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EMENTA PANORAMA BÍBLICO NOVO

TESTAMENTO

Disciplina: P.B.N.T
Professor: Pr. Antonio Lima de Faria
e-mail: antonio_faria@hotmail.com
Período: I semestre/2023
Carga Horária: 07 Encontros
I. EMENTA
Esta disciplina visa, primeiramente, a conhecer o pano de
fundo político, cultural e religioso no período
intertestamentário. Em segundo lugar, ela discutirá a
formação do cânon neotestamentário e de seus livros em
particular; os principais assuntos teológicos dos Sinóticos,
do Quarto Evangelho, da Igreja Primitiva, de Paulo, de
Hebreus, assim como das Cartas Gerais e do Apocalipse.
por fim, pretende aclarar os elementos necessários e
fundamentais à compreensão panorâmica do Novo
Testamento.
II. OBJETIVO GERAL

Ao concluir esta disciplina, o aluno deverá ser capaz de


entender, ao menos de forma sucinta, os principais
assuntos teológicos dos Sinóticos, do Quarto Evangelho,
da Igreja Primitiva, de Paulo, de Hebreus, assim como das
Cartas Gerais e do Apocalipse.

III. OBJETIVO ESPECIFICO

Facilitar e ampliar a compreensão do aluno sobre a


Teologia Bíblica do N.T. Ao final do curso o aluno:
III. OBJETIVO ESPECIFICO
Desenvolverá o conhecimento histórico e conceitual do tema,
comparando-o com temas da teologia prática e teologia bíblica;
Terá informações a respeito da T.B.N.T e o desenvolvida pela
Igreja e seu CANON.
Estará apto a identificar princípios Teológicos na prática da
Eclésia em sua contemporaneidade e na sua experiência
pessoal;
Apto para aplicar os princípios da T.B.N.T na construção do
seu projeto ministerial;
Será capaz de preparar estudos aos moldes propostos pela
T.B.N.T.
IV. AVALIAÇÃO – “Média – 7,0”
A avaliação atenderá aos anseios metodológicos ao bom
entendimento do conteúdo programático, mediante aplicação
de trabalho; e, por fim, avaliação de aprendizagem.

TRABALHO – Dissertação de no mínimo 3 Laudas. “O


problema sinótico e a Crítica das fontes”. Último dia para
entrega do trabalho 11/09 Segunda-feira.

PROVA ESCRITA: Dia 18/09 Segunda-feira. Questões


Objetivas e subjetivas. Prova objetiva é a prova que analisa
somente a questão correta (de marcar) e a Prova subjetiva é
a prova aberta (redação, questão aberta, etc.)
AVALIAÇÃO (Individual) –
a) Os trabalhos serão aceitos somente no dia estipulado por
via impressa e por e-mail (Padrão ABNT);

b) Cada atividade tem seu valor único; Presença 0,5;


Participação 0,5; Trabalho 0 a 9; Prova de 0 a 9.

c) A menção final é dada Pr + Pa + (TP + AA / 2). Onde: Pr


é a nota da presença, Pa. é a nota de participação, TP é a
nota do trabalho de pesquisa e AA é a nota da Avaliação
de aprendizagem.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
5.1 Básica:
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. Tradução: João
Marques Bentes. São Paulo: Vida Nova, 1996.

HÖRSTER, Gerhard. Introdução e Síntese do Novo Testamento.


Tradução: Valdemar Kroker. Curitiba: Evangélica Esperança, 1996.

KÜMMEL, Werner Georg. Introdução ao Novo Testamento. São


Paulo: Paulus, 1982.

TENNEY, Merril C. O Novo Testamento: sua origem e análise. São


Paulo: Vida Nova.
5.2. Complementar:
COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de
Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, s/d.
CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento. São
Leopoldo: Sinodal.
FARIA, Jacir de Freitas. As origens apócrifas do cristianismo:
comentário aos evangelhos de Maria Madalena e Tomé. São Paulo:
Paulinas, 2003.
HELMUT, Koester. Introdução ao Novo Testamento, volume 1:
história, cultura e religião do período helenístico. Tradução:
Euclides Luiz Calloni. São Paulo: Paulus, 2005.
____________. Introdução ao Novo Testamento, volume 2: história
e literatura do cristianismo primitivo. Tradução: Euclides Luiz
Calloni. São Paulo: Paulus, 2005.
PACKER, J. I., TENNEY, Merril C., WILLIAM, White Jr. O Mundo do
Novo Testamento. Tradução: João Batista. São Paulo: Vida, 1994.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. Tradução: Degmar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD,
2008.
VI – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO – Conceitos Básicos. Instrumentos importantes para o
14/08 Seg.
estudo do NT; Noção e divisão do NT; História e literatura do NT
O cenário do NT
16/08 Qua.
Antecedentes Políticos; Culturais e religiosos

21/08 Seg. Formação do Cânon Bíblico


Os livros Narrativos 1ª parte
28/08 Seg.
Evangelhos; A questão sinótica; Evangelhos de Marcos; Mateus e Lucas.
Livros Narrativos 2ª parte
04/09 Seg.
Atos dos Apóstolos; Evangelho de João.
Cartas Paulinas
11/09 Seg.
Entrega do trabalho
Cartas aos Hebreus e cartas gerais.
18/09 Seg.
Avaliação final
TEOLOGIA BÍBLICA DO NOVO
TESTAMENTO
AULA 01

INTRODUÇÃO – T.B.N.T
1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO NT
 Compreendendo o Novo Testamento.
1. O “panorama bíblico do NT” é uma disciplina teológica. De
acordo com o seu caráter histórico, este estudo procede
apropriadamente de: 1) a origem de cada escrito em
particular, para passar 2) à origem do conjunto de todos os
escritos, e finalmente 3) à conservação do texto do conjunto
desses mesmos escritos.
2. Texto Primitivo: São cópias as mais próximas possíveis ao
momento da redação do texto original. História de Israel
3. Tradução: Devemos levar em conta a evolução das línguas. Há
estudos da gramática grega e descobertas em nível
arqueológico que ajudam a compreender melhor os hábitos e
costumes nos tempos de Jesus. Há também descobertas no
patrimônio hebraico pois alguns trechos dos evangelhos ou
expressões de Jesus são analisados continuamente .
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
Introdução ao estudo NT
 O distanciamento. O fato é que a Bíblia não caiu pronta do céu, mas
que foi escrita por diferentes pessoas em diferentes épocas, línguas e
 Compreendendo
lugares, alerta-nos parao Novo
o que Testamento.
alguns estudiosos têm chamado de
1. Texto Primitivo: São cópias o mais possível
distanciamento.
 A bíblia próximas
como livroao momento da redação do texto
humano.
original. História de Israel
1. Distanciamento temporal :Seu Último livro foi escrito pelo final
2. Tradução: Devemos levar em conta a evolução das
do século I da Há
línguas. Era Cristão,
estudos cercadade gramática
dois mil anos,grega
faz com que
e a
maneira de encarar
descobertas emo mundo seja diferente, aspectos
nível arqueológico que ajudamculturais
a e
linguísticos dos escritos
compreender da Bíblia
melhor os se percamenocostumes
hábitos passado distante.
nos
tempos
2. Distancia de Jesus.
contextual: Os Há
livrostambém
da Bíbliadescobertas
foram escritosnopara
patrimônio
atender hebraicosituações,
a determinadas pois alguns
que já trechos
se perderamdos no
evangelhos
passado distante.ou expressões
É verdade que de
ao Jesus
serem são analisados
incluídos no cânon
continuamente.
bíblico, eles passaram a ser relevantes para a Igreja universal.
Por outro lado, recuperar o contexto em que estes livros foram
escritos é essencial para entendermos melhor a sua mensagem.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
1. Distanciamento Cultural
2. O mundo em que os escritores da Bíblia viveram já não
existe. Está no passado distante, com suas características,
costumes, tradições e crenças. Muito embora a inspiração das
Escrituras garanta que sua mensagem seja relevante para
todas as épocas, devemos lembrar que esta mensagem foi
registrada numa determinada cultura, da qual traços foram
preservados na Bíblia. Os princípios de interpretação da Bíblia
devem levar em conta o jeito de escrever daquela época, a
maneira de expressar conceitos e ilustrar as verdades, para
poder transpor a distância cultural.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
1. Distanciamento Linguístico.
2. As línguas em que a Bíblia foi escrita também já não existem. Não se
fala mais o hebraico, o grego e o aramaico bíblicos nos dias de hoje,
como se falava nos tempo da formação da bíblia, mesmo nos países
onde a Bíblia foi escrita.
3. O Distanciamento autorial.
4. Devemos ainda reconhecer que teríamos uma compreensão mais
exata da mensagem de alguns textos bíblicos reconhecidamente
obscuros se os seus autores estivessem vivos. Poderíamos perguntar a
eles acerca destas passagens complicadas que escreveram e que
continuam até hoje dividindo os melhores intérpretes quanto ao seu
significado. Por exemplo, Pedro poderia nos esclarecer o que ele quis
dizer com "Cristo foi e pregou aos espíritos em prisão". Ou ainda,
Paulo poderia nos dizer o que ele quis dizer com "o que farão os que
se batizam pelos mortos?". Mateus poderia finalmente tirar a dúvida
sobre o sentido da frase de Jesus "não terminarão de percorrer as
cidades de Israel até que venha o Filho do Homem".
INTERVALO
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
 A bíblia como livro divino. Por outro lado, temos o fato de que a Bíblia é
inspirada por Deus, e isso deve ser levado em conta por aqueles que
desejam interpretá-la corretamente. A divindade e a humanidade das
Escrituras devem ser mantidas em equilíbrio
1. Distanciamento natural - A distância entre Deus e nós é imensa. Ele
é o Senhor, criador de todas as coisas, do céu e da terra. Somos suas
criaturas, limitadas, finitas. Nossa condição de seres humanos impõe
limites à nossa capacidade de entender e compreender as coisas de
Deus. O fato de sermos seres humanos tentando entender a
mensagem enviada pelo Deus criador em si só representa um
distanciamento, a distância entre a criatura e o Criador
2. Distancia Espiritual: o fato de que somos pecadores impõe ainda
mais limites à nossa capacidade de interpretação da Bíblia. Somos
seres afetados pelo pecado tentando entender os desígnios do Deus
puro e santo.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
1. Distanciamento moral
2. É a distância que existe entre seres pecadores e
egoístas e a pura e santa Palavra que pretendem
esclarecer. A corrupção de nossos corações acaba por
introduzir na interpretação das Escrituras motivações
incompatíveis com o Autor das mesmas. Infelizmente a
história da Igreja mostra como diferentes grupos
manipulam as Escrituras para defender, provar e dar
autoridade a seus pontos de vista. Certamente existem
pessoas sinceras, embora equivocadas. Mas não
podemos negar que o distanciamento moral acaba nos
levando a torcer o sentido das Escrituras, procurando
usá-la para nosso fins nem sempre louváveis.
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
1. CONCLUSÃO
2. Conforme vimos acima, a dupla natureza da Bíblia
provoca um distanciamento temporal e espiritual que
precisa ser transposto, para que possamos chegar à sua
mensagem. Pela Sua misericórdia, Deus têm guiado e
abençoado a Igreja através dos séculos, mesmo quando
ela esqueceu-se de levar em conta estes aspectos.
Porém, isto não nos isenta de buscarmos compreender
de forma mais exata e completa a revelação que Deus
fez de si mesmo. E nisto, o uso consciente de princípios
de interpretação compatíveis com a natureza das
Escrituras é de inestimável valor.
INSTRUMENTAL PARA O ESTUDO NT
1. 1.1. EDIÇÕES DO NOVO TESTAMENTO EM GREGO
2. Trata-se, sobretudo, da (26ª e) 27ª edição do Novum
Testamentum Graece de NESTLE-ALAND de (1991: 26ª)
1994 e da 3ª edição do The Greek New Testament, de
1975, recomendamos a leitura de W. PAROSCHI, Crítica
textual do Novo Testamento, p. 137-139.
3. 1.2. DICIONÁRIOS
4. Alguns dicionários para o Novo Testamento são:
COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento. São
Paulo: Vida Nova, s/d. e DOUGLAS, J. D. O Novo
Dicionário da Bíblia. Edição em 1 Volume. Tradução de
R. P. Shedd. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.
INSTRUMENTAL PARA O ESTUDO NT
1. 1.2. CONCORDÂNCIAS E LÉXICOS BÍBLICOS
2. A principal concordância hoje no Brasil é: GILMER, Thomas
L.; JACOBS, Jon; VILELA, Milton. Concordância Bíblica
Exaustiva. São Paulo: Hagnos, 2006. Este volume é a única
indexação impressa, na língua portuguesa, que contém
100% das palavras da Bíblia Sagrada. Uma ferramenta de
referência para auxiliar estudos ou pesquisas da Bíblia por
meio de um índice de palavras com mais de 700.000
indexações. Cada palavra aparece separadamente, em
ordem alfabética, com a indicação lateral da freqüência de
sua utilização em toda a Bíblia.
3. O Léxico bíblico é: GINGRICH, F. Wilbur e FREDERICK, W.
Danker. Léxico do Novo Testamento. 1 ed. São Paulo: Vida
Nova, 1984.
INSTRUMENTAL PARA O ESTUDO NT
1. 1.3. COMENTÁRIOS COMPLETOS DO NOVO TESTAMENTO
2. São dignos de menção os seguintes comentários completos a
todo o Novo Testamento: CHAMPLIN, Russell Norman. Novo
Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo:
Hagnos e BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI – Antigo e Novo
Testamento. São Paulo: Vida.
TRABALHO E AVALIAÇÃO FINAL
1. Trabalho – Dissertação de no mínimo 3 Laudas. “O problema
sinótico e a Critica das fontes”. Ultimo dia para entrega do
trabalho 11 / 09 Segunda feira.
2. Prova escrita: Dia 18/05 Segunda feira. Questões Objetivas e
subjetivas. Prova objetiva é a prova que analisa somente a
questão correta (de marcar) e a prova subjetiva é
a prova aberta (redação, questão aberta, etc.)
• Os trabalhos serão aceitos somente no dia estipulado por via
impressa e por e-mail (conforme padrão ABNT);

