Você está na página 1de 51

RELACIONAMENTO

EM FAMÍLIA
S u p e ra n d o
Desafios e
P roblemas com
E x e m p l o s da
P a l a v ra d e D e u s
*Esse slides é uma transcrição da vídeo
aula no Canal Prof. Tania Anjo
TEXTO ÁUREO

“E am av a Isaque a Esaú,
porque a c a ç a era do seu
gosto, mas Rebeca am av a a
Jacó.” (Gn 25.28)
V E R DA D E

PRÁTICA
A preferência de filhos
dentro do lar gera divisão
e promove o egoísmo na
formação deles.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE

Gênesis 25.19-
28
O B J E T I V O S DA
LIÇÃO:
01 02 03
Explicar os
Apontar a
malefícios da
Apresentar o predileção dos
predileção na
plano de Deus filhos como uma
formação e
para a família de das principais
desenvolvimento
Isaque e Rebeca; causas de conflito
físico, emocional e
familiar;
espiritual dos filhos.
INTRODUÇÃO
● A história de Isaque e Rebeca parece
uma infeliz repetição da de Abraão e Sara.
Por algumas vezes, Abraão não soube lidar
com os sentimentos de sua esposa,
cometendo erros pelos quais pagou um
alto preço.
● Nesta lição, estudaremos a respeito da
predileção de filhos pelo casal Isaque e
Rebeca. Veremos que quando isso acontece
na família, os resultados são conflitos
intermináveis que fazem do lar um
ambiente hostil para a criação dos filhos.
Obviamente, essa não é a vontade de Deus
para a família cristã.
I - O PLANO DE DEUS PARA
A FAMÍLIA E SUA
PRESCIÊNCIA

8
01
O P l a n o divino
p a ra a famí lia de
Isaque e
R ebeca.
Isaque e Rebeca faziam parte de um plano maior de
Deus. Ao conhecer Rebeca e tomá-la por esposa, Isaque
não esperava o que viria pela frente. Quando ele
descobre a esterilidade de Rebeca, a Bíblia diz que o
patriarca orou ao Senhor para que a madre de sua
esposa fosse aberta (Gn 25.21). Somente

20 anos depois dessa oração, com 60 anos de idade,


Isaque recebeu a notícia de que Rebeca estava
grávida (Gn 25.26; cf. 25.20). Portanto, nada pode
impedir o plano de Deus, pois quando Ele opera, seus
desígnios se cumprem no tempo certo. Assim, no
tempo perfeito de Deus, Rebeca gerou dois meninos.
Nas histórias bíblicas de mulheres estéreis, a maternidade era
mais complicada, a fim de aumentar o drama da chegada do
filho prometido, enfatizando o papel divino na concepção e no
nascimento.

No caso das histórias patriarcais em Gênesis, a esterilidade


das matriarcas enfatiza que é Deus quem dava a
continuidade, na transição de uma geração para a próxima, e
então seleciona o verdadeiro herdeiro da aliança. Depois de 20
anos de casamento, Isaque não desistiu e orou a Deus por um
filho.

Sua oração foi resultado de sua fé nas promessas de Deus,


porque Isaque teria descendentes depois dele (Gn 17:19). Então ele
orou ao Senhor em nome de sua esposa. Toda a esterilidade
parou quando Isaque intercedeu por Rebeca.
Embora a oração subsequente de Isaque e a resposta
afirmativa de Deus. Á Isaque para a oração pareça
inteiramente apropriada na cosmovisão bíblica, ele é
totalmente único entre os patriarcas.

Seu pai, Abraão, queixa-se a Deus de sua falta de filhos, mas se


deita com a serva de sua esposa e procria com ela. J a c ó está
aparentemente satisfeito com sua prole de Lia e é descrito
como indiferente à infertilidade de Raquel, nunca orando em
seu nome.

Isso ilustra o poder de intercessão. Quando a promessa de


Deus em nossa vida demora a vir, podemos encontrar
pessoas para interceder por nós, para que possamos ver o
cumprimento das promessas de Deus.

