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Romanos 9

Pastor Antonio
Versículos: 1-5
• 1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito
Santo, 2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3 Porque eu mesmo desejaria ser
separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 4 os quais são
israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas;
5 de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as
coisas, Deus bendito eternamente. Amém.

(Versículos 1-5) Paulo inicia um processo rigoroso e explicativo em relação a


situação e salvação de Israel. Paulo  sente muita tristeza no coração em
relação aos seus irmãos israelitas que não creram em (Jesus), o Messias
prometido em Israel. Paulo diz que preferiria ser amaldiçoado por Deus,
separado de Cristo em favor deles. Paulo enfatiza a relação de Israel com o
Senhor Deus e informa que de Israel descende o Cristo, as promessas, a
filiação, o culto, os patriarcas e a revelação. A esperança de Paulo era de
que todos seus irmãos fossem salvos.
Versículos: 6-13
• 6 Não que a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; 7 nem por
serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. 8 Isto é,
não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como
descendência. 9 Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. 10 E não
somente isso, mas também a Rebeca, que havia concebido de um, de Isaque, nosso pai 11 (pois não tendo
os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição
permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), 12 foi-lhe dito: O maior servirá o
menor. 13 Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú.

Entendimento do texto

(Versículos 6-13) Diante dos acontecimentos em Israel até a vinda do Messias, Paulo enfatiza a
questão da Palavra de Deus ser cumprida conforme os profetas. A Palavra de Deus não falhou,
nem todo israelita é filho de Deus. Vemos na história quantos homens foram excluídos da
presença de Deus por não honrarem a Deus como deveria. Pegamos o caso dos espias que
foram enviados por Moises para analisarem a terra de Canaã. Dos doze, somente dois creram
no Poder de Deus, Calebe e Josué. O povo ficou quarenta anos no deserto devido esse erro dos
dez espias em relatar medo e insegurança ao povo. Toda a geração daquela época morreu no
deserto, só ficaram a geração de Calebe e Josué. Nem todo filho de Abraão é considerado filho.
Paulo relaciona Isaac, o filho da promessa de Deus a Abraão.
Porque Isaac é considerado o filho da promessa:

• Deus prometeu um descendente a Abraão;


• Deus cumpriu sua palavra;
• Deus fez gerar um filho na união de dois senhores (velhos), Abraão (Abrão e Sarai) e Sara. Estes tinham a idade de 99 e
110 anos;
• Abraão creu mesmo sendo velho e seu corpo morto para a geração de um filho;
• Quando Abraão levou Isaac para sacrificar, este era o único filho gerado por sua esposa Sara. Abraão creu, que Deus
poderia ressuscitar o menino, por isso ele foi provado na fé e é considerado o pai da fé.
• (A fé de Abraão é a confiança numa promessa humanamente irrealizável. Essa fé que lhe foi conferida como justiça. Gn
15:5-6)
• Paulo retoma no versículo 8 – Nem todo descendente da carne de Abraão é considerado filho de Deus, mas são
considerado filhos, os da promessa que são tidos como descendentes. Deus chamou Jacó e destinou este a patriarca de
uma nação. Estando Rebeca grávida, ela recebeu de Deus a revelação de que dentro de sua barriga havia duas nações
distintas, o filho maior serviria o filho menor. Todos sabemos que Esaú (primogênito – o maior) era um guerreiro e o
menino que vivia em tendas e mais próximo da mãe era o menor, seu nome é Jacó. Deus avisou antecipadamente a
Rebeca do fim que serviria os propósitos de Deus, o Senhor não esperou eles crescerem para analisar dos feitos que cada
um fez e daí dar o propósito a vida de Jacó com base nos seus feitos. O próprio Senhor disse: Amei a Jacó e aborreci Esaú.
(Malaquias 1:2-3).
Versículos: 14-24
• 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum. 15 Porque diz a Moisés: Terei
misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão.
16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. 17
Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja
anunciado o meu nome em toda a terra. 18 Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer
endurece.
• 19 Dir-me-ás então. Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade? 20 Mas, ó homem, quem
és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? 21
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro
para uso desonroso? 22 E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder,
suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; 23 para que também desse a
conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória, 24 os
quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
Entendimento do texto
• Deus é injusto?
• (Versículos 14-24)  Obvio que não. Não há injustiças por parte de Deus. É Deus quem escolhe, é Ele que
faz misericórdia de quem faz misericórdia e dá piedade de quem é piedoso. Não depende portanto
daquele que quer e nem daquele que corre, pois é Deus quem faz misericórdia. Com relação a Faraó.
Deus suscitou no coração de Faraó as ações que ele mesmo possuía, boas e más e diante disso
aconteceu o que já conhecemos. Deus endureceu o coração de Faraó para que ele provasse do Poder
de Deus. Não somente Faraó, mas todo o seu povo e os Hebreus. Eles iria crer no que vissem e Deus
derrotou todos os deuses idolatrados pelos Egípcios. Quem poderá então se queixar de Deus, quem
poderá resistir à vontade de Deus? Por acaso o vaso pode reclamar com o oleiro quem o criou,
dizendo: Porque me fizestes assim? Já o oleiro que faz o vaso, não pode criar um vaso para honra e
uso nobre e o outro para uso vil, ou seja, com pouco valor? Se Deus, querendo manifestar sua ira e
tornar conhecido seu poder, suportou com muita bondade e generosidade os vasos de ira, prontos
para os pagãos e gentios, a fim de que fosse conhecida a riqueza da sua glória para os que não foram
escolhidos, isto é, para conosco, que agora ele chama de seu povo. Deus chamou não só dentre os
judeus, mas também dentre as nações. Resumindo: Com efeito, no fim tudo se ordena à salvação de
uns e de outros.
Versículos: 25-29
• 25 Como diz ele também em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada à
que não era amada. 26 E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; aí
serão chamados filhos do Deus vivo. 27 Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o
número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente (Aquilo que sobeja ou
resta) é que será salvo. 28 Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, consumando-a
e abreviando-a. 29 E como antes dissera Isaías: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado
descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra.