• Cada atividade tem seu valor único; Presença 0,5; Participação


0,5; Trabalho 0 a 9; Prova de 0 a 9.

• A menção final é dada Pr + Pa + (TP + AA / 2). Onde: Pr é a nota da


presença, Pa é a nota de participação, TP é a nota do trabalho de
pesquisa e AA é a nota da Avaliação de aprendizagem.
FIM

OBRIGADO...!
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
ANTIGO TESTAMENTO PERÍODO INTERBÍBLICO NOVO TESTAMENTO
OCUPA 2/3 DA BÍBLIA OCUPA 1/3 DA BÍBLIA
ABRANGE 4.000 ANOS ABRANGE 100 ANOS
TEMA: FRACASSO NAS TEMA: OBRA DE JESUS
TENTATIVAS DE AGRADAR CRISTO, REDENTORA QUE
A DEUS NOS SALVA
PALAVRA CHAVE: JO 1:17A PALAVRA CHAVE: JO 1:17
LEI: DADA POR MOISÉS GRAÇA E A VERDADE: VEIO
POR MEIO DE JESUS .
JESUS ( EM MAIS DE 3.000 JESUS É VISTO EM: CARNE
PROFECIAS) É O CORDEIRO E OSSO (De MT à JO)
PASCAL , TABERNÁCULO E ENSINAMENTOS
SACRIFICIOS APOSTOLICOS E SEU
RETORNO (APOCALIPSE)

39 LIVROS 27 LIVROS
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Juízes - PERÍODO DA ORGANIZAÇÃO TRIBAL / 1200 - 1020 a.C. (Jz 1.1-3, 6;
Nm 1.1; 10.10; 26.1-27; Nm 1.4; 1Sm 1.1-7)(Samuel) Juízes: Otniel, Eúde,
Sangar, Débora, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Isbã, Elom, Abdom, Sansão e
Samuel.
• PERÍODO MONÁRQUICO – PROFETAS / 1020 – 922 a.C. (1Sm 8.1-31, 33; 9;
17; 2Sm 1.1-25; 5; 1Rs 1-11) (Reino Unido – Saul, Davi e Salomão –
Construção do Templo) Profetas: Samuel e Natã.
• PERÍODO MONÁRQUICO – PROFETAS / 1020 – 922 a.C. (1Sm 8.1-31, 33; 9;
17; 2Sm 1.1-25; 5; 1Rs 1-11)
• REINO DIVIDIDO – O REINO DO SUL CHAMADO REINO DE JUDÁ ficou como
o filho de Salomão Roboão / CAPITAL: JERUSALÉM – 922 a.C. (IRs 11.14;
14.29; 2Cr 16.11) Reis: Roboão, Abião, Asa, Jeosafá, Jeorão, Acazias,
Atalia, Joás, Amazias, Uzias, Jotão e Acaz. Profetas: Isaías e Miquéias
• REINO DIVIDIDO – O REINO DO NORTE CHAMADO REINO DE ISRAEL
assumiu Jeroboão filho de Nabat / CAPITAL: SAMARIA – 922 a.C. (1Rs 14.19;
15; 2Rs 17; 2Cr 33.18) Reis: Jeroboão, Nadate, Baasa, Ela, Zinri, Onri,
Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeocaz, Jeoás, Jeroboão, Zacarias, Saium,
Menaém, Pecaías, Peca e Oséias Profetas: Elias, Eliseu, Jonas, Amós e
Oséias
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• 1º CATIVEIRO: EGÍPCIO (Gn 21-30; 37.28; 41; Ex 3.1-4, 17) (Moisés)

• 2º CATIVEIRO: ASSÍRIO / SURGIMENTO DOS SAMARITANOS – 722 a.C. (2Rs


18-25) (Destruição do Reino do Norte)

• SOMENTE JUDÁ / 722 – 587 a.C. (2Cr 36.17-21; Jr 39.8-10; 52.12-27) Reis:
Ezequias, Manasses, Amom, Josias, Jeocaz, Jeoaquim, Joaquim e
Zedequias Profetas: Sofanias, Jeremias, Naum e Habacuque

• 3º CATIVEIRO: BABILÔNICO – SURGIMENTO DAS SINAGOGAS / 587 – 539


a.C. (2Rs 36.1-23) (Destruição do Reino do Sul e do Templo de Salomão)

• PERÍODO DE RECONSTRUÇÃO DE JUDÁ / TEMPLO DE SALOMÃO – 515 a.C.


