos se tornavam negros. • Tudo isso criava nos europeus o medo e cada vez mais uma imaginação tenebrosa. Que confundia-se com a realidade muitas vezes e condicionava o avanço sobre essas zonas desconhecidas. O Mundo conhecido A expansão Portuguesa • Apesar dos medo que estas lendas e personagens imaginárias provocavam, os portugueses foram pioneiros (os primeiros) a aventurar-se na expansão europeia.
• Portugal nesse tempo era um reino pobre, mas
independente e em paz. Por ser pobre procurava conseguir o ouro, a prata e os cereais de que tanto necessitava, e como não podia alargar as suas fronteiras terrestres para o lado castelhano, só lhe restava aventurar-se para o outro lado, para o mar. Ceuta – Mapa Ceuta - 1415 Por onde começaram a Expansão? • Por Ceuta em 1415. D. João I levou os filhos mais, velhos e armou-os lá cavaleiros.
• As razões da Conquista de Ceuta
• Boa localização geográfica: Os portugueses pretendiam controlar todo o comércio entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo. • Enfraquecimento da pirataria muçulmana, sobretudo na costa algarvia. • Desejo do rei D. João I de prestigiar o reino e a nova dinastia • Proporcionar ocupação militar à nobreza. Após a Conquista de Ceuta • Depois de conquistada, viu-se que não ofereceu muito proveito económico.
• Contudo o rei manteve a posse da cidade, pois protegia
a navegação cristã. • E obteve lucros tributados ao mercadores que faziam escala em Ceuta. • E através de ataques de corso cristão, ao comércio muçulmano • Corso – (espécie de pirataria mas com carta dada pelo rei, pilhagem autorizada, legalizada) Madeira • De seguida os portugueses procuraram explorar o Atlântico. • Permitindo o reconhecimento ou redescobrimento da Madeira e dos Açores. • Algumas destas ilhas já eram representadas em mapas catalães e italianos. Madeira • Em 1419 chegaram, à ilha de Porto Santo João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira
• Em 1420 estes mesmo navegadores em conjunto com Bartolomeu
Perestrelo, chegam à ilha da Madeira.
• Exploraram-se primeiramente os recursos naturais, como a
madeira e o peixe.
• Depois introduziram as culturas dos cereais, vinha, plantas
tintureiras e açúcar. Açores • As primeiras ilhas a serem localizadas com precisão foras as de Santa Maria e de São Miguel, em 1427, por Diogo de Silves. • Aí, desenvolveram as culturas de cereais, plantas tintureiras (pastel e urzela) e sobretudo a criação de gado e seus derivados.
• O Infante D. Henrique ficou conhecido como o principal responsável
pela colonização (sistema de povoamento e exploração económica), dos arquipélagos atlânticos, já que estavam desabitados. • Para promover o seu povoamento e desenvolver a agricultura, as ilhas foram divididas em capitanias ou donatarias, cada uma entregue a um capitão-donatário (um nobre que possuía poderes administrativos, judiciais e militares). Colonização das ilhas
• A colonização da Madeira iniciou-se em 1424 e
a dos Açores em 1439 sob as ordens do Infante D. Henrique, com colonos oriundos de Portugal Continental, incluindo mouros e judeus, mas também de outros ponto da Europa. Tendo-lhes sido concedidos lotes de terra para explorarem. As populações pré existentes • No século XV África era habitada por inúmeros povos, desde nómadas ou comunidades agrícolas, a reinos ou impérios. O norte de África era muçulmano existindo apenas um reino cristão, o reino da Etópia.
• Na Ásia as civilizações eram bem antigas e já urbanas,
muito desenvolvidas, artesanalmente e tecnologicamente. As religiões principais eram o hinduísmo, o budismo e o islamismo. O continente era composto por reinos, principados e impérios centralizados. • Já o continente americano do século XVI era uma área de contrastes. Com populações ameríndias nómadas e civilizações avançadas, como os Maias, Astecas e Incas. Que possuíam um sistema politicamente organizado e cidades luxuosas com palácios, jardins e templos. Rumos da exploração portuguesa • A nobreza defendia a continuação da conquista de praças marroquinas, para obter novos domínios, rendas e títulos de nobreza. • A burguesia defendia as viagens marítimas para sul pois queriam chegar aos locais de origem dos produtos mais desejados na época.