Entendimento do texto

Misericórdia de Deus
(Versículos 25-29) Paulo cita Oséias, capítulo 2. Chamarei meu povo àquele que não é meu
povo, e amada àquela que não é amada. E acontecerá que no lugar onde lhes foi dito: Vós
não sois meu povo, lá serão chamados filhos do Deus vivo. Paulo cita Isaías 10. Mesmo
que o número dos filhos de Israel fosse como a areia do mar, um restante é que será salvo.
Porque o Senhor cumprirá sua palavra. (Isaías 1:9) Se o Senhor Deus não tivesse
preservado um restante do povo de Israel, os israelitas estariam acabados como Sodoma e
Gomorra.
Conclusão
• Já entendemos a forma como Deus atua e requer de nós, seus filhos. Se os israelitas não
conseguiram a justiça de Deus pela fé, não significa que os gentios, sem procurar justiça
alguma alcançam a Deus. É Deus quem permitiu que estas coisas acontecessem. Os gentios
estavam longe da presença de Deus. Eles alcançaram essa justiça por meio de Cristo. Já os
israelitas que não creram no Messias buscam sua justiça por meio de suas obras e
esbarraram na pedra de tropeço deixada por Deus em Sião. O próprio Cristo foi pedra de
tropeço para os que não creram nele. Quem creu no Messias não ficou  confundido;
• Isaac é o filho da promessa. Abraão creu em Deus e mesmo ele sendo já velho pôde germinar
um filho no ventre de Sara, que também era velha. O milagre aconteceu devido a fé que
Abraão depositou em Deus. A vida de Abraão foi exemplo para toda a humanidade;
• O Senhor Deus preservou um restante de Israel, estas pessoas viram o Messias e as profecias
se cumprirem. Exemplo: Simeão. Recebeu de Deus a promessa que veria o Messias e quando
Maria e José foram apresentar Jesus no Templo, Simeão pôde vê-lo. Lucas 2:28-32 “Simeão
pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse: —Agora, Senhor, cumpriste a promessa
que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz. Pois eu já vi com os meus próprios
olhos a tua salvação, que preparaste na presença de todos os povos: uma luz para mostrar o
teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.” O
restante ficou a mão dos apóstolos que deram continuidade ao que Jesus começou.

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