(Es 1-10; Ne 11-13) (Zorobabel – Governador e Reconstrutor de Judá e do
Templo de Salomão) (Esdras – Líder Espiritual / Neemias – Reconstrutor
dos Muros de Judá) Profetas: Daniel, Ezequiel, Obadias, Ageu, Zacarias,
Malaquias e Joel

• PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO / 400 – 6 a.C. (Silêncio Profético)


PERÍODO INTERBÍBLICO
• Os 4 PERÍODOS NA HISTÓRIA DOS JUDEUS
• 1.Império Persa (536 a.C. - 333 a.C)

• 2. Império Grego (331 a.C. - 323a.C)

• 3. Período Macabeu (165 a.C. – 63 a.C)

• 4. Império Romano (De 63a.C. - 470 d.C)


PERÍODO INTERBÍBLICO
• Período Persa (536 a.C. - 333 a.C.)
• Ciro reuniu as nações da Pérsia, Média e Lídia e
impôs a derrota do império babilônico e, 538 a.C.
• Permitiu o retorno dos judeus, se dando em três
etapas:
• 1. Zorobabel – em 536 a.C. – 50.000 Governador e
Reconstrutor de Judá e do Templo de Salomão
judeus retornam e começam a reconstruir o templo
• 2. Esdras – em 458 a.C. - Líder Espiritual
• 3. Neemias – em 444 a.C. - Levantados os muros de
Jerusalém
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Período Grego (331 a.C. - 323a.C.)
• Alexandre derrota os persas em 331.
• Impôs sobre seu vasto império a CULTURA
HELENICA.
• O KOINÊ tornou-se a língua do império.
• O domínio grego se deu em três etapas:
• 1.Alexandre o Grande (335-323)
• 2. Ptolemaico (323-204)
• 3.Selêucida (204-165) – Antíoco Epifânio - persegui
os judeus visando o politeísmo grego.
A DIVISÃO DO IMPÉRIO GREGO
PERÍODO INTERBÍBLICO
• Alexandre o Grande
• A história do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro
que a Assíria impôs ao reino do norte, Israel, com o
subsequente cativeiro babilônico do reino do sul, Judá, e
com o regresso, à Palestina, de parte dos exilados, quando da
hegemonia persa, nos séculos VI e V. A.C. Os quatro séculos
entre o final da história do Antigo Testamento e os
primórdios da história do Novo Testamento compreendem o
período intertestamentário. (ocasionalmente chamados "os
quatrocentos anos de silêncio", devido ao hiato, nos
registros bíblicos, e ao silenciamento da voz profética).
Durante esse hiato é que Alexandre o Grande se tornou
senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas
derrotas aos persas, quando das batalhas de Granico (334 A.
C.), Isso (333 A. C.) e Arbela (331 A.C). Termo também usado
E.C -
PERÍODO INTERBÍBLICO
• Helenização
• A cultura grega, intitulada helenismo, há tempos se vinha
propagando mediante o comércio e a colonização gregos, mas
as conquistas de Alexandre proveram um impulso muito maior
do que havia antes. O idioma grego tornou-se a língua franca, a
língua comumente usada no comércio e na diplomacia. Ao
aproximar-se a época do Novo Testamento, o grego era a língua
comumente falada nas ruas até da própria Roma, onde o
proletariado falava o latim, mas onde a grande massa de
escravos e de libertos falava o grego. Alexandre fundou setenta
cidades, moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus
soldados contraíram matrimônios com mulheres orientais. E
assim foram misturadas as culturas grega e oriental.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Helena
• a- A filosofia grega que se aproximava do monoteísmo,
tendência para a imortalidade, ênfase sobre a
consciência e dignidade humana e liberalismo de
pensamento.
• b- A língua grega
• No primeiro século os romanos cultos conheciam grego
e também latim.
• O dialeto grego usado no quinto século a. C. , na época
da glória de Atenas, tornou-se o dialeto “Koiné”
( comum ) do primeiro século . A língua universal.
• O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar ( comum ).
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Helena
• c- A cultura helenística em geral com seu espírito
cosmopolita, transcendendo as barreiras, o judeu
helenizado que serviria como ponte entre o judeu e
gentio e a busca da salvação do mundo romano.
INTERVALO
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Período Macabeu (165 a.C. - 63 a.C.)
• Revolta dos Macabeus.
• A revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim
( 165 ) . Período de Independência, também chamado
de Hasmoneano. Matatias, era sacerdote patriota e de
imensa coragem, furioso com a tentativa de Antioco
Epifânio de destruir os judeus e sua religião, reuniu um
bando de leais compatriotas e defraudou a bandeira da
revolta.
• Tinha cinco filhos:Judas, Jônatas, Simão , João e
Eleazar. Essa família era chamada de Hasmoneanos,
por causa de Hasmom , bisavô de Matatias, ou de
Macabeus, devido ao apelido Macabeu ( Martelo )
conferido a Judas, um dos filhos de Matatias.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Período Macabeu
• Judas Macabeu encabeçou uma campanha de guerrilhas de
extraordinário sucesso,até que os judeus se viram capazes de
derrotar os sírios em campo de batalha regular.
• A revolta dos Macabeus, entretanto , foi também uma guerra
civil deflagrada entre os judeus pró-helenistas e anti –
helenistas .
• Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo , os judeus
recuperaram a liberdade religiosa, foi esta a origem da Festa
da Dedicação ou Hanuká ( João 10:22) entre 165 e 164 a. C.
• Os Macabeus continuaram no poder até o ano 63 a.C.
quando foram dominados pelo General Romano Pompeu.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Significância da revolta dos Macabeus:
• Restaurou a nação da decadência política e religiosa.
• Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou uma tendência mais
aguerrida.
• Deu um novo impulso ao judaísmo, novo zelo pela lei e esperança
messiânica.
• Intensificou o desenvolvimentos dos dois movimentos que se tornaram os
Fariseus e os Saduceus.
• Lutaram pela independência de Israel do Império Selêucida, no século II
a.C.
• a- Os Fariseus surgiram do grupo purista e nacionalista.
• b- Os Saduceus surgiram do grupo que se aliou com os Helenistas.
LIÇÕES APRENDIDAS NO PERÍODO DOS
MACABEUS
1. O amor dos judeus à liberdade, e seu ódio pela
dominação ou mesmo intrusão estrangeira.
2. O desejo dos judeus de preservar em sua antiga fé,
mesmo contra forças imensamente superiores, de
países estrangeiros.
3. O desenvolvimento das principais seitas judaicas,
como os Fariseus,os Saduceus e os Essênios,
ocorreu através das lutas e mudanças deste período.
4. Nesta época houve uma mudança nos antigos
costumes sacerdotais, visto que os Macabeus,
embora de uma linhagem sacerdotal dos Levitas,
não pertencia à linhagem sumo-sacerdotal de Arão.
LIÇÕES APRENDIDAS NO PERÍODO DOS
MACABEUS
5. Durante um período que gerou entorno de 100 anos, os
hasmoneanos já haviam decaído em várias corrupções
comuns, como a tirania, a contaminação religiosa, etc.,
que sempre se instalam quando o poder se sobrepõe à
boa política.
6. Os Macabeus estabeleceram o padrão ideal para o
nacionalismo judaico, como também para a luta pela
independência política e religiosa. Nesse contexto é que
o conceito messiânico desenvolve-se enormemente.
7. As revoltas político-militares dos anos 70 e 132 d.C.,
foram inspiradas pelo exemplo dados pelos Macabeus.
O partido dos zelotes preservava o ideal dos Macabeus.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Judaica
• a- Um povo divinamente preparado
• b- Um povo escolhido para ser testemunha entre as
nações
• c- Escrituras proféticas predizendo a vinda do Messias
• d- A dispersão dos judeus em todo o mundo conhecido
• e- Sinagoga onde se estudava as Escrituras que
forneceriam local para a pregação do evangelho
• f- Proselitismo que trouxe muitos gentios para o
judaísmo
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• g- Era o povo do Livro, Interessado na prática da
religião e na busca da salvação
• h- Uma esperança da vinda do Messias foi oferecida
pelos judeus a um mundo de religiões pagãs.
Também o judaísmo ofereceu , pela parte moral da
Lei Judaica, o sistema de ética mais puro do mundo.
Mas o mais importante é que os judeus prepararam
o caminho para vinda de Cristo pelo fornecimento
de um Livro Sagrado, o Velho Testamento.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Romana
• 1º) A unificação de terras e a expansão deste
império sobre províncias e povos independentes
• Ajudou a propagação do evangelho nos países ao
redor do Mediterrâneo, bem como na Ásia, África e
Europa.
• A segurança de translado agora se estabelecia pela
ruptura de fronteiras, estabelecida pela ocupação
romana, dando fim a muitas guerras.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Romana - 2º) O exército romano
• Foi de marcante presença no desenvolvimento de uma
organização universal, bem como na propagação do
evangelho.
• Em muitos casos, soldados se converteram, e levaram o
cristianismo para outras regiões.
• É provável que o cristianismo tenha chegado à Bretanha
através de esforços de soldados cristãos.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• A FALTA DE FÉ EM SEUS DEUSES PAGÃOS
• As conquistas romanas levaram muitos povos a falta de fé
em seus deuses pagãos, desta forma, portas foram abertas
para que o evangelho fosse pregado, devido a carência
destes povos.
• Cristo veio ao mundo época do Império Romano. Todo o
mundo ficou sob um governo único, uma lei universal, era
possível obter cidadania romana, ainda que a pessoa não
fosse romana. O império Romano mostrou as tendência de
unificar os povos de raças diferentes numa organização
política.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Contribuição Romana
• Havia paz na terra quando Cristo nasceu. “Pax
Romana”. Os soldados romanos asseguravam a paz
nas estradas da Ásia, África e Europa.
• Construíram excelentes estradas ligando Roma a
todas as partes do Império. As estradas principais
foram construídas de concreto. As estradas
romanas e as cidades estratégicas localizadas nos
caminhos eram indispensáveis a evangelização do
mundo no primeiro século.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• IMPERADORES ROMANOS
• Os imperadores romanos seguintes, alistados com as datas de
seus respectivos governos, estão vinculados às narrações do
Novo Testamento:
• - Augusto (27 A.C. - 14 D.C.), sob quem ocorreram o
nascimento de Jesus, o recenseamento ligado ao Seu
nascimento, e os primórdios do culto ao imperador;
• - Tibério (14-37 D.C.), sob quem Jesus efetuou o Seu ministério
público e foi morto;
• - Calígula (37-41 D.C.), que exigiu que se lhe prestasse culto e
ordenou que sua estátua fosse colocada no templo de
Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse
cumprida;
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• - Cláudio (41-54 D.C.), que expulsou de Roma os residentes judeus,
entre os quais estavam Áqüila e Priscila, por motivo de distúrbios
civis;
• - Nero (54 68 D.C.), que perseguiu os cristãos, embora
provavelmente somente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e
Paulo foram martirizados;
• - Vespasiano (69-79 D.C.), o qual, quando ainda general romano
começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e
deixou o restante da tarefa ao encargo de seu filho, Tito, numa
campanha que atingiu seu clímax com a destruição de Jerusalém e
seu templo, em 70 D. C.;
• - Domiciano (81-96 D.C.), cuja perseguição contra a Igreja
provavelmente serviu de pano-de-fundo para a escrita do Apocalipse,
como encorajamento para os cristãos oprimidos.
O CENÁRIO BÍBLICO DO NT
• Herodes O Grande.
• Os romanos permitiam a existência de governantes nativos
vassalos de Roma, na Palestina. Um desses foi Herodes o Grande,
que governou o país, sob os romanos, de 37 a 4 A.C. Seu pai,
Antípater, tendo subido ao poder contando com o favor dos
romanos, lançara-o numa carreira militar e política. O senado
romano aprovou o ofício real de Herodes, mas ele foi forçado a
obter o controle da Palestina mediante o poder das armas. Tendo
por antepassados os idumeus (descendentes de Edom, ou Esaú),
por isso mesmo não era visto com bons olhos pelos judeus.
• A legitimidade de seu reinado era contestada pelos judeus por ele
ser um idumeu. Numa tentativa de obter essa legitimidade, ele
casou-se com Mariana, uma hasmoniana filha do alto sacerdote
do Templo
ANTECEDENTES CULTURAIS
• O mundo do primeiro século não era diferente do mundo
atual do século vinte e um. Viviam lado a lado ricos e pobres,
homens virtuosos e homens criminosos, homens livres e
homens escravos, e as condições sociais e econômicas
predominantes eram, em muitos aspectos, semelhantes às
dos tempos presentes.

