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ESTUDANDO O NOVO TESTAMENTO

CARTA AOS HEBREUS

A ÂNCORA DA ALMA
Hb 6.13-20
13 - Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem
jurar, jurou por si mesmo,
14 - dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei.
15 - E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.
16 - Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para
eles, é o fim de toda contenda.
17 - Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a
imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,
18 - para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte
alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;
19 - a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu,
20 - onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 6:13-20
Certa vez, quando era mais jovem, fui convidado por um grupo de amigos a participar de uma pescaria em alto
mar. Cada um pagaria sua participação na contratação do barco, iscas e refeição, pois a pescaria seria das 22:00 horas da
sexta-feira até às 10:00 horas do sábado. Chegado o dia, estava eu lá, na ponta da praia na cidade de Santos, com todo
minha tralha de pesca.

Os amigos foram chegando e fomos para o barco. Um barco grande uns 60 pés com 3 pavimentos e muita
gente foi chegando, pois achei não ser nada barato o aluguel do mesmo. Às 22:00 zarpamos em direção ao ponto de
pesca. Uma noite linda de céu estrelado! Deitei-me à poupa do barco e fiquei olhando a cidade que ficava para trás, até
que não mais a conseguia ver, uma escuridão total, somente a luz do barco e das estrelas.

Às 24:00 horas chegamos no local da pescaria. Âncora ao mar gritou alguém da tripulação e em instantes
estávamos pescando. Enquanto esperava algum peixe morder a isca percebi duas coisas, a primeira era que se o barco
afundasse eu não saberia nem para onde nadar; a segunda a movimentação do barco no mar, subindo e descendo
acompanhando o movimento das ondas, mas não saía do lugar, pois estava bem ancorado.

Essa figura, de um barco, bem firme e seguramente ancorado, apesar da movimentação das ondas, é usada
pelo autor da carta aos Hebreus como se pode observar ao final desse trecho “ a qual temos por âncora da alma,
segura e firme e que penetra além do véu”, para explicar como funciona a nossa fé.

Ela, a fé, é como uma âncora, segurando a nossa alma em meio às ondas turbulentas de nossa vida,
diante das angústias, incertezas e inconstâncias. O que nos mantém firmes são as promessas de Deus nas
quais confiamos e que nos dão firmeza. Esse é o termo empregado nesse texto.
O judaísmo do primeiro século via os cristão como uma ameaça, porque estes diziam que Jesus de Nazaré,
morto por judeus e romanos, era o Filho de Deus, o Messias prometido, a esperança de Israel. Por essa razão, os judeus
convertidos eram alvo da perseguição dos seus próprios companheiros, havia muita pressão da família, no local de
trabalho e em todos os lugares para que abandonassem a fé em Jesus e voltassem a praticar o judaísmo.

O autor dessa carta se sentiu responsável pelos judeus cristãos que estavam que estavam sendo perseguidos e
tentados a abandonar a Cristo. Por isso resolveu escrever para alertá-los sobre o perigo eterno, o risco de perderem a
alma. Jesus é maior do que as instituições do judaísmo e, abandoná-Lo e voltar seria um retrocesso, uma vez que eles
foram iluminados, conheceram as verdades de Deus, provaram dos poderes do mundo vindouro; se voltassem atrás, não
haveria mais possibilidade de salvação, não haveria nova oportunidade. Em caso de apostasia a perdição eterna seria o
destino deles.

Todavia, o autor aos Hebreus afirma ter certeza de que eles “ Quanto a vós outros, ó amados” (6.9) estavam
seguros, bastando que se fortalecessem, que perseverassem na fé para no fim receberem a promessa. Eles não de
veriam tornar-se indolente, preguiçosos, mas imitar os que, pela fé e paciência, herdaram o que fora prometido por
Deus, promessas de vida eterna, de salvação, de um novo mundo onde habita a justiça.

Nesse trecho de 13 a 20, o autor dá a base sobre a qual aqueles irmãos deveriam firmar a sua fé. Algumas
possíveis questões levantadas nas mentes daqueles hebreus recém convertidos, teriam que ser respondidas. Tais como:
Por que eu devo continuar sendo cristão? Por que devo continuar crendo em Jesus? Por que devo me apoiar nas
promessas de Deus? Por que podemos confiar em Deus? E, a resposta é, porque podemos ter a certeza de que Des vai
cumprir as suas promessas. Mais uma vez o autor recorre ao Antigo Testamento para justificar essa certeza de que Deus
cumpre as Suas promessas.
Ele cita um episódio envolvendo Abraão, o pai da fé, e o juramento que Deus lhe fez, versos de 13 a 15:

“13 - Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por
quem jurar, jurou por si mesmo, 14 - dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. 15 - E assim, depois de
esperar com paciência, obteve Abraão a promessa”.

