Você está na página 1de 12

“Para ti, Maria”

Xutos e pontapés
Estrutura externa
( noções de versificação)
CONSTITUIÇÃO DO POEMA
ESTROFES

• De Bragança a Lisboa Outra vez vim de Lisboa Seja de noite ou de dia


São 9 horas de distância Num comboio azarado Trago sempre na lembrança
Queria ter um avião
Nem máquina tinha ainda A cor da tua alegria
E já estava atrasado
Para lá ir mais amiúde O cheiro da tua trança
Dei comigo agarrado
Dei cabo da tolerância Ao ponteiro mais pequeno De Bragança a Lisboa
Rebentei com três radares E tu de certeza à espera São 9 horas de distância
Só para te ter mais perto Rebolando-te no feno Queria ter um avião
Só para tu te dares Para lá ir mais amiúde

• E saio agora
E vou correndo
E vou-me embora (REFRÃO)
E vou correndo
Já não demoro
E vou correndo pra ti
Maria
Maria
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTROFES/MÉTRICA

• De Bragança a Lisboa Outra vez vim de Lisboa Seja de noite ou de dia


Num comboio azarado Trago sempre na lembrança
Nem máquina tinha ainda A cor da tua alegria
São 9 horas de distância E já estava atrasado
O cheiro da tua trança
Dei comigo agarrado
Queria ter um avião Ao ponteiro mais pequeno De Bragança a Lisboa
Para lá ir mais amiúde E tu de certeza à espera São 9 horas de distância
Rebolando-te no feno Queria ter um avião
Dei cabo da tolerância
Para lá ir mais amiúde
Rebentei com três radares
Só para te ter mais perto
Só para tu te dares
• Nº de versos (8)
• Sílabas Métricas ( variam entre 6 e 7)
ESQUEMA RIMÁTICO

• De Bragança a Lisboa A Outra vez vim de Lisboa A Seja de noite ou de dia A


Num comboio azarado B Trago sempre na lembrança B
Nem máquina tinha ainda C A cor da tua alegria A
São 9 horas de distância B E já estava atrasado B
O cheiro da tua trança B
Dei comigo agarrado B
Queria ter um avião C Ao ponteiro mais pequeno D De Bragança a Lisboa C
Para lá ir mais amiúde D E tu de certeza à espera E São 9 horas de distância D
Rebolando-te no feno D Queria ter um avião E
Dei cabo da tolerância B
Para lá ir mais amiúde F
Rebentei com três radares E
Só para te ter mais perto F
Só para tu te dares E

Esquema rimático muito


irregular, oposto às
cantigas de amigo
ESQUEMA RIMÁTICO

• De Bragança a Lisboa A Outra vez vim de Lisboa A Seja de noite ou de dia A


Num comboio azarado B Trago sempre na lembrança B
Nem máquina tinha ainda C A cor da tua alegria A
São 9 horas de distância B E já estava atrasado B
Queria ter um avião C O cheiro da tua trança B
Dei comigo agarrado B
Para lá ir mais amiúde D Ao ponteiro mais pequeno D De Bragança a Lisboa C
Dei cabo da tolerância B E tu de certeza à espera E São 9 horas de distância D
Rebolando-te no feno D Queria ter um avião E
Rebentei com três radares E
Para lá ir mais amiúde F
Só para te ter mais perto F
Só para tu te dares E
Rima emparelhada
Rima interpolada Rima cruzada
Versos soltos
Estrutura interna
• 1º estrofe:
• Amada distante do sujeito poético;
• S.p deseja ter um avião;
• Pretérito perfeito usado para apresentar situações passadas;
• “Dei cabo da tolerância / Rebentei com três radares”;
• “Só para tu te dares”.
• 2º estrofe:
• O s.p relembra situação do
passado,ficou desesperado pois o
comboio atrasou várias horas;
• S.p imagina a amada no local de
encontro à sua espera

• 3º estrofe:
• Repetição;
• S.p expressa q pensa na amada toda
hora;
• “Seja de noite ou de dia”, antítese.
Cantigas de amigo Cantigas de amor
Semelhanças • sofrimento provocado pela • Presença de s.p masculino;
distância; • voz do sujeito poético é
• Presença de cenário natural masculina;
( feno ); • Descrição da mulher amada.
• Expressão sincera de
sentimentos.

Diferenças • S.p é masculino; • Relação amorosa é


consumada, “rebolar no
feno”
Xutos e Pontapés
• 1979 - presente
• Tim, Zé Pedro, Kalú, João Cabeleira e Gui - antiga banda
• Tim, João Cabeleira, Gui and Kalú - Banda atual
• 2017 morte Zé Pedro

• Músicas mais conhecidas:


• “Somos Lobos” – 2023
• “A Minha Casinha” – ‘88
• “Homem do Leme” – ‘85
• De Bragança a Lisboa
São 9 horas de distância E saio agora
Queria ter um avião E vou correndo E saio agora
Para lá ir mais amiúde E vou-me embora E vou correndo
Dei cabo da tolerância E vou correndo E não demora
Rebentei com três radares Já não demoro E vou correndo
Só para te ter mais perto E vou correndo pra ti
Maria
E não demora
Só para tu te dares
Maria E vou correndo pra ti
• E saio agora
Maria
E vou correndo
Seja de noite ou de dia Maria
E vou-me embora
Trago sempre na lembrança Maria
E vou correndo
A cor da tua alegria Maria
Já não demoro O cheiro da tua trança
E vou correndo pra ti De Bragança a Lisboa
Maria São 9 horas de distância
Maria -- Queria ter um avião
• Outra vez vim de Lisboa Para lá ir mais amiúde
Num comboio azarado
Nem máquina tinha ainda
E já estava atrasado
Dei comigo agarrado
Ao ponteiro mais pequeno
E tu de certeza à espera
Rebolando-te no feno
•Raquel Madail
Fim •Nº24
•10ºB

Você também pode gostar