• a) A População Judaica – tem-se calculado que mais de


quatro milhões de judeus viviam no Império Romano durante
os dias do Novo Testamento, talvez 7% da população total do
mundo romano. Mas dificilmente o número de Judeus que
viviam na Palestina atingia a setecentos mil. Havia mais
judeus em Alexandria, no Egito, do que em Jerusalém; e mais
na Síria do que na Palestina! E mesmo em certas porções da
Palestina (na Galiléia, onde Jesus se criou, e em Decápolis)
os gentios eram mais numerosos do que os judeus.
ANTECEDENTES CULTURAIS
• b) Línguas – o latim era a língua oficial do império
romano, mas era o idioma usado principalmente no
ocidente. No oriente, a língua franca (idioma comum)
era o grego. Além do grego, os habitantes da Palestina
falavam o aramaico e o hebraico, pelo que também
Jesus e os primeiros discípulos provavelmente eram
trilíngues.
• c) Alimentação – os romanos tinham quatro refeições
por dia. A dieta do indivíduo médio consistia de pão,
mingau de aveia, sopa de lentilhas, leite de cabra,
queijo, verduras, frutas, azeitonas, toicinho defumado,
lingüiça, peixe e vinho diluído em água. Os judeus
costumavam ter somente duas refeições formais, uma
ao meio-dia e outra à noite.
ANTECEDENTES CULTURAIS
• d) Vestuário e Modas – os homens usavam túnicas, que
eram vestes semelhantes a camisas, que se prolongavam
dos ombros aos joelhos. Um cinto ou uma faixa, de nome
“cinturão” no Novo Testamento, era enrolado em volta da
cintura; e também eram usadas sandálias grosseiras nos
pés, e um turbante ou chapéu na cabeça. Nos meses frios,
uma manta ou capa pesada era usada por cima da túnica,
provendo agasalho. As mulheres usavam uma túnica curta
como roupa de baixo, e algumas vezes usavam uma túnica
externa brilhantemente colorida que descia até os pés.
ANTECEDENTES CULTURAIS

VESTIMENTAS CALÇADOS
ANTECEDENTES CULTURAIS
• As mulheres mais elegantes usavam cosméticos em grande
abundância, o que incluía o batom, sombras para os olhos,
pintura das sobrancelhas, e, quando se tratava de jóias,
usavam brincos e pendentes no nariz. Os penteados
femininos mudavam constantemente de estilo, embora as
mulheres da Palestina costumassem cobrir a cabeça com
um véu (mas nunca cobriam o rosto). Os homens traziam
os cabelos curtos, raspados com navalhas. Na Palestina os
homens deixavam a barba crescer. Seus cabelos eram
conservados um pouquinho mais longos do que em outras
regiões, mas não tão compridos como se vê nas gravuras
que representam pessoas dos tempo bíblicos.
ANTECEDENTES CULTURAIS
• e) Entretenimentos – talvez a forma mais espetacular de
diversão fossem as lutas dos gladiadores. Os gladiadores
podiam ser escravos, cativos, criminosos ou voluntários. Os
espetáculos de gladiadores com freqüência exibiam animais
ferozes. As corridas de bigas correspondiam às nossas corridas
de automóveis. As apostas eram muito comuns. Naturalmente,
o público idolatrava as carruagens vencedoras.
• Peças teatrais maliciosas refletiam a imoralidade da época.
Todavia, as diversões não consistiam somente de deboches. Os
jogos Olímpicos desde há muito vinham sendo eventos
esportivos que atraíam a muita gente. Havia boa música e boa
literatura. As crianças brincavam com brinquedos como
chocalhos infantis, bonecas com membros móveis, casas e
móveis em miniatura, bolas, balanços e jogos similares à
amarelinha, ao esconde-esconde e à cabra-cega.
ANTECEDENTES CULTURAIS
• f) Ciências e Medicina – embora os judeus não estivessem
particularmente interessados em assuntos científicos, no
período do Novo Testamento, a ciência existia. Por exemplo,
no século III a.C., Eratóstenes, bibliotecário em Alexandria,
ensinava que a terra é esférica e calculou que ela teria 24 mil
milhas de circunferência (somente oitocentas milhas menos
que o cálculo moderno), além de ter calculado a distância da
terra ao sol em 92 milhões de milhas (a estimativa moderna é
de 93 milhões de milhas).
• h) A medicina, ou pelo menos a cirurgia, estava mais
avançada do que poderíamos imaginar – uma relevante
informação porquanto um dos escritores do Novo
Testamento, Lucas, era o médico pessoal de Paulo. Os
cirurgiões faziam intervenções cirúrgicas no crânio,
traqueotomias (incisões na traquéia) e amputações.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• FARISEUS
• Ensinavam que a alma era imortal, que haveria um
arrebatamento, uma ressurreição corporal e julgamento
futuro com galardão ou castigo.
• Acreditavam na existência de seres celestiais e aguardavam o
Messias (At 23.8).
• Tinham duas escolas doutrinárias: Hillel (liberal) “avô de
Gamaliel” e Shamai (conservadora).
• Seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as tradições e
costumes (Mt 23.25-28).
• Foi o único partido que sobreviveu à destruição do templo
em 70 d.C., são os genitores espirituais do judaísmo.
• Jesus não criticou sua doutrina e sim a sua prática hipócrita
(Mt 23:1-7);
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• SADUCEUS
• Eram a elite sacerdotal, política e social.
• Negavam a ressurreição, o juízo final, a existência de anjos e
espíritos e a vinda do Messias.
• Não se davam com os Fariseus (At 23.6-8).
• Enfatizavam a liberdade da vontade humana, rejeitando o
determinismo e o azar.
• Tinham a Torah como única fonte de fé e prática.
• Diziam-se descendentes do Sumo-Sacerdote Zadoque (1Rs 2:35, 2
Sm.15:24); o nome Saduceu vem do hebraico tzadokim =
“descendentes de Zadoque”.
• Enquanto os fariseus eram nacionalistas os saduceus iam na
direção da filosofia e cultura gregas.
• Com a destruição do Templo, em 70 d.C., o partido se extinguiu.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• ESSÊNIOS (PIEDOSO)
• Tinham rigorosa observância da lei, mas consideravam o
sacerdócio do templo corrupto, rejeitavam boa parte do rito
e do sistema sacrificial.
• Acrescentaram ritos ( por ex, cabala, castas de anjos,...).
• O termo vem do aramaico essenoi e do latim esseni, ambos
com o significado de “médico”;
• No período hasmoneu, foram perseguidos e passaram a viver
no deserto da Judéia;
• Muitos aceitam que a comunidade de Qumran, onde foram
encontrados os rolos do mar Morto, era de essênios.
• Vestiam-se de branco, não se casavam e aboliram a
propriedade privada.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• HERODIANOS
• Os herodianos eram mais um partido político que uma seita
religiosa, e criam que os melhores interesses do judaísmo
estavam na cooperação com os romanos, porém sem se
submeterem diretamente a eles. Essa cooperação “indireta”
aconteceria através do reinado fantoche da dinastia
herodiana. Seu nome foi de Herodes, para Herodes o Grande.
• A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as
reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do
judaísmo pré-cristão, forneceram o referencial histórico no
qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos prepararam
Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na
“plenitude do tempo” (Gálatas 4.4)
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• ZELOTES
• O nome do hebraico qanna: “zeloso” ou “devoto”;
• Finéias foi o modelo dos zelotes (Nm 25:10 a 13);
• Partido extremista com origem no final do sec. I a.C, eram
conhecidos como “sicários”, pois usavam uma adaga (sicca)
contra os seus adversários;
• Legalistas e intolerantes contra o jugo de Israel pelos
romanos, não aceitavam o pagamento de impostos;
• Um dos discípulos de Jesus, cognominado Simão, o Zelote,
pertencia a esse partido (Lc 6:15);
• Lideraram a revolta contra Roma, em 66 d.C., que levou à
destruição de Jerusalém e do Templo;
• Sua última fortaleza, Massada, caiu em 73 d.C. e o partido se
extinguiu.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• ESCRIBAS
• Os escribas não eram, estritamente falando, uma
seita, mas sim, membros de uma profissão.
• Eram, em primeiro lugar, copistas da Lei.
• Vieram a ser considerados autoridades quanto às
Escrituras, e por isso exerciam uma função de
ensino.
• Sua linha de pensamento era semelhante à dos
fariseus, com os quais aparecem frequentemente
associados no N.T.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• PUBLICANOS
• A palavra “publicano” foi aplicada não apenas aos membros
da “ordo publicanorum”, mas a todos os contratados por esta
para trabalharem na cobrança de impostos para o império.
• O desprezo de que os publicanos eram alvo por parte dos
judeus vinha de duas razões principais, sempre aliadas à
revolta pelos abusos cometidos:
• 1. Eles eram considerados “imundos”, por causa do
constante contato com os romanos, gentios e pagãos. Os
escritos dos rabinos não apenas os declaravam impuros, mas
até mesmo transmissores de impureza pela simples presença.