Outra pessoa na Bíblia que intercedeu por sua esposa estéril é


Zacarias. Ele também recebeu a resposta à sua oração e um
02
O propósito
presciente
de Deus.
Deus sabia antecipadamente o futuro de Esaú e de Jacó. Ele sabia
de antemão o que haveria de acontecer com os filhos gêmeos
de Isaque e Rebeca (Gn 25.23). Isso independia das
circunstâncias que envolvessem essa história. Por isso, o Senhor
atendeu a oração de Isaque e Rebeca concebeu filhos gêmeos
(Gn 25.21). Entretanto, conforme as crianças se desenvolviam,
alguns meses depois os gêmeos já lutavam entre si no ventre da
esposa de Isaque (Gn 25.22).No caso dos gêmeos, Esaú e Jacó,
Deus sabia que, criados como agentes livres, eles seriam rivais.
Aqui, estamos abordando a presciência de Deus, um atributo
divino que indica o
pre-conhecimento de todas as coisas. Devemos ressaltar que
esse atributo não é causativo, isto é, ele não implica
determinismo na vida do ser humano. Contudo, o Senhor tem
um propósito para a vida de cada pessoa; muitas vezes não o
compreendemos, mas sabemos que a vontade dEle é perfeita
Mesmo que os gêmeos ainda estivessem no útero, Deus revela
Sua presciência, sabendo como eles viveriam suas vidas até o
fim, e com base nisso, Ele fez Sua escolha. Essa escolha baseada
na presciência não torna Deus injusto, como Paulo reitera em Rm
9:14; mas revela que Ele é onisciente, o que inclui ser onisciente
no tempo – passado, presente e futuro!

E Deus escolhe mostrar misericórdia e compaixão em quem Ele


deseja através da presciência (Rm 9:15). Mas isso não significa
que a multiforme vontade de Deus dependa do que o homem
quer ou faz. Se Deus quiser realizar o Seu propósito, Ele o fará
(Rm 9:16), apesar das intenções do homem e em meio às suas
ações. No entanto, Ele sempre o fará por presciência e dentro
dos limites da retidão e da justiça, suportada pela benevolência
(para o bem maior de todos) em amor infinito.
SINOPS E I
Os desígnios de Deus se
cum prem no tempo
certo.
II – O CONFLITO FAMILIAR

1
01
A e sterilidade
de R e b e c a .
Na antiguidade, uma mulher estéril era vista como uma
pessoa amaldiçoada. Por serem impedidas de procriar,
mulheres inférteis eram consideradas inferiores a ponto
de, num casamento, os maridos terem o direito de
repudiá-las.

No caso de Isaque, ao perceber que Rebeca não podia dar


lhe filhos, orou ao Senhor para que a esterilidade de Rebeca
fosse desfeita e ela pudesse gerar. Como vimos, Deus ouviu
o clamor de Isaque (Gn 25.21).
A esterilidade era uma posição agonizante para as mulheres da
Bíblia, cuja cultura priorizava as crianças e as considerava
bênçãos divinas. Seu valor como mulher era frequentemente
associado à capacidade de se reproduzir, e sua infertilidade
fazia com que se sentissem inferiores ou, pior, negligenciados
por Deus.

Algumas também se sentiam inúteis para o marido, cuja


capacidade de ter filhos garantiu seu sucesso e linhagem,
bem como demonstrou publicamente o favor de Deus sobre
ele.

Em uma sociedade poligâmica, a mulher estéril era muitas vezes


obrigada a compartilhar seu marido com uma esposa rival
mais fértil (embora muitas vezes menos amada). Em alguns
casos, isso acontecia por iniciativa da própria mulher estéril,
que usaria sua serva para gerar filhos para ela
Uma pergunta que devemos fazer é: por que a esterilidade? Por
que Deus ordenou que os patriarcas se casassem com
mulheres que não podiam ter filhos?

Certamente, o SENHOR poderia tê-los feito casar com mulheres


com úteros frutíferos. E, certamente, o SENHOR poderia ter
derrubado sua condição estéril muito mais cedo do que ele fez –
ou imediatamente, depois de um mês ou dois, ou talvez depois
de alguns anos.