O que está por trás dessa passagem é o relato de Gênesis 22.16-18:

“e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o Senhor, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único
filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia
na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos,
nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz” .

Abraão recebeu de Deus a promessa de que teria um filho, em quem seriam benditas todas as
nações da terra, do qual haveria de vir o Messias, o Salvador do mundo. Abraão já era idoso e sua mulher,
idosa e estéril, mas esperou longamente e, afina, Deus lhe deu Isaque. O menino estava entrando na
adolescência quando Deus lhe apareceu, num sonho, dizendo que o sacrificasse.

Essa ordem se colocava em contradição com a promessa de bênção para todas as nações da terra,
por seu intermédio, mas Abraão obedeceu. Em Gênesis 22.1-18 lemos que Abraão levou Isaque ao alto do
monte Moriáh ( "visto/a pelo Senhor“), preparou o altar, colocou sobre ele a lenha, amarrou o filho e o pôs em cima
dela, pegou o cutelo e ia sacrificar Isaque quando Deus, do céu, diz: “Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças;
pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (v.12).
Em seguida, o Senhor repetiu a Sua promessa a Abraão, dizendo: “Jurei por mim mesmo, diz o SENHOR,
porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua
descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus
inimigos, e nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz” (Gn 22.16-18). É a esse
episódio que o autor da carta aos Hebreus se refere para dizer aos seus leitores que Deus, quando fez a promessa, jurou
por si mesmo, porque não há ninguém maior em nome de quem jurar (Hb 6.13).

Alguns pontos, nesse texto, devem ser observados:

1) Deus jurou por Si mesmo


Quando alguém jura, o faz por algo/alguém que é superior, maior. Convém notar que, no sentido
bíblico, é lícito jurar. Contra o juramento banal, trivial, a Bíblia nos ensina: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O
que disto passar vem do maligno” (Mt 5.37). Há, porém, situações sérias em que o juramento é lícito, segundo o exemplo do
próprio Deus. E, quando fazemos um juramento, o fazemos por algo/alguém que é maior ou superior. Invocamos
alguém que é superior a nós e, por isso, as pessoas dizem: “juro por Deus”.

Mas Deus jura por quem? Ninguém lhe é superior, ele é o ser supremo, único, absoluto, ninguém há
que sequer seja igual. Por isso, quando jurou a Abraão que cumpriria sua promessa, o Senhor jurou por si
mesmo, dizendo: “Certamente te abençoarei e te multiplicarei”.

2) O Juramento põe fim à discussão

A atitude mais solene que se pode assumir em meio à disputa é jurar por Deus ou fazer uma
declaração solene a respeito da verdade.
Como diz o verso 16: “... Os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento servindo como garantia, para eles,
é o fim de toda contenda “. Quando jurar, por exemplo, em nome de Deus, a pessoa está dizendo que Deus a castigará se
estiver mentindo. Então, esse é o fim da contenda porque a pessoa empenha sua vida, seu futuro, tudo o que é. “Por
isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa, a imutabilidade do Seu propósito, se interpôs como
juramento” (v.17).

3) O mesmo juramento se aplica a nós

O autor nos diz que Deus quis mostrar, não somente a Abraão, mas aos herdeiros da promessa o Seu
juramento “Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa, a imutabilidade do Seu
propósito, se interpôs como juramento” (v.17). Quando prometeu e jurou por Si mesmo, Deus queria nos assegurar
de que Ele cumprirá a Sua Palavra em nosso favor. Podemos, portanto, confiar. Dois motivos são destacadas para
essa confiança: “Para que mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento
tenhamos nós que corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta”. Esses motivos são:

a) Deus jurou e jurou por Si mesmo:

É como se ele dissesse que, no caso de não cumprimento de Sua Palavra ele não seria Deus,
não mereceria a nossa confiança e adoração. Os cristãos poderiam abandoná-Lo, voltar atrás, se
tudo não acontecesse exatamente como Ele prometeu.

b) Deus não mente:


“... É impossível que Deus minta”, porque Ele é verdadeiro, santo justo e perfeito em todos os Seus
caminhos.
Deus ama a verdade. Uma das declarações bíblicas mais frequentes a respeito de Deus é
que Ele ama a verdade e aprecia quem fala a verdade, anda em retidão e pratica o que é certo. Ao
contrário, ele aborrece os mentirosos e eles estão na lista dos que serão lançados no inferno de
Apocalipse 21.8:

“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que
arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.