• 2. Eles eram considerados traidores e agentes da dominação


estrangeira.
SEITAS E OUTROS GRUPOS DO JUDAÍSMO
• SAMARITANOS

• Os samaritanos eram descendentes dos judeus que


permaneceram na Palestina depois que os assírios
derrotaram Israel. Provinham de casamentos
mistos entre judeus e colonizadores assírios, daí
que sua própria existência era uma violação da Lei
de Deus. Adoravam a Deus no monte Gerizim, onde
construíram seu próprio templo e sacrificavam
animais. Os samaritanos foram desprezados pelos
judeus que voltaram do Exílio.
FIM

OBRIGADO...!
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
• JOÃO 5:39,40

• 39.Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras,


porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna.
E são as Escrituras que testemunham a meu
respeito; 40.contudo, vocês não querem vir a mim
para terem vida. (Tradução NVI).
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
• Cânon – κανών – ‫קנה‬
• κανών palavra grega, significando Literalmente
“vara reta de medir”
• No sentido religioso, cânon significa aquilo que
serve de norma, regra.
• No Novo Testamento aparece em Gl 6.16; Fp 3.16
• Significa basicamente uma cana, como nas
passagem bíblica de 1 Reis 14:15.
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
• O uso semântico que ocorre no hebraico (qaneh),
descreve qualquer padrão de comprimento ou um
objeto em linha reta ou na vertical. Essa idéia de
um padrão de comprimento ocorre em passagens
bíblicas como uma vara [cana] de medição (qeneh
ha-middah) nos textos de Ezequiel 40:3 e 40:5 e
uma cana inteira, comprimento similar em Ezequiel
41:8.
ORIGEM DO CÂNON BÍBLICO
• Foi utilizado referindo-se à Bíblia por Orígenes (185-
254 d.C)
• O Cânon Hebraico tinha 3 divisões:
• –Leis, Profetas e Escritos
• –Jesus confirmou isto em Lc 24.44
ORIGEM DO CÂNON AT
• O Cânon do Antigo Testamento
• A divisão do cânon hebraico é diferente da nossa e
somam 24 livros ao invés de 39 porque vários livros
são considerados apenas um, veja a seguir:
• Esdras foi o responsável pela tríplice divisão do
A.T. , ou seja, Lei, Escritos e Profetas.
• Neste tempo que os samaritanos foram expulsos
da comunidade judaica (Ne 13) levando consigo o
Pentateuco, que até hoje é a Bíblia dos Samaritanos
ORIGEM DO CÂNON AT
• Em 90 A.D. em Jâmnia, próxima da moderna Jafa,
na Palestina, os rabinos num concílio sob a
presidência de Johanan Ben Zakai, reconheceram e
fixaram o cânon do Antigo Testamento.
• Jâmnia, após a destruição de Jerusalém no ano 70
A.D., tornou-se a sede do Sinédrio – O supremo
tribunal dos judeus.
CÂNON DO AT
CÂNON DO AT
CÂNON DO AT
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• Septuaginta
• A divisão de 39 livros vem da Septuaginta
• Primeira tradução do antigo testamento para o
grego, feita em 285 a.C.
• Geralmente designada como “LXX”
• A pedido do bibliotecário Demétrio de Falero o Rei
do Egito, Ptolomeu Filadelfo (285 – 246 a.C.)
solicitou ao sacerdote judaico Eleazar que fossem
enviados a Alexandria 6 doutores de cada tribo (72)
para efetuarem a tradução para o grego;
• Completaram a tradução em 72 dias.
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
•Foram escritos por um período de aproximadamente
100• anos
O Cânon do Novo Testamento
•A ordem dos 27 livros do Novo Testamento vem da
Vulgata.
•Em 367 A.D. Atanásio, patriarca de Alexandria,
publicou a lista dos 27 livros como conhecemos hoje,
esta lista foi aceita pelo Concílio de Hipona (África)
em 393 A.D.
• No III Concílio de Cartago em 397 A.D. o cânon do
Novo Testamento foi reconhecido e fixado.
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus; português:
“escondido, oculto”), isto em referência aos livros que tratavam de
coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso, o termo
significa “não genuíno, espúrio”, desde sua aplicação por Jerônimo.
também conhecidos como Livros Pseudocanônicos,
• Os livros apócrifos jamais foram reconhecidos pelos judeus, jamais
foram citados por Jesus, nem foram reconhecidos pela Igreja
Primitiva.
• Nome alternativo: Deuterocanônicos (literalmente – segundo
cânon)
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• Este grupo de escritos, em sua maioria, foram escritos em
Grego durante o período Intertestamentário (400–100 a.C.),
estão inseridos na Septuaginta e Vulgata Latina e são aceitos
pelos Católicos Romanos e Ortodoxos, mas rejeitados por
Judeus e Evangélicos.
• Os apócrifos apareceram pela primeira vez na Septuaginta.
• Jerônimo ao traduzir a Vulgata em 405 A.D. incluiu os
apócrifos oriundos da Septuaginta porque lhe foi ordenado,
mas indicou que os mesmos não poderiam ser base de
doutrinas.
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• São 14 os apócrifos, sendo 10 livros e 4 acréscimos à livros canônicos.
Antes do Concílio de Trento a igreja católica aceitava todos, mas depois
passou a aceitar apenas 11, sendo 7 livros e 4 acréscimos. A Igreja
Ortodoxa Grega mantém os 14 até hoje.
• Os livros apócrifos da Bíblia católico-romana são:
• –Tobias; –Judite; –Sabedoria de Salomão; –Eclesiástico; –Baruque; –1
Macabeus; –2 Macabeus.
• Os acréscimos aos livros canônicos da Bíblia católico-romana são:
• –Ester ( à Ester 10.4 - 16.24); –Cântico dos Três Santos Filhos (à Daniel
3.24-90); –História de Suzana (à Daniel cap. 13); –Bel e o Dragão (à
Daniel cap. 14)
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• Os rejeitados à partir do Concílio de Trento em 1546 A.D.
são:
• 3º Esdras, 4º Esdras e a Oração de Manassés.
• A Igreja Romana aprovou os 18 apócrifos em 18 de Abril de
1546 como meio de combater a Reforma Protestante, então
recente. Nessa época os protestantes combatiam:
• –Purgatório;
• –Oração pelos mortos
• –Salvação mediante obras, etc
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• Os romanistas viram nos apócrifos base para apoiar essas doutrinas
e os aprovaram como canônicos.
• O teste de canonicidade – os livros apócrifos não demonstram as
mesmas características dos demais livros considerados canônicos.
• Ensino da Arte Mágica – Tobias 6:5-8
• Esmolas Purifica do Pecado - Tobias 12: 8 e 9; Eclesiático 3:33
• Pecados Perdoados pela Oração – Eclesiástico 3:4
• Orações pelos Mortos – 2Macabeus 12: 42-46
• Ensino do Purgatório – Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da alma)
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
• CINCO TESTES PARA A CANONICIDADE
• 1.Cristo atestou sua autoridade?
• 2.Escritores judeus extrabíblicos os afirmaram?
• 3.Inspiração. O livro está em harmonia com outras
revelações?
• 4.Foi escrito um dos apóstolos ou por discípulos.
• 5.O corpo de Cristo o reconhece, não apenas regional
mais universalmente?
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
FORMAÇÃO DO CÂNON NT
FIM

OBRIGADO...!
EVANGELHOS
E
ESCRITOS DO NT
DIVISÃO PANORÂMICA DO N.T
OS SINÓTICOS
Evangelhos sinópticos é a denominação dada aos
evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas por conterem
uma grande quantidade de histórias em comum, na
mesma sequência, e algumas vezes utilizando
exatamente a mesma estrutura de palavras.

Tal grau de paralelismo relativo ao conteúdo, narrativa,


linguagem e estruturas das frases somente pode
ocorrer em uma literatura interdependente.

Muitos estudiosos acreditam que esses evangelhos


compartilham o mesmo ponto de vista e são claramente
ligados entre si.
OS SINÓTICOS
O nome sinóptico, do grego συν,
"syn" («junto») oοψις, "opsis" («ver»)
-, os assuntos neles abordados
correspondiam quase inteiramente. Ou
seja, são classificados assim, por
fazerem parte em uma mesma visão,
ou mesmo ponto de vista.
OS SINÓTICOS
os primeiros grandes exegetas eram alemães,
designaram essa fonte por Q, abreviatura de Quelle,
que significa precisamente «fonte» em alemão.
Adicionalmente, Mateus e Lucas também incluíram um
material de duas outras fontes designadas como Fonte
M e Fonte L respectivamente.

Quanto ao quarto Evangelho canônico, o Evangelho de


João, relata a história de Jesus de um modo
substancialmente diferente, pelo que não se enquadra
nos sinópticos.

Desta maneira, há quatro evangelhos canônicos, dos


quais três são sinópticos.
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS

MATEUS:VINHO NOVO EM VASILHA


DE COURO VELHA

Material Compilador do Livro: “Teologia


do N.T” de Frank Thilman
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS

Nem se deita vinho novo em odres velhos;


aliás rompem-se os odres, e entorna-se o
vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se
vinho novo em odres novos, e assim ambos
se conservam.

Mateus 9:17
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
Ao escrever o evangelho, Mateus estava
engajado em um dialogo intenso e
polêmico com os judeus incrédulos.