Devemos começar admitindo que os planos e propósitos de


Deus são muitas vezes misteriosos para nós. Quando fazemos
perguntas como, por que Deus permitiu que isso ou aquilo
acontecesse? A resposta é muitas vezes, não sabemos ao certo.
Deus claramente nos revelou muitas coisas, mas há
algumas coisas que permanecem um mistério.
Mas a esterilidade foi para um propósito. Ela e Isaque foram
testados e fortalecidos na espera, e o poder de Deus foi
colocado em exibição, pois ele demonstrou que é capaz de
trazer vida da morte, algo do nada.
02
O conflito: “ E o s
filhos lutavam
no ve n t r e dela”
(Gn 25.22).
Naquele tempo, do ponto de vista social, a geração de filhos
herdeiros era importante para as famílias (Sl 127.3-5). Por isso,
Abraão e Sara precipitaram-se na promessa de Deus com
uma substituta, a serva Agar, para gerar o filho desejado, e
pagaram um preço alto. Diferentemente de seu pai, Isaque
buscou ajuda do alto para superar o problema da esterilidade
de Rebeca. Entretanto, uma vez grávida, para a felicidade do
casal, Rebeca começou a afligir-se por causa de um
movimento excessivo dentro do seu ventre. A esposa de
Isaque orou ao Senhor a respeito da questão e ouviu de
Deus que havia dois povos no seu ventre, e que o menor
dominaria sobre o maior (Gn 25.23).
Podemos imaginar que estar grávida de gêmeos é sempre um
pouco desconfortável. Mas Rebeca estava especialmente
desconfortável porque esses gêmeos estavam em guerra um
com o outro, mesmo no útero. Isso ela aprendeu, não por
ultrassom, mas pela palavra do Senhor.

E ela também aprendeu que esse conflito não terminaria


no nascimento. Estes dois continuariam a ter conflito. Eles
se tornariam duas nações. Um seria mais forte que o
outro.
Estranhamente, e ao contrário do caminho do mundo, os
mais velhos serviriam aos mais jovens.

Essa pequena profecia a respeito de J a c ó e Esaú, e do mais velho


servindo ao mais novo, é muito importante para o resto da
história contida nas escrituras sagradas. A nação de Israel viria
de Jacó, e a nação de Edom viria de Esaú. E essas duas nações
estariam presas em conflito perpétuo uma com a outra.
03
O f a vo r i t i s m o
do c a s a l p e l o s
filhos.
Em termos de personalidade e de temperamento, Esaú e
J a c ó cresceram como pessoas diferentes. Em Gênesis
25.25-28, Deus revela a Rebeca as diferenças entre os
gêmeos. O ‘’menor’’ ( J a c ó ) teria uma descendência forte e
o ‘’maior’’ (o mais velho e, por isso, primogênito, Esaú)
servirá ao menor. No capitulo 27, já idoso e cego, Isaque
achava que logo morreria. Por isso, preocupava-se em
abençoar a Esaú com a bênção patriarcal do ‘’direito da
primogenitura’’. Alicerçado nos padrões legais do direito
daquele tempo, dedicava-se a Esaú, pois este o satisfazia
com o prazer das caças que levava para o patriarca.
Entretanto, sabendo que havia um plano especial de Deus
para o filho mais novo, Rebeca favorecia Jacó. Essa
predileção praticada pelos pais de Esaú e J a c ó produziria um
grande conflito na família.
Como poderiam dois irmãos, nascidos dos mesmos pais e
criados na mesma casa sob as mesmas condições, terem se
tornado tão diferentes um do outro? É algo que sempre
perguntamos até em nossas casas.

Mas eles além de serem gêmeos bivitelinos, ou seja, a mulher


libera simultaneamente dois óvulos e duas fecundações
independentes ocorrem por dois espermatozoides diferentes.
Nesse caso, os dois irmãos podem ter características físicas
diferentes como sexo, cor da pele e cabelo. Além das diferenças
físicas eles serão apenas irmãos por partilharem os mesmos
pais, mas serão geneticamente distintos com personalidades e
gostos diferentes.

Cada indivíduo é único. Olhe para os dedos de sua mão


estão todos juntos mais são diferentes um do outro.
Esaú crescendo é o tipo atlético forte. Ele quer sair para a floresta e
para caçar caça. Seu corpo é musculoso e muito peludo. Ele gosta
de andar por aí com a camisa aberta para impressionar as
menininhas. Se você nunca iria querer entrar em uma briga com
ele. atirar nem em uma galinha, mas na cozinha, quando você
provava seu frango cozido, você pensava que estava no céu.