O Deus vivo e verdadeiro é completamente diferente dos deuses pagãos. Os muitos deuses
daquela época eram parecidos com os seres humanos. A mitologia grega, por exemplo, conta sobre
deuses dissimulados, preparando armadilhas e ciladas a fim de enganar uns aos outros; descendo á terra e
tomando a forma humana, fazendo-se passar por outra pessoa para enganar. Eram falsos.
Bem diferente é o Deus de Israel, revelado na Escritura. Ele é verdadeiro, aborrece a mentira em Si
mesmo – porque é santo – e nós seus seguidores.

São duas as razões, portanto, pelas quais podemos confiar que as promessas de Deus se cumprirão. O próprio Deus
empenha nelas a Sua reputação, o seu nome, todo o Seu ser. Ele empenha tudo isso na Sua Palavra e, que não mentir é da Sua
natureza. Por isso, em meio a todas as dificuldades, aflições, perplexidades, diante da demora – porque, às vezes essas
promessas demoram a se cumprir -, a única atitude correta é ficar firme nas promessas de Deus, por saber que Ele vai cumpri-
las.

Só precisamos de fé, de paciência, e é nesse sentido que as promessas funcionam como âncora da alma: “nós que já
corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que
penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a
O autor procede à combinação de duas imagens. Uma é a do barco em meio às ondas seguro com a âncora – o
que já foi abordado – e a outra é Jesus entrando no santo dos santos, atravessando o véu, sentando à direita de Deus e
intercedendo por nós como sumo sacerdote. Essa comparação se dá porque o autor quer voltar ao assunto do sacerdócio
de Jesus que ele havia interrompido no capítulo 5, para reclamar dos seus ouvintes (v.11-14):

“A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado
tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes,
novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos
de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se
alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos,
para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também
o mal”.

Eles não entendiam a sua afirmação e, para repreendê-los, então, ele volta a explicar que Jesus é um sacerdote
diferente, segundo uma outra ordem, não mais dos levitas, mas segundo Melquisedeque. Daí a combinação da figura do
barco e da âncora com a de Jesus entrando no céu, passando pelo véu, a partir da qual cabe algumas observações:

O que Deus nos prometeu está além do véu.

Olhe para o mundo presente como sendo o mundo da realidade, o mundo das coisas visíveis, das coisas
concretas. Há um véu que nos separa do mundo visível, que é o mundo das realidades eternas, é o mundo onde Deus
está, é o mundo no qual Deus habita, onde os anjos circulam, onde está o Senhor Jesus. Isso é somente uma figura,
porque Deus está em todos os lugares. E essa realidade invisível nos cerca e está presente aqui, ao mesmo tempo em que
nós convivemos nesse mundo.
Podemos pensar, porém, em termos do templo de Salomão. Essa figura os judeus entendiam. No templo eles
sabiam existir o lugar chamado santo dos santos, uma câmara especial separada do restante do templo por um véu.
Ninguém podia entrar ali, senão o sumo sacerdote apenas uma vez por ano. O véu separava dos adoradores aquilo que
era o próprio símbolo da presença de Deus. Quando Jesus morreu, esse véu rasgou-se de cima a baixo como se Deus
tivesse rasgado e entra nas realidades espirituais. Quando Ele (Jesus) sobe aos céus rasga os céus e entra na presença de
Deus, como quem rasga o véu para acessar um determinado lugar.

O autor quer afirmar que as realidade prometidas por Deus não são visíveis neste mundo de agora; elas são
invisíveis, estão além do véu. E, é por isso que nós temos que andar por fé. Ter fé é viver acreditando naquilo que não se
vê. Fé é a confiança no que não se pode apreender pelos sentidos. Não vemos Deus, não vemos Jesus, nem a vida eterna,
os anjos e o novo céu e a nova terra, mas sabemos que existem.

Jesus foi o primeiro da raça humana a transpor o véu.

Jesus foi o primeiro da raça humana a transpor o véu e entrar nesse mundo das realidade invisíveis e daquilo
que foi prometido por Deus. Por essa razão Ele é chamado de “precursor” (v.20), àquele que à frente. O autor da carta
aos Hebreus está dizendo que o Senhor Jesus entrou nesse mundo das realidade invisíveis – ele foi o primeiro homem a
fazer isso – para ser o precursor, Ele foi à frente abrindo o caminho. E, é onde Ele está agora, nesse mundo das realidades
invisíveis.

No verso 20: “E lá ele tornou sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. Já vimos que
a função do sacerdote é interceder pelo povo, fazer a mediação entre Deus e o povo. É o que o Senhor Jesus Cristo está
fazendo, ele penetrou além do véu, nesse mundo invisível, está assentado à direita de Deus, olhando de volta para nós,
seus irmãos.
Nós temos um irmão que foi primeiro para interceder por nós. Ele abriu o caminho, o que nos dá
muita segurança e muita tranquilidade, porque uma vez que o caminho está aberto, nós entraremos por ele.