Ele próprio era judeu, mas ao escrever,


fazia referência às “sinagogas [deles]” e aos
“judeus”, como se não fizesse parte da
sociedade judaica 4:23; 9:35; 10:17; 12:09;
13:54; 28:15.
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
O entendimento de Mateus sobre o
cristianismo ainda estava ao alcance da
sociedade judaica, e ela não gostava do que
ouvia:
Os cristãos (judeus) estavam deixando de
lado a autoridade de Moisés a favor da
autoridade de Jesus e estavam pervertendo a
tradição judaica. Nessa situação, Mateus
apresentou três preucupações.
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
1 – Mateus desejava demonstrar que
apesar de o evangelho trazer mudanças,
elas eram o cumprimento das Escrituras
dos judeus, não sua perversão. Usando as
palavras de uma parábola que Mateus
considerou importante:
O vinho novo rebentará a vasilha de couro
velha, mas se o vinho novo for colocado em
vasilha de couro nova, “ambos se
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
2 – Mateus desejava provar aos judeus
que rejeitavam Jesus, que o vinho e a
vasilha estavam estragados.

Deus os havia julgado por sua


complacência e hipocrisia, como fizera no
século VI a.C. Destruindo Jerusalém,
formando um novo povo multiétnico.
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
3 – Mateus entendia que o novo povo de
Deus poderia, cair na mesma armadilha
da complacência e da hipocrisia.

Por compreender esse perigo, ele


mencionou o severo juizo contra os falsos
cristãos e insistiu em uma nova abordagem
atraente para alcançar cristãos vulneráveis
que tendiam a etraviar-se do aprisco.
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MATEUS
RESUMO DO EVENGELHO DE MARCOS
MARCOS: A MORTE DO FILHO DE DEUS COMO
BOAS NOVAS

O evangelho de Marcos é enigmático. Sua primeira


sentença afirma relatar as boas novas sobre Jesus,
o Messias, o Filho de Deus.

Nesse relato porém Jesus silencia quem quer identificá-


lo com esses títulos. Quando chama os discípulos, eles
de imediato deixam tudo pra segui-lo, mas no decorrer
da narrativa não conseguem entender seu ensino.
RESUMO DO EVENGELHO DE MARCOS
• A natureza enigmática do evangelho de Marcos
pode ter contribuído para sua negligência nos
primeiros séculos da igreja. Mateus e Lucas
sabiamente perceberam o caráter muito
enigmático desse relato, e não o deixaram
exercer a função de única narrativa disponível
do “evangelho de Jesus Cristo, o Filho de
Deus”.

• Entretanto, a igreja primitiva também foi sábia por


não ter ocupado o lugar de Marcos com outros
relatos
RESUMO DO EVENGELHO DE MARCOS
A IDENTIDADE DE JESUS
A importância da identidade de Jesus em Marcos

A identidade de Jesus é a questão central do


evangelho de Marcos. Ela torna-se clara a partir de
algumas considerações. Uma das mais importantes
é a frequência com que todo o tipo de pessoa
pergunta no evangelho, de formas variadas,
quem é Jesus?

• (Mc 1.27; 2.7; 4.41; 6.2,3; 8.27,29;10.18; 14.61)


Para Frank Thielman, nenhuma dessas
sugestões são plausíveis. A narrativa de Marcos,
apesar de enigmática, não é tão estranha quanto
essas interpretações desejam torná-la. Marcos
explica nas primeiras linhas do evangelho o motivo
de ter concentrado na identidade de Jesus. Jesus
é o Messias, Filho de Deus, predito pelos profetas
Isaías e Malaquias.

Em outras palavras, ele deseja definir a


identidade de Jesus em termos bíblicos e
provar que Jesus cumpriu as expectativas dos
profetas de que Deus viria a seu povo para
libertá-lo e julgá-lo.
Esse fato, porém, não nos leva a concluir de alguma
forma, que Marcos pense no Pai e no Filho, como
pessoas idênticas ou dois deuses diferentes.
O mandamento mais importante da lei mosaica, para
Jesus e para Marcos, era: “O Senhor, o nosso Deus, o
Senhor é o único Senhor”, o que significa “que não
existe outro além dele”.

(Mc 12.29,32). Ademais, Jesus está subordinado e é


submisso ao Pai, o único que sabe o tempo do fim (Mc
13.32) e cujo propósito inclui o sofrimento e a morte do
Filho (Mc 14.36). Ainda, para Marcos, onde Jesus
estava, Deus também estava presente, e Marcos deseja
que seus leitores sintam o impacto dessa afirmação
estarrecedora.
Essas quatro declarações de propósito compreendem
os dois principais propósitos para a vinda de Jesus no
evangelho de Marcos: trazer o tão esperado Reino
de Deus e morrer por pecadores.

JESUS PROCLAMA E ESTABELECE O REINO DE DEUS

Marcos demonstra de diversas formas, explícitas e


sutis, crer que Jesus cumpriu as promessas de Isaías
sobre restauração divina de seu povo e do reino sobre
eles com justiça. Marcos inicia o evangelho com a
menção de citações bíblicas de Malaquias 3.1 e
Isaías 40.3, mas atribui toda a coleção a Isaías.
Dessa forma, ele chama a atenção do leitor para a importância da
descrição que Isaías faz do retorno do povo de Deus, do exílio
até Jerusalém, para entender o significado dos acontecimentos
narrados a seguir. João Batista cumprirá o papel de Elias (Ml
4.5) e preparará o caminho para Deus guiar o povo, no novo
êxodo, desde o exílio até a Jerusalém restaurada.
ISAÍAS 40.1-5
1 Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
2 Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o
tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que
já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus
pecados.
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do
SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
4 Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e
outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares
escabrosos, aplanados.
5 A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois
Em Jesus, Deus estava realizando essa libertação
escatológica do povo. Marcos parece ter compreendido a
proclamação de Jesus a respeito da aproximação do Reino
nesses termos. Jesus anunciou que o tempo de espera pela
restauração profetizada por Isaías havia se cumprido – o
Reino de Deus aproximava-se mediante a pregação de
Jesus (Mc 1.15,38)

JESUS MORRE POR PECADORES


O leitor mais perceptivo do evangelho de Marcos, não deixará
de perceber a ênfase desse evangelho na morte de Jesus.
Já em 1.14, o aprisionamento de João lança uma sombra
sobre o Filho divino a quem esse batizara. Em 2.7, os escribas
alegam que Jesus teria blasfemado contra Deus. Em 3.6, os
fariseus e os herodianos começam a planejar a morte de
Jesus. E, como dobres de um sino, em 8.31, 9.31 e 10.33,34,
Jesus pronuncia o aviso claro e repetido de sua morte
O destaque dado por Marcos à morte de Jesus também
é percebido pela brevidade com que trata da
ressurreição (16.1-8). Ela é importante para Marcos (8.31;
9.9,31; 10.34; 16.6); contudo, ele não relata as aparições de
Jesus após a ressurreição, e mesmo no único versículo a
respeito da ressurreição (16.6), de alguma forma, o foco
permanece na crucificação.

JESUS MORRE COMO FILHO DO HOMEM


• Na narrativa de Marcos, Jesus diz três vezes que ele,
como Filho do Homem, deve sofrer a fim de cumprir as
Escrituras. (9.12; 14.21,49).
• Mas em que ponto a Escritura indica que alguém chamado
“Filho do homem” sofrerá? Marcos apresenta seus leitores
as duas passagens que ele tinha em mente (13.26; 14.62).
Isso pode ser uma referência a Daniel 7)
JESUS MORRE COMO O SERVO SOFREDOR
DE ISAÍAS

Para Marcos, portanto, Jesus se submeteu


voluntariamente para sofrer e morrer como
sacrifício expiatório pelas transgressões do povo
de Deus.
Nesse papel Jesus sofreu não como Filho do
homem, mas como Servo Sofredor do terceiro e
quarto “Cânticos do Servo” de Isaias 53. Da
mesma forma que Jesus, em Marcos 10.45 e
14.24, o Servo de Isaías leva os pecados de
“muitos” ao morrer por eles.
OS DISCÍPULOS DE JESUS
Os intérpretes de Marcos geralmente ficam confusos acerca do
motivo desse evangelho colocar os discípulos de sob uma luz
tão negativa. Eles são incapazes de entender até mesmo as
parábolas mais simples (4.13; 7.18; cf 9.6). Jesus se pergunta se
eles realmente tem fé (4.40). Eles não conseguem perceber o
significado dos milagres de Jesus, porque o coração deles estava
endurecido (6.52; cf 4.41; 8.17). Também pareciam impotentes
para “ver” e “ouvir” o significado de Jesus e seus ensinos, e,
dessa forma, isso os alinha com aqueles a quem Jesus
denominara “os que estão de fora” (8.17-21; cf 4.11,12).Os
discípulos negligenciavam a oração, e, por isso, falharam na
tentativa de expulsar um espírito maligno (9.18).

Eles discutiam a respeito de quem era o maior (9.33-37; cf


10.35-45). E tentaram, equivocadamente, impedir a atuação de
um exorcista que não fazia parte de seu grupo (9.38-41).
A pior atitude, a que encabeça a lista, acontece
no momento de maior necessidade de Jesus, e,
a despeito de seus juramentos de lealdade
(14.19), um deles entrega Jesus às
autoridades (14.10), outro nega conhecê-lo
(14.68,70,71) e todos os outros o
abandonaram (14.50). Mesmo as mulheres
que seguiam Jesus (15.40,41) foram incapazes
de obedecer as instruções de dizer aos apóstolos
e a Pedro que o mestre os encontraria
novamente na Galileia (16.7).

Em vez disso, elas fugiram amedrontadas e


perplexas (16.8).
POR QUE MARCOS TERIA REGISTRADO DESSA
FORMA A RESPOSTA DOS DISCÍPULOS A JESUS?
• Ao apresentá-los sob uma luz positiva em 1.16 –
6.30, Marcos atrai seus leitores para a narrativa e os
encoraja à identificação com os discípulos. Ao
expor claramente as fraquezas dos discípulos
depois de 6.30, ele convida os leitores ao exame
individual da resposta a fidelidade a Jesus.