Ele era um chef de cozinha. Ele sabia dizer "obrigado" e "por favor".
Ele podia limpar uma casa e estava ansioso para perguntar, se
havia mais alguma coisa que ele poderia ajudá-lo. Os velhos
diriam que agora é um garoto inteligente. Ele não se importava
de trabalhar. Ele era o filhinho da mamãe.

A presença dos meninos produzia tensão em casa, porque


Isaque adorava comer carne selvagem, então ele a m ava muito
Esaú.
Rebeca adorava ter seu filho em casa, que sempre foi tão prestativo,
que a m av a muito seu filho Jacó. Sem dúvida, houve problemas de
atitude com eles acusando um ao outro de mostrar favoritismo ao
outro filho. outro de mostrar favoritismo ao outro filho.

Você não acha que J a c ó sabia que seu pai am av a Esaú mais do que
ele? Você não acha que Esaú sabia que sua mãe a m a va J a c ó mais
do que ele?

Como crianças, você não acha que eles usaram isso a seu favor. A
quem J a c ó foi para obter permissão para alguma coisa?

A quem Esaú foi pedir permissão de alguma coisa? Através do


favoritismo, Isaque (em relação a Esaú) e Rebeca (em relação a J a c ó )
esse favoritismo duplo e conflitante não só causou grandes
problemas para a família imediata, mas continuou a ter repercussões
nos conflitos entre os descendentes de J a c ó e Esaú até os nossos
dias atuais!
Para os pais compararem seus filhos uns com os outros,
especialmente na presença das crianças, pode ser devastador para
a criança que é menos talentosa ou favorecida. Ele tenderá a ficar
desanimado, ressentido, retraído e amargo. Todos nós precisamos nos
perguntar, que atitude negativa estou trazendo para dentro de casa?

A pessoa pensa: porque não consegui o que eu achava que


merecia, então ela começa a lutar por isso.

Como ela não pode entrar em uma briga, você começa a


lançar atitudes ruins e culpa a outra pessoa por isso.

A única coisa é que Deus me responsabiliza pela atitude que escolho


ao responder a outra pessoa. Afirmamos que nos amamos uns aos
outros e, no entanto, no momento em que nos surge um problema que
não segue o nosso caminho, esquecemos o que é o amor.
SINOPS E I I
A predileção dos filhos é
uma das causas de conflito
na família.
III - O PROBLEMA DA
PREDILEÇÃO POR FILHOS NA
FAMÍLIA

33
01
Esaú, o
filho
p r e d i l e t o de
Isaque.
Isaque demonstrou fraqueza ao receber o agrado de Esaú,
que lhe trazia a carne de c a ç a do campo, ignorando, dessa
forma, a profecia divina de Gênesis 25.23. Por força dos
padrões sociais da época, o primogênito tinha a primazia no
futuro da família (Gn 49-3; cf. Sl 78-51). Por isso, Isaque
pensava que deveria ministrar a bênção patriarcal com
direito de primogenitura a Esaú, o mais velho.

Entretanto, ele não compreendeu o propósito de Deus para


seus filhos. Isaque não percebeu que havia algo superior em
relação aos dois filhos e que o Senhor agiria para que
nenhum dos dois filhos se sentissem prejudicados.*
O direito de primogenitura era o privilégio natural do filho
primogênito. Recebendo o direito de primogenitura, o primogênito
se tornaria o chefe da família e teria o encargo da família,
incluindo a propriedade da família.

Ele seria responsável pelo bem-estar dos filhos mais novos, da


viúva e de quaisquer filhas solteiras. Ele exerceria considerável
autoridade sobre os outros membros da família.

A bênção que ele recebeu também o colocaria em um


relacionamento especial de convênio com o Senhor. Durante
o período patriarcal, quando J a c ó e Esaú viveram, Deus
lidou diretamente com os chefes das famílias.