As promessas que Deus fez e pelas quais Ele jurou por Si estão ao nosso alcance:

“Tenhamos nós forte alento, nós que já corremos para o refúgio [o refúgio é esse lugar além do
véu], a fim de lançar mão da esperança proposta”, Deus propôs algo que nos dá esperança: “Todo
aquele que crê no seu Filho tem a vida eterna”. Deus prometeu o perdão para os nossos pecados, a
ressurreição dos nossos corpos, um mundo novo, um novo céu e uma nova terra onde habita a
justiça. Essa é a esperança proposta por Deus, e pela qual ele jurou por Si mesmo. São realidades
invisíveis, estão além do véu, mas nós temos um representante que já está lá e que já as está
experimentando, é Jesus, que intercede por nós.

Essa esperança proposta e nossa fé funcionam como âncora:

O mundo aqui embaixo é o mar, mas, enquanto os pescadores jogam suas âncoras para
baixo, nossa âncora – esperança e fé – é jogada para cima. O nosso barco está ancorado lá em cima,
além do véu, no mundo invisível. Do outro lado da corda está o Senhor Jesus a impedir o nosso naufrágio
em meio às tempestades. Ele é o nosso sumo sacerdote, o nosso precursor, o nosso irmão mais velho.
Esta é uma figura extraordinária, muito elucidativa, porque é assim na vida. Estamos nesse mar
revolto, de incertezas, doenças, crises, dúvidas, às vezes, contrariedades, sofrimento, perseguição. Nada é garantido,
como o mar tempestuoso, mas estamos firmes porque seguros pela corda que nos leva àquela âncora, que está
ancorada além do véu, onde o nosso irmão mais velho foi primeiro e intercede por nós.

Conclusão

Essa é a figura da perseverança. Perseverar significa não pular fora do barco, ficar firme, não temer a
tempestade por saber que está ancorado. A aplicação para os leitores era: “Não voltem atrás. Não abandonem Jesus por
causa das perseguições, porque, no tempo de Deus, Ele cumprirá as promessas como fez com Abraão. Ele prometeu a
Abraão, e esperando com fé, esperando com paciência, no tempo de Deus, ele obteve a promessa”.

Aplicação

1 – Talvez você tenha essa característica de altos e baixos em sua vida; as vezes as emoções estão lá em cima,
ás vezes lá embaixo; um dia está se sentido bem, outro dia, muito mal, como em uma montanha russa. Um dias
está tranquilo, feliz e disposto, no outro, quer desistir de tudo.

Não se deixe levar pelos sentimentos, pois essa é uma armadilha para todo cristão verdadeiro quando anda
pelo que sente. Há dias em que se sente crente, mas há outros que não. As vezes sente vontade de orar, noutro dia
não tem vontade de orar; por vezes vontade de fazer aquilo que Deus manda. Se andarmos pelo que sentimos,
pelas emoções, pela química do momento, seríamos um completo desastre como cristão. Isso tem o nome de
inconstância!
Qual deve ser a nossa atitude? Pode-se não estar sentindo vontade de orar, mas sei que Deus está me ouvindo
e sei que Ele quer que eu ore, então, contra o seu sentimento, coloque-se de joelhos e ore. Mesmo que não
senta vontade de ler a Bíblia, contra o seu sentimento, leia e verás que após alguns versículos o seu sentimento
começa a mudar. O Espírito Santo abençoa a fidelidade e, de repente, você estará ouvindo a própria voz de Deus falando
por meio das Escrituras.

Não se deixe guiar pelas emoções, elas variam, pois são instáveis. Você tem que andar pela fé no que Deus
prometeu e, Deus jurou por Ele mesmo que vai cumprir as promessas que fez, no tempo certo vai socorrê-lo; no
tempo certo, atende-lo e satisfazer os desejos do seu coração. E, acima de tudo, no tempo certo, Ele vai nos dar a vida
eterna, pela mediação de Jesus, conforme prometeu.

Há crente desanimado também. Crentes desanimados com as dificuldades da vida, as tristezas e etc. Lembre-
se, porém, de Abraão, que recebeu as promessas de Deus já sendo velho, sendo sua mulher estéril, sem
condição humana alguma de ver essa promessa se concretizar. No tempo de Deus, porém, nasceu o seu filho –
Isaque – em quem as promessas seriam cumpridas.

O DEUS DE ABRAÃO, O DEUS DE ISAQUE, É O MESMO DEUS, O SEU DEUS. ELE NÃO MUDA, NÃO MENTE E É FIEL!

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