O SEGREDO MESSIÂNICO
• O “segredo messiânico” é a designação dada
algumas vezes a uma lista de características
enigmáticas do evangelho de Marcos a respeito da
ênfase comum na natureza secreta da identidade de
Jesus e do ensino de Jesus.
Jesus não queria que este grupo de pessoas em busca de
cura impedissem sua movimentação pelo território da
Galiléia e ele tentava controlar as multidões impedindo a
disseminação de notícias sobre seus poderes de cura.
A MORTE DO FILHO DE DEUS COMO BOAS NOVAS
• Agora está claro o motivo pelo qual a história de Jesus,
contada por Marcos, constitui boas novas. Marcos nos diz
que o Filho de Deus, Jesus, o Ungido, Filho real de Davi,
deu início ao tão esperado Reino de Deus para seu povo.
Esse Reino estava presente onde Jesus se encontrava (Is
29.5,6). Ao mesmo tempo, a insensibilidade dos líderes de
Israel e dos discípulos de Jesus à presença de Deus em seu
meio conduzi-os a rejeitar Jesus, embora de formas e em
níveis diferentes, como Jeremias disse: eles tinham olhos,
mas não viam, e ouvidos, mas não escutavam que o Deus
que criou o mar e a terra seca estava entre eles (Jr 5.21,22;
Mc 8.18).
• A rejeição de Deus provocada pela dureza de coração e
a presença divina escatológica não ocorreram uma após a
outra, mas estavam presentes, simultaneamente, no
ministério de Jesus. Esse conflito levaria Jesus mais tarde
para a cruz.

Para Marcos, todavia, o conflito das eras e a crucificação


de Jesus não surpreenderam a Deus. As Escrituras
decretaram a morte de Jesus, e ele mesmo compreendia
essa necessidade desde o princípio do ministério.
De fato, esse foi o propósito primário de sua vinda. A
morte de Jesus era necessária, como a morte do Servo
Sofredor, para fazer expiação pelos “pecados de
muitos”, incluindo os discípulos que o haviam traído e
outros que o rejeitaram.
O conflito das eras continuou nos dias de Marcos.
Portanto, o evangelista explica a seus leitores o fato de
terem sido chamados para alcançar a reivindicação final
pela pelo sofrimento, da mesma forma que o Filho do
Homem foi chamado para sofrer e, depois, ressuscitar
dos mortos. Marcos também desejava que os leitores
entendessem que: se, em meio ao sofrimentos, eles
falhassem com Jesus como os discípulos haviam
falhado, a promessa de restauração estaria disponível
para eles como estivera para “os discípulos e a
Pedro”. Ela foi disponibilizada por causa da morte
expiatória do Filho de Deus – e estas são as boas
novas.
REFERÊNCIA: THIELMAN, Frank. Teologia do Novo
Testamento: uma abordagem canônica e sintética. São Paulo,
Shedd Publicações, 2007.
RESUMO DO EVENGELHO DE LUCAS
LUCAS – ATOS: O LUGAR DOS CRISTÃOS NO
CURSO DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO.

O evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos formam


duas partes interligadas e sucessivas , contendo uma
narrativa da vida de Jesus e o relato de como os seus
seguidores anunciaram as boas novas sobre Ele.

De acordo com Marshall, Lucas constrói sua


narrativa de Jesus com base no evangelho de
Marcos bem como em outros materiais de outras
fontes, alguns compartilhados por Mateus e outros a
ele.
Lucas compartilhou da visão de Marcos, todavia
compôs um texto mais extenso à semelhança de
Mateus. Lucas editou o material de Marcos com a
finalidade de apresentar diferentes nuanças.

Além disso , ao seu apresentar o evangelho dentro do


contexto criado por sua continuação, a narrativa pode
ter o seu sentido alterado. Destinado a Teófilo para
que este estivesse inteirado das “coisas” (logôn) que
aconteceram entre eles. Lucas quando em seus dois
volumes usa a expressão “logôn” refere-se aos
ensinamentos de Jesus.

Por que pessoas como Teófilo necessitam dessa


segurança?
A conversão ao cristianismo na Antiguidade, como atesta o
segundo volume de Lucas, é acompanhada com frequência
pela perseguição.

Os compromissos religiosos no mundo grecoromano eram


também sociais, e compromisso com uma religião que dissolvia
os limites sociais entre uma e as outras ou negava a validade de
outras religiões conduzia inevitavelmente a tensões sociais.

“A palavra do Senhor” que surgia em toda a província da Ásia,


a “todos os judeus e gregos” (At 19.10), se tornou uma
ameaça para a paz que Roma preservava em todas
as províncias.

Crer no evangelho a despeito de tudo significa romper os


limites sociais definidos pela família, corporação ou tribo. Com
frequência esse rompimento implicava os laços com pai, mãe,
mulher e filhos.
HISTÓRIA DA SALVAÇÃO (OU HISTÓRIA E
EVANGELHO)
Lucas – Atos contêm uma ênfase pronunciada na existência
de uma plano divino para o desdobramento da história e no
objetivo desse plano como a salvação do povo de Deus. O
substantivo grego “boulê” (sig. plano, propósito) é usado
12 vezes no N.T, contudo Lucas usa 5 vezes essa
expressão como referência ao propósito de Deus. Esse
propósito foi rejeitado pelos fariseus (Lc 7.30); e
predeterminado e conhecido de antemão por Deus, no qual
foi incluída a crucificação de Jesus (At 2.23; 4.28, Lc
22.22).

Lucas menciona que Deus estabeleceu “os tempos e as


datas [...] pela sua autoridade (At 1.7), determinou limites
geográficos e cronológicos para as nações do mundo
(17.16).
JESUS É O “KYRIOS” – SENHOR

“Kyrios” é um importante título atribuído a Jesus no N.T.


O apóstolo Paulo utilizou essa expressão com a
finalidade de apresentar a grandeza de Jesus, como
uma autoridade, não simplesmente como um “pronome
de tratamento”. A palavra “Kyrios” no Império Romano
era referida ao imperador. Paulo desfoca esse título do
imperador atribuindo a Jesus.

Lucas nutri a mesma carga teológica de Paulo. Agora


quem tem autoridade, domínio e governo não é o
imperador, mas sim Jesus.
RIQUEZA COMO DISTRAÇÃO PERIGOSA

BATISMO COM ESPÍRITO SANTO

1 - PROMESSAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO AT


2 PROMESSAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO EM JOÃO
BATISTA
3 – PROMESSAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO EM JESUS
CRISTO
4 – PENTECOSTES E DESDOBRAMENTOS

A PREEMINÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO


Coerente com que apresentou no evangelho, Lucas acredita
que o Espírito Santo é a força motriz do desenvolvimento da
Igreja nascente. Somente inspirados e dirigidos por ele os
seres humanos tomam iniciativa.
MOVIMENTO DE AFASTAMENTO COM
RELAÇÃO AO JUDAÍSMO

De acordo com Lucas, a Igreja cresce ao lançar-


se no mundo, acrescentando categorias de
convertidos em estágios definidos, sendo cada
estágio um maior afastamento de suas origens
judaicas. Os primeiros convertidos são, todos,
judeus de Jerusalém (At 2-3). No estágio
seguinte, os samaritanos (At 8), o último caso é
Cornélio (At 10). Lucas é um documentário do
preconceito judaico contra os gentios,
preconceito de que Lucas não compartilha
NA VISÃO DE LUCAS, FOI ORDENADO QUE A
SALVAÇÃO FOSSE OFERECIDA PRIMEIRO AOS JUDEUS
E SÓ DEPOIS AOS GENTIOS. É SEM DÚVIDA VERDADE
QUE TODOS OS PRIMEIROS CRISTÃOS ERAM JUDEUS;
É VERDADE QUE MAIS TARDE FORAM INCLUÍDOS MAIS
E MAIS GENTIOS E QUE POR FIM, O JUDEU-
CRISTIANISMO INICIAL, VIRTUALMENTE
DESAPARECEU, DEIXANDO UMA IGREJA COM
CARACTERÍSTICAS MAIS GENTÍLICAS.

• LUCAS NÃO NOS MOSTRA O PLENO ALCANCE DESSE


PROCESSO, QUE ESTAVA LONGE DE SER COMPLETO
EM SUA ÉPOCA, MAS LUCAS, JÁ APONTAVA ESSA
DIREÇÃO. O FIM DE ATOS 28 DEIXA ISSO MUITO
CLARO; A IGREJA VAI SER
UNIVERSAL.
RESUMO DO EVENGELHO DE JOÃO
POR QUE ESTUDAR ESSE LIVRO?

Em uma época de crescente perseguição aos cristãos e


de crescente apostasia e controvérsias quanto à
natureza de Jesus Cristo, o Apóstolo João registrou seu
testemunho do Salvador. O estudo do evangelho
segundo João pode ajudar os alunos a conhecer melhor
o Pai Celestial por meio do ministério de Seu Filho,
Jesus Cristo. O relato de João ensina que quem vive em
harmonia com os ensinamentos de Jesus Cristo pode
receber grandes bênçãos, inclusive a da vida eterna.
RESUMO DO EVENGELHO DE JOÃO
QUEM ESCREVEU ESSE LIVRO?

O Apóstolo João escreveu esse livro. Ao longo de todo


o livro, ele refere-se a si mesmo como sendo o
“discípulo a quem Jesus amava” (ver João 13:23;
19:26; 20:2; 21:7, 20).

João e seu irmão, Tiago, eram pescadores (ver Mateus


4:21). Parece que, antes de se tornar discípulo e
apóstolo de Jesus Cristo, João era seguidor de João
Batista (ver João 1:35–40; Guia para Estudo das
Escrituras “João, filho de Zebedeu”,
scriptures.LDS.org).
RESUMO DO EVENGELHO DE JOÃO
QUANDO E ONDE FOI ESCRITO?

Não sabemos exatamente quando João quando


escreveu esse livro. A estimativa é que tenha sido
escrito entre os anos 60 e 100 d.C. . Os primeiros
escritores cristãos do século 2 d.C. dão a entender que
João escreveu seu evangelho em Éfeso, na Ásia Menor
(atual Turquia).
PARA QUEM E POR QUE ESSE LIVRO FOI ESCRITO?