Os hebreus consideravam a bênção dada pelo pai muito


importante e a consideravam um contrato oral, que era tão
vinculativo quanto um contrato escrito.
O Observe que, embora Esaú estivesse predestinado a isso, ele de
fato desprezava seu direito de primogenitura livremente e de
coração. A predestinação não transforma homens em robôs,
amigos. Embora fosse predestinado que Esaú, o mais velho, servisse
a Jacó, o mais novo, foram as escolhas livres e voluntárias dos
meninos que os levaram até lá. Esaú era um tolo. Naquele
momento, ele se importava mais em satisfazer sua fome do que
em viver como o herdeiro primogênito de seu pai.

No início do evangelho de Mateus, lemos: O livro da geração de


Jesus Cristo, o filho de Davi, o filho de Abraão. Se Jesus é o filho de
Abraão, Jesus é o filho do primogênito de Sua geração. A
genealogia de Jesus é a genealogia do primogênito. Esaú perdeu
a oportunidade de ser o iniciador de uma geração de redenção.
02
Jacó, o
filho
predileto de
Rebeca.
Percebendo que a bênção patriarcal poderia ser conferida a
Esaú, o filho mais velho, Rebeca resolveu interferir na ordem
dos fatos e, sem consultar a Deus, antecipou a bênção
patriarcal para o mais novo.

Embora soubesse que a bênção pertencia a Jacó, conforme


Deus havia revelado anteriormente, Rebeca colocou-se
acima do plano divino e interferiu nos acontecimentos com
uma atitude mentirosa.
Sabedora de que Esaú quebrou princípios da obediência e
do respeito aos pais, casando-se com uma mulher
estrangeira (Gn 26.34,35), Rebeca arquitetou um plano
para que Isaque abençoasse a J a c ó com a benção da
primogenitura. Assim, deu instruções precisas a Jacó.

O plano de Rebeca consistia em preparar um cabrito assado,


pegar um couro peludo de um bode e vesti-lo em Jacó. Este
deveria levar o assado ao pai e imitar a voz de seu irmão.
Toda essa trapaça revelava a fraqueza do caráter de
Rebeca.*
Quando Isaque era velho, seus olhos estavam tão escuros que ele
não podia distinguir seus filhos pela visão, ele se preparou para
abençoar o filho mais velho - Esaú. Rebeca elaborou um plano
para que J a c ó recebesse a bênção.

Rebeca havia sido informada por Deus antes do nascimento de


seus filhos gêmeos que "o mais velho servirá ao mais novo"
(Gênesis 25:23).

O engano de Rebeca foi um ato de amor maternal?

A história do favoritismo de Isaque e do engano de Rebeca é


uma triste história sobre a divisão dentro da família da aliança
de Deus.

Rebeca e as consequências de fazer as coisas de Deus do nosso


jeito
Notamos que Rebeca pediu que a maldição de Deus caísse sobre ela
para sua trama, se houver. A pergunta que devemos fazer então é: o
que aconteceu posteriormente com Rebeca? Aqui notamos que a última
cena em que Rebeca estava presente é Gênesis 27:46, e então não a
vemos mais.

Em Gênesis 27:43-45, vemos Rebeca afirmando que ela enviará J a c ó


quando o temperamento de Esaú esfriar, e sabemos que isso
obviamente não aconteceu. Dado que a próxima vez que J a c ó se
encontrou com Esaú foi vinte anos depois (cf. Gênesis 31:38, 32:6),
podemos deduzir que Rebeca deve ter falecido em algum momento
dentro desses vinte anos.

Rebeca faleceu cedo na vida, e desde o momento de seu engano até


sua morte, ela não podia ver seu filho favorito Jacó. Assim, notamos
que a maldição de Deus realmente caiu sobre Rebeca. Pois, embora
ela desejasse o que era certo, ainda assim ela fez isso através do
pecado.
Assumindo a maldição de Deus em nome de Jacó, sua vida foi
interrompida mais cedo e ela sofreu angústia materna ao ser separada
de seu filho favorito. Assim, Deus realmente a puniu por seu pecado,
apesar do fato de que o que ela fez colocou o plano redentor de Deus no
caminho certo.

No caso de Jacó, parece que ele realmente não herdou nenhuma


propriedade de seu pai, embora tenha comprado o direito de
primogenitura de Esaú por uma tigela de guisado de lentilhas, uma
espécie de ensopado.