Apesar de os escritos de João servirem a todos, sua


mensagem dirige-se a um público mais específico.“O
evangelho de João é um relato dirigido aos santos; é
sobretudo um evangelho para a Igreja” (Doctrinal New
Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo
Testamento], 3 vols., 1965–1973, vol. I, p. 65). João
declarou que o objetivo para o qual escreveu esse
livro foi persuadir as pessoas a “[crer] que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, [tivessem]
vida em seu nome” (João 20:31). “As cenas da vida de
Jesus nele descritas [foram] cuidadosamente
escolhidas e dispostas [por João] com essa intenção”
(Guia para Estudo das Escrituras, “O evangelho segundo
João” em João, Filho de Zebedeu).
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES DESSE LIVRO?

Aproximadamente 92% do conteúdo do evangelho segundo


João não se encontra nos demais evangelhos. Isso
provavelmente se deve ao fato de João tê-lo escrito para uso dos
membros da Igreja, que já sabiam quem era Jesus Cristo. Esse
era um público alvo muito diferente daquele dos evangelhos de
Mateus, Marcos e Lucas. Dos sete milagres relatados por João,
cinco não se encontram em nenhum outro evangelho. Enquanto
Mateus, Marcos e Lucas forneceram extensa informação sobre o
ministério de Jesus na Galileia, João registrou numerosos
acontecimentos ocorridos na Judeia. O evangelho segundo João
é rico em doutrinas e tem entre seus principais temas a
divindade de Jesus, como Filho de Deus, a Expiação de
Cristo, a vida eterna, o Espírito Santo, a necessidade de um
novo nascimento, a importância de amar ao próximo e a
importância de acreditar no Salvador.
João salientou a divindade de Jesus Cristo, que
Ele era o Filho de Deus. Ele registrou mais de cem
ocasiões em que Jesus Se referiu a Seu Pai, e
mais de vinte dessas referências se encontram
em João 14. Uma das maiores contribuições de
João é o fato de ele ter registrado aquilo que o
Salvador ensinou a Seus discípulos nas horas que
precederam sua prisão, inclusive a grande Oração
Intercessória, feita na noite de Sua agonia no
Getsêmani. Essa parte do relato (João 13–17) toma
mais de 18% das páginas do livro de João e nos
possibilita entender melhor a doutrina do Salvador e
o que Ele espera de Seus discípulos.
RESUMO:

João 1 João testifica que Jesus Cristo era um ser divino na vida
pré-mortal e que Sua missão é permitir que todos sejam salvos.
Ele conta como foi o batismo de Jesus e o chamado de alguns
discípulos.

João 2–4 Jesus Cristo transforma a água em vinho. Ele ensina


Nicodemos que é preciso renascer espiritualmente e testifica que
é o Cristo à samaritana junto ao poço. Jesus cura o filho de um
nobre.

João 5–7 O Salvador cura um inválido junto ao tanque de


Betesda e declara Seu poder e Sua autoridade divinos. Ele
alimenta 5 mil em preparação para o sermão em que atesta ser o
Pão da Vida, proclama ser o Messias e, na Festa dos
Tabernáculos, declara que só aqueles que O aceitam receberão a
vida eterna.
João 8–10 Por meio do episódio da mulher apanhada em
adultério, Jesus ensina a compaixão e o arrependimento.
Ele declara ser Jeová, o grande Eu Sou. Ele cura um cego
de nascença e descreve a Si mesmo como sendo o Bom
Pastor que ama as ovelhas e dá a vida por elas.

João 11–13 Jesus Cristo traz Lázaro de volta à vida e, com


isso, demonstra que tem poder sobre a morte. Ele faz uma
entrada triunfal em Jerusalém. Por ocasião da Última Ceia,
Jesus lava os pés dos discípulos e ensina-os a amar uns
aos outros.

João 14–16 Jesus ensina aos discípulos qual a relação


entre o amor e a obediência. Ele promete enviar-lhes o
Consolador (o Espírito Santo) e ministra pessoalmente a
eles. Ele declara ser a Videira Verdadeira e ter vencido o
mundo.
João 17–19 Jesus faz a Oração Intercessória por Seus
discípulos e por aqueles que cressem em sua
pregação. Ele é traído, preso, julgado e condenado.
Depois de sofrer na cruz, morre e é sepultado.

João 20–21 Após a Ressurreição, Jesus Cristo aparece


a Maria Madalena no Horto do Sepulcro e, depois, a
alguns de Seus discípulos em Jerusalém. Ele aparece
a sete discípulos no Mar da Galileia e encarrega Pedro
de liderá-los no ministério.
CARTAS PAULINAS
CARTAS PAULINAS
APOCALIPSE
• POR QUE ESTUDAR ESSE LIVRO?
• Essa é uma “revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1:1),
como sugere o título do livro, Apocalipse vem de uma
palavra em grego que significa revelar, descobrir ou
desvelar algo que esteja escondido (ver Guia para Estudo
das Escrituras, “Apocalipse do Apóstolo João”). Esse livro é
uma manifestação do Senhor Jesus Cristo e uma revelação
de Sua autoridade, de Seu poder e de Seu papel
proeminente no Plano de Salvação estabelecido pelo Pai
Celestial. Também traz à tona muitas informações
importantes sobre os eventos que precederão a Segunda
Vinda e o Milênio.
APOCALIPSE
• POR QUE ESTUDAR ESSE LIVRO?

• O estudo do livro de Apocalipse pode ajudar os alunos a


aprofundarem seu entendimento sobre o Filho ressurreto e
glorificado de Deus, e sobre a comunicação de Deus com
Seus filhos através das eras, em especial nos últimos dias.
Esse livro proclama uma mensagem de esperança aos
justos e incentiva os alunos a permanecerem fiéis ao
testemunho do Salvador em meio a perseguições e
provações.
APOCALIPSE
• POR QUE ESTUDAR ESSE LIVRO?
• Essa é uma “revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1:1),
como sugere o título do livro, Apocalipse vem de uma
palavra em grego que significa revelar, descobrir ou
desvelar algo que esteja escondido (ver Guia para Estudo
das Escrituras, “Apocalipse do Apóstolo João”). Esse livro é
uma manifestação do Senhor Jesus Cristo e uma revelação
de Sua autoridade, de Seu poder e de Seu papel
proeminente no Plano de Salvação estabelecido pelo Pai
Celestial. Também traz à tona muitas informações
importantes sobre os eventos que precederão a Segunda
Vinda e o Milênio.
APOCALIPSE
QUEM ESCREVEU ESSE LIVRO?

Quem escreveu o livro do Apocalipse foi um homem


chamado João (Apocalipse 1:1-9; 22:80). No entanto, ao
longo dos séculos, tem sido discutido quem é esse João autor
do Apocalipse. Para muitos se trata do apóstolo João.
Outros, no entanto, defendem que o escritor do Apocalipse é
um cristão desconhecido do primeiro século.
APOCALIPSE
QUANDO E ONDE FOI ESCRITO?

Apocalipse foi escrito num momento em que os cristãos


lutavam contra falsos ensinamentos, apatia e grande
perseguição (ver Apocalipse 1:9; 2:4, 10, 14–15; 3:16; 6:9). É
bem provável que essa perseguição tenha vindo pelas mãos
dos oficiais romanos durante as duas últimas décadas do
primeiro século d.C. João escreveu na Ilha de Patmos, no Mar
Egeu, cerca de 100 quilômetros a sudoeste de Éfeso (ver
Apocalipse 1:9).
APOCALIPSE
PARA QUEM E POR QUE ESSE LIVRO FOI ESCRITO?

João enviou uma mensagem de esperança e motivação para


os membros de sua época (ver Apocalipse 1:4) e para os
membros dos últimos dias. Os três primeiros capítulos do
livro são endereçados especificamente as setes Igreja na Ásia
Menor (ver Apocalipse 1:4, 11; 2–3). Devido à intensa
perseguição, os membros precisavam urgentemente da
mensagem de incentivo que se encontra em Apocalipse.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES DESSE LIVRO?

João descreve as condições da Igreja em sua época (ver


Apocalipse 2–3) e escreve a respeito de acontecimentos
passados e futuros (ver Apocalipse 4–22). O livro de
Apocalipse contém uma das poucas passagens que
descrevem uma Guerra nos Céus (ver Apocalipse 12:7–11),
além de apresentar visão geral sobre a história do mundo,
concentrando-se especialmente nos últimos dias e no
Milênio. Seus principais temas incluem o papel de Jesus
Cristo como executor do plano de Deus, a mão de Deus na
história do mundo, a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a
destruição do mal. O livro também explica que haverá “uma
vitória permanente do bem sobre o mal (…) [e] do reino de
Deus sobre os reinos dos homens e de Satanás”.
APOCALIPSE
RESUMO
Apocalipse 1–3 João tem uma visão de Jesus Cristo. Escreve
mensagens personalizadas para as sete igrejas na Ásia, que
incluem elogios, admoestações e promessas aos membros
fiéis em cada ramo.

Apocalipse 4–11 João vê Deus entronizado no Reino Celestial,


o cordeiro de Deus e um livro selado com sete selos. João tem
visões relacionadas à abertura de cada um dos sete selos. Os
que tiverem o selo de Deus na testa receberão a proteção de
Deus nos últimos dias. João vê guerras, pragas e diversos
outros acontecimentos dos últimos dias, que precederão a
Segunda Vinda do Senhor.
Apocalipse 12–16 João vê a Guerra Pré-Mortal nos Céus e sua
continuação na Terra. Ensina que as forças do mal procurarão
destruir o reino de Deus na Terra. Nos últimos dias, a
plenitude do evangelho será restaurada à Terra por meio de
ministrações angélicas. Serão feitas preparações para a
batalha do Armagedom.

Apocalipse 17–22 A Babilônia espiritual será disseminada por


toda a Terra. Após os santos justos se reunirem, Babilônia
cairá e seus apoiadores lamentarão. Os justos serão
convidados para a ceia das bodas do Cordeiro de Deus.
Satanás será aprisionado, o Milênio terá início e Cristo reinará
pessoalmente na Terra. Os mortos serão julgados. A Terra
receberá sua glória celestial.
FIM

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