O que J a c ó recebeu de Isaque foi a bênção planejada para Esaú. A


bênção, uma espécie de última vontade e testamento, prometia que
J a c ó teria o senhorio sobre outras nações.

A bênção que J a c ó recebeu prometeu-lhe proteção divina, de modo


que todo aquele que amaldiçoasse J a c ó seria amaldiçoado, e quem
abençoasse J a c ó receberia a bênção de Deus.
03
O p r o b l e m a da
predileção
p e l o s filhos.
Além do conhecimento que os pais tinham acerca do conflito
entre os dois filhos, faltou a Isaque, como o líder da família, a
habilidade e a sabedoria para contornar o embate existente. Por
outro lado, Rebeca não avaliou os danos morais e espirituais
nos seus filhos. O presente relato bíblico nos ensina que é uma
tragédia moral e espiritual quando os pais preferem qualquer
um dos filhos.

Estes são herança do Senhor (Sl 127.3) e Deus concedeu esse


privilégio para que os pais sejam uma bênção para a vida de
seus filhos. Portanto, quando os pais não fazem a predileção
pelos filhos, eles evitam um futuro de traumas e problemas
emocionais. Nesse sentido, os pais têm responsabilidades no
desenvolvimento saudável e equilibrado do ponto de vista
físico, emocional e espiritual dos filhos (Ef 6.4).
Uma grande proporção de pais consistentemente favorece uma
criança em detrimento de outra. Esse favoritismo pode se manifestar
de diferentes maneiras: mais tempo gasto com um filho, mais afeto
dado, mais privilégios, menos disciplina.

Infelizmente, as consequências do favoritismo dos pais são o que você


poderia esperar – elas são principalmente ruins. Crianças
desfavorecidas experimentam piores resultados de todo tipo: mais
depressão, maior agressividade, menor autoestima e pior
desempenho na escola.

Essas repercussões são muito mais extremas do que quaisquer


benefícios que as crianças favorecidas obtenham (coisas negativas
apenas têm um impacto mais forte sobre as pessoas do que
coisas positivas). E nem tudo é cor-de-rosa para as crianças
favorecidas – seus irmãos muitas vezes chegam a se ressentir
deles, envenenando esses relacionamentos.
As sementes de quem nos tornamos são semeadas e nutridas
nas trincheiras da relação pai-filho. É por isso que tanto
aconselhamento de adultos se concentra em nossa "família de
origem" – em outras palavras, em nosso relacionamento com
nossos pais.

Salmos 127:3 “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto


do ventre o seu galardão.

As crianças não são recompensas no sentido de que são troféus


de nossas realizações, mas que são prêmios dados
gratuitamente a nós por Deus, apesar de nossas imperfeições.
Como pais, falhamos em muitos momentos em dar orientação,
fornecer ampla ou exemplificar a fé aos nossos filhos. Mas mesmo
em nosso fracasso, Deus preenche as lacunas que não podemos
preencher e abençoa a nós e a nossos filhos para que possamos
receber plenitude.

Note, no entanto, que o Salmo 127:3 nos diz que as crianças são
uma herança que vem do Senhor, o que significa que são dons
que vêm a nós pela graça.

Não nos tornamos pais por causa de quão bons somos com
disciplina, finanças ou educação, mas porque Deus é mais honrado
quando recebemos o dom gratuito que é a paternidade. Isso
significa que, não importa que tipo de paternidade você acha que
usa, você ficará aquém em algum momento, mas Deus, em Sua
graça ilimitada, nos preenche onde nos falta.
SINOPSE I I I
Os pais têm responsabilidades
no desenvolvimento saudável
e equilibrado dos filhos.
CONCLUSÃO
Na Palavra de Deus, encontramos
normas que servem de convivência
saudável e cristã para a vida familiar.
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo
admoesta aos pais quanto a criação
dos filhos (Ef 6.1-4). Nessa orientação,
os filhos devem ser obedientes a eles
(Ef
6.1-3) e os pais não devem provocar a
ira aos filhos (Ef 6.4). Assim, quando o
casal não respeita a personalidade
dos filhos, tratando-os com
predileção, infelizmente, o resultado é
o conflito entre os membros da
◂ Tania Anjo


taniaanjojl.3

◂ Canal Tania
Anjo

◂ @taniaanjo

Você também pode gostar